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Contrato de Seguros O contrato de seguros privados é um acordo de vontade bilateral e oneroso avençado entre o consumidor denominado segurado e o fornecedor de serviços denominado sociedade seguradora, que gera a obrigação do segurado de pagar o prêmio do seguro e da seguradora de pagar a indenização fixada na proposta, ou apólice de seguros. O contrato de seguro é aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com outra (segurado), mediante o pagamento de um prêmio, a indenizá-la de prejuízo decorrente de riscos futuros, previstos no contrato (art. 1.432, CC). O segurado é o consumidor do contrato de seguros e tem por obrigação principal o pagamento do prêmio mensal ou anual para obter a proteção securitária. A sociedade seguradora (que não poderá explorar qualquer outro ramo de comércio ou indústria) é o fornecedor de serviços de seguros privados e se destina a garantir os riscos previstos no contrato de seguros, podendo recair sobre a vida, sobre a saúde, sobre o patrimônio, sobre os contratos e sobre inúmeros outros bens do segurado. Contrato de Adesão O contrato de seguros é um contrato por adesão típico, previsto no art. 3º, § 2º, da lei Federal nº 8.078, de 1990, que instituiu o Código de Defesa do Consumidor: “Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.” Beneficiário É a pessoa selecionada, previamente, pelo segurado na vigência do contrato de seguros para receber uma determinada importância segurada, quando ocorrerem certas condições contratuais. Contrato Formal Via de regra, o contrato de seguros é um contrato formal, que se aperfeiçoa com a emissão da apólice de seguros. No Novo Código Civil, temos no art. 758, “O contrato de seguro prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete do seguro, e, na falta deles, por documento comprobatório do pagamento do respectivo prêmio.” Proposta de Seguros A proposta de seguros consiste no instrumento contratual em que o segurado manifesta a sua vontade de obter a garantia de um ou mais riscos por uma sociedade seguradora, mediante o pagamento de um prêmio. Na hipótese do sinistro ocorrer dentro do prazo de 15 (quinze) dias do protocolo da proposta na sociedade seguradora, sem que tenha havido recusa formal, por ser a atividade securitária de risco, entende-se que o risco esteja coberto, devendo o segurado, ou o seu beneficiário, receber a indenização contratada. Apólice de Seguros A apólice é o documento emitido pela sociedade seguradora em virtude da aceitação dos riscos apresentados na proposta de seguros. É o instrumento contratual onde a sociedade seguradora manifesta formalmente o seu interesse em participar da relação securitária. O contrato de seguros, por via de regra, inicia- se com a emissão da apólice. Prêmio O prêmio é um dos elementos essenciais do contrato de seguros, que se traduz pela importância paga pelo segurado à sociedade seguradora para que esta assegure os riscos previstos na proposta de seguros e declarados na apólice. O pagamento do prêmio é a obrigação fundamental do segurado dentro do contrato de seguros. Nas hipóteses de contratos de seguros com prêmio parcelado, o inadimplemento do segurado gera a perda do direito à indenização contratada, se o sinistro vier a ocorrer no período em que o prêmio não estava pago. “Não terá direito a indenização o segurado que estiver em mora no pagamento do prêmio, se ocorrer o sinistro antes de sua purgação.” (art. 763, CC/2002). Indenização A indenização é a reparação do dano sofrido pelo segurado. A indenização é vulgarmente chamada de importância segurada, sendo a última expressão a mais apropriada na maioria dos contratos de seguros, devido ao seu caráter não indenitário propriamente dito. É sempre bom lembrar que algumas modalidades securitárias têm em vista a reparação de danos sofridos a bens dos segurados. Como exemplos de seguros com natureza indenitária temos o seguro automóvel, o seguro incêndio, o seguro marítimo etc. Mas, é bom esclarecer que nem sempre um contrato de seguros terá natureza indenitária. É o caso do seguro de vida que não tem qualquer natureza indenitária, haja vista que a vida não pode ser medida com um padrão econômico. O que ocorre, na prática, é a estipulação de uma importância segurada na hipótese de morte de um segurado, que não tem correlação com um dano propriamente dito. Sinistro É a ocorrência do risco com cobertura contratual. No caso de seguro automóvel, seria a ocorrência de um acidente de trânsito. Na hipótese de seguro incêndio, seria a destruição, causada por fogo, do móvel ou imóvel segurado. Nulidade do Contrato de Seguros O contrato de seguros é considerado nulo quando o seu objeto estiver relacionado a um ato ilícito: “Nulo será o contrato para garantia de risco proveniente de ato doloso do segurado, do beneficiário, ou de representante de um ou de outro.” (art. 762, CC/2002). Seguro Acautelatório O contrato de seguro acautelatório encontrava sua previsão legal no artigo 1.437 do