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AVALIAÇÃO – AULA 2 DISCIPLINA DE IMUNOLOGIA VALOR: 4,0 pontos QUESTÃO 1 (0,5 pontos): O tipo mais comum de transplante clínico é o alogênico, realizado entre indivíduos da mesma espécie, porém com bagagem genética distinta. Acerca desse assunto, analise as afirmativas a seguir, determine se está certa ou errada e justifique sua escolha. Errado: A caracterização em questão é da rejeição aguda e não da rejeição hiperaguda, que é caracterizada pela associação de uma formação intensa de microtrombos e acúmulo de plaqueta com a presença de um grande número de células polimorfonucleares (PMN) na musculatura, esse tipo de reação acontece quando anticorpos anti-HLA ou isobemaglutininas (ABO) circulantes ligam-se ao endotélio vascular desencadeiam uma reação de hipersensibilidade citotóxica. Este processo impede a vascularização do órgão transplantado, levando a isquemia severa e posterior necrose do enxerto e as células PMN são praticamente ausentes no interstício. II. Os transplantes clínicos requerem alguma forma de supressão da resposta imune para permitir a sobrevida do enxerto, sendo que, para viabilizá-los, requerem tratamentos imunossupressores, em sua maioria, não específicos, determinando maior risco de infecções e tumores ao hospedeiro Certo: O objetivo da supressão da resposta imune é a destruição dos tecidos transplantados e hoje em dia são usados quatro grandes grupos de terapias imunossupressoras gerais, antimetabólitos, corticosteroides, metabólitos fúngicos e radiação X. Já outros tratamentos mais específicos envolvem anticorpos e o bloqueio dos sinais co-estimulatórios de linfócitos específicos. A imunossupressão deve ser administrada mediante avaliação imunológica do paciente e ela não comprometem tanto o estado imunitário do paciente. III. A reação de rejeição é caracteristicamente uma reação de hipersensibilidade do tipo II, isto é, uma reação imunológica imediata que envolve, principalmente, a ação de linfócitos T e monócitos. Errado: Está errado pois a reação de rejeição é caracteristicamente uma reação de hipersensibilidade do tipo IV e não do tipo II, tratando-se de uma reação específica, uma vez que tem uma memória imune celular, sendo capaz de induzir a rejeição mais rápida em um segundo enxerto quem seja proveniente do mesmo doador. Esse tipo de hipersensibilidade é uma reação inflamatória lesiva, mediada por citocinas que resultam da ativação de células T, principalmente as células TCD4+ e pode ser chamada de hipersensibilidade do tipo IV ou hipersensibilidade tardia. QUESTÃO 2 (0,5 pontos): Analise as afirmativas abaixo, julgando como certa ou errada e justificando a sua resposta: I. A rejeição aguda se caracteriza pela presença de um grande número de células polimorfonucleares na vasculatura, associada com intensa formação de microtrombos e acúmulo de plaquetas Errado: A rejeição aguda é caracterizada pela presença de macrófagos e linfócitos, principalmente linfócitos T, no interstício do enxerto. As formas achadas mais características da rejeição aguda são a tubulite, que é a infiltração do epitélio tubular por leucócitos, e a arterite intimal, que é o espessamento da camada intima, com diferentes graus de inflamação subendotelial. No interstício do enxerto as células PMN são raramente encontradas, a não ser que haja infecção concorrente. A rejeição aguda é a forma mais comumente encontrada nos transplantes clínicos, podendo ocorrer semanas ou messe após o transplante. ACADÊMICO (A): Sabrina de Jesus Garnica Ferreira MATRÍCULA: 1909144 DATA: 25/04/2020 NOTA CURSO: BIOMEDICINA DISCIPLINA: IMUNOLOGIA PROFESSOR: Dr. João Luiz Coelho Ribas e Dra Eliana Rezende Adami AVALIAÇÃO – AULA 2 DISCIPLINA DE IMUNOLOGIA VALOR: 4,0 pontos II. A rejeição crônica, que ocorre meses ou anos após o transplante, é caracterizada por um aumento progressivo do lúmen vascular arterial, em razão da diminuição das células endoteliais. Certo: A rejeição crônica trata-se de um processo inespecífico, pois é difícil identificar os mecanismos patogenéticos que levam a ela, porém acredita-se que é devido a sinais de resposta imunológica, liberação de fatores de crescimento pelas plaquetas e liberação de IL-1 pelos monócitos, sendo que isso pode ser causado devido tanto por conta de uma reatividade humoral como por conta de uma reatividade celular a antígenos menores de histocompatibilidade, que provocam lesões leves no tecido endotelial seguidas de reparo. Essas lesões são resultantes de processo inflamatório crônico e proliferação de células musculares lisas na parede