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PP-MG POLÍCIA PENAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS 500 Questões Gabaritadas CADERNO DE QUESTÕES CÓD: OP-100AG-21 7908403510283 Apostilas Opção, a Opção certa para a sua realização. LÍNGUA PORTUGUESA 1 LÍNGUA PORTUGUESA 1.( SELECON - 2019 - PREFEITURA DE CUIABÁ - MT - ADMINISTRADOR) VACINAS, PARA QUE AS QUERO? Em um momento em que os menos avisados suspei- tam das vacinas, as autoridades em saúde pública e imuno- logia apresentam dados mostrando que, na realidade, as vacinas precisam, sim, ser inoculadas com mais frequência. Esse é o teor do artigo ‘Quanto tempo duram as vacinas?”, assinado por Jon Cohen publicado na prestigiosa revista Science em abril de 2019. Nele, Cohen indaga, entre outros assuntos, por que o efeito protetor das vacinas contra a gripe dura tão pouco (em média, depois de 90 dias, a pro- teção começa a cair) e em outras, como as da varíola e da febre amarela, a ação é bem mais prolongada. Alguns especialistas argumentam que certos vírus sofrem altas taxas de mutação e geram novos clones, que, por serem ligeiramente diferentes dos originais, não seriam reconhecidos pelas células do sistema imu- ne. Mas, a coisa não é tão simples assim. Ao estudar a caxumba (que ainda afeta os huma- nos), por exemplo, os epidemiologistas descobriram que a recorrência da doença acontece com mais fre- quência em uma determinada faixa etária (entre 18 e 29 anos de idade). Se a reinfecção dependesse apenas de mutações, todas as idades deveriam ser igualmente afetadas. Assim, o enigma perdura. No entanto, o consenso entre os imunologistas es- pecializados em vacinas é que, de fato, precisamos de mais exposição aos agentes infecciosos ou às próprias vacinas. Em outras palavras, no caso da gripe, teríamos que tomar doses seguidas da vacina a fim de aumentar seu efeito protetor. Em razão desses achados, os pes- quisadores chegaram até a criticar a decisão da Orga- nização Mundial da Saúde (OMS) de recomendar que a vacina contra a febre amarela devesse ser inoculada apenas uma vez, isto é, seria uma vacina vitalícia. A necessidade da exposição constante aos agen- tes infecciosos vai de encontro à hipótese do biólogo norteamericano Jared Diamond que, em seu livro Ar- mas, germes e aço, defende a ideia de que, ao longo da história, o sucesso dos conquistadores se deveu, em parte, ao fato de eles serem originalmente cosmo- politas e, dessa maneira, terem adquirido resistência imunológica aos agentes infecciosos da época. Mesmo resistentes, seriam portadores desses agentes, o que manteria a memória imunológica. Já os conquistados, grupo formado por populações menores, sucumbiriam ao confronto por não serem capazes de se defender tanto dos invasores humanos quanto daqueles micros- cópicos. Embora o avanço nessa área seja promissor, o me- canismo que torna uma vacina mais duradoura ou não ainda segue sem resposta. Como afirma Cohen em seu artigo, “essa é uma pergunta de um milhão de dóla- res!” (aproximadamente, o valor do prêmio Nobel). A despeito disso, ninguém deveria duvidar do po- der das vacinas. Muito pelo contrário. A tendência atu- al no tratamento de doenças crônicas, como o câncer e a artrite reumatoide, é a imunoterapia. Um dia, quem sabe, teremos vacinas contra todos esses males. Franklin Rumjanek (Disponível em: http:/cienciahoje.org.br/artigo/va- cinasara-que-as-quero/) A ideia central do segundo parágrafo é apresenta- da pelo seguinte procedimento recorrente em gêneros discursivos midiáticos: (A) narrativa imprecisa (B) descrição subjetiva (C) falsa suposição (D) discurso indireto 2.