Buscar

A-MATEMÁTICA-NA-EDUCAÇÃO-INFANTIL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
1 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2 
A IMPORTÂNCIA DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL .................. 3 
Conceitos Matemáticos Inseridos na Educação da Primeira Infância: Diagonais 
que Perpassam o Desenvolvimento dos Pequenos Estudantes . .............................. 5 
O ENSINO DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL. EM:https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/o-ensino-
matematica-atraves-ludico-na-educacao-infantil.htm ............................................... 31 
O Lúdico na Educação Infantil: Jogar e Brincar, uma forma de educar
 .......................................................................................................................... 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
1. INTRODUÇÃO. 
Nesse material iremos apresentar a importância do uso do material concreto e 
o uso do material lúdico para o ensino da matemática, além de demonstrar quais 
serão as contribuições no aprendizado do aluno, principalmente na Educação Infantil. 
A Educação infantil, de acordo com a Lei de diretrizes e Bases da educação – 
20/12/94 é a primeira etapa da educação básica e tem como finalidade o 
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, 
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. 
Baseando-se nesse aspecto legal, é importante considerar o desenvolvimento 
integral da criança como aspecto fundamental na infância. E é por isso que vamos 
apresentar através desse material o porquê a criança deve desenvolver seu raciocínio 
lógico matemático desde seus primeiros contatos com o meio em que vive. 
Vamos realçar dois aspectos relevantes no ensino da matemática para as 
crianças menores: O aspecto Lúdico e o aspecto dos materiais concretos para melhor 
assimilação e aprendizado dos conteúdos. No aspecto Lúdico, sabe-se que a criança, 
quando aprende algo que é significativo para ela, nunca mais ela vai esquecer. Nesse 
sentindo, ao aprender brincando, ela com certeza, assimilará o conteúdo e terá o 
prazer de aplicá-lo em seu cotidiano, uma vez que a forma de aprendizagem foi 
prazerosa. 
O aspecto concreto, também irá reforçar esse aprendizado, pois entre as várias 
formas de se ensinar algo, a exemplificação, a visualização, o contato, o uso dos 
vários sentidos ao aprender, incluindo o tato, o fato de se pegar em algo, vai fazer 
com que em algum dia, essa criança irá se lembrar da forma em que se aprendeu 
isso é magnífico, garantir o aprendizado de um conteúdo, através de vários materiais 
concretos, é realmente um marco revolucionador no ensino da matemática. 
O ASPECTO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. 
 
4 
 
 
 
Jogos, brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da criança, pois estão 
presentes na humanidade desde o seu início. Vamos observar a partir de agora “o 
lúdico” como processo educativo, demonstrando que ao se trabalhar ludicamente não 
se está abandonando a seriedade e a importância dos conteúdos a serem 
apresentados à criança, pois as atividades lúdicas são indispensáveis para o seu 
desenvolvimento sadio e para a apreensão dos conhecimentos, uma vez que 
possibilitam o desenvolvimento da percepção, da imaginação, da fantasia e dos 
sentimentos. Por meio das atividades lúdicas, a criança comunica-se consigo mesma 
e com o mundo, aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais, constrói 
conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente. 
Precisa-se perceber o lúdico, demonstrando a sua importância no 
desenvolvimento infantil e dentro da educação como uma metodologia que possibilita 
mais vida, prazer e significado ao processo de ensino e aprendizagem, tendo em vista 
que é particularmente poderoso para estimular a vida social e o desenvolvimento 
construtivo da criança. 
O lúdico permite um desenvolvimento global e uma visão de mundo mais real. 
Por meio das descobertas e da criatividade, a criança pode se expressar, analisar, 
criticar e transformar a realidade. 
5 
 
 
Se bem aplicada e compreendida, a educação lúdica poderá contribuir para a 
melhoria do ensino, quer na qualificação ou formação crítica do educando, quer para 
redefinir valores e para melhorar o relacionamento das pessoas na sociedade. 
Para que a educação lúdica caminhe efetivamente na educação é preciso 
refletir sobre a sua importância no processo de ensinar e aprender. Ciente da 
importância do lúdico na formação integral da criança, e é por esse motivo que iremos 
abordar a questão: Qual a importância das atividades lúdicas na educação infantil ? 
 
Conceitos Matemáticos Inseridos na Educação da Primeira Infância: 
Diagonais que Perpassam o Desenvolvimento dos Pequenos Estudantes . 
 