endotelial, com desenvolvimento de alterações arteriais chamadas de vasculopatias do enxerto. QUESTÃO 3 (0,5 pontos): Embora as crianças atópicas sejam repetidamente imunizadas com antígenos proteicos, de substâncias que geralmente originam reações alérgicas, elas quase nunca desenvolvem reações alérgicas a esses antígenos que são aplicados como “vacina”. A que se deve esse fato? Explique. A imunoterapia específica ou vacina antialérgica que adormece as células responsáveis pelas reações alérgicas, que desta forma produzem menos ou nenhuma histamina, após a exposição às substâncias a que se é alérgico e os sintomas diminuem substancialmente. Este processo designa-se dessensibilização e, por isso, às vezes também se refere este tratamento como vacina dessensibilizante. Essas vacinas consistem em administrar ao doente precisamente os extratos a que é alérgico, e assim atua reduzindo a sensibilidade do organismo ao alergênio, reeducando o sistema imunológico de forma a que o organismo reaja menos ou deixe de reagir contra os elementos do meio ambiente a que se é alérgico, ou seja, consiste na introdução de quantidades crescentes de uma substância causadora de alergia (alérgeno) com o objetivo de se obter um estado de tolerância a esta substância. Esta forma de vacinação é denominada imunoterapia específica com alérgeno ou simplesmente imunoterapia em alergia. QUESTÃO 4 (0,5 pontos): Observando a afirmativa a seguir, justifique com exemplos, lembrando de inserir a importância do “tripé” no desenvolvimento das doenças autoimunes. As doenças autoimunes são deflagradas especialmente pela perda ou redução da auto-tolerância, desencadeando uma resposta humoral e celular, que contribui significativamente na patogênese da doença. É uma doença autoimune, mau funcionamento do sistema imunológico, levando o corpo a atacar os seus próprios tecidos, causando lesão tecidual ou alteração de função decorrente de resposta autoimune. A patogênese das doenças autoimunes está associada a fatores genéticos, ambientais e hormonais, e esses fatores podem ser considerados o tripé para o desenvolvimento dessas doenças. Onde com predisposição genética, certos genes tornam os indivíduos mais propensos a desenvolver certas doenças. Já os fatores ambientais estão relacionados a infecções por microrganismos que apresentam mimetismo molecular com antígenos próprios, fazendo com que a resposta imune seja mal direcionada pelos linfócitos T contra os tecidos nos quais encontram-se esses autoantígenos. Já os fatores hormonais estão relacionados aos autoanticorpos, que atuam desencadeando a doença autoimune em exemplo é a doença de Graves, que é a forma mais comum de hipertireoidismo. Ela é desencadeada pela atuação de autoanticorpos sobre os receptores do hormônio tireoestimulante (TSH), o que provoca o crescimento e o aumento da função glandular da tireoide. E devido a fatores hormonais é que a grande maioria das doenças autoimunes ocorre preferencialmente entre as mulheres. QUESTÃO 5 (1,0 pontos): O câncer é um grande problema de saúde pública, afetando tanto crianças como adultos. Na década de 1950, Macfarlane Burnet propôs o conceito de vigilância imunológica, em que o sistema imune teria a AVALIAÇÃO– AULA 2 DISCIPLINA DE IMUNOLOGIA VALOR: 4,0 pontos função de reconhecer e destruir clones de células transformadas. Acerca desse assunto, analise as afirmativas a seguir, determine se está certa ou errada e justifique sua escolha. I. Antígenos oncofetais como alfafetoproteína são produzidos em altos níveis, tanto em tecidos de adultos como em células cancerosas, mas não em fetos normais. Errado: A alfafetoproteina (AFP) é produzida pelas células fetais hepáticas e do saco vitelino, e em tecidos adultos é substituída pela albumina A. E a AFP é empregada como indicador de estágios avançado de carcinoma ou na busca de recidivas após tratamento em análises clínicas. II. O principal mecanismo de defesa contra o tumor são os linfócitos B, e aqueles que conseguem evadir são destruídos pelas células NK (natural killer). Errado: Os mecanismos de defesa envolvem tanto mecanismos da resposta inata quanto da resposta adaptativa. Na resposta imune adaptativa estão envolvidas as respostas humorais e celulares, onde na resposta imune humoral, a ação dos anticorpos ocorre por meio da ativação do sistema complemento por via clássica e pela indução de citotoxicidade celular dependente de anticorpos, na qual os anticorpos ligam-se a receptores Fc expressos em macrófagos ou células NK, estimulando a atividade dessas células. Já na resposta imune celular, é através