( SELECON - 2019 - PREFEITURA DE CUIABÁ - MT - ADMINISTRADOR) Responda a questão abaixo conforme o texto VACI- NAS, PARA QUE AS QUERO? “por serem ligeiramente diferentes dos originais, não seriam reconhecidos pelas células do sistema imu- ne” (2º parágrafo). O trecho destacado pode ser rees- crito, mantendo o sentido original da frase, da seguin- te forma: (A) mesmo sendo ligeiramente diferentes dos ori- ginais (B) uma vez que são ligeiramente diferentes dos originais (C) apesar de serem ligeiramente diferentes dos originais (D) contanto que sejam ligeiramente diferentes dos originais 3.( SELECON - 2019 - PREFEITURA DE CUIABÁ - MT - ADMINISTRADOR) Responda a questão abaixo conforme o texto VACI- NAS, PARA QUE AS QUERO? No terceiro parágrafo, o emprego do modo verbal em “dependesse” expressa a seguinte ideia: (A) evento com prolongamento constante (B) ação com duração no passado (C)hipótese pouco provável (D) probabilidade com ocorrência certa LÍNGUA PORTUGUESA 2 4.( SELECON - 2019 - PREFEITURA DE CUIABÁ - MT - ADMINISTRADOR) Responda a questão abaixo conforme o texto VACI- NAS, PARA QUE AS QUERO? No primeiro parágrafo, o emprego dos parênteses introduz expressão com valor de: (A) explicação (B) contraposição (C)consequência (D) comparação 5.( SELECON - 2019 - PREFEITURA DE CUIABÁ - MT - ADMINISTRADOR) Responda a questão abaixo conforme o texto VACI- NAS, PARA QUE AS QUERO? A ideia central apresentada no quarto parágrafo se refere à seguinte temática: (A) consequência das doenças (B)suspensão de tratamento (C)tempo de imunização (D) causas de contágio 6.( SELECON - 2019 - PREFEITURA DE CUIABÁ - MT - ADMINISTRADOR) Responda a questão abaixo conforme o texto VACI- NAS, PARA QUE AS QUERO? Em “Mas, a coisa não é tão simples assim” (2º pa- rágrafo), o uso da palavra “coisa” é informal, pelo se- guinte motivo: (A) indicar um ser aparentemente desconhecido (B) expressar referência muito genérica (C) apresentar grafia incomum (D) possuir origem imprecisa 7.( SELECON - 2019 - PREFEITURA DE CUIABÁ - MT - ADMINISTRADOR) Responda a questão abaixo conforme o texto VACI- NAS, PARA QUE AS QUERO? O título antecipa o seguinte posicionamento do au- tor discutido ao longo do texto: (A) defende que o efeito do tratamento não pode ser superior a três meses (B) associa-se aos que duvidam da eficácia dos pro- cessos de vacinação (C) deseja que haja restrições às pesquisas com ví- rus inoculado (D) entusiasma-se com a ampliação do uso da imu- noterapia 8.( SELECON - 2021 - PREFEITURA DE ALTO ARA- GUAIA - MT - BIBLIOTECÁRIO) Leia o Texto | para responder à questão Texto l A água e a escassez Vista do espaço, a Terra parece um planeta azul com 72% de sua superfície coberta por água. Quase 1,350 bilhão de Kmº estão disponíveis na superfície do planeta; 97% deste volume é água salgada (mares e oceanos) e 3%, água doce. As camadas de gelo po- lar constituem três quartos da água doce superficial. Embora a água doce seja a principal fonte de abasteci- mento de água das pessoas, só uma pequena parte da totalidade da água disponível na terra (0,3%) é real- mente usada com esse propósito. Há 400 a C., Hipócrates (460-377) já chamava a atenção de seus colegas para a relação entre a qua- lidade da água e a saúde da população. Foi profético quando disse que o médico “que chega numa cidade desconhecida deveria observar com cuidado a água usada por seus habitantes”. Entretanto, pouco crédito lhe foi dado e um período subsequente de obscurantis- mo durou mais de 2000 anos. A partir de 1875 e durante os 20 anos seguintes, os cientistas identificaram os microorganismos causado- res da lepra, antrax, tuberculose, cólera, pasteurelose, febre tifoide, tétano, praga etc. Estas descobertas pro- porcionaram o desenvolvimento da higiene pessoal e da saúde pública, as quais vieram a contribuir para o aumento da expectativa de vida pós-parto, tal como tem ocorrido na Europa nos dois últimos séculos. Atualmente, nos países da América Latina e do Caribe, o consumo médio de água é de 200 litros por pessoa/dia. Contudo, esta