 
Não importa a filiação teórica que os estudiosos em educação matemática se 
encontram, é tendência internacional e assim de todos os educadores matemáticos 
que a exploração matemática na educação da primeira infância deve se manifestar 
em três campos: o espacial, que desenvolverá o estudo da geometria; o numérico, 
que estará alicerçando o estudo da aritmética; e o campo das medidas, que se 
transformará em ponte para integrar a geometria com a aritmética (LORENZATO, 
2006). 
6 
 
 
Contudo, para que os três campos conceituais em matemática sejam desenvolvidos 
com qualidade na educação da primeira infância é preciso que as crianças aprendam 
noções básicas acerca de: 
 
 
Organizada pelo autor a partir de Lorenzato, 2006. 
Ainda há os conceitos físico-matemáticos que possuem relação direta com essas 
noções básicas e com os campos matemáticos. Os conceitos físico-matemáticos 
abrangem toda e qualquer noção básica que os pequenos precisam aprender durante 
sua estada na educação da primeira infância e ajudam a desenvolver os três campos 
matemáticos. Estes conceitos físico-matemáticos são: 
 
 
7 
 
 
Organizada pelo autor a partir de Lorenzato, 2006. 
Segundo Lorenzato (2006), para o docente propiciar o desenvolvimento desses 
conceitos físico-matemáticos, das noções básicas e dos três campos matemáticos na 
criança, faz-se necessário que o educador conheça os sete processos mentais 
básicos para a aprendizagem da matemática. Estes processos não estão ilhados, 
nem tampouco pertencem a um círculo que tem começo e fim; eles perpassam todas 
as áreas do conhecimento que estão inseridas na educação da primeira infância. Por 
isso, caso o educador não possua, como diz Pereira (2007), um olhar plural ele nunca 
compreenderá as possibilidades de construção de uma aula completa e rica, sempredesenvolverá uma aula fragmentada. 
Por esse motivo, compreendamos cada um dos processos mentais básicos para a 
aprendizagem da matemática. A correspondência é o primeiro deles. Nela se 
estabelece a relação um a um; chamamos ainda de correspondência biunívoca. Muito 
utilizada nos primeiros anos da educação das crianças e que as ajudará a 
compreender situações matemáticas que permeiam a vivência social e econômica 
desse aluno. A relação biunívoca é importante que o docente tenha em mente que 
ela só se concretiza porque há elementos suficientes em cada conjunto para realizar 
a ligação entre eles, isso não quer dizer que não possa aparecer elementos em um 
dado conjunto que não tenha seu respectivo em outro conjunto. O que não pode 
ocorrer é conjuntos vazios se relacionando com outros conjuntos não vazios. 
CORRESPONDÊNCIA 
8 
 
 
 
O segundo procedimento mental é comparação, a qual faz o estudante estabelecer 
diferenças e semelhanças entre grandezas, medidas, lugares e tantos outros 
conceitos físico-matemáticos. Comparamos tamanhos, formas, locais e pessoas 
constantemente, o que não se distancia das comparações matemáticas, uma vez que 
comparar é visualizar o que, a nosso gosto, é bom ou ruim, estar de acordo com o 
que pensamos ou não. Estes detalhes que muitas vezes não são percebidos pelos 
profissionais da educação causam tumulto e desordem nas atividades que as 
crianças realizam, em especial nas brincadeiras e nos jogos. Então desenvolver este 
procedimento mental com as crianças não é apenas favorece a elas o contato com 
materiais, objetos em que elas possam comparar as medidas, as grandezas e os 
locais, é estimular o entendimento do meio social no qual vivemos, desenvolvendo a 
oralidade e a capacidade de argumentação, sem esquecer-se do respeito ao demais 
e de si mesmo e assim entender os sentidos impregnados no nosso discurso 
(MOYSÉS, 1997). 
COMPARAÇÃO 
9 
 
 
 
O processo seguinte é a classificação. Este está atrelado ao anterior, pois classificar 
é o ato de separar em categorias de acordo com as semelhanças e diferenças 
existentes. Assim o estudante terá um elemento a mais para poder entender as 
classificações sociais manifestadas em nossa sociedade e não se deixar levar pelos 
discursos que querem legalizar essas classificações (GENTILI, 2005). Nesse sentido 
o educador deve observar as diversas variáveis que, subjetivamente, estão 
incorporadas em nosso discurso, não apenas no ato de ensinar, mas 
substancialmente nas nossas opiniões carregadas de preconceitos e de 
generalizações absurdas acerca de algum fenômeno social. 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS GEOMÉTRICAS. 
10 
 
 
 
Mais adiante está o quarto processo que chamamos de sequenciação. Ele é o ato de 
fazer suceder a cada elemento outro sem considerar a ordem entre eles. Nesta ação 
a ordem dos fatos não interfere nos resultados, o que é totalmente contrário à 
seriação. A quinta ação mental, busca ordenar uma sequência seguindo um critério 
estabelecido, ou seja, a ordem irá influenciar consideravelmente nos resultados 
obtidos. Entretanto, os educadores de modo geral, fazem muita confusão entre estes 
dois conceitos. Muitos solicitam aos educandos uma sequência numérica na ordem 
crescente ou decrescente, como se a ordem entre os numerais fosse condição para 
a existência de qualquer sequência, e quando a criança não realiza a atividade 
observando a "ordem" o docente diz que estar tudo errado. Uma incompreensão 
conceitual por parte Da criança. 
11 
 
 
 
