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www.portaleducacao.com.br 1 PROF: RAQUEL TINOCO Treinamento Funcional | Portal Educação EnfErmagEm do trabalho www.portaleducacao.com.br www.portaleducacao.com.br 2 Treinamento Funcional | Portal Educação Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. EnfErmagEm do trabalho www.portaleducacao.com.br www.portaleducacao.com.br SUMÁRIO MÓDULO I 1. LEGISLAÇÃO DO TRABALHO Lei da duração do Trabalho Da jornada de trabalho Dos períodos de descanso Do trabalho noturno Lei das Férias, Feriados e Faltas; Da concessão e da época das férias; Da remuneração e do abono de férias; Lei da Cessação do Contrato de Trabalho Lei dos acidentes de trabalho Das medidas preventivas de medicina do trabalho Proteção do Trabalho da Mulher Da duração, condições do trabalho e da discriminação contra a mulher; Da proteção à maternidade; Lei do contrato individual do trabalho 2. NORMAS REGULAMENTADORAS: NR1 NR2 NR3 NR4 NR5 NR6 NR7 NR8 NR9 www.portaleducacao.com.br NR10 NR11 NR12 NR13 NR14 NR15 NR16 NR17 NR18 NR19 NR20 NR21 NR22 NR23 NR24 NR25 NR26 NR27 NR28 NR29 NR30 NR31 NR32 NR33 MÓDULO II 3. DOENÇAS OCUPACIONAIS Introdução Classificação das doenças do trabalho de acordo com os sistemas ou aparelhos. Dermatoses ocupacionais Os tumores cutâneos ocupacionais www.portaleducacao.com.br Sistema respiratório: Lista de doenças do sistema respiratório relacionado ao trabalho, de acordo com as portarias do ministério da saúde nº 1.339/1999. A asma ocupacional As pneumoconioses O câncer de pulmão Sistemas de equipamentos de proteção respiratória Filtros Filtros contra gases Filtros contra aerodispersóis Filtros combinados Tempo de uso e saturação Armazenamento Treinamento Sistema nervoso e órgãos dos sentidos Gravidade da perda da audição Sistema digestivo Sistema urinário Sistema músculo esquelético Lombalgias A LER, DORT ou AMERT Classificação das LER Classificação das LER Quanto ao Grau da LER Tratamento Tratamento medicamentoso e fisioterápico Trabalho noturno Trabalho em contato com pesticidas 4. DOENÇAS NÃO-OCUPACIONAIS HAS (hipertensão arterial sistêmica) Diabetes Câncer DST www.portaleducacao.com.br Tuberculose Hanseníase Peso e obesidade MÓDULO III 5. ESTRESSE Sintomas do estresse Estresse do trabalho Tratamento 6. SEGURANÇA DO TRABALHO Instruções para preenchimento da comunicação de acidentes do trabalho – CAT março/99 Equipamentos de segurança Equipamento de proteção individual (EPI) Equipamento de proteção coletiva (EPC) Placa de segurança 7. EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR Princípios gerais e específicos de socorro de urgência Ressuscitação cardiorrespiratória Ferimentos Contusões Escoriações Esmagamentos Amputações traumáticas Fraturas Classificação Fratura fechada ou interna Fratura aberta ou exposta Fratura em fissura Fratura Fratura em galho verde Fratura completa Fratura cominutiva www.portaleducacao.com.br Fratura impactada Fratura espiral Fratura oblíqua Fratura transversa Fratura de membro superior (braço) Luxação Hemorragia Torniquete Hemorragia interna Transportes de pessoas acidentadas Transporte de acidentados Método de transporte – uma pessoa só socorrendo Transporte de apoio Transporte no colo Transporte nas costas Transporte de arrasto em lençol Transporte de apoio com duas pessoas Transporte de cadeirinha Transporte no colo Transporte de cadeira Transporte de maca Métodos de transportes feitos por três ou mais pessoas Transporte ao colo Transporte de lençol pelas bordas Remoção da vítima Queimaduras Fisiopatologias das queimaduras Classificação das queimaduras Regra dos noves Parada no processo da queimadura Queimadura por inalação Queimadura elétrica Afogamento www.portaleducacao.com.br Mordeduras de animais MODULO IV 8. HIGIENE OCUPACIONAL Introdução à higiene ocupacional: conceito e objetivos Fases da higiene ocupacional Antecipação de riscos Reconhecimento de risco Riscos ou agentes químicos Riscos ou agentes físicos Riscos ou agentes biológicos Limites de tolerância Como elaborar o mapa de risco 9. TOXICOLOGIA Noções básicas de toxicologia ocupacional Classificação dos agentes químicos Classificação quanto à forma de apresentação Classificação dos agentes químicos quanto aos efeitos sobre o organismo Exposição e vias de entrada de agentes químicos no organismo humano. Dose, efeito e resposta. 10. ORGANIZAÇÕES DOS SERVIÇOS MÉDICOS E DE ENFERMAGEM DE EMPRESA Função administrativa Ações de enfermagem O processo de enfermagem na saúde ocupacional Histórico Exame Físico Diagnóstico Prescrição Evolução Prognóstico www.portaleducacao.com.br Modelo de histórico de enfermagem para a empresa Histórico de enfermagem do trabalho Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) O dimensionamento de pessoal do SSO. Serviços prestados no SSO MÓDULO V 11. EPIDEMIOLOGIA Epidemiologia: Definição, objetivos e conceitos Epidemiologia e inspeção do trabalho na área de segurança e saúde: aplicações práticas. Investigação epidemiológica do ruído Investigação epidemiológica da LER 12. VACINAÇÃO DO TRABALHADOR 13. ERGONOMIA Levantamento, transporte e descarga individual de materiais Equipamentos dos postos de trabalho Condições ambientais de trabalho Organização do trabalho Macroergonomia Caracterização Ergonomia participativa 14. ENFERMAGEM DO TRABALHO A enfermagem do trabalho A equipe de enfermagem do trabalho O enfermeiro do trabalho Atuação do enfermeiro do trabalho nos diferentes níveis de prevenção. Prevenção primária Prevenção secundária Prevenção terciária www.portaleducacao.com.br Comissão interna de proteção de acidentes – CIPA e dimensionamento Função de integração. O exame admissional O exame periódico O exame de retorno ao trabalho O exame de mudança de função O exame demissional As provas funcionais Dinamometria Provas de função pulmonar Espirometria Teste ergométrico Teste de esforço por exercícios Avaliação audiológica A avaliação audiométrica Características da perda auditiva induzida por ruído Teste de visão ocupacional Tonometria www.portaleducacao.com.br MÓDULO I Neste módulo, serão abordadas as leis trabalhistas e as normas regulamentadoras. O profissional de saúde envolvido no cuidado com a saúde do trabalhador deve ter o conhecimento legal da profissão, bem como as leis trabalhistas regentes do País. 1. LEGISLAÇÃO DO TRABALHO Lei da duração do trabalho Art. 57 - Os preceitos deste Capítulo aplicam-se a todas as atividades, salvo as expressamente excluídas, constituindo exceções às disposições especiais, concernentes estritamente a peculiaridades profissionais constantes do Capítulo I do Título III. Da jornada de trabalho Art. 58 - A duração normal do trabalho,para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. § 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária às variações de horário no registro de ponto, não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. § 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução. § 3o Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de pequeno porte, por meio de acordo ou convenção coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não servido www.portaleducacao.com.br por transporte público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como a forma e a natureza da remuneração. Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais. § 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. § 2o Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva. Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. § 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% superior à da hora normal. § 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. § 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. § 4o Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras. Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo "da segurança e da medicina do trabalho”, ou que neles venham a ser incluída, por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos www.portaleducacao.com.br métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim. Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. § 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo dessa comunicação. § 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe expressamente outro limite. § 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade competente. Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; II - Os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. www.portaleducacao.com.br Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). Art. 63 - Não haverá distinção entre empregados e interessados, e a participação em lucros e comissões, salvo em lucros de caráter social, não exclui o participante do regime deste Capítulo. Art. 64 - O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será obtido dividindo-se o salário mensal correspondente à duração do trabalho, a que se refere o art. 58, por 30 (trinta) vezes o número de horas dessa duração. Parágrafo único - Sendo o número de dias inferior a 30 (trinta), adotar- se-á para o cálculo, em lugar desse número, o de dias de trabalho por mês. Art. 65 - No caso do empregado diarista, o salário-hora normal será obtido dividindo-se o salário diário correspondente à duração do trabalho, estabelecido no art. 58, pelo número de horas de efetivo trabalho. Dos períodos de descanso Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso. Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte. Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização. Art. 68 - O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67, será sempre subordinado à permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho. Parágrafo único - A permissão será concedida a título permanente nas atividades que, por sua natureza ou pela conveniência pública, devem ser exercidas aos domingos, cabendo ao Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, www.portaleducacao.com.br expedir instruções em que sejam especificadas tais atividades. Nos demais casos, ela será dada sob forma transitória, com discriminação do período autorizado, o qual, de cada vez, não excederá de 60 (sessenta) dias. Art. 69 - Na regulamentação do funcionamento de atividades sujeitas ao regime deste Capítulo, os municípios atenderão aos preceitos nele estabelecidos, e as regras que venham a fixar não poderão contrariartais preceitos nem as instruções que, para seu cumprimento, forem expedidas pelas autoridades competentes em matéria de trabalho. Art. 70 - Salvo o disposto nos artigos 68 e 69, é vedado o trabalho em dias feriados nacionais e feriados religiosos, nos termos da legislação própria. Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. § 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. § 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho. § 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogados há horas suplementares. § 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração normal de trabalho. www.portaleducacao.com.br Do trabalho noturno Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. § 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. § 2º - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte. § 3º - O acréscimo a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que não mantêm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante. Em relação às empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento será calculado sobre o salário mínimo geral vigente na região, não sendo devido quando exceder desse limite, já acrescido da percentagem. § 4º - Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, aplicam-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos. § 5º - Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste Capítulo. Lei das férias, feriados e faltas Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; www.portaleducacao.com.br II - 24 dias corridos, quando houver tido de 6 a 14 faltas; III - 18 dias corridos, quando houver tido de 15 a 23 faltas; IV - 12 dias corridos, quando houver tido de 24 a 32 faltas. § 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço. § 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço. Art.130-A. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte e cinco horas; II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte e duas horas; III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até vinte horas; IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até quinze horas; V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez horas; VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas. Parágrafo único. O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade. Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado: I - nos casos referidos no art. 473; Il - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário- maternidade custeado pela Previdência Social; www.portaleducacao.com.br III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133; IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário; V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quanto for impronunciado ou absorvido; VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art. 133. Art. 132 - O tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado para serviço militar obrigatório será computado no período aquisitivo, desde que ele compareça ao estabelecimento dentro de 90 (noventa) dias da data em que se verificar a respectiva baixa. Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subseqüentes à sua saída; II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias; III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. § 1º - A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social. § 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o implemento de qualquer das condições previstas neste artigo, retornar ao serviço. § 3º - Para os fins previstos no inciso lIl deste artigo a empresa comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo, comunicará, nos mesmos termos, ao www.portaleducacao.com.br sindicato representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso nos respectivos locais de trabalho. Da concessão e da época das férias Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. § 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos. § 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez. Art. 135 - A concessão das fériasserá participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo. § 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão. § 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos empregados. Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador. § 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. § 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. § 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas. www.portaleducacao.com.br § 2º - A sentença dominará pena diária de 5% (cinco por cento) do salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja cumprida. § 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida ao órgão local do Ministério do Trabalho, para fins de aplicação da multa de caráter administrativo. Art. 138 - Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele. Da remuneração e do abono de férias Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua concessão. § 1º - Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, apurar- se-á a média do período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da concessão das férias. § 2º - Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a média da produção no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na data da concessão das férias. § 3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que precederem à concessão das férias. § 4º - À parte do salário paga em utilidades será computada de acordo com a anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social. § 5º - Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração das férias. § 6º - Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o mesmo adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido uniforme será computada a média duodecimal recebida naquele período, após a atualização das importâncias pagas, mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes. www.portaleducacao.com.br Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. § 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo. § 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigo deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendo de requerimento individual a concessão do abono. § 3o O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o regime de tempo parcial. Art. 144. O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de vinte dias do salário, não integrarão a remuneração do empregado para os efeitos da legislação do trabalho. Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com indicação do início e do termo das férias. Lei da cessação do contrato de trabalho Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido. Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. www.portaleducacao.com.br Art. 147 - O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior. Art. 148 - A remuneração das férias, ainda quando devida após a cessação do contrato de trabalho, terá natureza salarial, para os efeitos do art. 449. Lei dos acidentes de trabalho Art. 162 - As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho. Parágrafo único - As normas a que se refere este artigo estabelecerão: a) classificação das empresas segundo o número de empregados e a natureza do risco de suas atividades; b) o número mínimo de profissionais especializados exigidos de cada empresa, segundo o grupo em que se classifique na forma da alínea anterior; c) a qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de trabalho; d) as demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho, nas empresas. Art. 163 - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas. Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento das CIPA (s). Art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior. § 1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados. www.portaleducacao.com.br § 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. § 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição. § 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número de reuniões da CIPA. § 5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente. Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Parágrafo único - Ocorrendo a despedida caberáao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado. Das medidas preventivas de medicina do trabalho Art. 168 - Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas condições estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho: I - a admissão; II - na demissão; III - periodicamente. § 1º - O Ministério do Trabalho baixará instruções relativas aos casos em que serão exigíveis exames: a) por ocasião da demissão; b) complementares. § 2º - Outros exames complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para apuração da capacidade ou aptidão física e mental do empregado para a função que deva exercer. § 3º - O Ministério do Trabalho estabelecerá, de acordo com o risco da atividade e o tempo de exposição, a periodicidade dos exames médicos. www.portaleducacao.com.br § 4º - O empregador manterá, no estabelecimento, o material necessário à prestação de primeiros socorros médicos, de acordo com o risco da atividade. § 5º - O resultado dos exames médicos, inclusive o exame complementar, será comunicado ao trabalhador, observados os preceitos da ética médica. Art. 169 - Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das produzidas em virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho. Proteção do trabalho da mulher Da duração, condições do trabalho e da discriminação contra a mulher Art. 372 - Os preceitos que regulam o trabalho masculino são aplicáveis ao trabalho feminino, naquilo em que não colidirem com a proteção especial instituída por este Capítulo. Parágrafo único - Não é regido pelos dispositivos a que se refere este artigo o trabalho nas oficinas em que sirvam exclusivamente pessoas da família da mulher e esteja esta sob a direção do esposo, do pai, da mãe, do tutor ou do filho. Art. 373 - A duração normal de trabalho da mulher será de 8 (oito) horas diárias, exceto nos casos para os quais for fixada duração inferior. Art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade, à cor ou situação familiar, salvo quando a natureza da atividade a ser exercida, pública e notoriamente, assim o exigir; II - recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez, salvo quando a natureza da atividade seja notória e publicamente incompatível; www.portaleducacao.com.br III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para fins de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão profissional; IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego; V - impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou aprovação em concursos, em empresas privadas, em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez; VI – proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias. Parágrafo único. O disposto neste artigo não obsta a adoção de medidas temporárias que visem ao estabelecimento das políticas de igualdade entre homens e mulheres, em particular as que se destinam a corrigir as distorções que afetam a formação profissional, o acesso ao emprego e as condições gerais de trabalho da mulher. Da proteção à maternidade Art. 391 - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez. Parágrafo único - Não serão permitidos em regulamentos de qualquer natureza contratos coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao direito da mulher ao seu emprego, por motivo de casamento ou de gravidez. Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário. § 1o A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e ocorrência deste. § 2o Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2 (duas) semanas cada um, mediante atestado médico. § 3o Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias previstos neste artigo. www.portaleducacao.com.br § 4o É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos: I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho; II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares. Art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança será concedida licença-maternidade nos termos do art. 392, observado o disposto no seu § 5o. § 1o No caso de adoção ou guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, o período de licença será de 120 (cento e vinte) dias. § 2o No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 1 (um) ano até 4 (quatro) anos de idade, o período de licença será de 60 (sessenta) dias. § 3o No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 4 (quatro) anos até 8 (oito) anos de idade, o período de licença será de 30 (trinta) dias. § 4o A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã. Art. 393 - Durante o período a que se refere o art. 392, a mulher terá direito ao salário integral e, quando variável, calculado de acordo com a média dos 6 (seis) últimos meses de trabalho, bem como os direitos e vantagens adquiridos, sendo-lhe ainda facultado reverter à função que anteriormente ocupava. Art. 394 - Mediante atestado médico, à mulher grávida é facultado romper o compromisso resultante de qualquer contrato de trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação. Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, www.portaleducacao.com.br ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento. Art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um. Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente. Art. 397 - O SESI, o SESC, a LBA e outras entidades públicas destinadas à assistência à infância manterão ou subvencionarão, de acordo com suas possibilidades financeiras, escolas maternais e jardins de infância, distribuídos nas zonas de maior densidade de trabalhadores, destinados especialmente aos filhos das mulheres empregadas. Art. 399 - O Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio conferirá diploma de benemerência aos empregadores que se distinguirem pela organização e manutenção de creches e de instituições de proteção aos menores em idade pré-escolar, desde que tais serviços se recomendem por sua generosidade e pela eficiência das respectivas instalações. Art. 400 - Os locais destinados à guardados filhos das operárias durante o período da amamentação deverão possuir, no mínimo, um berçário, uma saleta de amamentação, uma cozinha dietética e uma instalação sanitária. Lei do contrato individual do trabalho Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. Art. 443 - O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. § 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços www.portaleducacao.com.br especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. § 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) De serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) De atividades empresariais de caráter transitório; c) De contrato de experiência. Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451. Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias. Art. 447 - Na falta de acordo ou prova sobre condição essencial ao contrato verbal, esta se presume existente, como se a tivessem estatuído os interessados na conformidade dos preceitos jurídicos adequados à sua legitimidade. Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. Art. 449 - Os direitos oriundos da existência do contrato de trabalho subsistirão em caso de falência, concordata ou dissolução da empresa. § 1º - Na falência constituirão créditos privilegiados a totalidade dos salários devidos ao empregado e a totalidade das indenizações a que tiver direito. § 2º - Havendo concordata na falência, será facultado aos contratantes tornar sem efeito a rescisão do contrato de trabalho e conseqüente indenização, desde que o empregador pague, no mínimo, a metade dos salários que seriam devidos ao empregado durante o interregno. Art. 450 - Ao empregado chamado a ocupar, em comissão, interinamente, ou em substituição eventual ou temporária, cargo diverso do que www.portaleducacao.com.br exercer na empresa, serão garantidas a contagem do tempo naquele serviço, bem como volta ao cargo anterior. Art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. Art. 452 - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos. Art. 453 - No tempo de serviço do empregado, quando readmitido, serão computados os períodos, ainda que não contínuos, em que tiver trabalhado anteriormente na empresa, salvo se houver sido despedido por falta grave, recebido indenização legal ou se aposentado espontaneamente. § 2º O ato de concessão de benefício de aposentadoria a empregado que não tiver completado 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, ou trinta, se mulher, importa em extinção do vínculo empregatício. Art. 454 - Na vigência do contrato de trabalho, as invenções do empregado, quando decorrentes de sua contribuição pessoal e da instalação ou equipamento fornecidos pelo empregador, serão de propriedade comum, em partes iguais, salvo se o contrato de trabalho tiver por objeto, implícita ou explicitamente, pesquisa científica. Parágrafo único. Ao empregador caberá a exploração do invento, ficando obrigado a promovê-la no prazo de um ano da data da concessão da patente, sob pena de reverter em favor do empregado da plena propriedade desse invento. Art. 455 - Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro. Parágrafo único - Ao empreiteiro principal fica ressalvada, nos termos da lei civil, ação regressiva contra o subempreiteiro e a retenção de importâncias a este devidas, para a garantia das obrigações previstas neste artigo. www.portaleducacao.com.br Art. 456. A prova do contrato individual do trabalho será feita pelas anotações constantes da carteira profissional ou por instrumento escrito e suprida por todos os meios permitidos em direito. Parágrafo único. A falta de prova ou inexistindo cláusula expressa e tal respeito, entender-se-á que o empregado se obrigou a todo e qualquer serviço compatível com a sua condição pessoal. 2. NORMAS REGULAMENTADORAS (NRs) NR1 - As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. NR2 - Inspeção Prévia: Estabelece as situações em que as empresas deverão solicitar ao MTB a realização de inspeção prévia em seus estabelecimentos, e como deverá ser feito. NR3 - Embargo ou Interdição: Estabelece as situações em que as empresas se sujeitam a sofrer paralisação de seus serviços, máquinas ou equipamentos, bem como os procedimentos a serem observados, pela fiscalização trabalhista, na adoção de tais medidas punitivas no tocante à Segurança e a Medicina do Trabalho. NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas, que possuam empregados regidos pela CLT, de organizarem e manterem em funcionamento, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas organizarem e manterem em funcionamento, por estabelecimento, uma comissão constituída www.portaleducacao.com.br exclusivamente por empregados com o objetivo de prevenir infortúnios laborais, através da apresentação de sugestões e recomendações ao empregador para que melhore as condições de trabalho, eliminando as possíveis causas de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. NR6 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI: Estabelece e define os tipos de EPI's a que as empresas estão obrigadas