Código Civil brasileiro de 1916 e visava garantir o segurado do risco eminente de liquidação extrajudicial ou de falência da sociedade seguradora. Embora o Novo Código Civil não preveja taxativamente essa modalidade de seguros privados, possuo a convicção de que ainda existe a possibilidade de realização de um seguro acautelatório, desde que a primeira seguradora seja comunicada da nova contratação, nos termos do art. 782 do Novo Código Civil brasileiro: “O segurado que, na vigência do contrato, pretender obter novo seguro sobre o mesmo interesse, e contra o mesmo risco junto a outro segurador, deve previamente comunicar sua intenção por escrito ao primeiro, indicando a soma por que pretende segurar-se, a fim de se comprovar a obediência ao disposto no art. 778.” Órgãos integrantes do Sistema Nacional de Seguros Privados O sistema nacional de seguros privados é composto, segundo o art. 8º do Decreto-Lei nº 73, de 1966, por: a) Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP; b) Superintendência de Seguros Privados – SUSEP; c) Instituto de Resseguros ao Brasil – IRB; d) Sociedades autorizadas a operar em seguros privados; e e) Corretores habilitados. O CNSP será presidido pelo Ministro de Estado da Fazenda e, na sua ausência, pelo Superintendente da SUSEP. A SUSEP, uma autarquia federal com sede na cidade do Rio de Janeiro, funciona como secretaria do CNSP. A atribuição fundamental da SUSEP é a de exercer o poder de polícia sobre as atividades de seguros privados, de previdência complementar aberta e de capitalização. Termo inicial do contrato de seguros Normalmente, o contrato de seguros se inicia com a emissão da apólice pela sociedade seguradora. Pode ocorrer, excepcionalmente, que o contrato de seguros tenha por termo inicial o momento do recebimento da proposta de seguros pela sociedade seguradora. O art. 1º, § 2º, da Circular SUSEP nº 47, de 1980, estabelece prazo para aceitação tácita da sociedade seguradora da proposta de seguros. Segundo regra do art. 1º, § 2º, da Circular SUSEP nº 47, de 1980, a sociedade seguradora passa a oferecer cobertura securitária automática, na hipótese de não recusar expressamente a proposta securitária dentro do prazo de 15 (quinze) dias, a contar do seu recebimento. Ou seja, os sinistros dentro do prazo de 15 (quinze) dias do recebimento da proposta de seguros pela sociedade seguradora terão cobertura contratual, independentemente da emissão da apólice. Ilegalidade da Estipulação de cláusula que permita rescisão unilateral do contrato por parte da sociedade seguradora O art. 51, XI, do Código de Defesa do Consumidor prevê que é abusiva a cláusula que permita o fornecedor de serviços rescindir unilateralmente o contrato. Modalidades de Seguros Obrigatórios Segundo o art. 20 do Decreto-Lei nº 73, de 1966, são obrigatórios osseguros de: a) danos pessoais a passageiros de aeronaves comerciais; b) responsabilidade civil dos proprietários de veículos automotores de vias terrestre, fluvial, lacustre e marítima, de aeronaves e dos transportadores em geral; c) responsabilidade civil do construtor de imóveis em zonas urbanas por danos a pessoas ou coisas; d) bens dados em garantia de empréstimos ou financiamentos de instituições financeiras pública; e) garantia de cumprimento das obrigações do incorporador e construtor de imóveis; f) garantia do pagamento a cargo de mutuário da construção civil, inclusive obrigação imobiliária; g) edifícios divididos em unidades autônomas; h) incêndio e transporte de bens pertencentes a pessoas jurídicas, situados no País ou nele transportados; i) crédito rural; j) crédito à exportação, quando julgado conveniente pelo CNSP,, ouvodo o Conselho Nacional do Comércio Exterior (CONCEX); Conseqüências da não realização de seguro obrigatório pelas pessoas jurídicas sediadas no Brasil. As pessoas jurídicas que não tiverem pago os prêmios dos seguros obrigatórios não poderão realizar operações de crédito com as instituições financeiras públicas (BNDES, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bancos Estaduais etc). Quem está autorizado a operar em Seguros Privados Poderão operar em seguros privados apenas Sociedades Anônimas ou Cooperativas, devidamente autorizadas. As Sociedades Cooperativas operarão unicamente em seguros agrícolas, de saúde e de acidentes de trabalho. Limite técnico É o valor máximo de retenção que uma sociedade seguradora deverá observar em suas carteiras de seguros privados, sendo esse limite estabelecido pela ciência atuarial (definido pela SUSEP). Operação de Cosseguro Cosseguro é o contrato de seguros privados realizado entre o segurado e duas ou mais sociedades seguradoras. É a divisão de um risco entre vários seguraores, ficando cada um deles responsável direto por uma quota-parte determinada do valor total do seguro. No seguro com cláusula de cosseguro, é emitida uma única apólice por uma das seguradoras, denominada líder. A atribuição da líder é receber a proposta, emitir a apólice, receber e distribuir o prêmio e liquidar os