O Jogo de Sequenciação por tamanhos pode e deve ser trabalhados com objetos 
concretos ou brincadeiras. 
A Seriação é o processo pelo qual se comparam os objetos e se estabelecem as 
diferenças entre eles. A Seriação pertence às relações chamadas assimétricas, ou 
seja, são aquelas utilizadas ao seriar objetos considerando a ordem linear de 
grandeza desses elementos. Sendo assim, pode-se seriar objetos numa ordem do 
maior para o menor, do menor para o maior, do mais grosso para o mais fino, do mais 
fino para o mais grosso, do mais pesado para o mais leve e vice- versa, etc. Segundo 
Rangel, “chamamos estas relações de “assimétricas” porque o motivo que nos leva a 
aproximar um objeto b de um outro a colocado, por exemplo, numa série que vai do 
menor ao maior, é que b é maior do que a e este não é o mesmo motivo que permite 
aproximar a de b. (Rangel,pág. 110)” 
12 
 
 
 
O penúltimo processo é a inclusão, ou seja, o ato de fazer abranger um conjunto por 
outro. Assim as crianças conhecerão as partes menores e poderão agrupá-las em 
partes maiores; incluirão dentro de uma categoria maior os seus membros. 
Conseguirão diferenciar subconjuntos dos conjuntos, assim poderão estabelecer a 
relação elemento/ conjunto (relação de pertinência) e a relação conjunto/ conjunto 
(contém e não contém/ está contido e não está contido). Ou seja, inclusão é o ato de 
generalizar. É importante que seja suscitada a inclusão social durante as aulas na 
educação da primeira infância, visto que as crianças estão inseridas num mundo em 
que as pessoas menos favorecidas estão constantemente sendo excluídas das 
oportunidades de terem uma boa escola, uma boa moradia, saneamento básico, 
acesso à cultura, ao lazer e tantos outros direitos que, não só a Constituição do nosso 
país nos favorece, mas fazem parte da dignidade humana. Nesse sentido, o ato de 
generalizar não está filiado ao de rotular, nem tampouco criar estigmas, mas, 
sobretudo resistir à alienação do sujeito social e assim lutar contra a submissão do 
ser humano ao capital (LESSA; TONET, 2008). 
13 
 
 
 
Por último, vem a conservação que possibilita aos alunos perceberem que a 
quantidade não depende da arrumação, forma ou posição dos elementos, em virtude 
de que a quantidade é imutável estando onde estiver. Não importa o local que se 
coloca os elementos, sendo um recipiente largo ou longo, estreito ou comprido, se há 
um litro de qualquer que seja o líquido este sempre será um litro. De um ponto de 
vista social este conceito não se aplica, em razão de que as lutas de classe buscam 
a eliminação da conservação social, da reprodução do status quo (ibidem). É 
importante que os estudantes percebam esta luta e compartilhem com esses 
embates. Entretanto, sozinhos não o farão, então é necessário que os educadores 
tenham compreensão sobre tal fenômeno e busquem em suas práticas pedagógicas, 
desde a escolha do livro didático até uma simples atitude dentro ou fora da sala de 
aula, confrontos que possibilitem a discussão e a posterior compreensão de que não 
devemos servir de massa de manobra, nem tampouco utilizar os demais para tal 
estado, haja vista que somos seres que vivemos em sociedade e precisamos 
respeitar as opiniões de todos, sem ser preciso aceitá-las. 
 
CONSERVAÇÃO 
14 
 
 
 
Lorenzato(2006,p.27) 
 
Convém ainda salientar que os processos aqui descritos não estão restritos a 
um determinado campo de conhecimento, na medida em que podem interagir com 
qualquer situação do cotidiano. Na verdade, eles são abrangentes e constituem-se 
num alicerce que será utilizado para sempre pelo raciocínio humano, 
independentemente do assunto ou tipo de problema a ser enfrentado. 
O caminho escolhido por cada educador para o desenvolvimento desses 
processos mentais básicos vai se constituindo a partir de sua visão gnosiológica, ou 
seja, a entendimento que possui ou possuirá sobre o conhecimento; ontológica, a 
compreensão de Homem; e axiológica que consiste na concepção de valores. O 
nosso trajeto é calcado pela abordagem histórico-dialética que entende o Homem 
como um ser histórico e dinâmico, o conhecimento como produção histórica e de 
caráter não material e os valores como perpetuação de ideias para a superação das 
desigualdades sociais. Assim, a abordagem que permeia todo este trabalho ver a 
educação 
15 
 
 
 
Paraa assimilação desses conceitos, vamos sugerir a seguir várias 
brincadeiras, que podem ser associadas aos conceitos, processos e conteúdos 
matemáticos para essa faixa etária. Possibilitando criança, além de consolidar os 
conteúdos, podem desenvolver a coordenação motora, socialização e o raciocínio 
lógico. Podemos citar algumas brincadeiras que podem fazer parte da Proposta da 
educação infantil. Faixa etária de três a cinco anos. 
 
1 – Pega batatas. ... 
2 – O mestre mandou. ... 
3 – O dragão. ... 
4 – Pirata trapalhão. ... 
5 – O carteiro. ... 
6 – Biscoitinho queimado. ... 
7 – Boliche. ... 
8– Morto-vivo. 
 