a fornecer a seus empregados, sempre que as condições de trabalho o exigirem, a fim de resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. NR7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional: Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. NR8 - Edificações: estabelece requisitos sobre os requisitostécnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham. NR9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais: Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos www.portaleducacao.com.br ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. NR10 - Instalações e Serviços em Eletricidade: Estabelece as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo elaboração de projetos, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação, assim como a segurança de usuários e de terceiros, em quaisquer das fases de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica, observando- se, para tanto, as normas técnicas oficiais vigentes e, na falta destas, as normas técnicas internacionais. NR11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais: Estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais. NR12 - Máquinas e Equipamentos: Estabelece as medidas prevencionistas de segurança e higiene do trabalho a serem adotadas pelas empresas em relação à instalação, operação e manutenção de máquinas e equipamentos, visando à prevenção de acidentes do trabalho. NR13 - Caldeiras e Vasos de Pressão: Estabelece todos os requisitos técnicos-legais relativos à instalação, operação e manutenção de www.portaleducacao.com.br caldeiras e vasos de pressão, de modo a se prevenir à ocorrência de acidentes do trabalho. NR14 - Fornos: Estabelece as recomendações técnicos-legais pertinentes à construção, operação e manutenção de fornos industriais nos ambientes de trabalho. NR15 - Atividades e Operações Insalubres: Descreve as atividades, operações e agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerância, definindo, assim, as situações que, quando vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos trabalhadores, ensejam a caracterização do exercício insalubre, e também os meios de proteger os trabalhadores de tais exposições nocivas à sua saúde. NR16 - Atividades e Operações Perigosas: Regulamenta as atividades e as operações legalmente consideradas perigosas, estipulando as recomendações de prevenção correspondentes. NR17 - Ergonomia: Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção: Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de organização, que objetivem a implementação de medidas de controle e sistemas www.portaleducacao.com.br preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil. NR19 - Explosivos: Estabelece as disposições regulamentadoras acerca do depósito, manuseio e transporte de explosivos, objetivando a proteção da saúde e integridade física dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. NR20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: Estabelece as disposições regulamentares acerca do armazenamento, manuseio e transporte de líquidos combustíveis e inflamáveis, objetivando a proteção da saúde e a integridade física dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. NR21 - Trabalho a Céu Aberto: Tipifica as medidas prevencionistas relacionadas com a prevenção de acidentes nas atividades desenvolvidas a céu aberto, tais como, em minas ao ar livre e em pedreiras. NR22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração: Estabelece métodos de segurança a serem observados pelas empresas que desenvolvam trabalhos subterrâneos de modo a proporcionar a seus empregados satisfatórias condições de Segurança e Medicina do Trabalho. NR23 - Proteção Contra Incêndios: Estabelece as medidas de proteção contra Incêndios, estabelece as medidas de proteção contra incêndio que devem dispor os locais de trabalho, visando à prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores. NR24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho: Disciplina os preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de trabalho, especialmente no que se refere a: banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamentos e água potável, visando à higiene dos locais de trabalho e a proteção à saúde dos trabalhadores. NR25 - Resíduos Industriais: Estabelece as medidas preventivas a serem observadas, pelas empresas, no destino final a ser dado aos resíduos industriais resultantes dos ambientes de trabalho de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. NR26 - Sinalização de Segurança: Estabelece a padronização das cores a serem utilizadas como sinalização de segurança nos ambientes de trabalho, de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. www.portaleducacao.com.br NR27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho: Estabelece os requisitos a serem satisfeitos pelo profissional que desejar exercer as funções de técnico de segurança do trabalho, em especial no que diz respeito ao seu registro profissional como tal, junto ao Ministério do Trabalho. NR28 - Fiscalização e Penalidades: Estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalização trabalhista de Segurança e Medicina do Trabalho, tanto no que diz respeito à concessão de prazos às empresas para a correção das irregularidades técnicas, como também, no que concerne ao procedimento de autuação por infração às Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho. NR29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário: Tem por objetivo Regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, facilitar os primeiro socorros a acidentados e alcançar as melhores condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários. As disposições contidas nesta NR aplicam-se aos trabalhadores portuários em operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do porto organizado. NR30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário: Aplica-se aos trabalhadores de toda embarcação comercial utilizada no transporte de mercadorias ou de passageiros, na navegação marítima de longo curso, na cabotagem, na navegação interior, no serviço de reboque em alto-mar, bem como em plataformas marítimas e fluviais, quando em deslocamento, e embarcações de apoio marítimo e portuário. NR31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura: Estabelece os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aqüicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho. NR32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. Estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteçãowww.portaleducacao.com.br à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Disponível em (http://www.sobes.org.br/nrs.htm) MÓDULO II 3. DOENÇAS OCUPACIONAIS Introdução O profissional de saúde que está envolvido na saúde do trabalhador necessita de uma observação mais apurada do que está oferecendo risco a saúde do trabalhador e com isso elaborar um planejamento para reduzir o risco à saúde, pois é inadmissível que um trabalhador em perfeitas condições de saúde venha adquirir algum mal. Segundo Salermo (2001) a grande tarefa do profissional de saúde e do trabalhador é prestar manutenção à saúde de forma individual e coletiva. São os males provocados pelas condições e/ou pelo exercício da atividade diária de trabalho, sem levar em conta aspectos físicos, mentais e emocionais dos trabalhadores. As causas podem