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Didática para Concurso: Aula Nota 10

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DIDÁTICA
Manual resumido
Olá!
O presente documento é uma mera esquematização do livro Aula
Nota 10 (2.0), de Doug Lemov. É um material totalmente voltado para
concurso público. Ou seja, em nenhum momento, esse material substitui
o livro Aula Nota 10 para fins de formação do docente, como propõe a
obra.
AULA NOTA 10 - RESUMO
Autor Doug Lemov é diretor-geral das Uncommon Schools e dirige a equipe planejando e
executando a capacitação de professores com base no estudo de docentes com alto
desempenho. Atua na área das finanças de um instituto Escolar, foi professor e diretor. Atuou no
ensino médio, fundamental e superior. Mestrado na Indiana University e MBA na Harvard.
O autor reuniu práticas de professores atuantes, eficazes e nascidas nas salas de aula,
acreditando no poder transformador do professor, e assim questiona: quais fatores impactam o
bom professor? O autor explica que domínio do tema, personalidade extrovertida, experiência e
tamanho da turma são importantes, mas nunca isolados.
Mas o que faz um professor excelente? As técnicas didáticas! Mas não é um livro de
práticas docentes de professores americanos? Sim, mas que também são úteis ao professor
brasileiro que nem sempre se sente pronto para atuar na diversidade das salas de aulas
brasileiras, com questões comuns a todos professores.
Por que deste livro?
• é útil tanto para o professor experiente quanto para o recém-formado;
• considera a realidade social brasileira e propõe práticas para os desafios de todos os
professores;
• destaca a conquista brasileira da ampliação do acesso à educação até a previsão de
oferta de tempo integral para o ensino médio.
• condiz com a realidade da BNCC, considerando-a como uma forma de melhor definir
“o que deve ser ensinado” e melhor definir as “expectativas de aprendizado”.
Porém, isso não será suficiente se o professor não estiver formado para dar conta dos
desafios da sala de aula.
As charter schools ajudaram a reconstruir um sistema falido que ignorava milhões de
crianças americanas, pobres, que frequentavam escolas ineficientes, inóspitas e descontentes.
Entre os pesquisadores que buscavam construir uma escola mais eficiente, estavam idealistas
em busca de uma reforma em prol dos excluídos e por uma escola melhor. Dentre estes
pesquisadores, estava o professor Doug Lemov, que percebeu a importância das linhas
pedagógicas e questionou: como os professores circulavam, engajavam todos alunos,
direcionavam todas suas perguntas, enquadravam aspectos positivos, otimizavam seu tempo, e
como, estrategicamente, trabalhavam as respostas de seus alunos? A partir de estudos e
pesquisas, chegou ao que ele chamou de taxonomia de práticas de ensino efetivas, que
serviram de base de treinamento para muitos professores.
Sobre as Uncommon Schools
A missão das Uncommon Schools é fundar e administrar escolas públicas urbanas
excepcionais que preencham as lacunas de desempenho e preparem estudantes de baixa renda
para a faculdade. A partir de muitos ensaios, erros e adaptações ao longo dos últimos 20 anos,
descobriu-se que o sucesso em sala de aula está ligado à habilidade de contratar, desenvolver e
conservar ótimos professores e líderes.
01
INTRODUÇÃO
A ARTE DE ENSINAR E SUAS FERRAMENTAS
O bom ensino é uma ARTE. Todo artista – incluindo os professores – e um artesão cuja
tarefa é estudar um conjunto de ferramentas e decifrar os segredos do seu uso. Esse livro é
sobre as ferramentas do ofício de ensinar. Mais especificamente, ele trata das ferramentas
necessárias para o sucesso na parte mais importante da área: ensinar em escolas públicas,
sobretudo, as das periferias.
O que é 2.0?
É a segunda versão desse livro, mais atual, com mais técnicas novas. Os grandes
professores são empreendedoras e o ensino está cheio de “problemas endêmicos”. Endêmicos,
neste caso, é o oposto de “exóticos”; refere-se a problemas que são inteiramente previsíveis –
sabemos que eles vão acontecer. Perguntas endêmicas incluem aquelas do tipo: o que você faz
quando um aluno desiste e simplesmente não quer tentar? Como você sabe que aquele aluno
que se esconde silenciosamente em um canto da sala está aprendendo? Dentre outras!