 
16 
 
 
 
Em um mundo onde as crianças estão cada vez mais ligadas a brinquedos 
tecnológicos, as brincadeiras tradicionais ainda são as melhores alternativas de 
entretenimento. 
Isso porque elas possibilitam, além de desenvolvimento cognitivo, os 
desenvolvimentos físicos e afetivos. Ao interagir com os colegas, elas aprendem, 
entre outras coisas, sobre a importância de cooperar e compartilhar. 
Essas brincadeiras promovem ainda atividades físicas, que são fundamentais 
no desenvolvimento da coordenação motora. E o mais importante, possibilitam muita 
diversão. 
Turmas de creche e pré-escola são especialmente privilegiadas, uma vez que 
estão no auge do desenvolvimento. Para educadores que utilizam esse método em 
sala de aula, fizemos uma seleção especial. 
Brincadeiras simples, de fácil execução e que vão bem em lugares pequenos. 
Confira todas elas e diversifique o dia a dia em sala de aula. 
1 – Pega batatas 
17 
 
 
Para realizar esta brincadeira, será preciso ter folhas de papel e dois cestos 
médios. A execução é bastante simples. Antes de começar a brincadeira é preciso 
amassar algumas folhas de papel para serem as batatas. Os papéis mais maleáveis, 
como jornais e revistas, são os mais indicados. 
Em seguida, o professor deve espalhar as batatas por diversos locais e separar 
a turma em dois grupos, entregando um cesto para cada. Ao sinal do educador, as 
crianças vão percorrer o local em busca das batatas, colocando-as no cesto da 
equipe. Vence o grupo que, ao final, tiver recolhido mais batatas. 
2 – O mestre mandou 
O educador irá escolher uma criança para ser o mestre, que irá ditar aos 
colegas alguma ordem simples, como “o mestre mandou pular de um pé só”. As outras 
crianças deverão cumprir a ordem. Permanece na brincadeira quem conseguir 
executar todas as tarefas. 
3 – O dragão 
Os alunos deverão ser posicionados em fila indiana, com as mãos na cintura 
do colega que estiver na frente. A primeira criança da fila será a cabeça do dragão. 
Seu objetivo será pegar o último da fila, que será a cauda. 
Assim que autorizados pelo professor, as crianças começarão a correr e a fazer 
movimentos para evitar que a cabeça pegue a cauda. Assim que isso acontecer, o 
primeiro e o último aluno podem ser substituídos por alguém do meio. A brincadeira 
segue enquanto os pequenos demonstrarem interesse. 
4 – Pirata trapalhão 
Para executar a brincadeira é preciso ter algumas balas e guloseimas dentro 
de um saquinho para ser o tesouro. Escolha algum dos alunos para ser o pirata. Sem 
que os demais vejam, ele vai esconder um tesouro. Depois de terminar, ele vai gritar 
“vamos ajudar o pirata trapalhão?”. 
18 
 
 
A este sinal, as outras crianças vão começar a procurar. Depois de cinco 
minutos, caso ninguém encontre, o pirata pode começar a dar dicas do local. Quem 
encontrar o tesouro ganhará o brinde e será o próximo pirata. 
5 – O carteiro 
A brincadeira começa com todos ao alunos sentados em círculo. O professor 
começará dizendo “O carteiro mandou uma carta só para quem está de cabelo preso.” 
Quem estiver de cabelo preso deverá trocar de lugar, mas sem ir para o lugar 
ao lado. Quem não conseguir ocupar um novo lugar rapidamente, estará eliminado 
da brincadeira. As cartas continuarão a chegar, com comandos diversos (quem está 
de óculos, de tênis, etc.). 
6 – Biscoitinho queimado 
Para brincar, é preciso somente de um brinquedo. O professor deverá mostrá-
lo a todas as crianças e em seguida entregá-lo para algum deles esconder, enquanto 
os outros ficarão de olhos fechados. O brinquedo será o “biscoitinho queimado” 
Assim que terminar de esconder, a criança deve gritar “Biscoitinho queimado”. 
Será o sinal para os colegas saírem em busca do objeto oculto. Conforme eles forem 
se afastando, quem escondeu grita “Está frio”, ao contrário, quando se aproximarem, 
ele vai gritar “Está quente!”. 
Quem encontrar um brinquedo primeiro ganha e será o próximo e escondê-lo. 
7. Boliche. 
O boliche é um jogo divertido e popular, aberto para todas as idades. 
O jogo pode ser organizado na escola para os alunos da educação Infantil para 
trabalhar equilíbrio e arremesso ao alvo. 
O objetivo do boliche é arremessar uma bola pesada, a fim de derrubar dez peças de 
madeira em forma de garrafa, chamadas de pinos. 
Quanto mais pinos forem derrubados, mais pontos o jogador acumula. 
Ganha quem tiver acumulado o maior número de pontos em uma partida 
19 
 
 
 