eventuais sinistros. Na apólice deve constar, obrigatoriamente, a quota-parte de cada seguradora no total da Importância Segurada (IS), garantindo-se que a responsabilidade seja assumida perante o segurado. Exemplo Em um cosseguro três seguradoras assumem uma responsabilidade de R$ 100.000,00 da seguinte forma: seguradora A (líder) 45%; seguradora B 35%; seguradora C 20%. Supondo-se que a taxa do seguro é de 5%, o cálculo da responsabilidade assumida, do prêmio recebido e da indenização a ser paga para o prejuízo de R$ 40.000,00 para cada cosseguradora será: Seguradora Responsabilidade Prêmio Indenização A 45% de R$ 100.000,00 5% de R$ 45.000,00 45% de R$ 40.000,00 B 35% de R$ 100.000,00 5% de R$ 35.000,00 35% de R$ 40.000,00 C 20% de R$ 100.000,00 5% de R$ 20.000,00 20% de R$ 40.000,00 A técnica das operações de seguros baseia-se em vários princípios, dentre os quais destacam-se o da distribuição de responsabilidades decorrentes dos negócios segurados, chamado princípio da pulverização das responsabilidades. O Cosseguro é uma das técnicas utilizadas para pulverizar as responsabilidades. O Cosseguro permite transformar um risco de grande vulto em vários outros de responsabilidade menores. Resseguro O resseguro é a operação pela qual a sociedade seguradora transfere a uma sociedade resseguradora parte da responsabilidade decorrente de um risco assumido em um contrato de seguros privados. A sociedade resseguradora ao transferir parte da responsabilidade de indenizar, conseqüentemente, terá que ceder à sociedade resseguradora parcela do prêmio securitário pago pelo segurado. Excepcionalmente, a cessão do resseguro poderá ser total. O resseguro é um ato jurídico contratutal. É um contrato bilateral, oneroso, aleatório e da mais estrita boa-fé. É diferente do cosseguro, uma vez que a operação de transferência parcial do risco assumido é feita entre as seguradoras, sem conhecimento do segurado. As partes contratantes do resseguro são o segurador e o ressegurador. O ressegurador pode efetuar um repasse de partes das responsabilidades recebidas, procedendo assim a uma cessão que recebe o nome de retrocessão. Retrocessão É a operação de que se socorre o ressegurador para repassar ao Mercado Segurador Nacional os excessos de responsabilidade que ultrapassarm os seus limites de capacidade de indenizar. Retrocessão é o resseguro do resseguro. Reserva Técnica Reserva técnica é uma expressão utilizada para definir os valores matematicamente calculados pelo segurador, com base nos prêmios recebidos dos segurados, para garantia dos pagamentos eventuais dos riscos assumidos e não expirados. O patrimônio líquido das sociedades seguradoras não poderá ser inferior ao valor do passivo não operacional, nem ao valor mínimo decorrente do cálculo da margem de insolvência. O passivo não operacional será constituído pelo valor total das obrigações não cobertas por bens garantidores. Principais princípios técnicos utilizados na atividade securitária a) mutualismo; b) dispersão do risco; c) homogeneidade de riscos; d) pulverização de riscos; e) seleção de riscos. Mutualismo O mutualismo é a base do contrato de seguros privados e permite que as sociedades seguradoras exerçam suas atividades com normalidade, minimizando o risco de liquidação extrajudicial ou de falência. O mutualismo consiste tecnicamente na repartição dos prejuízos por uma grande quantidade de consumidores de seguros. É um dos princípios fundamentais que regem o contrato de seguros privados e consiste na repartição dos prejuízos entre a carteira de segurados de uma determinada sociedade seguradora em pequenas parcelas e solidariamente, de modo que não seja afetada a sua estabilidade econômica. O princípio do mutualismo evita que o patrimônio das sociedades seguradoras seja exposto a um risco excessivo, em virtude do aumento do índice de sinistralidade na carteira de segurados, em um determinado período. Dispersão do Risco O princípio da dispersão de riscos é uma medida técnica utilizada pelas sociedades seguradoras que consiste no isolamento de riscos propostos. A utilização do princípio da dispersão de riscos possibilita a exclusão dos riscos que possam vir a comprometer o patrimônio das sociedades seguradoras, assim como permite o aumento do valor do prêmio contratual. Por exemplo: o departamento de análise de riscos de uma sociedade seguradora, ao se deparar com uma proposta de seguros de uma indústria química, visando a cobertura contra riscos diversos, deverá em primeiro lugar enviar uma equipe de técnicos até a empresa proponente, com o intuito de vistoriar o patrimônio a ser segurado. A finalidade da visita da equipe técnica é a realização de um relatório, discriminando as áreas de menor e de maior grau de sinistralidade. Nesse sentido, os riscos serão isolados na análise técnica, situação que tornará claro para a sociedade seguradora as áreas da indústria química mais sujeitas a algum sinistro, como, por exemplo, as caldeiras, as instalações elétricas, a utilização de