quantidade somente reflete aquela usada pelo consumidor. Na realidade, a quanti- dade de água extraída do ambiente natural para pro- duzir água potável é maior que a quantidade de água que os usuários recebem. Isto depende das condições de operação das redes e, principalmente, do nível dos vazamentos. No gerenciamento dos recursos hídricos, devem-se considerar os riscos associados ao consumo da água, os quais podem ser coletivos ou individuais, imediatos ou de longo prazo. Durante todo o ciclo da água, as descargas isoladas ou a poluição generalizada — sejam industriais, agrícolas ou urbanas — podem comprome- ter a qualidade da água e torná-la, total ou parcialmen- te, imprópria para consumo. LÍNGUA PORTUGUESA 3 Permanentemente, as autoridades sanitárias de- vem oferecer informação ao público, especialmente aos clientes “sensíveis”, para os quais uma mudança na qualidade da água possa representar um risco poten- cialmente mortal (pessoas com diálesis). Esta informa- ção é essencial em casos de contaminação acidental, mas também deve ser proporcionada em circunstân- cias normais, já que a água é o bem mais amplamente consumido no mundo. E importante obter os pontos de vista do público com respeito à quantidade e qualidade da água para consumo, que deve cumprir a citada Legislação Fede- ral, quanto ao atendimento dos padrões de potabili- dade. Finalmente, o público deve informar-se, não só com relação à qualidade da água, mas também quan- to aos custos que implica usá-la e manter as redes de abastecimento. Isto dará às pessoas um incentivo para não desperdiçar este recurso limitado. José Carlos Simões Florençano (Adaptado. http:/Awww.abes-mg.org.br/visuali- zacao-de-noticias/ ler/584/ opiniao-a-agua-e-a-escas- sez) A palavra “profético” é acentuada pelo mesmo mo- tivo de: (A) saúde (B) países (C) séculos (D) disponíveis 9.( SELECON - 2021 - PREFEITURA DE ALTO ARA- GUAIA - MT - BIBLIOTECÁRIO) Responda a questão abaixo conforme o texto A ÁGUA E A ESCASSEZ A expressão verbal “devem-se considerar” (5º pa- rágrafo) encontra-se no plural por concordar com: (A) “recursos hídricos” (B) “os riscos associados” (C) “coletivos ou individuais” (D) “imediatos ou de longo prazo” 10.( SELECON - 2021 - PREFEITURA DE ALTO ARAGUAIA - MT - BIBLIOTECÁRIO) Responda a questão abaixo conforme o texto A ÁGUA E A ESCASSEZ “Embora a água doce seja a principal fonte de abas- tecimento de água das pessoas, só uma pequena par- te da totalidade da água disponível na terra (0,3%) é realmente usada com esse propósito” (1º parágrafo). A primeira parte da frase encontra-se adequadamente reescrita, mantendo o sentido global, em: (A) como a água doce é a principal fonte de abaste- cimento de água das pessoas (B) apesar de a água doce ser a principal fonte de abastecimento de água das pessoas (C) uma vez que a água doce é a principal fonte de abastecimento de água das pessoas (D) em função de a água doce ser a principal fonte de abastecimento de água das pessoas 11.( SELECON - 2021 - PREFEITURA DE ALTO ARAGUAIA - MT - BIBLIOTECÁRIO) Responda a questão abaixo conforme o texto A ÁGUA E A ESCASSEZ “Há 400 à C., Hipócrates (460-377) já chamava a atenção de seus colegas para a relação entre a qua- lidade da água e a saúde da população. Foi profético quando disse que o médico ‘que chega numa cidade desconhecida deveria observar com cuidado a água usada por seus habitantes” (2º parágrafo). No trecho, a segunda frase estabelece com a primeira uma rela- ção de: (A) ressalva (B)oposição (C) finalidade (D) explicação 12.( SELECON - 2021 - PREFEITURA DE ALTO ARAGUAIA - MT - BIBLIOTECÁRIO) Responda a questão abaixo conforme o texto A ÁGUA E A ESCASSEZ No primeiro parágrafo, a relação estabelecida en- tre a primeira frase e as seguintes pode ser resumida pelo seguinte par de palavras: (A) generalização/especificação (B) informação/contradição (C)dado/comparação (D) fato/opinião LÍNGUA PORTUGUESA 4 13.