A ironia daquilo que funciona
Muitas das técnicas encontradas no livro parecem triviais, banais ou mesmo
decepcionantes. Elas nem sempre são especialmente inovadoras; nem sempre são
intelectualmente surpreendentes. E, por vezes, não acompanham a marcha da teoria
educacional. Mas funcionam. Em consequência, produzem um resultado que certamente
compensa sua aparência humilde.
PARTE 1
VERIFICAÇÃO DO ENTENDIMENTO
Há duas formas principais pelas quais os professores podem reunir dados sobre o domínio
que os alunos têm do conteúdo: por meio do questionamento e por meio da observação. Você
ensina alguma coisa e depois faz perguntas aos alunos, ouvindo o fluxo dos dados que vêm de
suas respostas, com frequência reformulando suas perguntas de modo que o fluxo de dados seja
mais rico.
ATENÇÃO: Não utilize perguntas do tipo sim-não para saber dos alunos se eles
entenderam!
COLETANDO DADOS SOBRE O DOMÍNIO DO CONTEÚDO PELOS ALUNOS
Vejamos as técnicas na tabela a seguir.
02
03
TÉCNICA DESCRIÇÃO
1. Rejeite o 
autorrelato
Substitua perguntas funcionalmente retóricas, nas quais o próprio aluno indica se
aprendeu, porém sem muitas evidências sobre isso, por formas mais objetivas de
avaliação de improviso.
O professor precisa avaliar os alunos fazendo perguntas objetivas e diretivas. Ex. Depois do
que vimos, quais problemas vocês gostariam de identificar? (Os alunos não podem
responder sim ou não, e precisam identificar o conteúdo sobre o qual ainda tem
dificuldade).
2. Questionamento 
dirigido
Faca uma série rápida de perguntas com final aberto, cuidadosamente escolhidas e
dirigidas para uma amostra estratégica da classe e executada em curto período de tempo.
Ex. OK, então vamos verificar se estão claras as diferenças entre células vegetais e animais.
Jason, o que a presença de uma parede celular me diz sobre a célula que estou
observando? ... Bom, e o que mais poderia me indicar que eu estava olhando para uma
célula vegetal, Charlene? ....
3. Padronize o 
formato
Otimize as observações projetando materiais e espaço de forma que todas as vezes você
possa procurar sempre no mesmo espaço as informações que está buscando. (Trata-se da
coleta de dados por meio da observação). O professor tem muito pouco tempo para
coletar informações e avaliar todos os alunos. Padronizar o formato é significa projetar
materiais e espaço de forma que todas as vezes você possa procurar sempre no mesmo
espaço as informações que está buscando. Ex. Se os trabalhos dos alunos estiverem num
mesmo formato e aparência, será bem mais rápido para o professor avaliá-los e procurar
informações.
4. Rastrear, não 
observar
Seja intencional em relação ao que examina em sua sala de aula. Decida especificamente o
que está procurando e mantenha-se disciplinada diante das distrações.
5. Mostre-me Mude a dinâmica da sala de aula em que o professor coleta dados de um grupo de alunos
passivos. Faça os alunos mostrarem ativamente evidências do seu entendimento.
AGINDO COM BASE EM DADOS E A CULTURA DO ERRO
Vejamos agora técnicas utilizadas por professores que se antecipam e remediam erros
comuns. O desenvolvimento de uma cultura do erro pode aumentar as taxas de exposição ao
risco e de aprendizagem de uma sala de aula. O objetivo final é o domínio comum do conteúdo.
TÉCNICA DESCRIÇÃO
7. Planeje para o erro Aumente a sua probabilidade de reconhecer e responder aos erros, planejando-se
antecipadamente para os erros mais frequentes. Essa técnica contribui para reduzir a
ansiedade e o professor está preparado para intervir.