equipamentos de segurança etc. Em decorrência da aplicação desse princípio, a sociedade seguradora poderá aumentar o prêmio, recusar alguns riscos, ou até rejeitar a proposta de seguros. É o princípio da dispersão que faz com que a cobertura de certos riscos seja excluída do contrato de seguros e se torne menos onerosa a sua cobertura. Através do princípio da dispersão do risco ocorre o isolamento de determinados riscos, visando a diminuição das conseqüências danosas do sinistro (ex. isolamento de um setor de uma fábrica de alto risco, através da utilização de porta corta-fogo). Homogeneidade de Riscos O princípio da homogeneidade deriscos determina que a cobertura dos riscos terá por objeto bens com a mesma natureza ou assemelhados. O princípio da homogeneidade de riscos é o método estatístico que permite a sociedade seguradora separar riscos por carteira, segundo a semelhança e a natureza. Pela utilização deste princípio, serão considerados distintos os riscos sobre os bens móveis dos riscos sobre os bens imóveis, o que fará que sejam agrupados em categorias diversas. Outros serão os fatores que poderão determinar a composição da carteira dos riscos segurados, tais quais, a idade, a profissão, localização do bem segurado etc. A sociedade seguradora deverá, ao utilizar o princípio da homogeneidade de riscos, ter o cuidado de não cometer discriminação, sob pena de violação a dispositivo legal e constitucional. Por exemplo: seria inadmissível, e de uma certa forma imoral, a formação de carteira de segurados, segundo a etnia, a religião, a escolaridade e outros fatores discriminatórios. Pulverização ou Nivelamento de Riscos O princípio do nivelamento de riscos, conhecido também por princípio da pulverização de riscos, é a regra que permite a sociedade seguradora estabelecer um teto de cobertura por carteira de segurados que observará a natureza e as suas condições econômicas. O teto de cobertura será fixado de acordo com a natureza do risco e com as suas condições econômicas. Por exemplo: Em um seguro de vida em grupo a indenização padrão, por fator morte e invalidez permanente, para a faixa etária de 20 anos é de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), para o pagamento de prêmio mensal de R$ 200,00 (duzentos reais). Um grande jogador de futebol, internacionalmente conhecido, resolve contratar a cobertura de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) junto a sociedade seguradora. A sociedade seguradora tem a opção de recusar a cobertura securitária, o que é pouco provável, ou então, através da aplicação do princípio do nivelamento de riscos, fixar o valor de um prêmio proporcional ao risco proposto. Na hipótese de aceitação do risco proposto, como apontado acima, a sociedade seguradora tem a opção de repassar parte do risco, através de cosseguro, ou de resseguro. Seleção de Riscos O princípio da seleção de riscos consiste na escolha pela sociedade seguradora dos riscos que serão objeto de contrato de seguros. Através da utilização do princípio da seleção de riscos, as sociedades seguradoras recusam algumas propostas de seguros, quando houver concentração de riscos que possam vir a ameaçar a segurança da atividade de seguros. Em seu dicionário de seguros, publicado pelo IRB em 1944, o Inspetor de Seguros do antigo departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização, Amílcar Santos, assim definiu o princípio da seleção de riscos: “Escolha dos riscos propostos, segundo sua natureza e de acordo com a respectiva gravidade, de modo a promover, em cada carteira, o mais completo e perfeito equilíbrio. Algumas seguradoras no afã de produzir muito, de mostrar um grande volume de negócios, descuram a natural seleção de riscos que lhe são propostos, com grave prejuízo para a própria estabilidade de suas empresas.” Elementos do Contrato de Seguro a) O objeto – cobertura do risco; b) Os sujeitos – o segurado e a sociedade seguradora; c) O prêmio – a prestação a ser paga pelo segurado; d) A indenização – prestação a ser paga pela sociedade seguradora em ocorrendo o sinistro. Características básicas do contrato de seguros a) bilateralidade; b) onerosidade; c) aleatoriedade; d) consensualidade; e) é um contrato por adesão; f) é regido pelo princípio da boa-fé. Bilateralidade É a característica contratual que determina a existência de direitos e de obrigações para ambas as partes. A manifestação de vontade deverá ser recíproca ainda que tratando de um contrato de adesão. É interessante registrar que embora o contrato de seguros traga em seu cerne condições gerais aprovadas por um órgão governamental, a SUSEP, existe a possibilidade das partes convencionarem entre si condições especiais, uma vez que o risco pode apresentar características peculiares. Onerosidade A onerosidade é a característica do contrato de seguros que determina a existência de prestações de caráter patrimonial para ambos contratantes. Aleatoriedade A aleatoriedade é a característica do contrato de seguros que se traduz pela possibilidade