ser movimentos repetitivos, carga excessiva, situações de estresse elevado e continuado, pressão abusiva por parte da organização do trabalho na empresa e outros. Para tanto, serão abordadas de forma sistematizada através dos sistemas as doenças do trabalhador. Classificação das doenças do trabalho de acordo com os sistemas ou aparelhos. Sistema tegumentar: A pele oferece uma área de contato com o meio ambiente muito grande, por isso é uma região do corpo que fica muito exposta às agressões do trabalho, portanto as patologias relacionadas a esse sistema http://www.sobes.org.br/nrs.htm www.portaleducacao.com.br são definidas como dermatoses ocupacionais. Dermatoses ocupacionais Salim (2001) define dermatose ocupacional como “toda alteração de pele, mucosas e anexas causadas, condicionada, mantida ou agravada por tudo aquilo que seja utilizado na atividade profissional ou existia no ambiente de trabalho”. Alguns fatores devem ser levados em consideração como: localização das dermatoses, idade, sexo, tipo de lesão, irritação primária e sensibilização primária. Localização: as dermatoses ocupacionais são por contato, costumam aparecer nas áreas de pele exposta à substância causadora, geralmente mãos, antebraços, pés, pernas e abdome. As dermatoses podem surgir de uma pequena lesão que pode ser simples até uma doença de base como hanseníase. Não podemos deixar de falar sobre as lesões eczematosas que segundo Carvalho (2001) são: Elaioconioses, discromias, hiperceratoses e fitotoxicidade. Os tumores cutâneos ocupacionais Os tumores cutâneos ocupacionais são sem dúvida muito freqüentes, principalmente em razão da exposição aos raios ultravioleta do sol. Como são patologias graves mais facilmente evitáveis, vale a pena tratar-se do assunto com grande atenção, orientando o horário de trabalho fora dos horários de sol mais agressivo, o uso de chapéu e roupas de algodão fechadas são meios de prevenir como forma de equipamento de proteção à saúde que deve ser disponibilizado pela empresa. Sistema respiratório Os locais de trabalho têm oferecido, cada vez mais, ambientes poluídos por diversos elementos, gasosos e sólidos, presentes no ar como gases e micropartículas. Tais substâncias levam desde incômodo respiratório até patologias graves e mortais, como asma ocupacional e pneumoconioses. www.portaleducacao.com.br Alguns gases presentes no ambiente de trabalho podem atuar como: irritantes, asfixiantes simples ou químicos. Os gases irritantes são substâncias químicas que, em contato com o ar ambiente, assumem a forma gasosa e tem grande afinidade por água e, ao entrarem em contato com a mucosa respiratória, aderem ao tecido e o agridem. Exemplos são os aminoácidos e produtos clorados utilizados para limpeza. Lista de doenças do sistema respiratório relacionadas ao trabalho, de acordo com a portaria do ministério da saúde n.º 1.339/1999 • Faringite aguda não-especificada (angina aguda, dor de garganta) • Laringotraqueíte aguda e laringotraqueíte crônica • Outras rinites alérgicas • Rinite crônica • Sinusite crônica • Ulceração ou necrose do septo nasal e perfuração do septo nasal • Outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas (inclui asma obstrutiva, bronquite crônica, bronquite asmática, bronquite obstrutiva crônica) • Asma • Pneumoconiose dos trabalhadores do carvão • Pneumoconiose devida ao asbesto (asbestose) e a outras fibras mineirais • Pneumoconiose devida à poeira de sílica (silicose) • Pneumoconiose devida a outras poeiras inorgânicas: beriliose, siderose e estanhose • Doenças das vias aéreas devidas a poeiras orgânicas: bissinose • Pneumonite por hipersensibilidade à poeira orgânica: pulmão do granjeiro (ou pulmão do fazendeiro); bagaçose; pulmão dos criadores de pássaros; suberose; pulmão dos trabalhadores de malte; pulmão dos que www.portaleducacao.com.br trabalham com cogumelos; doença pulmonar devida a sistemas de ar condicionado e de umidificação do ar; pneumonite de hipersensibilidade devida a outras poeiras orgânicas; pneumonites de hipersensibilidade devidas à poeira orgânica não-especificada (alveolite alérgica extrínseca SOE; e pneumonite de hipersensibilidade SOE) • Afecções respiratórias devidas à inalação de produtos químicos, gases, fumaças e vapores: bronquite e pneumonite (bronquite química aguda); edema pulmonar agudo (edema pulmonar químico); síndrome da disfunção reativa das vias aéreas e afecções respiratórias crônicas • Derrame pleural e placas pleurais • Enfisema intersticial • Transtornos respiratórios em outras doenças sistêmicas do tecido conjuntivo classificadas em outra parte: síndrome de Caplang A asma ocupacional A asma ocupacional ocorre em indivíduos predispostos, que tenham algum grau de atopia, o diagnóstico é feito pelo médico e é identificado através da anamnese e o diagnóstico é fechado através do exame de espirometria, no qual se mede a capacidade pulmonar do trabalhador. As causas mais comuns de asma presentes nos ambientes de trabalho são o ar frio (normalmente afetam indivíduos com asma prévia). As pneumoconioses As pneumoconioses são patologias decorrentes de um acúmulo de poeiras orgânicas ou inorgânicas (minerais) e a gases nocivos (fumaças e aerossóis) nos pulmões e a reação tecidual à sua presença o qual depende da composição da substância, sua concentração e sua capacidade de iniciar uma resposta imune, suas propriedades irritantes, da duração da exposição e da resposta ou susceptibilidade do indivíduo ao irritante. As pneumoconioses podem ser colagênicas ou não colagênicas, ou seja, a presença de poeira nos pulmões pode ou não determinar uma reação colágena no tecido pulmonar as principais substâncias que levam a www.portaleducacao.com.br pneumoconiose são o ferro, asbestose, sílica e o estanho. Salermo (2001) Portanto, cada substância vai ter uma reação diferente ao tecido. A sílica tem propriedades fibrogênicas, são inaladas, lesões nodulares são produzidas ao longo dos pulmões, com a passagem do tempo e uma maior exposição, os nódulos aumentam e convalescem. Formam-se massas densas na parte superior dos pulmões, resultando na perda do volume pulmonar, a destruição fibrótica do tecido pulmonar pode levar ao enfisema, hipertensão pulmonar e cor pulmonale. Com a asbestose as fibras inaladas entram nos alvéolos, onde são envolvidas pelo tecido fibroso e geralmente oblitera o alvéolo e com isso afetam a pleura, que se espessa e desenvolve uma placa levando a diminuição no volume de oxigênio e dióxido de carbono e hipoxemia. A principal pneumoconiose no Brasil é a Silicose que é causada pela sílica, a sílica está presente em diversos processos industriais dos quais convêm destacar: cerâmicas brancas, jateamento de areia, extração mineral e acabamento de pedras (granitos, mármores). As micropartículasde poeira de sílica têm formato semelhante ao de uma pirâmide, com ângulos cortantes. Uma vez aspiradas, são envolvidas por reação inflamatória de defesa dos pulmões, na tentativa de eliminá-las. Salerno (2001) Tipos de pneumoconiose, agente causador e tipo de reação tecidual que provoca segundo Carvalho (2001): Tabela 1 Pneumoconiose Agente Causador Reação Tecidual Asbestose Asbeto ou amianto Colagênica Mineradores Carvão Colagênica Aluminose Alumínio Colagênica Mista Alumínio Colagênica Estanhose Estanho Não colagênica Siderose Ferro Não colagênica O tratamento das pneumoconioses é basicamente