8. Cultura do erro Crie um ambiente em que seus alunos se sintam seguros para cometer e discutir erros, de
modo que você possa passar menos tempo garimpando erros e mais tempo intervindo
para corrigi-los.
9. Investigue o erro Procure os erros, estudando-os com efici6encia e eficácia, para compreender melhor ondeos alunos estão encontrando dificuldades e qual é a melhor maneira de abordar esses
pontos.
10. Identifique e 
localize
Faça os alunos corrigirem ou revisarem o próprio trabalho, estimulando um ambiente de
responsabilidade pela resposta certa.
PLANEJAR PARA GARANTIR UM BOM DESEMPENHO ACADÊMICO
As próximas técnicas são projetadas para serem colocadas em prática antes de você entrar
na sala de aula em vez de durante a aula. Deve-se esperar que os professores façam um
planejamento, mas ele pode assumir muitas formas. O ideal é que a escola ajudasse os
professores a se aperfeiçoarem nas principais tarefas de planejamento (...). O importante é não
fazer do planejamento apenas uma ferramenta burocrática, de formato rígido e nada prático
ao professor.
04
TÉCNICA DESCRIÇÃO
11. Sem escapatória Transforme “Eu não sei” em sucesso, garantindo que os alunos que não querem tentar ou
não sabem a resposta possam acertar.
Sem escapatória pode ajudar a assegurar que todos os alunos, especialmente os
relutantes, assumam a responsabilidade pela aprendizagem. Os alunos percebem que o
professor acredita na capacidade deles de responder certo.
12. Certo é certo Quando você reage a respostas durante a aula, insista nas respostas que são “totalmente
certas” ou que estão totalmente de acordo com seus padrões de rigor. Nada de
“arredondar”!
13. Puxe mais Recompense as respostas “certas” com perguntas mais difíceis. Puxar mais envolve três
coisas: a. Tornar um hábito fazer perguntas de acompanhamento para respostas certas. b.
Fazer diferentes tipos de perguntas. c. Construir uma cultura em torno dessas interações
que ajude os alunos a abraçar e, até mesmo, a acolher bem a noção de que a
aprendizagem nunca termina.
14. Formato importa Ajude os alunos a praticar as respostas em um formato que comunique o mérito das suas
ideias. Na escola e na vida, o meio é a mensagem. Para serem bem-sucedidos, os alunos
precisam expressar seu conhecimento de forma clara em formatos que sejam adequados
às demandas e às expectativas das situações e da sociedade.
15. Sem desculpas Adote – em vez de se desculpar – conteúdo rigoroso, desafio acadêmico e trabalho árduo
necessário para dominar o conteúdo. São de pede desculpas aos alunos por ensinar a eles
conteúdos difíceis.
PARTE 2
ETOS ACADÊMICO
As salas de aulas excelentes não funcionam da mesma maneira. Existem diversas maneiras
de ser excelente, e todas as salas de aula de sucesso são diferentes. Os professores estão
sempre se esforçando para criar um ambiente no qual o nível máximo de rigor acadêmico é
esperado, praticado e valorizado. O Etos Acadêmico é a excelência acadêmica.
CRIANDO ALTAS EXPECTATIVAS ACADÊMICAS
As altas expectativas dos professores podem servir como motor para alto desempenho
entre os alunos, mesmo entre aqueles que não têm nenhum histórico de bom desempenho
acadêmico.
05
TÉCNICA DESCRIÇÃO
16. Comece pelo fim Avance do planejamento da unidade para o planejamento da aula. Defina o objetivo,
decida como irá avalia-lo e depois escolha atividades apropriadas para a aula. Ao
estruturar primeiro um objetivo, você substitui a pergunta: “De que atividades os meus
alunos vão participar hoje?” por “O que meus alunos serão capazes de fazer quando a
minha aula tiver terminado?”
Comece pelo fim significa:
- Progredir do planejamento da unidade para o planejamento da aula.
- Usar um objetivo geral bem estruturado para definir os objetivos específicos de cada
aula.