( SELECON - 2021 - PREFEITURA DE ALTO ARAGUAIA - MT - BIBLIOTECÁRIO) Responda a questão abaixo conforme o texto A ÁGUA E A ESCASSEZ De acordo com o texto, um aspecto que pode in- centivar a economia de água reside em: (A) reforçar eixos de campanha governamental (B) obter informação sobre custos de abastecimento (C)observar ausência de legislação específica sobre o tema (D) sugerir publicidade a respeito da abundância do recurso 14.( SELECON - TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR (SME CUIABÁ)/MULTIMEIOS DIDÁTI- COS/2018 (E MAIS 2 CONCURSOS) Leia o texto a seguir e responda à questão: Texto Receita de Ano Novo Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagem [...] Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver. Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome você, meu caro, tem que merecê-lo, tem que fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre. Carlos Drummond de Andrade. In: Discurso de primavera e algumas sombras, 1978. Espontâneo escreve-se com a letra s. Deve ser escrita com s a palavra: (A) e_ plicar (B) e_ perto (C) e_ pirou (D) e_ celente 15.(SELECON - TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR (SME CUIABÁ)/2019 (E MAIS 5 CONCUR- SOS) A importância da memória na formação da identi- dade do indivíduo As histórias e experiências vividas ajudam na construção da personalidade Dos momentos mais marcantes aos acontecimen- tos cotidianos, tudo o que acontece em nossas vidas fica armazenado em nosso cérebro. Conforme explica a psicanalista Susan Guggenheim, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), são as lembranças que ajudam o ser humano a definir o seu lugar no mundo. “A memória permite ao sujeito que ele dê algum senti- do ao seu estar no mundo nos momentos em que ele se interroga sobre quem é e o que realizou. Evidentemen- te, nem tudo é lembrado, pois existe uma seletividade das experiências recordadas”, conta a psicanalista. Para o neurocientista Gilberto Xavier, da Univer- sidade de São Paulo (USP), uma pessoa sem memória não tem identidade. “O próprio conceito de quem eu sou depende da minha história, pois somos frutos dela. Se uma pessoa não consegue lembrar da sua história, ela não é nada. Para se ter uma ideia, se observarmos dois irmãos gêmeos idênticos, que são iguais genetica- mente, eles acabam se distinguindo pela personalida- de. Essa diferença é fruto da história de cada um deles e de suas heranças culturais, fatores determinantes para a individualidade de cada ser humano”, explica Gilberto. LÍNGUA PORTUGUESA 5 Susan Guggenheim lembra que a memória huma- na vem sendo estudada ao longo de séculos por meio de inúmeras descrições, classificações e medidas. “En- tretanto, quem primeiro percebeu a dinâmica do seu funcionamento nas situações do cotidiano, bem como sua importância nos sintomas neuróticos, foi Sigmund Freud. Já em seus primeiros trabalhos, ele observou os diversos mecanismos inconscientes que são utilizados pelos sujeitos a fim de lidarem com as situações trau- máticas. Além disso, ele percebeu que as pessoas his- téricas sofriam de reminiscências”, afirma Susan. Susan Guggenheim lembra que a memória huma- na vem sendo estudada ao longo de séculos por meio de inúmeras descrições, classificações e medidas. “En- tretanto, quem primeiro percebeu a dinâmica do seu funcionamento nas situações do cotidiano, bem como sua importância nos sintomas neuróticos, foi Sigmund Freud. Já em seus primeiros trabalhos, ele observou os diversos mecanismos inconscientes que são utilizados pelos sujeitos a fim de lidarem com as situações trau- máticas. Além disso, ele percebeu que as pessoas his- téricas sofriam de reminiscências”, afirma Susan. E qual a importância da memória coletiva