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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE SÃO PAULO FORO CENTRAL CÍVEL 50ª VARA CÍVEL 1 Processo n. 0000000-55.2012.26.0100 Autor: Empresa A Réu: Empresa Z Vistos, etc. Trata-se de embargos de declaração interpostos pela Empresa A em face da sentença. Alega a embargante que a sentença seria omissa, pois teria deixado de apreciar o pedido de antecipação de tutela formulado na petição de alegações finais com apoio no art. 273, inc. II, do Código de Processo Civil. Com razão a embargante. De fato, a sentença silenciou-se a respeito do pleito antecipatório. Assim, passo a apreciá-lo. Presentes os requisitos legais, entendo que a antecipação de tutela deve ser deferida para determinar o imediato pagamento pela ré do valor arbitrado a título de danos emergentes. Com efeito, restou caracterizado nos autos “o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu”. Segundo a doutrina: “sendo provável o direito do demandante e desleal a conduta do demandado, o tempo normalmente necessário à prestação da tutela jurisdicional, objetivado nas fases padronizadas do procedimento ordinário, deixa de ser razoável, e a satisfação do direito pleiteado deve ser imediata. Na onda da relativização do binômio direito TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE SÃO PAULO FORO CENTRAL CÍVEL 50ª VARA CÍVEL 2 material-direito processual, em nome do acesso à ordem jurídica justa, a tutela antecipada sancionatória cumpre o fundamental papel de redimensionar o prazo razoável para a satisfação da pretensão e eleger novos parâmetros para aferir a tempestividade da tutela jurisdicional. Caracterizados os pressupostos do art. 273, caput e II, do Código de Processo Civil, só é tempestiva a tutela concedida imediatamente. É injusto, inconstitucional e ilegal que, ante a probabilidade de existência do direito do demandante e a conduta desleal do demandado, aquele continue a suportar o ônus do tempo do processo” (BRUNO VASCONCELOS CARRILHO LOPES, Tutela antecipada sancionatória, São Paulo, Malheiros, 2006, p. 28). Assim, acolho os embargos de declaração para sanar omissão presente na sentença e deferir a antecipação de tutela em favor da autora. Determino, portanto, o imediato pagamento da indenização pelos danos emergentes experimentados pela Empresa A, arbitrados em R$ 15.000.000,00 (quinze milhões de reais). São Paulo, 19 de fevereiro de 2013. Tício Fulano de Tal Juiz de Direito
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