ou não de ocorrência do risco dentro do período de vigência contratual. Não há equivalência entre as prestações, o segurado não poderá antever, de imediato, o que receberá em troca de sua prestação, pois o segurador assume um risco, elemento essencial desse contrato, devendo ressarcir o dano sofrido pelo segurado, se o evento incerto e previsto no contrato ocorrer. Daí a aleatoriedade desse contrato, pois tal acontecimento pode verificar-se ou não. Consensualidade O contrato de seguros privados é um acordo de vontades consensual entre o segurado e a sociedade seguradora. Mesmo que não haja expedição de apólice, se a companhia recebeu o pagamento do primeiro prêmio, aí está a prova de que houve proposta e aceitação, tendo o segurado tido ciência das condições das apólices e com eles se conformado, podendo mesmo dizer-se como Espínoloa que o mútuo consentimento das partes manifestou-se em relação às cláusulas usuais da apólice a ser expedida. Com o surgimento do Novo Código Civil, não resta dúvida que o contrato de seguros privados é um contrato consensual. Art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados. Parágrafo Único. Somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador, entidade para tal fim legalmente autorizada. Art. 758. O contrato de seguro prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete do seguro, e, na falta deles, por documento comprobatório do pagamento do respectivo prêmio. Contrato por adesão É o acordo de vontade em que uma das partes, a sociedade seguradora, determina as condições gerais do contrato sem que a outra parte, o segurado, possa se manifestar previamente sobre o seu conteúdo essencial. É interessante registrar que ainda que o contrato seja por adesão, há a possibilidade do segurado, de acordo com a natureza e peculiaridade do risco, propor a estipulação de cláusulas ou condições especiais, desde que não se desnature o contrato. Princípio da boa-fé Boa-fé é a convicção ou persuasão de ter agido dentro da lei, ou de estar por ela amparado. O art. 765 do Novo Código Civil disciplina, “O segurado e o segurador são obrigados a guardar na conclusão e na execução do contrato, a mais estrita boa-fé e veracidade, tanto a respeito do objeto como das circunstâncias e declarações a ele concernentes.” Aviso de Sinistro O aviso de sinistro é a comunicação da ocorrência de um risco com cobertura contratual à sociedade seguradora. É uma obrigação contratual, devendo ser efetivada pelo segurado, ou por seus beneficiários, com a maior brevidade. O prazo para oferecimento de aviso de sinistro, normalmente, vem afixado nas condições gerais do contrato de seguros, devendo ser razoável e de acordo com a espécie de risco. É importante registrar que muito embora existam cláusulas contratuais fixando prazo para o aviso de sinistro, não se pode ter tal prazo com efeito prescricional ou decadencial, uma vez que seria necessária a existência de lei em sentido estrito para a sua validade. Princípio da Sub-Rogação A sub-rogação tem lugar no contrato de seguros privados, quando, após o sinistro e paga a indenização pela sociedade seguradora, esta substitui o segurado nos direitos e ações que o mesmo tem de demandar o terceiro responsável pelo sinistro. O Novo Código Civil disciplina o assunto: Art. 786. Paga a indenização, o segurador sub-roga-se, nos limites do valor respectivo, nos direitos e ações que competirem ao segurado contra o autor do dano. § 1º Salvodolo, a sub-rogação não tem lugar se o dano foi causado pelo cônjuge do segurado, seus descendentes ou ascendentes, consangüíneos ou afins. § 2º É ineficaz qualquer ato do segurado que diminua ou extinga, em prejuízo do segurador, os direitos a que se refere este artigo. Em síntese, sub-rogação é a transferência dos direitos e ações relativas ao objeto do seguro do segurado para a sociedade seguradora, nos limites do contrato de seguros privados. Distrato É a forma de extinção do vínculo contratual firmado entre o segurado e a sociedade seguradora. É a ruptura do contrato de seguros privados motivada por razões legais ou por infração contratual propriamente dita. O distrato pode ocorrer por ato do Poder Público. Poderá, por exemplo, ser motivado o distrato pela desapropriação de um bem do segurado com cobertura securitária. Poderá ocorrer também por razões contratuais: a) falta de pagamento do prêmio contratual por mais de 90 (noventa) dias; b) agravamento do risco pelo segurado; c) situação pré-falimentar da sociedade seguradora; d) pela má-fé de uma das partes no curso do contrato. Apêndice A A garantia de indenização a perdas e danos ocorridos aos bens de valor econômico, que o segurado contrata com as seguradoras e decorrentes dos riscos básicos de cada ramo de seguro, denomina-se Garantia Básica. No entanto, visando riscos específicos, existem outras modalidades de coberturas que se pretende segurar, chamadas de Garantias Adicionais ou Acessórias e Especiais. Cobertura Básica É aquela em que são relacionados os riscos para os