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1 4° Período | 1° AF | Imunologia | MAD II: Mecanismos de Agressão e Defesa Maria Diva Costa Alves | @medivou Introdução às doenças autoimunes Prof.ª Cristiane Monteiro | 28.07.2021 Doenças autoimunes são erros que aconte- cem durante a resposta imunológica. Uma deficiência do sistema imune; RESPOSTA IMUNOLÓGICA (ATÉ AGORA) Respostas contra agentes infecciosos (cur- so normal); A adaptativa apresenta um maior foco para linfócitos, eles modulam a resposta inata; Reações de hipersensibilidade (danosas, induzidas pelo ambiente e/ou infecção); Tolerância imunológica. Respostas contra tumores. Respostas contra transplantes. ESCLEROSE MÚLTIPLA Antigamente era confundido com Alzhei- mer; Paciente não tem força motora, apresen- ta dores fortes e cansaço exacerbado; Associada com o cromossomo X (tranferí- vel de mãe para filha); Há esquecimento, boca torta, dificuldade auditiva, disfunções oculares e realização da marcha (por conta de um processo in- flamatório); “A inflamação é uma forma de sinalização para algo que está errado, dor é uma das etapas”. A barreira hematocefálica é rompida em pacientes que possuem essa patologia; “Os anticorpos não destroem nada, eles apenas marcam o local da inflamação para que as células do sistema imune possam destruir”. A transmissão do impulso nervoso fica comprometida por “falta” da bainha de mielina; O paciente recebe a mensagem, mas de- mora pra processar e realizar o comando; TRATAMENTO Baseado na regulação da ativação de células NK, ou seja, vão destruir outras cé- lulas inflamatórias induzindo apoptose; Tem efeito sistêmico; TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA É o estado ausente de resposta um epítopo antigênico específico. Central (órgãos linfoides primários) ou peri- férica (órgãos linfoides secundários); Linfócitos que reconhecem antígenos pró- prios; Ocorre em linfócitos imaturos nos órgãos primários (timo e medula óssea); COMO ACONTECE? O linfócito virgem (recém-produzido) tem que garantir que o receptor de célula T dele não destrua uma célula do indivíduo (SELF) e sim células invasoras (NON-SELF); O linfócito deixa de ser virgem quando en- contra um antígeno; “Todos os milhares de linfócitos produzidos não podem reconhecer o indivíduo, por isso, é necessário uma apresentação de antígeno”. A célula dendrítica vai apresentar um antí- geno tolerogênico (uma sequência do in- divíduo), ou seja, reconhece o antígeno, mas não há respostas, pois é um antígeno SELF; “Se encontrou o indivíduo há uma ligação fraca, ou seja, percebe e solta. Se encontrou um corpo estranho há uma ligação forte para que possa destruir”. Quando há ligação forte em um reconhe- cimento SELF é uma doença autoimune; Célula não vai ser destruída e se alojará em órgãos muito irrigados (intestino, pân- creas e estômago), pois são locais ricos em nutriente e oxigênio; Futuramente se torna um câncer. 2 4° Período | 1° AF | Imunologia | MAD II: Mecanismos de Agressão e Defesa Maria Diva Costa Alves | @medivou Célula NK não destrói porque passa despercebido. Existem dois caminhos quando há uma li- gação forte em um reconhecimento SELF: Apoptose. Edição de receptor: pode acontecer até 90x e a sua grande vantagem é o reaproveitamento da célula. TRANSPLANTE As células externas, vinda do doador para o receptor, devem ter uma capacidade de integração baixa entre antígeno e re- ceptor; “Transplante não funciona se a capacidade de integração for alta”. Imunossupressores garantem que o paci- ente fique bem; “Diminuir a dose ou trocar o imunossupressor serve para observar como que o organismo do paciente vai responder”. Se houver choque de tolerância, destrói todo o processo de transplante; CÂNCER É um processo de proliferação celular des- controlado; As células só podem fazer duas funções: Proliferar Morrer Existem ainda dois tipos de câncer: os que a célula continua proliferando (“esque- cem de morrer”) e os que células param de morrer; Resposta Treg é o linfócito CD25: responde a citocinas pró-inflamatórias e anti-infla- mátoria; “Linfócito importante para a terapia de pacientes carcinogênicos e na imunoterapia”. IMUNOFENOTIPAGEM Área da imunologia que estuda fenótipos das células do sistema imune, porém, é feito apenas a nível de pesquisa. Se há pessoas com doença autoimune na família, significa que houve uma falha du- rante a tolerância central; “Tem carga genética, só não se sabe exatamente quais os genes envolvidos”. INDUÇÃO DA TOLERÂNCIA EM LINFÓCITOS Quando há reconhecimento forte ocorre apoptose; Também há a possibilidade de inibir os lin- fócitos T e B (célula Treg); “Pode diminuir a doença, porém, a ação é sistêmica, a célula Treg precisa agir somente em momentos específicos”. 3 4° Período | 1° AF | Imunologia | MAD II: Mecanismos de Agressão e Defesa Maria Diva Costa Alves | @medivou QUEBRA DE TOLERÂNCIA É quando se desenvolve uma autoimunida- de. Perda do poder de descriminação SELF e NON-SELF; “Organismo passa a achar que as próprias células são invasoras, que o próprio SELF é o invasor”. Doenças mediadas por auto-anticorpos contra receptores de superfície celular: houve falha na tolerância imunológica; “Linfócito B, ativado pelo linfócito T, evolui para plasmócitos e, ao invés de produzir anticorpos contra o invasor, produziu contra o self”. AUTOIMUNIDADE Quebra da tolerância. Perda do poder de discriminação self e non self; Processo pelo qual o sistema imune reage contra os tecidos do próprio hospedeiro; “Falha na tolerância imunológica, o organismo destrói ele mesmo”. Th2: secretam linfócito B, o qual vai evoluir para plasmócitos e secretar anticorpos. Th17: vai ativar neutrófilo e outras células. Th1: ativa linfócito TCD8 ou linfócito citotóxi- co, induzindo outras funções. “Se ativado incorretamente, pode causar: esclerose múltipla, artrite reumatoide, hipertireoidismo autoimune e psoríase”. A depender do antígeno, o reconhecimento pode gerar, diretamente: Esclerose múltipla Miastenia gravis Tireoide autoimune Artrite reumatoide Psoríase Outras “O processo inteiro da ativação da resposta imunológica está diretamente relacionado com a falha do processo, causando doença”.
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