- Determinar como você vai avaliar a sua eficácia para atingir o objetivo.
- Decidir sua atividade.
17. Quatro critérios Use quatro critérios para criar um objetivo eficaz para o plano de ação, tornando-o viável,
mensurável, um bom guia para atividades e prioritário.
- Viável: um objetivo deve ser de um tamanho e escopo tal que possa ser ensinado em
uma única aula.
- Mensurável: um objetivo deve ser escrito de forma que o sucesso em alcança-lo possa
ser medido, de preferência no fim do período de uma aula.
- Um bom guia para atividades: Um bom objetivo deve ser concebido para guiar a
atividade, não para justificar como uma atividade escolhida cumpre os objetivos de
vários propósitos viáveis.
- Prioritário: um objetivo deve focar no que é mais importante.
18. Deixe claro Exponha o objetivo da aula em local onde todos possam vê-lo e identificar seu propósito.
Quando seu objetivo estiver completo, deixe-o claro em um local visível na sala – no
mesmo local todos os dias – para que todos que entram na sala, seus alunos e também
outros professores e os administradores, possam identificar seu propósito naquele dia, na
linguagem mais simples possível.
19. Planeje em dobro Ao fazer o planejamento de aula, planeje o que os alunos farão em cada etapa. Trata-se
de planejar com o mesmo cuidado o que seus alunos vão fazer em cada etapa do
processo. Ex. O planejamento de um pacote de aulas (apostila cuidadosamente planejada
sobre a qual os alunos trabalham durante a aula) é uma ferramenta efetiva para planejar
em dobro porque obrigado o professor a ver a aula pelos olhos dos seus alunos.
ESTRUTURA DA AULA
Agora, falaremos da progressão consistente das atividades como necessária. Ela é mais
bem descrita como “Eu/Nós/Você”. Esse nome refere-se a uma aula em que a responsabilidade
por saber e fazer é transferida aos poucos do professor para o aluno. Trata-se de um processo de
5 etapas:
Etapa Segmento da lição Quem está fazendo?
1. Eu Eu faço
2. Nós Eu faço e você ajuda.
3. Nós Você faz e eu ajudo.
4. Você Você faz
5. Você E faz ... E faz ... E faz.
A mudança de um passo para o outro acontece assim que os alunos estão prontos (e não
antes) para acertarem, dada essa independência adicional. Os alunos chegam ao ponto em que
conseguem completar uma habilidade com um adulto ali para auxiliá-los, mas não por conta
própria. Garantir que eles estejam prontos (e motivados) para dominar a habilidade é essencial.
06
TÉCNICA DESCRIÇÃO
20. Faça agora Use uma pequena atividade de aquecimento que os alunos possam completar sem
instruções ou orientações para começar a aula todos os dias. Isso permite que a
aprendizagem comece antes mesmo de você começar a ensinar.
21. Dê nome às 
etapas
Divida tarefas complexas em etapas que formem um caminho ate o domínio por parte dos
alunos.
22. Quadro = papel Dê exemplos e mostre aos alunos como fazer anotações para registrar as informações que
você apresenta.
23. Controle o jogo Peça para os alunos lerem em voz alta com frequência, mas administre o processo para
garantir expressividade, responsabilidade e envolvimento.
24. Circule Movimente-se estrategicamente pela sala durante toda a aula. Intervenha quando
circular. É preciso de mover sistematicamente pela sala: passar por toda a sala e manter-se
ciente do que está acontecendo em toda parte.
25. Mais uma vez Como ser bem-sucedido uma ou duas vezes não irá garantir o domínio sobre uma
habilidade, dê aos alunos muitas oportunidades de praticar para garantir aprendizagem
sobre conhecimentos e habilidades.
26. Arremate Termine cada aula com uma avaliação explícita do seu objetivo que você poderá usar para
avaliar o seu sucesso (e o dos seus alunos).