quais é oferecida a cobertura padrão de um ramo de seguro. Cobertura Adicional ou Acessória É aquela em que, mediante o pagamento de prêmios adicionais, o segurado contrata coberturas de riscos adicionais ou acessórios que deseja cobrir no seu contrato de seguro, garantindo-se dos prejuízos que esses riscos venham a lhe causar. Cobertura Especial Se confunde com a Cobertura Adicional ou Acessória, porém é uma cobertura que é contratada em função da necessidade específica de um segurado em particular. É por assim dizer uma cobertura acessória feita sob medida. Em um mesmo ramo de seguro, podem haver várias modalidades de cobertura. As Condições Gerais do Ramo de Seguro e as Condições Especiais da Modalidade são sempre especificadas no contrato de seguro. Pela Cobertura Básica o segurado paga um prêmio básico do seguro escolhido. Nas Coberturas Adicionais e Especiais, as taxas são diferenciadas para cada risco adicional que o segurado deseja cobrir no contrato de seguro. Despesas para Preservar Salvados ou Reduzir efeitos do Sinistro Podem ser cobertas pelo seguro, os desembolsos que o segurado tiver com estas providências, desde que a importância segurada da Cobertura Básica e/ou Adicional comporte estes tipos de reembolso. Seguros Proporcionais Na ocorrência de sinistros, caso a importância segurada seja inferior ao valor do bem, apurado no dia do sinistro (valor em risco), o segurado participa dos prejuízos, na mesma proporção daquela insuficiência. Legalmente não pode a seguradora ser responsável pela insuficiência de cobertura e, consequentemente deixa de ser obrigada a cobrir, proporcionalmente, os prejuízos sobre aquela insuficiência. Assim, o ônus dessa insuficiência é de responsabilidade do segurado. Os Seguros de Danos ou de Coisas são na sua maioria, seguros proporcionais, isto vale dizer que na ocorrência de sinistro, se o valor segurado do objeto estiver inferior ao seu valor real, o segurado participará do prejuízo ocorrido, através do rateio, na mesma proporção da insuficiência da importância segurada verificada. Exemplo Considerando-se um prejuízo (P) de R$ 1.000,00, uma importância segurada (IS) de R$ 3.000,00 e valor em risco apurado (VR) de R$ 4.000,00, o valor da indenização (I) do seguro, sendo ele proporcional, será: I = IS x P VR I = 1.000,00 x 3.000,00 = R$ 750,00 4.000,00 Logo a Seguradora, cobrirá R$ 750,00 do prejuízo e ao segurado fica a responsabilidade dos R$ 250,00 restantes. Seguros Não - Proporcionais Caracterizam-se pela impossibilidade de se estabelecer, no momento em que se contrata o seguro, uma relação de equivalência entre a Importância Segurada (IS) e o valor em Risco (VR). Nestes seguros, a importância segurada é fixada de forma arbitrária. Na ocorrência do sinistro, indeniza-se o valor do prejuízo até o limite da importância segurada, sem aplicação da cláusula de rateio. O Seguros de Responsabilidade Civil Geral são considerados como não-proporcionais, pois neles é impossível fixar-se, por ocasião do contrato, o montante de responsabilidade que, eventualmente, caberá ao segurado pela prática de ato culposo que possa causar danos a terceiros. Coberturas É a garantia de reembolso ao segurado dos prejuízos previstos no contrato de seguro. São três os tipos de coberturas: Cobertura Básica Nesse tipo de cobertura é oferecido pelas seguradoras uma cobertura padrão aplicável a um determinado ramo de seguro. O segurado paga um prêmio relativo à taxa básica para o seguro escolhido. Ex. cobertura básica: seguro de colisão, incêndio e roubo de automóvel. Cobertura Adicional O segurado escolhe as coberturas adicionais que deseja segurar, desde que estejam previstas na modalidade de seguro escolhido. Por essas coberturas paga taxas diferenciadas para cada risco adicional escolhido. Ex. cobertura adicional: Assistência 24 horas (carro reserva, chaveiro, socorro mecânico, etc.). Coberturas Especiais Quando o segurado tem a necessidade de uma cobertura acessória feita "sob medida" em função de suas necessidades. Seguro de Automóvel, RCF e APP Seguro de Automóvel - O objeto desse seguro são os veículos terrestres de propulsão a motor e seus reboques, utilizados no transporte de pessoas, animais ou coisas. As Coberturas de Automóveis classificam-se em: Básica São relacionadas diretamente ao veículo. Dividem-se em dois tipos: Cobertura Básica nº 1 É chamada também de Compreensiva e destina-se a cobertura dos riscos de colisão, incêndio, roubo e convulsões da natureza; Cobertura Básica nº 2 Destina-se a cobertura dos riscos de incêndio e roubo, tão somente. Adicional São coberturas complementares (ex. carro reserva, chaveiro, etc.). Nos seguros de Automóvel é comum a contratação de dois outros tipos de ramos de seguro: Seguro RCF - Responsabilidade Civil Facultativa de Veículo RCF Destina-se a pagar diretamente a terceiros, indenização devida por danos materiais e pessoais provocados pelo segurado ou, reembolsar o segurado a indenização que tenha sido obrigado a pagar, judicial ou extrajudicialmente, em