8. Morto Vivo. 
Os alunos se reúnem em círculo e a professora ou qualquer aluno pode falar: 
"Morto!", todos ficarão agachados. Quando o líder disser: "Vivo!", todos darão um 
pulinho e ficarão de pé. Quem não cumprir as ordens é eliminado, até sobrar um só 
participante, que será o vencedor e o próximo líder. 
9. O feiticeiro. 
Na brincadeira o feiticeiro e as estátuas os participantes ficam de pé, dispersos 
em uma área delimitada. Alguém será o “feiticeiro” que perseguirá os demais. Ao sinal 
do educador, inicia-se a perseguição, e aquele que for tocado ficará “enfeitiçado”: 
imóvel com as pernas afastadas, representando uma “estátua”. Os outros 
companheiros poderão passar por baixo das pernas das “estátuas”, salvando-as do 
“feitiço”. Depois de algum tempo, o “feiticeiro” deverá ser substituído. 
10. CORRE COTIA 
O jogador que achar o lenço corre atrás daquele que jogou 
Conhecida também como Lenço atrás, os participantes sentam-se em uma 
roda e cobrem os olhos. Um deles anda em volta com um lenço na mão para deixar 
atrás de um dos amigos. E vai cantando a música: “Corre, cotia, na casa da tia. Corre 
cipó, na casa da vão. 
 
20 
 
 
CORRE COTIA. 
 
O LÚDICO NO APRENDIZADO DA MATEMÁTICA 
Através dos jogos se pode trabalhar as noções matemáticas como: contagem, 
lateralidade, espaço e forma, dentre outras simultaneamente com o prazer pelo 
aprender brincando. Os jogos por serem instrumentos, quando orientados, lúdicos e 
prazerosos vêm realmente contribuir enquanto recurso utilizado pelo professor para 
o desenvolvimento de noções matemáticas na educação infantil, pois a criança 
aprende enquanto brinca e isto é fato presente durante qualquer infância. Com o jogo, 
o aluno além da interação com o colega, desenvolve a memória, a linguagem, a 
atenção, a percepção, a criatividade e a reflexão para a ação. (AZOLA, SANTOS, 
2010, p.47). 
O desenvolvimento de noções matemáticas na educação infantil pode ser 
trabalhado através dos jogos, que possuem caráter inclusivo. Batista (2012) realizou 
pesquisa sobre o ensino da matemática na educação infantil utilizando atividades 
lúdicas, com o objetivo de evidenciar como o ensino da matemática se tornou um 
aprendizado necessário para a formação da educação infantil, tendo em vista que 
este processo auxilia no desenvolvimento da inteligência das crianças, além de 
favorecer outros aspectos. Aconselha o uso dos jogos e brincadeiras como 
instrumentos auxiliares desse processo, observando os aspectos positivos de tais 
ferramentas. 
21 
 
 
 
 
Os jogos possibilitam o desenvolvimento das inteligências múltiplas, Kishimoto, 
que se destaca pela ênfase dada ao uso dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento 
da criança e, Piaget, que reúne inúmeros trabalhos voltados para as áreas do ensino, 
aprendizagem e desenvolvimento da criança,são defensores dessa tese. Para 
Batista (2012), a partir das atividades lúdicas, a criança desenvolve suas habilidades 
sociais e intelectuais, pois é nas brincadeiras que elas integram-se com os colegas, 
expressam seus desejos, colocando-se em harmonia com os interesses dos outros, 
ao mesmo tempo em que aprendem a defender sua opinião. Segundo Batista (2012, 
p. 23): O professor precisa conhecer a bagagem de conhecimento prévio que cada 
criança traz consigo, e agir no sentido de ampliar suas noções matemáticas, ou seja, 
é necessário respeitar a criança na sua inteligência, no seu aprendizado construído, 
para que a aprendizagem seja significativa e prazerosa. Dessa forma, o ensino da 
matemática poderá percorrer diversos caminhos, cabendo ao professor essa 
projeção, incorporando as brincadeiras, histórias, cantigas, jogos de regras, 
atividades lúdicas como fonte de aprendizagem. É importante que as crianças 
desenvolvam e conservem com prazer o aprendizado pela matemática. Dantas, Rais, 
Juy (2012), realizaram pesquisa bibliográfica cujos objetivos foram descrever e 
22 
 
 
analisar como ocorre o processo aprendizagem do sistema de numeração em 
crianças de 5 anos e verificar como os jogos podem ser úteis como recursos para o 
ensino e desenvolvimento da aprendizagem matemática. Parra e Saiz, Kamii, dentre 
outros que investigaram e vem investigando sobre a aprendizagem de noções 
numéricas na Educação Infantil e sobre a utilização de jogos como recursos para o 
ensino da matemática. Segundo Dantas, Rais, Juy (2012, p. 08): A criança já traz 
para a escola alguns “conceitos” numéricos que ela já estabelece singularidade, pois 
são usados em seu dia a dia, como por exemplo, o número da sua casa e que cabe 
a escola o papel de incentivar a criança para que ela se aproprie do sistema de 
numeração de forma prazerosa e satisfatória. A criança precisa ter noção de 
sequência numérica para poder utilizar. 
 