RITMO
Ritmo difere de velocidade. Está mais para a percepção dos alunos quando você dá aula,
ou a ilusão de velocidade. Você administra as ações e as decisões para criar uma percepção de
progresso rápido quando quer que os alunos sintam que estão “se movendo”. E equilibra isso
com horas em que prefere um ritmo que, apesar de ainda maximizar o envolvimento e a
concentração, pareça mais lento e mais reflexivo. Trata-se de alternar atividades para criar
marcos e dar aos alunos um senso de novidade.
TÉCNICA DESCRIÇÃO
27. Mude o ritmo Estabeleça um ritmo produtivo na sala de aula. Crie momentos “rápidos” ou “lentos”
alternando os tipos e os formatos das atividades.
28. Marque as etapas Garanta que as mudanças nas atividades e em outros marcos sejam percebidas
claramente tornando o início e o fim das atividades visíveis e bem definidos.
29. Todas as mãos Utilize-se das mãos levantadaspelos alunos para impactar o ritmo. Administre e varie as
formas pelas quais os alunos levantam a mão, além dos métodos usados para chama-los.
30. Trabalhe com o 
relógio
Meça o tempo (seu maior recurso como educador) intencional, estratégica e visivelmente
para moldar a sua experiência e a dos alunos em sala de aula.
31. Cada minutos 
conta
Respeite o tempo dos alunos gastando cada minuto produtivamente.
07
TÉCNICA DESCRIÇÃO
32. Tempo de espera Deixe os alunos pensarem antes de responder. Se eles não forem produtivos durante esse
tempo, ajude-os a serem mais produtivos.
33. De surpresa Chame os alunos mesmo que não tenham levantado a mão.
34. Todos juntos Peça para os alunos responderem a perguntas em uníssono, de tempos em tempos, para
gerar um envolvimento enérgico e positivo.
35. Divida em partes Quando um aluno cometer um erro, ajude-o apenas o bastante para que ele “resolva”
sozinho o máximo que conseguir do problema original.
36. Bate-rebate Use Bate-rebate como uma revisão verbal rápida para gerar energia e envolver ativamente
a turma.
PARTE 3
PROPORÇÃO
Nesse momento, é preciso diferenciar proporção de pensamento de proporção de
participação.
• Proporção de participação: é uma medida de quem participa e a sua frequência. Para
maximizá-la, é necessário envolver todos os alunos em discussões, fazê-los responder
a questões, pensar ativamente e processar ideias por escrito com a maior frequência
possível.
• Proporção de pensamento: refere-se ao nível de rigor no envolvimento promovido.
Qual é a qualidade e a profundidade do pensamento dos alunos? Eles revisam e
aprimoram as suas ideias ou as deixam em versões primárias, sem maiores reflexões?
Se a proporção de participação é sinônima de empenho, a proporção de pensamento é
sinônima de rigor. Os professores excelentes maximizam ambas.
AUMENTANDO A PROPORÇÃO DE PARTICIPAÇÃO E DE PENSAMENTO POR MEIO DE
QUESTIONAMENTOS
Necessidade: romper com aulas em que o professor é o único protagonista e faz todo o
esforço sozinho – transmite, explica, interpreta etc.
AUMENTANDO A PROPORÇÃO DE PARTICIPAÇÃO E DE PENSAMENTO POR MEIO DA ESCRITA
A quantidade e a qualidade da escrita que os alunos desenvolvem em sua aula de aula
são dois dos mais importantes determinantes do seu sucesso acadêmico.
Fazendo os alunos escreverem mais, nós os forçamos a levar suas ideias de uma noção
vaga (ideia em desenvolvimento) a um pensamento completo – e praticar o desenvolvimento de
pensamentos completos talvez seja praticar a principal tarefa do pensamento.
08
TÉCNICA DESCRIÇÃO
37. Todo mundo 
escreve
Prepare os alunos para se engajarem rigorosamente dando-lhes a chance de refletir por
escrito antes de uma discussão.
38. A arte da frase Peça para os alunos sintetizarem uma ideia complexa com uma única frase bem
construída. A disciplina necessária para desenvolver uma única frase que contenha todo o
pensamento incentiva os alunos a usarem novas formas sintáticas.