a prevenção através de educação continuada desenvolvida pelo enfermeiro do trabalho, explicando a www.portaleducacao.com.br importância e responsabilidade do uso correto dos EPI. O câncer de pulmão O câncer de pulmão é o mais comum dos tumores malignos, apresentando um aumento por ano de 2% na sua incidência mundial, a mortalidade por esse tumor é muito grande. O câncer de pulmão relacionado ao trabalho. As substâncias presentes em suspensão no ambiente de trabalho são inaladas e muitas delas são carcinogênicas, podendo levar ao câncer do pulmão ao longo do tempo (CARVALHO, 2001), pelo tempo de exposição ao agente causador, principalmente quando o indivíduo tem predisposição para desenvolver tal patologia. Por isso a importância do exame admissional para identificar possíveis riscos que o indivíduo possa ter em desenvolver certas doenças, principalmente as doenças em longo prazo. A ONS (Organização Nacional de Saúde) classifica as seguintes substâncias como causadoras de câncer de pulmão: arsênio, asbesto, éter, bis- clorometílico, cromo hexavalente, níquel e compostos aromáticos policíclicos, cloreto de vinila e radônio. Sistemas de equipamentos de proteção respiratória A variedade de tarefas que são realizadas com proteção respiratória é demasiadamente grande para um único tipo universal de equipamento. Desenvolveu-se, portanto, para atender às inúmeras tarefas distintas, várias espécies diferentes de proteção respiratória. Pelo efeito de sua proteção os equipamentos de proteção respiratória são divididos em 2 grupos principais, assim temos “os dependentes” que dependem do efeito do ar atmosférico e “os independentes”, aqueles que independem do efeito ao ar atmosférico ambiental. Filtros Os filtros de respiração retêm os poluentes do ar respirado, porém não fornecem oxigênio. Em decorrência deste fato só poderão ser usados em www.portaleducacao.com.br atmosferas que contenham no mínimo 19,5% em volume de oxigênio. Os filtros de respiração aparecem nas mais variadas formas construtivas. São concebidos como: - Filtros de encaixe; - Filtros de rosca; - Filtros de cartucho. Em lugares com deficiência de oxigênio ou com elevadas concentrações de contaminantes, é obrigatório o uso de equipamentos que independem do meio atmosférico ambiental, tais como: - Equipamento de respiração com linha de ar; - Equipamentos autônomos de respiração a ar comprimido; - Equipamentos autônomos de respiração com oxigênio. Filtros contra gases Os filtros contra gases são recheados com carvão ativo, cuja estrutura porosa oferece uma grande superfície. Enquanto o ar respirado flui através da carga de carvão ativo do filtro, as moléculas do contaminante são retidas na grande superfície do carvão ativo granulado. Para muitos outros gases (por exemplo: amônia, cloro, dióxido de enxofre), o efeito de retenção no filtro poderá ser melhorado com a impregnação do carvão com produtos químicos de retenção, utilizando-se para tanto sais minerais e elementos alcalinos. www.portaleducacao.com.br Filtros contra aerodispersóides Os filtros contra aerodispersóides consistem de material fibroso microscopicamente fino. Partículas sólidas e líquidas são retidas na superfície dessas fibras com grande eficiência. Filtros combinados Os filtros combinados formam a união de filtro contra gases e de filtro contra aerodispersóides numa mesma unidade filtrante. Oferecem proteção quando gases e aerodispersóides aparecem simultaneamente no ambiente. O ar inalado atravessa inicialmente o filtro contra aerodispersóides que retêm todas as partículas em suspensão no ar. Tempo de uso e saturação Dependendo de suas dimensões e das condições de uso, os filtros de respiração são capazes de reter certa quantidade de contaminantes. Os filtros contra aerodispersóides em geral tendem a se fechar mais com o uso. A resistência respiratória aumenta. Quando os filtros contra gases são usados até o limite, atingindo sua saturação, o usuário nota-o em geral pela percepção do cheiro característico de um gás ou pela irritação da mucosa. No uso de filtros combinados, dependendo da composição dos contaminantes, o filtro poderá saturar pelo entupimento dos aerodispersóides e assim se notaria uma elevada resistência respiratória ou o filtro se satura pelo elemento contaminante gasoso e a troca se fará quando notado o primeiro cheiro de gás. www.portaleducacao.com.br Armazenamento O armazenamento de filtro contra gases ou combinados, novos, na embalagem original de fabricação, e acondicionados convenientemente a vácuo, é de 3 anos após sua fabricação. Após o vencimento desse prazo os filtros não devem ser usados. Filtros contra aerodispersóides podem ser armazenados por tempo praticamente ilimitado. Os filtros uma vez abertos, mesmo que nunca usados, devem ser substituídos dentro de um prazo de 6 meses. Treinamento O treinamento deverá, no mínimo, incluir o seguinte: Instrução sobre a natureza dos perigos, bem como, uma apreciação do que poderia suceder, caso não utilize o equipamento correto. Comentários sobre o porque esse é o modelo indicado para o fim específico e sobre a capacidade e limitações dos dispositivos ou equipamentos, instrução e treinamento sobre o seu uso e instrução teórica e prática para reconhecer e saber enfrentar situações de emergência. Inspeção: Todos os equipamentos deverão ser inspecionados periodicamente, antes e depois do seu uso. Manutenção: Todos os equipamentos de proteção respiratória deverão ser limpos e higienizados depois de cada uso. Reparos: A substituição de peças que não sejam aproveitáveis, qualquer reparo e a manutenção dos equipamentos de proteção respiratória, deverão ser feitos pela Segurança do Trabalho que providenciará o contato com o órgão especializado e competente para tal. Método correto de uso: Para uso com segurança das máscaras faciais, existe um método padronizado e seguro cujos passos passamos a mostrar: Carregue-a sempre pendurada pela alça de borracha, pois estará sempre pronta www.portaleducacao.com.br para o uso. Segure a parte superior da máscara com as duas mãos, tendo antes o cuidado de “soltar” totalmente todos os tirantes; Coloque primeiramente o queixo, “vestindo” a máscara totalmente, posicionando-a no lugar certo; Aperte os tirantes inferiores, puxando as tiras de borracha autotravantes. Faça a mesma operação com os tirantes superiores; Da mesma forma ajuste o tirante posicionado sobre o couro cabeludo. Importante: Faça o teste de vedação tampando seu bocal ou apertando a traquéia da máscara. Se a máscara estiver bem ajustada, o contorno do equipamento aderirá fortemente ao rosto, impedindo possíveis infiltrações de gases para dentro da máscara. Se isso não ocorrer aperte novamente os tirantes, fazendo novo teste. Obs.: Nas máscaras autônomas (faciais) este teste deverá ser feito com o suprimento de ar fechado. Em seguida deverá ser colocado o filtro e/ou aberto o suprimento de ar. Para retirar a máscara, aperte a parte interna da fivela dos tirantes de fixação de borracha, fazendo a operação ao inverso: • Tirante do courocabeludo; • Tirantes superiores; • Tirantes inferiores. Sistema nervoso e órgãos dos sentidos As substâncias químicas e físicas são as maiores causadoras de acometimentos neurológicos, em relação às substâncias químicas destacam-se os solventes que são utilizados em diversos trabalhos, os solventes são compostos orgânicos: álcoois, os