A criança aprende os conceitos matemáticos através da resolução de 
problemas, por isso o jogo é um recurso indispensável para a fixação de conceitos 
transmitidos, tornando-se um aliado poderoso, mas para que isso ocorra o professor 
precisa saber realmente o que ele quer alcançar com aquele determinado jogo, e 
estar atento a qualquer ação que a criança executar na brincadeira, pois é a partir 
dessas observações que ele consegue fazer uma intervenção de maneira positiva e 
eficaz. Grigorine (2012) realizou pesquisa bibliográfica sobre a importância do lúdico 
na sala de aula de forma a auxiliar o educador no processo ensino aprendizagem, 
com o objetivo de disponibilizar aos alunos oportunidades de desenvolverem 
habilidades como a socialização em grupo, tomada de decisões e desenvolvimento 
integral para a vida adulta. Segundo Grigorine (2012, p. 19) Brincar é um ato 
prazeroso, espontâneo e está presente em todas as fases de crescimento da criança. 
Através da brincadeira, diferentes formas de convivência e socialização manifestam-
se na medida em que a criança interage com o outro e com o ambiente. 
A importância de introduzir o lúdico na sala de aula é fazer com que o aluno 
tenha uma ferramenta diferente para resolver problemas, porém de vital importância 
para que demonstre suas habilidades em diversos contextos e que o jogo, por sua 
vez, traz benefícios para o desenvolvimento dessas habilidades além de proporcionar 
uma aprendizagem diferente e divertida, pois, aulas mecânicas, tradicionais, geram 
cada vez mais alunos desinteressados e desmotivados. 
23 
 
 
 
É fundamental que o educador conheça não só teorias sobre como cada 
criança reage e modifica sua forma de sentir, pensar, falar e construir coisas, mas 
também o potencial de aprendizagem presente em cada atividade realizada, ou seja 
cada atividade lúdica , seja ela jogo ou brincadeira, precisa estar diretamente 
relacionada com um conteúdo programático, com o intuito de desenvolver as 
habilidades necessárias para a criança em sua respectiva faixa etária. Recomenda 
ainda que é necessário refletir sobre o valor dessas experiências, enquanto recurso 
necessário para o domínio de competências básicas em todo o processo de ensino e 
aprendizagem.Pieri (2011), realizou pesquisa com 14 crianças de 4 a 6 anos de idade 
que estavam cursando a pré escola de uma instituição de educação infantil localizada 
no município de Jaú/SP, com objetivo de refletir a teoria a respeito do lúdico como 
elemento fundamental no processo do ensino-aprendizagem na Educação Infantil, 
enfatizando sua importância. Desde pequena a criança já tem noção de números, 
cabe aos educadores despertar o gosto pela matemática através do jogo. Aprender 
Matemática significa, fundamentalmente, utilizar-se do que distingue o ser humano, 
ou seja, a capacidade de pensar, refletir sobre o real vivido e o concebido, transformar 
este real, utilizando em sua ação, como ferramenta, o conhecimento construído em 
interações com as necessidades surgidas no aqui e no agora. (PIERI, 2011, p. 34). 
Os jogos possuem vários aspectos como fonte estimuladora do processo e 
desenvolvimento e da aprendizagem da criança. Por exemplo, no jogo da Amarelinha, 
além de ser prazeroso, pode servir como instrumento de aprendizagem na 
construção do conhecimento lógico matemático. Fazendo com que a criança olhe 
para a estrutura do jogo, na parte numérica, criando novos significados e outras 
formas de brincar. Essa interação possibilita avanços, desenvolvimentos e evoluções 
naquilo que a criança é capaz de realizar com a ajuda dos outros, no seu 
desenvolvimento intelectual e lógico. Dessa forma, percebe-se que as atividades 
lúdicas são indispensáveis ao desenvolvimento global infantil e é através de jogos e 
brincadeiras que a criança é introduzida no meio sócio – cultural, onde através de 
uma atividade completa o brincar, desenvolve os processos de assimilação e 
recriação da realidade. O jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou 
brincadeira para gastar energia, pois ele favorece os desenvolvimentos físicos, 
cognitivos, afetivos, sociais e morais; as crianças ficam mais motivadas a usar a 
24 
 
 
inteligência, pois querem jogar bem; sendo assim, esforçam-se para superar 
obstáculos, tanto cognitivos quanto emocionais. O jogo cria um clima de liberdade 
propício à aprendizagem e estimulando a moralidade, o interesse, a descoberta e a 
reflexão. Silva (2008) realizou pesquisa bibliográfica sobre o ensino da matemática e 
a utilização dos jogos como recurso pedagógico demonstrando a importância de se 
desenvolver, desde cedo, o raciocínio lógico das crianças e fazê-las compreender a 
natureza das ações matemáticas através do trabalho com os jogos. E dessa forma 
fazer com que a matemática se torne, para as crianças, uma matéria prazerosa e 
interessante, como realmente é, evitando que se desenvolva nelas o medo tão 
comum em crianças mais velhas e adolescentes em relação à essa disciplina. Por 
meio de atividades com jogos as crianças vão ganhando autoconfiança e são 
incentivadas a questionar e corrigir suas ações, analisar e comparar pontos de vista, 
organizar e cuidar dos materiais utilizados. Outro motivo é proporcionar ao sujeito que 
desenvolva seu raciocínio. Nos jogos criam-se situações que servem como 
instrumentos para exercitar e estimular um agir-pensar com lógica e critério, 
condições para jogar bem e ter um bom desempenho escolar. (SILVA, 2008, p. 47). 
O objetivo da pesquisa foi dar base aos profissionais de educação que querem 
trabalhar com as atividades de jogos em suas classes, mas têm dúvidas sobre como 
aproveitar todo o potencial que o jogo permite além de ressaltar sua real importância 
para a educação formal, principalmente na área de matemática. 
 