na cons- trução da sociedade? Respondendo a essa pergunta, a psicanalista lembra que a memória coletiva, seja construída pelos grupos sociais, ou por toda uma so- ciedade, desperta nas pessoas a sensação de pertenci- mento a um determinado grupo por terem vivenciado os mesmos “momentos históricos”. “Este sentimento de poder recordar experiências em comum é uma das características que distinguem uma geração da outra”, conta a professora. Formação da memória O professor Gilberto lembra que o cérebro é cons- tituído por aproximadamente 87 bilhões de neurônios, que se comunicam entre si por meio de um proces- so químico chamado sinapse, criando uma infinidade de combinações. “Quando aprendemos algo, criamos novos circuitos cerebrais, que na verdade são novas combinações entre os neurônios. Toda vez que viven- ciamos uma experiência, ou assimilamos uma informa- ção, alteramos nossos circuitos cerebrais. Essa altera- ção na atividade dos circuitos nervosos é que gera a memória, que pode ser visual, auditiva, ou olfativa”, explica o professor. Disponível em: http://redeglobo.globo.com/acao/ noticia/ 2013/03/importancia-da-memoria-na-forma- cao-daidentidade- do-individuo.html Com base no trecho a seguir, responda a questão. “Respondendo a essa pergunta, a psicanalista lem- bra que a memória coletiva, seja construída pelos gru- pos sociais, ou por toda uma sociedade, desperta nas pessoas a sensação de pertencimento a um determina- do grupo por terem vivenciado os mesmos ‘momentos históricos”. A palavra “mesmo” é invariável na seguinte frase: (A)Ele mesmo ficou espantado com as declarações. (B)As obras expostas nesta galeria são do mesmo autor. (C) O professor sabia mesmo como reagir aos im- previstos. (D) O mesmo projeto de lei foi apresentado mais de uma vez. 16.(SELECON - ANALISTA DE PROJETOS NAVAIS (EMGEPRON)/ENGENHEIRO PLANEJAMENTO E CONTROLE/2021) Texto l ( Para responder a questão ) Os clássicos estão morrendo? Catástrofe espiritual. Foi assim que Cornel West, um dos mais destacados intelectuais negros dos EUA, classificou a decisão da Universidade Howard, talvez a mais importante instituição de ensino negra do país, de fechar seu departamento de estudos clássicos. West, que escreveu um contundente artigo de opi- nião para o Washington Post, afirma que a noção de crimes do Ocidente se tornou tão central na cultura americana que ficou difícil reconhecer as coisas boas que o Ocidente proporcionou, notadamente os clás- sicos, que são clássicos justamente porque permitem uma conversação universal, abarcando pensadores de diferentes eras e povos. Diretores de Howard responderam, no New York Times. Dizem que, ao contrário de universidades bran- cas de elite, a instituição não tem dinheiro para tudo e teve de estabelecer prioridades. Afirmam que os alu- nos de Howard não ficarão sem ler Platão, Aristóteles e outros clássicos, apenas que não haverá mais um de- partamento exclusivo dedicado a esses pensadores. Os clássicos estão morrendo? Morrer, eles não morrerão. Haverá sempre, nas universidades e fora de- las, uma legião de estudiosos que garantirão que nosso conhecimento sobre esses autores não só não regredi- rá como avançará. Eu receio, porém, que o chamado cânon ocidental será cada vez mais objeto de estudo de especialistas e menos um corpo de referências que todos os cidadãos educados reconheçam. LÍNGUA PORTUGUESA 6 Isso é ruim, porque, assim como a concordância acerca do que são fatos é fundamental para a ciência e a democracia, um universo de noções comuns em que as pessoas possam se apoiar para dialogar, tro- car ideias e identificar-se é vital para a constituição de uma sociedade. E é preferível que esse universo seja povoado por autores densos, que comportem interpre- tações complexas e que resistiram ao teste do tempo a que seja determinado pelos modismos simplificadores das guerras culturais. Hélio Scwartsman (Folha de S. Paulo, 04 de maio de 2021) A palavra “porém” é acentuada pelo mesmo moti- vo de: (A) cânon (B)difícil (C) ciência (D) avançará 17.