da ação de linfócitos T CD8+ diferenciados em linfócitos T citotóxicos, que conseguem identificar e destruir células que expressam antígenos tumorais associados a moléculas do MHC de classe I. Em relação aos mecanismos da resposta inata, os macrófagos ativados pela via clássica identificam e eliminam células tumorais, e uma das possibilidades para ativação desses macrófagos é que linfócitos T específicos contra as células tumorais produzem o IFN-γ, ou pelo processo de morte das células tumorais que deixam padrões moleculares expressos que são reconhecidos por receptores expressos na superfície dos macrófago. E outro possível mecanismo da imunidade inata são as células natural killers (NK), atuantes na detecção de células tumorais com expressão reduzida de moléculas de MHC de classe I. III. A produção de proteínas imunossupressoras, diminuição da expressão de CPH de classe I e a ausência de produção de antígeno tumoral são mecanismos que as células tumorais utilizam para evadir da reposta imunológica. Certo: São as células tumorais exibem uma variedade de mecanismos que lhes permitem evadir da imunodetecção e destruição, tornando a resposta imune inefetiva, isso acontece por conta da alta taxa de reposição e proliferação das células cancerosas, o que dificulta um controle efetivo do sistema imune, fazendo com que algumas células conseguem escapar dos mecanismos de defesa e um dos principais recursos para o escape encontrado em alguns tipos de tumores é a diminuição da expressão de moléculas de MHC de classe I e isso confere vantagens à célula-alvo, pois implica numa menor apresentação de antígenos na sua superfície, diminuindo as chances de exposição dos antígenos tumorais ao reconhecimento por linfócitos T CD8+. Outro mecanismo de escape frequentemente encontrado em tumores é a indução da diminuição da expressão de moléculas co-estimulatórias nas APCs, pois a presença destes receptores na superfície das células fagocíticas é fundamental para a ativação de linfócitos T CD8+ e CD4+ específicos contra o tumor. Alguns tipos de tumores expressam proteínas como o TGF-β, que tem um papel importante na supressão da resposta imunológica. IV. Imunoterapia passiva é o termo utilizado ao tratamento do paciente com câncer que recebe uma substância capaz de gerar resposta imunológica para eliminar o tumor. Errado: Na imunoterapia passiva ou adotiva, são usados anticorpos antitumorais ou células mononucleares exógenas administradas, com o objetivo de proporcionar capacidade imunológica de combate a doença. E a transferência AVALIAÇÃO – AULA 2 DISCIPLINA DE IMUNOLOGIA VALOR: 4,0 pontos passiva de imunidade mediada por célula pode ser usada no tratamento contra o câncer, porém, é difícil encontrar doador com histocompatibilidade adequada. V. Alguns vírus de DNA estão envolvidos no desenvolvimento de tumores tanto em humanos como em animais e os produtos desses vírus oncogênicos induzem as respostas de células B. Errado: Pois o alvo principal dos vírus envolvidos com desenvolvimento de tumores são as células T CD4+ e CD8. QUESTÃO 6 (0,5 pontos): Uma mulher recebeu uma transfusão sanguínea. Seu primeiro filho nasce com Doença Hemolítica do Recém Nato. Classifique, quanto ao grupo sanguíneo Rh (Rh+ ou Rh-), a mulher, seu marido, a criança e o sangue que a mulher recebeu na transfusão. A Doença Hemolítica do Recém Nato apresenta um quadro clínico no qual os glóbulos vermelhos são degradados ou destruídos pelos anticorpos da mãe e para que isso ocorra, a mãe obrigatoriamente tem que ter Rh-, e o filho, Rh+. A mulher em questão recebeu uma transfusão e seu primeiro filho nasceu com essa doença, por isso conclui-se que a transfusão era de sangue Rh+, pois geralmente ela não ocorre na primeira gestação, uma vez que o sangue Rh- tem que entrar em contato com o Rh+ pra gerar o anti-Rh. Podemos concluir que a mãe é Rh-, o filho Rh+, e o pai é Rh+, pois esta é a característica dominante. QUESTÃO 7 (0,5 pontos): Explique (pode ser por meio de esquema) como ocorre e qual a consequência da transformação de Th0 após a estimulação via célula apresentadora de antígeno, em Th1 ou Th2. Th0: Tem capacidade de se diferenciar em qualquer subtipo de Th, através de citocinas que induzem a diferenciarem- se em Th1 e Th2. Th1: É induzido a transformação pela IL-12, media a defesa por fagocitose, ou seja via resposta celular. Th2: É induzido a transformação pela IL-4, estimula as células B de memória ou as células B a serem convertidas em plasmócitos, há uma polarização de respostas, via anticorpos.
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