 
 
 
25 
 
 
 
Pode-se observar que os jogos são facilitadores do processo de aprendizagem 
por diversos motivos, sendo que um dos principais é seu lado prazeroso. Semdúvida, 
é muito mais interessante para qualquer pessoa desenvolver uma atividade que lhe 
dê prazer do que atividades desinteressantes. 
Sugere que: Ainda há que se conscientizarem os educadores que para brincar 
é preciso planejamento, estudo e dedicação por parte dos educadores. Não é deixar 
brincar e pronto, por mais que em qualquer situação de brincadeira há sim, o 
desenvolvimento da criança, na escola essas situações precisam ser bem 
elaboradas. (SILVA, 2008, p. 47). Foi desenvolvida uma pesquisa com a aplicação de 
questionário para 08 professores, uma foi desenvolvida a partir da realização de 
atividades com 14 crianças com idades entre quatro e seis anos e a outra com 26 
crianças. Como resultados, todas as pesquisas mostraram que o lúdico proporciona 
uma aprendizagem diferente e divertida e que o jogo é um recurso indispensável para 
motivar a aprendizagem da matemática, porém o professor precisa saber realmente 
o que ele quer alcançar com determinado jogo e estar atento a qualquer ação que a 
criança executar, pois é a partir das observações que ele consegue fazer uma 
26 
 
 
intervenção de maneira positiva e eficaz. Em outra pesquisa constatou-se que os 
professores reconhecem a importância dos jogos, mas sua utilização é pouco 
frequente. 
Percebe-se que muitos educadores ainda aplicam os jogos matemáticos ou 
brincadeiras lúdicas, simplesmente como uma forma de brincar e fazer a turminha 
extravasar, não planejam suas atividades e, portanto não conseguem identificar qual 
o conteúdo está relacionado com determinado jogo. Por isso há um apelo para que 
os educadores se preparem mais ao trabalhar a questão matemática, principalmente 
na Educação Infantil, em que se dá início à construção do conhecimento que a criança 
vai poder utilizar por toda a sua vida, e se a transmissão desse conhecimento for de 
forma traumática, a criança simplesmente vai querer ignorar toda vez que for 
solicitada a voltar nesse conteúdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ENSINO DE MATEMÁTICA DE ACORDO COM REFERENCIAL CURRICULAR 
NACIONAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL 
Na Educação Infantil, a criança tem a capacidade e a possibilidade de absorver 
conhecimentos que serão levados e lapidados ao longo da vida. 
27 
 
 
A escola utiliza as vivencias das crianças como ponto de partida e dá 
continuidade, ampliando seu conhecimento. É nesse período que a criança terá a 
base de sua educação e o aprendizado da Matemática torna-se essencial. 
Quando falamos em Matemática, pensamos logo em quantidades e cálculos, 
mas ela abrange muito mais que isso. 
Desde pequenos estamos inseridos em um mundo onde utilizamos a 
Matemática de forma informal e natural, seja para contarmos os integrantes da família 
ou brincarmos com jogos que exijam raciocínio lógico e estratégias. 
Segundo o RCNEI (1998), a Matemática ajuda no desenvolvimento de pessoas 
independentes capazes de argumentar e solucionar problemas. 
Desta forma, quanto mais cedo forem trabalhados os conceitos matemáticos 
melhor será o resultado no futuro, quando os alunos terão que enfrentar a Matemática 
de forma mais complexa, no Ensino Fundamental e Médio. 
(...) a instituição da Educação Infantil pode ajudar as crianças 
a organizarem melhor as suas informações e estratégias, bem como 
proporcionar condições para a aquisição de novos conhecimentos 
matemáticos. O trabalho com noções matemáticas na educação 
infantil atende, por um lado, às necessidades das próprias crianças 
de construírem conhecimentos que incidam nos mais variados 
domínios do pensamento, por outro, corresponde a uma 
necessidade social de instrumentalizá-las melhor para viver, 
participar e compreender um mundo que exige diferentes 
conhecimentos e habilidades. (RCNEI, 1998, p. 209) 
Justamente por todos esses benefícios que o aprendizado da Matemática nos 
proporciona, é que o método utilizado pelos professores vem sendo discutido. 
Para alguns alunos que não tiveram a oportunidade de um conhecimento 
espontâneo e gradual, a Matemática torna-se um trauma em toda sua formação 
acadêmica. 
28 
 
