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3 ANTIBIÓTICOS . Os antibióticos disponíveis atualmente são muito eficazes, mas o seu uso deve ser cada vez mais criterioso, pois é acompanhado de toxicidade, aumento de alergias, reações cruzadas e da proliferação de microrganismos multirresistentes. . Cerca de um terço de todos os pacientes hospitalizados recebe, em algum momento de sua internação, antibioticoterapia, o que significa milhares de vidas salvas devido ao tratamento da infecção. . Antibióticos são substâncias extraídas de seres vivos, e que têm ação contra microrganismos. A maioria deles é extraída de fungos. . A penicilina foi o primeiro antibiótico a ser descoberto em 1928 pelo bacteriologista inglês Alexander Fleming (1881-1955). . Alguns antibióticos têm também ação anti-neoplásica, como por exemplo a bleomicina e a mitomicina. . Modificações sintéticas podem ser feitas em alguns antibióticos, aumentando seu espectro de ação ou diminuindo a resistência das bactérias. . Recentemente, descobriu-se que a adição de inibidores de betalactamases a antigos antibióticos também aumentam o espectro de ação dos antibióticos. As betalactamases são enzimas secretadas por bactérias que determinam bloqueios na ação dos antibióticos que possuem anel betalactâmico em sua estrutura, como as cefalosporinas e as penicilinas. . Quimioterápicos são substâncias sintéticas, isto é, não produzidas por seres vivos, e que possuem ação contra as bactérias. O exemplo mais importante deste grupo são as sulfas. PRINCÍPIOS GERAIS PARA O USO DE ANTIBIÓTICOS Conhecer o espectro de ação, doses e forma de administração adequada dos antibióticos disponíveis; Dispor previamente, sempre que possível, de um diagnóstico bacteriológico, antes de dar início a antibioticoterapia; Quando não for possível o diagnóstico bacteriológico de imediato, dirigir a terapêutica inicial aos patógenos que habitualmente causam aquele tipo de infecção; Conhecer a sensibilidade dos microrganismos aos antibióticos; Saber se há alergia a antibióticos, antes de iniciar o seu uso; Lembrar dos fatores que influenciam a decisão sobre a dose do antibacteriano, como idade, peso, função renal, gravidade da infecção. Uma dose inadequada pode contribuir para a resistência bacteriana; Reservar a terapêutica combinada para as seguintes situações: - nas infecções polimicrobianas; - no tratamento orientado inicial de infecções graves; na necessidade de efeitos sinérgicos, por exemplo, em pacientes imunocomprometidos e na endocardite infecciosa Febre, isoladamente, sem outras evidências de infecção, não é indicação para antibioticoterapia. Antibióticos não são antipiréticos. Considerar as seguintes possibilidades, caso o paciente não responda à antibioticoterapia em 72 horas: o agente infeccioso não é aquele suspeito, para o qual se iniciou a terapêutica empírica ou existem outros focos infecciosos; o agente infeccioso é resistente ao antibiótico utilizado; há penetração insuficiente dos antibióticos no foco infeccioso, por exemplo, em abscessos; há infecção relacionada a algum corpo estranho; existe algum déficit imunológico; alergia ao antibiótico; a etiologia da febre não é bacteriana Não prolongar a antibioticoterapia desnecessariamente; É fundamental a adesão do paciente do paciente ao tratamento. Para tanto, analisar os aspectos econômicos e os relativos ao intervalo de administração dos remédios; Não prolongar excessivamente a profilaxia per-operatória. Normalmente, uma única dose per-operatória é suficiente. Monitorizar o nível sangüíneo de drogas nefrotóxicas em pacientes com insuficiência renal; Considerar as interações com outras drogas; Antibióticos tópicos devem ser evitados, excetuando-se os casos de infecções oculares, cutâneas e ginecológicas. A ATIVIDADE DO ANTIBIÓTICO PODE DETERMINAR A MORTE DA BACTÉRIA (BACTERICIDA) OU A PARALISAÇÃO DAS ATIVIDADES METABÓLICAS DO MICRORGANISMO (BACTERIOSTÁTICA) BACTERIOSTÁTICOS BACTERICIDAS CONCENTRAÇÃO-DEPENDENTES BACTERICIDAS TEMPO-DEPENDENTES Cloranfenicol Aminoglicosídeos Penicilinas Macrolídeos Quilononas Cefalosporinas Sulfonamidas Metronidazol Outros betalactâmicos Tetraciclinas Vancomicina MECANISMOS DE RESISTÊNCIA BACTERIANA A resistência das bactérias aos antibióticos pode ser natural ou adquirida. Uma bactéria pode ser naturalmente resistente quando há: ausência de processo metabólico influenciável pelo antibiótico Produção de enzimas que inativam o antibiótico Particularidades inerente à própria morfologia bacteriana
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