39. Mostre o texto Crie um forte incentivo para completar trabalhos escritos com qualidade e reflexão
exibindo e revisando em público a escrita dos alunos (independentemente de quem se
oferecer).
40. Desenvolva vigor Aumente gradualmente o tempo que os alunos têm para redigir textos, a fim de
desenvolver o hábito de escrever produtivamente e a habilidade de fazê-lo por períodos
cada vez maiores de tempo.
41. Antecipe a escrita Planeje as aulas para que a escrita venha antes, a fim de garantir que os alunos pensem
rigorosamente enquanto a desenvolvem. (Nesse caso, a aula é organizada para que a
escrita venha antes do processo).
AUMENTANDO A PROPORÇÃO DE PARTICIPAÇÃO E DE PENSAMENTO POR MEIO DA
DISCUSSÃO
Proporção, como você deve se lembrar, é o processo de garantir que os alunos realizem
maior trabalho cognitivo em sala de aula. O objetivo é deixa-los constantemente de sobreaviso,
respondendo a perguntas, utilizando ou desenvolvendo sua base de conhecimento e refinando
suas ideias. O conceito é composto por duas partes distintas: a proporção de participação e a
proporção de pensamento.
Proporção de participação: é a medida de quantos alunos participam e com que
frequência.
Proporção de pensamento: refere-se ao rigor e à profundidade do pensamento implícito
dessa participação.
Sobre a discussão:
• O que é uma discussão?: Esforço mútuo de um grupo de pessoas para desenvolver,
refinar ou contextualizar uma ideia ou um conjunto de ideias. Salas de aula mais bem-
sucedidas é o comprometimento com a conexão e com a relação de ideias e de
opiniões. Uma discussão que vale o seu próprio custo de oportunidade terá
comentários úteis para os outros e não apenas interessantes para quem o fez, além de
demonstrar a compreensão e o interesse do orador naquilo que foi dito
anteriormente.
• O que não é uma discussão?: Interações verbais desconexas.
09
TÉCNICA DESCRIÇÃO
42. Hábitos de 
discussão
Torne as discussões mais produtivas e agradáveis normalizando um conjunto de regras
básicas ou “hábitos” que as façam ficar mais eficientes, coesas e conectadas. Para tanto,
pode-se utilizar uma técnica composta de 4 partes:
• Fundamentos da discussão: voz, acompanhamento e nomes: Por mais simples que
pareça, uma discussão disciplinada começa com alguém falando alto o bastante para
ser ouvido, com oradores e ouvintes demonstrando envolvimento olhando uns para os
outros, talvez não o tempo todo, mas de modo geral e consistentemente.
• Acompanhamento e instruções de acompanhamento: Qualquer discussão de verdade
começa com o ato de escutar.
• Iniciadores frasais: Ex. “Concordo porque ...”; “Discordo porque ...”; “Há outra
evidência disso ....”; etc.
• Gerenciamento do objetivo: Direcionamentos, intervenções, comentários, regulações
realizadas pelo Professor (Ex. “Isso é interessante, mas eu gostaria de ouvir mais
alguém responder ao comentário da Sara antes de seguir adiante”).
43. Virem e 
conversem
Estimule os alunos a formularem melhor seus pensamentos ao incluir discussões curtas e
contidas em duplas; mas se certifique de que elas tenham máxima eficiência e
responsabilização.
44. Processo em lotes Dê maior responsabilidade e autonomia aos alunos (particularmente quando o seu
objetivo é uma discussão) permitindo que eles discutam sem mediação do professor por
curtos períodos ou por sequências mais longas e formais.
PARTE 4
CINCO PRINCÍPIOS DA CULTURA ESCOLAR
São eles:
• Disciplina: não é sinônimo de punição, mas o processo de ensinar a alguém a maneira
correta de fazer algo. Ensinar com disciplina implica um investimento direto em
ensinar os alunos como ser alunos, o que exige uma boa dose de planejamento.
• Administração: É o processo de reforçar o comportamento pro meio da utilização de
consequências e recompensas. É distribuir consequências. Uma administração forte é
necessária e é uma parte positiva de uma cultura efetiva de sala de aula.
