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Analise de modelos - dentição mista

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Thainara Stefanelli 
 
 
 
Os modelos de estudo em gesso são um dos elementos para 
diagnóstico e planejamento dos tratamentos ortodônticos. 
Permite análise minuciosa da face oclusal dos dentes superiores e 
inferiores, forma e simetria dos arcos, alinhamento dental, giroversões, 
anomalias de forma e tamanho dental, diastemas resultantes de freios 
com inserção baixa, morfologia das papilas interdentais e formato do 
palato. 
Com os modelos em oclusão, podemos determinar a relação dos 
molares (classificação de Angle), sobremordida, sobressalência, 
mordidas cruzadas posteriores e anteriores, mordidas abertas, 
inclinações axiais, curva de Spee, etc. 
 
Além disso tudo, os modelos de estudo nos permitem 
fazer medições para determinar a relação entre a 
quantidade de espaço no arco alveolar e a quantidade 
de espaço exigida para que todos os dentes se alinhem 
corretamente. 
As análises da discrepância de modelo podem ser 
realizadas na dentadura permanente e na dentadura 
mista. 
 
 
 
ANÁLISE DA DISCREPÂNCIA DE 
MODELO 
A análise da discrepância de modelo na dentadura 
permanente é realizada só no arco inferior por razões 
mecânicas e funcionais ligadas à própria arquitetura 
óssea. 
#MATERIAIS: 
- modelo de gesso inferior – ficha cartão – compasso de 
ponta seca – lápis – borracha – régua milimetrada 
 
Para o cálculo da discrepância de modelo (DM), é 
necessário inicialmente medir o espaço presente (EP) e 
o espaço requerido (ER). 
ESPAÇO PRESENTE (EP) → tamanho do osso basal – 
entre mesial do primeiro molar permanente de um lado 
à mesial do primeiro molar permanente do lado oposto. 
Realiza por pequenos segmentos até a mesial do 
primeiro molar do lado oposto. Primeiro coloca o 
compasso na mesial do primeiro molar e abre até 
alcançar a papila entre o canino e o primeiro pré-molar. 
Em casos de diastemas, os espaços serão medidos 
individualmente. 
Também pode ser feito com auxílio de um fio de latão 
e régua milimetrada. 
 
 
 
 
Análise de modelo + Cefalometria → permitem 
ao ortodontista prever a necessidade de um 
tratamento ortodôntico com ou sem extrações 
´ 
Thainara Stefanelli 
 
 ESPAÇO REQUERIDO (ER) → 
somatória do maior diâmetro 
mesio-distal dos dentes 
permanentes localizados de 
mesial do primeiro molar 
permanente de um lado à 
mesial do primeiro molar 
permanente do lado oposto. 
Medir individualmente o diâmetro MD de cada dente e 
transferir para a ficha cartão. Depois somar com a régua 
milimetrada. 
DISCREPÂNCIA DE MODELO (DM) → diferença entre 
o espaço presente (EP) e o espaço requerido (ER) e 
pode ser positiva, negativa ou nula. 
DM = EP – ER 
#discrepância + → EP maior que ER. Presença de 
diastemas no arco dental, sobrando, portanto, espaço 
para nivelar os dentes. 
#discrepância - → EP menor que ER. Não existe espaço 
suficiente para perfeito nivelamento dos dentes. 
#discrepância nula → EP = ER. 
ANÁLISE DA DENTADURA MISTA 
A dentadura mista caracteriza-se pela presença, no 
arco, de dentes decíduos e permanentes em diferentes 
estágios de desenvolvimento. 
Para fins de análise, devem estar presentes no arco os 
4 primeiros molares permanentes e os incisivos 
superiores e inferiores permanentes. 
Através de estudos do crescimento dos ossos 
maxilares, sabe-se que o perímetro dos arcos não se 
altera de mesial do 1ºMP à mesial do 1ºMP do lado 
oposto a partir dos 4 anos. 
PORÉM, em alguns casos este crescimento pode se 
estender no máximo até os 8 anos. Isso nos permite, 
a partir desse período, realizar análises de espaço para 
a erupção dos demais dentes permanentes. 
 
 
 
 
Na análise da dentadura mista utilizamos os 
modelos superior e inferior. 
Também avaliar Espaço Presente, Espaço Requerido e 
Discrepância (se é +, - ou =). 
Existem duas formas de realizar = método estatístico 
(análise de Moyers) e método radiográfico. 
Analise de Moyers 
Essa análise é feita pelo método estatístico, onde 
Moyers dividiu o arco em dois segmentos: o anterior, 
que corresponde aos incisivos permanentes, e o 
posterior, onde estão incluídos os caninos, primeiros e 
segundos molares decíduos. 
Acima de 7 anos pode fazer. É importante fazer essa 
análise, pois as vezes o ortodontista acha que não tem 
espaço e acaba por fazer desgastes ou exodontias 
desnecessárias. Precisa do compasso e do paquímetro. 
Técnica empregada para o cálculo da análise 
de Moyers 
1. Somatória do diâmetro mesio-
distal dos incisivos inferiores. 
Média: 5mm. Aqui iremos observar 
os incisivos inferiores. 
Com o paquímetro, medir e marcar 
igual a imagem ao lado. Cada risquinho é a distancia 
MD de um dente. 
2.Determinar o espaço disponível 
(ED) para caninos e pré-molares 
permanentes. 
Lembrar = espaço disponível é o 
sapato e o espaço requerido é o 
pé. 
Essa etapa é realizada após o 
alinhamento dos incisivos, ou 
seja, temos que imaginar que eles 
vão se alinhar (igual na etapa 1). 
Desde a distal dos incisivos laterais até a mesial dos 
primeiros molares. 
3. Determinar o espaço requerido (ER) para caninos e 
pré-molares. 
Depois de achar o ED, achar o ER. Ele é o diâmetro MD 
de caninos permanentes, primeiro e segundo pré. 
Logo, vamos saber se esses dentes cabem no ED. 
Para saber o espaço requerido, tira uma radiografia ou 
uma tomografia. Porém, tem uma tabela de 
probabilidade para predizer a soma das larguras dos 
caninos e prés. 
Em arcada superior – também é feita a média com base 
nos incisivos INFERIORES!!! 
4. Determinar a discrepância dentária (ED-ER). 
Subtrair o ED – ER pra ver se vai faltar ou sobrar espaço 
As análises da dentadura mista visam prever 
através de tabelas ou radiografias, o tamanho 
dos dentes permanentes não erupcionados e se 
estes terão espaço no arco ósseo. 
Thainara Stefanelli 
 
 
Caso para exemplicar 
 
1. Somatória do diâmetro mésio-distal dos 
incisivos inferiores 
Vamos supor que nesse caso é 24mm. 
 
2. Determinar o espaço disponível (ED) para caninos e 
pré-molares permanentes 
 
 
3. Determinar o espaço requerido (ER) para caninos e 
pré-molares 
Faz com base em radiografias OU tabela de 
probabilidade (75%). Então nesse caso observamos de 
acordo com os 27mm. 
 
4. Determinar a discrepância dentária (ED-ER). 
 
Por fim, soma tudo, lado direito + esquerdo mandíbula 
e lado direito + esquerdo maxila. 
Nesse caso, o paciente terá falta de espaço nos arcos, 
provavelmente, não tem como afirmar com certeza.

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