glicóis, os hidrocarbonetos e acetonas. Os solventes são utilizados em diversas áreas de trabalho, postos de combustíveis – todos os produtos do posto contêm solventes (álcool, gasolina, diesel, querosene) nas indústrias de tintas e vernizes (tolueno, xileno) borrachas, colas e cosméticos. De acordo com Salerno (2001) todos os solventes, quando inalados em grande quantidade deixa a pessoa como se estivesse embriagada, sentindo tonturas, cefaléias e até mesmo chegar a um estado de torpor, esse estado, em www.portaleducacao.com.br curto prazo em longo prazo os solventes podem levar a danos neurológicos irreversíveis. Os metais também têm muita afinidade com o sistema neurológico pode causar lesões irreversíveis com quadros de encefalopatia tóxica crônica (demência, alterações piramidais, extrapiramidais e cerebelares). A surdez do trabalhador pode aparecer a determinados solventes, mais a maior perda da audição e por ruído. O ruído contínuo leva a uma lesão de cóclea quando o trabalhador é exposto a um ruído intenso, temos a ocorrência do trauma. O que se podem observar rupturas e desgarramentos timpânicos, hemorragias na orelha interna e mesmo desgarramento das células do órgão de Corti, já no caso de exposição a ruídos não tão intensos, mas por tempo prolongado, como nas fábricas, há a instalação das perdas auditivas induzidas por ruído (PAIR). Estas são caracterizadas por alterações metabólicas nas células de Corti, que resultam em déficit auditivos, zumbidos e mesmo tonturas, dada a proximidade da cóclea e órgão vestibular. Existe uma situação pré-lesional em relação ao ruído quando, por não ser intenso e/ou não prolongado, provoca perda temporária da audição, com recuperação após repouso sonoro (SILVA E COSTA, 1998). A avaliação e feita através do exame de Audiometria, quando se avalia a audição, três características são importantes: freqüência, tonalidade e intensidade. A unidade de mensuração da sonoridade (intensidade do som) é o decibel (dB), a pressão exercida pelo som. A perda da audição é medida em decibéis, uma função logarítmica da intensidade, a qual não é facilmente convertida em um percentual. O nível crítico da sonoridade é de aproximadamente 30 dB. O amassar de papéis em um ambiente tranqüilo tem cerca de 15 dB; uma conversação baixa, 40 dB;e um avião a jato a 30 m de distância, cerca de 150 dB. O som acima de 80 dB é percebido pelo ouvido humano como sendo perturbador e pode ser lesivo ao ouvido interno (BRUNNER, 2002). www.portaleducacao.com.br Tabela 2 Gravidade da Perda da Audição Perda em Decibéis (dB) Interpretação 0-15 Audição normal >15-25 Perda auditiva discreta >25-40 Perda auditiva branda >40-55 Perda auditiva moderada >55-70 Perda auditiva moderada a grave >70-90 Perda auditiva grave >90 Perda auditiva profunda Gráfico 1 Disponível em: http://www.audiciondelbebe.org/ www.portaleducacao.com.br Esses gráficos são esboços de AUDIOGRAMA que apresenta gráficos da audição conforme medida por tons de diferentes gradações, variando de 125 a 8000 ciclos por segundo (cps) ou Hertz (Hz). Esses audiogramas mostram a audição normal, perda auditiva leve, perda auditiva moderada e perda auditiva severa. Sistema digestivo O órgão do sistema digestivo mais acometido devido à exposição ocupacional é o fígado. O fígado é o grande responsável pela metabolização de substâncias estranhas ao organismo humano e, neste processo, pode entrar em sofrimento ou mesmo falência. É que os solventes têm afinidade por tecidos gordurosos e assim depositam-se nos órgãos ricos em gordura, como sistema nervoso e medula óssea e fígado (por isto as lesões de sistema nervoso e a aplasia de medula, provocadas pelo benzeno). Além disso, é levado ao fígado pela corrente sangüínea na tentativa de serem metabolizadas, para posteriormente poderem ser eliminadas pelas fezes, urina ou suor. É neste momento que se faz, necessário o raciocínio para o qual se chamou a atenção no início deste capítulo. Ora, todos nós somos expostos aos vapores de alguns solventes, trabalhadores ou não. Mas qual é o esforço que o fígado de um pintor que utilize “tinner” para diluir a tinta faz ao metabolizar este “tinner”, e qual é o esforço que o fígado de um estudante faz para realizar o mesmo processo, considerando que o pintor entra em contato com o solvente todos os dias, o dia todo e o estudante só eventualmente? Fica evidente que o pintor tem maior chance de desenvolver alguma patologia hepática, é bom lembrar que as patologias hepáticas são irreversíveis e que a melhor forma de tratamento e prevenção é o diagnóstico precoce (CARVALHO, 2001). Sistema urinário Os solventes e os metais (chumbo, arsênio e mercúrio podem levar à nefropatia tóxica. No caso dos metais esta situação pode ocorrer, de modo semelhante ao que ocorre no fígado, na tentativa de eliminação: por serem pesados fisicamente, os metais depositam-se nos túbulos e glomérulos, www.portaleducacao.com.br causando dano ao órgão, podendo levar a IR (insuficiência Renal). As aminas aromáticas, são consideradas causadoras de câncer de bexiga. Nos casos de exposição a substâncias químicas carcinogênicas deve- se em primeiro lugar evitar a exposição do trabalhador, ou seja, organizar o processo de trabalho em sistema fechado, de modo a evitar a exposição do ser humano. Os trabalhadores com risco de exposição devem ser avisados dos riscos que correm por meio de processo educativo contínuo pela equipe de saúde (CARVALHO, 2001). Sistema músculo esquelético As principais lesões que podem acometer o sistema músculo esquelético são as lesões por movimentos repetitivos (LER) e as lombalgias por não ter móveis ergonomicamente corretos como as cadeiras de escritório ou até mesmo dos domicílios. Lombalgias As lombalgias normalmente surgem após um esforço físico aparecendo de forma aguda na coluna o que não é considerado como patologia, mas é um acidente de trabalho. A dor da coluna lombar pode ser basicamente por dois motivos: contratura muscular paravertebral e de esforço repetido ou mau jeito. A prevenção e compreender que o ser humano não é um carregador de carga, nos hospitais ainda e difícil automatizar um transporte de um paciente ou até mesmo mudança de decúbito, nos EUA já existem máquinas para fazer esses serviços. Realizar atividades físicas durante a jornada de trabalho, isso tem que partir da empresa, desenvolvendo programas de perda de peso e realizar ginástica laboral (SALERNO, 2001). As LER, DORT ou AMERT LER é o conjunto de doenças causadas pelo esforço repetitivo. A LER envolve tenossinovite, tendinite, bursite, embora conhecida há mais de 100 anos as LER tornou-se, a partir da década de 1990, muito freqüente devido ao advento da informática e dos computadores. www.portaleducacao.com.br DORT ou AMERT – Distúrbios Osteomusculares Relacionado ao Trabalho, termo abrangente que se refere aos distúrbios ou doenças do sistema músculo esquelético, principalmente do pescoço e membros superiores, relacionados, comprovadamente ou não, ao trabalho (NASCIMENTO E MORAIS, 2000). Classificação das LER Para Miranda (1998) e Lech (1990) é necessário à compreensão de todas as síndromes dolorosas e nervosas compressivas, as síndromes dolorosas mais comuns são: Tenossinovite, dedo de Gatilho, doença de Quervain, síndrome do túnel do carpo, síndrome do túnel Ulnar, epicondilite,
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