• Controle: É a capacidade de fazer alguém decidir o que você está pedindo. Trata-se de
buscar a coisa certa a ser feita, especialmente para os professores. O controle envolve
meramente pedir de uma maneira que torne mais provável a sua concordância. Não é
mera coerção ou autoritarismo. Professores que exercem o controle perguntam firmes
e confiantes, mas também com civilidade e com gentileza.
• Influência: Inspirar os alunos a acreditarem e desejarem ser bem-sucedidos por razões
intrínsecas é influenciá-los. A influência é a etapa seguinte ao controle. Se o controle
os leva a fazerem as coisas que você sugere, a influência os leva a quererem
internalizar as coisas que você sugere.
• Envolvimento: Uma das razões mais comuns para uma cultura escolar ruim é uma aula
insípida. A mente humana é algo poderoso e, quando ela não encontra estímulos para
desafiá-la e fasciná-la, logo encontra outra coisa que o faça. Grandes professores
sempre procuram oferecer aos alunos muitas coisas que os
10
TÉCNICA DESCRIÇÃO
45. Umbral Encontre os alunos na porta da sala, criando expectativas antes de entrarem na sala de
aula.
46. Rotina de entrada Planeje e estabeleçauma rotina eficiente para a entrada dos alunos na sala e para o início
da aula.
47. SOPRe/POSSO Ensino os alunos comportamentos básicos para a aprendizagem, tais como sentar durante
a aula e olhar para quem está falando, por meio de um acrônimo memorável como SOPRe
ou POSSO.
SOPREe
Sente-se direito
Olhe para quem está falando
Pergunte e responda como um estudioso
Respeite os outros à sua volta
POSSO
Pergunte e responda
Olhe para quem está falando
Sente-se direito
Sinalize com a cabeça
Ouça
48. Construa 
eficiência
Ensine aos alunos o procedimento mais simples e rápido para a execução de tarefas-chave
na sala de aula e então pratique de modo que a execução do procedimento se torne uma
rotina.
49. Investimento 
estratégico: do 
procedimento à 
rotina
Transforme os procedimentos em rotina ensaiando-os e reforçando-os até que a
excelência se torne habitual. Tornar rotineiro um procedimento-chave exige expectativas
claras, consistência e, o mais importante, paciência. Mesmo assim, quase sempre vale a
pena.
50. Faça de novo Pratique mais com os alunos enquanto eles ainda não forem rápidos o bastante – não
apenas repetindo uma atividade, mas executando-a melhor ainda e procurando fazer o
melhor.
ALTAS EXPECTATIVAS COMPORTAMENTAIS
Os momentos de rigor acadêmico (ex. foco na aprendizagem sempre em suas formas mais
elevas) devem ocorrer sempre com uma fundamentação das expectativas comportamentais. O
professor deve ser capaz de estabelecer a ordem para ter uma sala de aula com aprendizagem
intensa. Porém, a ordem pela ordem em si e altas expectativas de comportamento sem critérios
acadêmicos reais e rigorosos são um vaso vazio.
O objetivo é claro: estabelecer expectativas de comportamento da maneira mais eficiente
e simples possível e mantê-las, na medida do possível, com o mínimo de interrupção da
aprendizagem.
11
TÉCNICA DESCRIÇÃO
51. Padrão 100%, Parte 1: Olhar 
de radar / ser visto observando
Evite comportamentos não produtivos desenvolvendo sua capacidade de
observar quando ocorrem e lembrando sutilmente aos alunos que você os está
observando.
52. Padrão 100%, Parte 2: Torne 
a colaboração visível
Certifique-se de que os alunos atenderão a uma solicitação de maneira
imediata e visível estabelecendo um padrão que seja mais exigente do que a
colaboração marginal. Seja sensato sobre o que você solicita, especificamente
porque isso irá determinar o padrão de colaboração.
Padrão 100%, Parte 3: 
Intervenção menos invasiva
Maximize o tempo de ensino e minimize o “drama” utilizando a tática mais
sutil e menos invasiva possível para corrigir os alunos que não estão realizando
a tarefa.