 
De acordo com o RCNEI (1998), há um grande equivoco em ensinar 
Matemática por meio da memorização e repetição, onde a criança apenas decora e 
não entende realmente a lógica. 
Já o trabalho com classificação e seriação é fundamental, para termos 
capacidade de ordenar, classificar e comparar, desenvolvendo o raciocínio lógico. 
A classificação e a seriação têm papel fundamental na 
construção de conhecimento em qualquer área, não só em 
Matemática. Quando o sujeito constrói conhecimento sobre 
conteúdos matemáticos, como sobre tantos outros, as operações de 
classificação e seriação necessariamente são exercidas e se 
desenvolvem, sem que haja um esforço didático especial para isso. 
(RCNEI, 1998, p. 210) 
Atualmente, o ensino através do lúdico vem ganhando cada vez mais espaço. 
O que antes era ensinado de forma repetitiva e sem criatividade, hoje já está sendo 
substituído por jogos e brincadeiras divertidas e educativas. 
Nada mais propício e eficaz em se falando de Educação Infantil, pois a criança 
em contato com jogos e brinquedos sente-se em seu mundo, estimulando seu 
interesse e atenção de forma prazerosa. 
Utilizar o jogo na Educação Infantil significa transportar para o campo 
de ensino-aprendizagem condições para maximizar a construção do 
conhecimento, introduzindo as propriedades do lúdico, do prazer, da 
capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora. (RCNEI, 1998, 
p. 37) 
A utilização do lúdico no ensino da Matemática, na educação infantil, aplicada 
de forma correta, pode favorecer muito a aprendizagem do aluno. 
Segundo o RCNEI (1998), o professor não deve confundir que apenas com 
jogos a criança irá aprender Matemática; as brincadeiras e atividades lúdicas devem 
ser muito bem dirigidas e terem alguma finalidade. 
29 
 
 
Deste modo, as crianças serão incentivadas a acharem soluções, usarem a 
lógica, a capacidade de estratégia e a tomada de atitudes. 
O jogo pode tronar-se uma estratégia didática quando as 
situações são planejadas e orientadas pelo adulto visando a uma 
finalidade de aprendizagem, isto é, proporcionar à criança algum tipo 
de conhecimento, alguma relação ou atitude. Para que isso ocorra, 
é necessário haver uma intencionalidade educativa, o que implica 
planejamento e previsão de etapas pelo professor, para alcançar 
objetivos predeterminados e extrair do jogo atividades que lhe serão 
decorrentes. (RCNEI, 1998, p.212) 
 
De acordo com este documento, o ensino de matemática tem como objetivo: 
 O desenvolvimento de situações envolvendo matemática no nosso dia-a-dia, 
 O conhecimento dos números, 
 O saber contar, 
 Noções de espaço físico, medidas e formas, 
 A estimulação da autoconfiança da criança ao se deparar comproblemas e 
desafios. 
Segundo o RCNEI (1998), os conteúdos de Matemática devem ser 
selecionados, levando em conta os conhecimentos que as crianças possuem 
ampliando-os cada vez mais. 
Na fase de 0 a 3 anos, a criança está naturalmente inserida no mundo da 
Matemática, é nessa idade que a criança desenvolve a noção espacial, a capacidade 
de estratégia e raciocínio lógico, ao engatinharem e andarem pelos lugares. 
Os jogos de encaixe, brincadeiras de faz-de-conta, painéis com datas de 
aniversários e medidas (peso, tamanho, etc.) também são excelentes opções de 
atividades para o professor estar trabalhando com as crianças. A música é essencial 
nessa fase, pois desenvolve o ritmo, memorização e sequência através das letras, 
além de trabalhar a expressão corporal. 
30 
 
 
Na fase dos 4 aos 6 anos, o RCNEI (1998) divide os conteúdos em três blocos: 
“Números e Sistema de Numeração”, “Grandezas e Medidas” e “Espaço e Formas”. 
Esses três blocos devem ser trabalhados de forma integrada. O que estudaremos na 
sequência dos estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. RCNEI – Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil – 
Brasil:1998. 
HALABAN, Sérgio; ZATZ, André e ZATZ, Sílva. Brinca Comigo! Editora Marco 
Zero: 2006 
KISHIMOTO, Tizuco Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeiras e a educação. 4ª 
Ed. São Paulo, Editora Cortez: 2000. 
SMOLE, Kátia Cristina Stocco. A Matemática na Educação Infantil. A teoria das 
inteligências múltiplas na prática escolar. Porto Alegre, Editora Artes Médicas: 
1996. 
O ENSINO DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. 
EM:https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/o-ensino-matematica-
atraves-ludico-na-educacao-infantil.htm 
O USO DO MATERIAL CONCRETO NO ENSINO DA MATEMÁTICA. 
http://www.editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/Trabalho_Comunicacao_or
al_idinscrito_947_7fc2304382477fcd9bed7819c1fb39e8.pdf 
 
O Lúdico na Educação Infantil: Jogar e Brincar, uma forma de educar 
http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com/2012/05/o-ludico-na-
educacao-infantil-jogar-e.html

Continue navegando