conseqüência de danos involuntários que tenha causado a terceiros. Acidentes Pessoais de Passageiros (APP) APP - Garante individualmente ou em conjunto a cobertura de invalidez permanente, morte e despesas médico-hospitalares ocasionadas aos passageiros do veículo segurado. O limite da indenização é a importância segurada. Tipos de Coberturas – RCF Pode ser contratado com as coberturas básica e adicional: Básica Compreende as garantias de danos materiais e/ou danos pessoais. Adicional Compreende extensão do perímetro do seguro aos países da América do Sul; Danos Materiais (DM) É a garantia da obrigação de reembolso pelo segurador com relação a reclamações de terceiros em decorrência de danos ou destruição à sua propriedade material (veículos, prédios, móveis, equipamentos etc.), desde que a responsabilidade seja assumida pelo segurado ou sua culpa seja civilmente comprovada. Danos Pessoais (DP) É a garantia da obrigação de reembolso pelo segurador com relação a reclamações em decorrência de danos pessoais, causados à integridade física de terceiros, desde que não se trate de passageiros do veículo segurado. Os DanosPessoais são: Invalidez Permanente; Morte; Despesas Médico-Hospitalares (DMH). A cobertura de danos pessoais responde pela parte da indenização que excede os limites vigentes na data do sinistro, para as coberturas do seguro obrigatório - DPVAT, que é pago juntamente com o licenciamento anual do veículo. É conseqüentemente um seguro a 2º risco. O segurado pode escolher valores diferentes para cobrir Danos Materiais (DM) e Danos Pessoais (DP). A cobertura de RCFV pode ser contratada de forma isolada ou em conjunto com as Coberturas Básicas e Adicionais do veículo ou também com a cobertura de APP.Incêndio - Ramo de seguro destinado a garantir ao segurado, indenização por prejuízos materiais, em razão da ação de fogo e suas conseqüências, causados a bens de sua propriedade ou dos quais seja responsável. A cobertura básica desse seguro, garante as perdas e danos materiais em conseqüência: incêndio, ocorrido por qualquer causa, desde que estas não constem relacionadas nas exclusões previstas na apólice; queda de raio nas áreas de edificação e terreno; explosão causada por gás de uso doméstico, nas áreas de edificação ou do terreno. Nesse ramo de seguro existe previsão para coberturas especiais ou de riscos acessórios. Exemplos: a cobertura acessória para danos elétricos, dano elétrico, vendaval, quedas de aeronaves, etc.. Permite-se, também, cobrir os prejuízos causados por perda de aluguéis. O método de taxação do seguro incêndio tradicional é bem complexo. São necessárias informações sobre: Localização do risco; Tipo de atividade desenvolvida; Características da construção de cada prédio que compõe o estabelecimento segurado. O Ramo de Seguro de Vida se sub-divide em: Seguro de Vida Individual; Seguro de Vida em Grupo e Seguro de Acidentes Pessoais. Seguro de Vida Individual Esta modalidade, prevê em caso de morte ou sobrevivência do segurado, o pagamento de determinada importância estipulada na apólice. Este pagamento é feito à(s) pessoa(s) indicadas pelo segurado quando da contratação do seguro, ou a ele próprio, no caso de sobrevivência, por um período determinado. O contrato de seguro desse ramo pode ser realizado de três formas: Com a realização de exame médico do segurado; Por declaração de saúde feita pelo segurado ou Mediante uma carência de tempo para que a indenização passe a ser devida. A taxação é feita com base na idade do segurado, na época da contratação do seguro e segue a modalidade por ele escolhida. Se sub-divide em três modalidades: Seguro de Vida Ordinário O segurado paga o prêmio uma vez por ano enquanto viver e lhe interessar renovar o seguro; Seguro de Vida de Pagamentos Limitados O segurado paga o prêmio uma vez por ano durante um tempo definido no contrato de seguro e, ocorrendo a sua morte, os beneficiários recebem a importância segurada;. Seguro de Vida Dotal O segurado paga o prêmios anuais, durante determinado período, e, ao término desse prazo, o próprio segurado ou seu beneficiário recebe o valor segurado. Seguro de Vida em Grupo Esta modalidade, prevê em caso de morte do segurado, o pagamento de determinada importância estipulada na apólice. Este pagamento é feito à(s) pessoa(s) indicadas pelo segurado quando da contratação do seguro. O contrato de seguro desse ramo pode ser realizado de duas formas: Por declaração de saúde feita pelo segurado ou Mediante uma carência de tempo para que a indenização passe a ser devida. É um contrato temporário, com prazo de um ano, sendo sua renovação a critério do estipulante ou da Seguradora. Geralmente este tipo de seguro é feito pelas empresas (estipulantes), para cobrir seus funcionários (segurados), garantindo várias pessoas. A SUSEP define as três classes que comportam esse seguro: Classe A O mesmo empregador constitui um grupo composto por empregados de uma ou mais categorias; Classe B A formação dos grupos é constituída por membros