Seis formas de intervenção:
- Intervenção não verbal: gesto de mãos ou representando intencionalmente
a ação corretiva.
- Correção positiva do grupo: um pouco mais invasiva – um lembrete rápido,
verbal, oferecido a todo o grupo, aconselhando-os a realizarem uma ação
específica.
- Correção anônima individual: ex. me acompanhe por favor (é direcionada).
- Correção privada individual: é preciso agir num momento em que seja mais
fácil não estar visível para os demais alunos.
- Elogio privado individual: sussurrar um feedback positivo para determinado
aluno.
- Correção pública com a rapidez de um raio: correção individual em
situações públicas (quando realmente necessário).
Padrão 100%, Parte 4: Gentileza 
firme e calma
Tome medidas para conseguir a colaboração sem conflitos estabelecendo um
ambiente com propósito e respeito e mantendo sua própria postura.
Padrão 100%, Parte 5: Arte da 
consequência
Certifique-se de que as consequências, quando necessárias, serão mais
eficazes, aplicando-as de forma rápida, progressiva, consistente e
despersonalizada. Também ajuda a fazer uma afirmação de rápido retorno,
mostrando aos alunos que eles podem rapidamente voltar à atividade.
O propósito das consequências, utilizadas adequadamente, não é meramente
punir, mas reforçar com eficiência a tomada de decisões importantes: utilizar
situações em que os erros ocorrem para que os alunos possam aprender a
partir deles.
56. Voz no comando Afirme sua autoridade por meio de hábitos verbais e não verbais intencionais,
especialmente nos momentos em que você precisar manter o controle.
Os seis princípios da voz no comando:
- Utilize um registro formal: Ex. contato visual, posição corporal, gestos,
expressão facial e ritmo de linguagem (não transmitir uma mensagem
importante na forma de um registro casual).
- Preparado para atacar / de pé: Quando você deseja que as orientações
sejam seguidas, não se envolva com outras tarefas ao mesmo tempo.
Assumir uma postura formal pode ajudar.
- Transmita poder silencioso: não demonstre nervosismo.
- Utilize economia da linguagem: menos palavras são mais fortes do que
mais.
- Não fale ao mesmo tempo: Se o que está sendo dito realmente merece
atenção, então cada aluno tem o direito e a responsabilidade de escutá-lo.
57. O que fazer Utilize orientações específicas, concretas, sequenciais e observáveis para dizer
aos alunos o que fazer e o que não fazer.
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DESENVOLVENDO O CARÁTER E A CONFIANÇA
TÉCNICA DESCRIÇÃO
58. Discurso positivo Oriente os alunos a fazerem um melhor trabalho enquanto os motiva e inspira utilizando
um tom positivo para dar um feedback construtivo.
59. Elogio preciso Torne estratégico o seu reforço positivo. Diferencie entre reconhecimento e elogio. Ex.
“Bom. Você não apenas utilizou a palavra ‘mitose’, mas também disse que as células se
dividem ‘via’ mitose.
60. Cordial / rigoroso Seja, ao mesmo tempo, cordial e rígido para mandar uma mensagem de altas expectativas,
atenção e respeito.
61. Equilíbrio 
emocional
Controle suas emoções para promover consistentemente a aprendizagem e o desempenho
dos alunos.
62. Fator A Celebre o processo de aprendizagem à medida que você prossegue.
CONCLUSÃO
Quando digo que o ensino é uma arte, quero dizer que a educação é difícil, pois exige
delicadeza e discrição na sua aplicação e um desenvolvimento cuidadoso e atento de técnicas
para o seu domínio. Esse caminho é diferente para cada professor. Adaptadas, refinadas,
melhoradas e, talvez em alguns poucos casos, ignoradas, essas técnicas podem transformar sua
sala de aula.
Referências
LEMOV, Doug. Aula Nota 10. (2.0). 62 técnicas para melhorar a gestão
da sala de aula. Editora Penso. Porto Alegre/RS, 2018.

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