de associações legalmente constituídas em que o pagamento do prêmio pode ser realizado mediante desconto em folha de pagamento ou através de cobrança bancária. Classe C Grupo de pessoas vinculadas a pessoas jurídicas que vinculem a estipulação de seguros através de estatutos ou outros atos, incluídos aí os grupos denominados abertos em que a vinculação ao grupo pode se dar pela simples adesão ao respectivo plano. Coberturas Adicionais Pode ser contratada cobertura adicional de Invalidez Permanente, agregável ao Seguro de Vida em Grupo e Dupla Indenização para casos de morte por acidente. Seguro de Acidentes Pessoais Seu objetivo é o pagamento da indenização ao segurado ou aos seus beneficiários, quando da ocorrência de acidentes ao segurado. Entende-se por acidente a ocorrência involuntária, súbita, externa e violenta que acarrete lesões corporais, podendo causar a morte, invalidez permanente parcial ou total. Existe para a modalidade as coberturas básica e acessórias: Básica Morte e Invalidez Permanente por Acidente; Acessórias As Despesas Médico-Hospitalares (DMH) e as Diárias de Incapacidade Temporária (DIT). Invalidez Permanente Parcial Ocorre invalidez parcial de um ou mais membros ou sentidos, sem no entanto afetar o funcionamento do restante do sistema corporal, conseqüentemente não impossibilitando o segurado de desempenhar atividades elementares. Exemplos: Perda da visão de uma das vistas, perda de um dedo, etc. Invalidez Permanente Total Ocorre invalidez de membros ou sentidos que incapacitem o segurado de desempenhar atividades elementares. Exemplos: Perda da visão dos dois olhos, perda das pernas, etc... Pode-se contratar o Seguro de Acidentes Pessoais de duas formas: Individualmente Um único segurado; Coletivamente Neste caso há necessidade de um estipulante, podendo ser pessoa física ou jurídica, contratando o seguro para dois ou mais segurados. No caso de pessoa jurídica, o segurado deverá ter com esta, vínculo empregatício ou associativo A Contratação Coletiva é também admitida para os riscos a seguir: Espectadores de jogos de futebol profissional; Treinos e competições automobilísticas; Passageiros de estrada de ferro; Passageiros de ônibus; etc. Ressarcimento É o direito que tem a seguradora de pleitear o reembolso de indenização paga ao segurado, caso existam provas de que o sinistro tenha ocorrido por culpa de terceiro, de forma dolosa ou culposa. Franquia É o valor da importância segurada até a qual, cabe ao segurado arcar com a responsabilidade de cobertura de eventuais sinistros ocorridos ao bem segurado. Diz-se, neste caso, que o segurado é o segurador de si próprio. Existem dois tipos de franquia: Franquia Dedutível O valor é deduzido de todos os prejuízos. Em alguns ramos de seguro, ocorrendo perda total em caso de sinistro, a franquia não é deduzida do valor a indenizar. Franquia Simples Nesta modalidade de franquia, quando o prejuízo ultrapassar seu valor, a mesma deixa de ser deduzida. Ela é aplicada nas modalidades de seguro em que há uma grande incidência de prejuízos de valores não expressivos em relação aos valores segurados. Importante Quando a Franquia aumenta, o Prêmio do seguro deve diminuir e vice-versa. Os dois valores variam inversamente.O RCTR-C não é um seguro facultativo. A cláusula de “Dispensa de Direito de Regresso - DDR” não pode ser aplicada ao RCTR-C. De acordo com o Artigo 20 do Decreto-Lei 73/66 e do artigo 10 do Decreto 61.867/67, trata-se de um seguro de responsabilidade dos transportadores, ou seja, sua contratação cabe somente ao transportador. Outro aspecto a ser considerado é que o Transportador não poderá manter mais de uma apólice de Seguro, na sua ou em qualquer outra Sociedade Seguradora, em um mesmo Estado, sob pena de suspensão de seus efeitos, sem qualquer direito a restituição doprêmio que houver pago, ficando a Sociedade Seguradora isenta de toda e qualquer responsabilidade ou obrigação decorrente deste seguro, sem qualquer reembolso ao segurado (cláusulas 7ª e 12ª das Condições Gerais da própria apólice de seguro do Transportador). O seguro RCTRC cobre apenas os danos causados à mercadoria quando o veículo está em trânsito (incêndio, roubo, colisão e tombamento). Assim, avarias e quebras de mercadorias, assim como furtos de cargas ocorridos nos terminais não estão cobertos. Seguro Fiança Locatícia É uma seguro que garante ao proprietário o pagamento do aluguel e de outras despesas contratuais na inadimplência do inquilino. Sustitui com vantagens o Fiador. O seguro-fiança garante ao locador o pagamento dos aluguéis, encargos vencidos e não pagos pelo inquilino e eventuais danos ao imóvel, antes mesmo da decretação do despejo, ou seja, durante o andamento da ação judicial. Trata-se de uma alternativa para quem não tem parentes ou conhecidos na cidade, ou simplesmente prefere não passar pelo constrangimento de solicitar fiança para terceiros. A garantia é formalizada com a contratação de uma apólice.
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