(SELECON - ANALISTA DE PROJETOS NAVAIS (EMGEPRON)/ENGENHEIRO PLANEJAMENTO E CONTROLE/2021) Texto l ( Texto para responder a questão ) O declínio da desigualdade racial As disparidades raciais fazem parte do nosso coti- diano e, em determinados contextos, tendem a dificul- tar o processo de desenvolvimento das nações. Apesar disso, existe crescente conscientização sobre os desa- fios dessa agenda e progressivo aumento da pressão para endereçá-la com o cuidado que merece. O caso dos Estados Unidos é emblemático. O viés racial daquele país tende a se manifestar de forma ex- plícita. A morte de George Floyd, conjuntamente com a onda de protestos antirracistas de 2020, pode dar a impressão de que a situação racial não está evoluindo. Alguns acreditam que as relações raciais lá são piores que a discriminação, relativamente implícita, da socie- dade brasileira. De fato, os americanos ainda precisam enfrentar diversos desafios. Porém, há progressos tanto na redu- ção quanto no diagnóstico empírico das disparidades. De acordo com Robert Margo, da Universidade de Boston, a razão da renda per capita dos negros sobre a dos brancos aumentou significativamente entre 1870 e 2010. Em um período de cerca de cinco ou seis gerações, essa proporção passou de pouco mais de 25% para cer- ca de 66%. A título de comparação, no caso brasileiro , esse número em 2019 foi aproximadamente 52%. Em ambos os casos, para progredir na convergên- cia de rendimentos e na redução das disparidades, será necessário avançar no enfrentamento da discrimina- ção e da lacuna educacional. Em uma análise, usando os dados de 1979 de pes- quisa realizada por Roland Flyer, da Universidade de Harvard, os homens negros americanos ganhavam 39,4% a menos do que os homens brancos. Já as mu- lheres negras apresentavam rendimentos cerca de 13,1% menores do que as brancas. No entanto, quando levamos em consideração o desempenho educacional obtido em outro teste, esse diferencial caiu para 10,9% entre os homens e para 12,7% entre as mulheres. Flyer também encontrou efeitos do desempenho educacional sobre o desemprego, o encarceramento e a saúde. Desse modo, o pesquisador advoga que o principal problema racial americano recente é procu- rar diminuir a lacuna da performance educacional. Estudos apontam que essa lacuna começa na infân- cia. Crianças negras enfrentam obstáculos que com- prometem o seu progresso. De um lado, o contexto de vulnerabilidade socioeconômica influencia negati- vamente as suas trajetórias. Do outro, tem-se que as manifestações discriminatórias implicam vivências dis- tintas das crianças brancas. Reconhecendo esse desafio, o governo e a socieda- de civil americana criaram, nas últimas cinco décadas, uma série de intervenções com o intuito de diminuir as disparidades educacionais. Isso permitiu considerável avanço da literatura em- pírica. Diversas evidências sugerem que as políticas voltadas para a primeira infância representam podero- sos instrumentos na luta contra as desigualdades. Michael França (Folha de S. Paulo, 04 de maio de 2021) Uma paroxítona é acentuada em: (A) empírico (B) considerável (C) diagnóstico (D) último 18.(SELECON - ANALISTA ESPECIALISTA EM EPI- DEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE (PREF BOA VISTA)/2020 (E MAIS 26 CONCURSOS) A mobilidade da criança O que significa a mobilidade para os pequenos ha- bitantes das cidades brasileiras? Para parte deles, o ir e vir está sempre relacionado ao carro. Das janelas dos automóveis, eles enxergam reflexos da cidade, mas não participam dela. LÍNGUA PORTUGUESA 7 Para a maior parcela, que se locomove a pé e de transporte coletivo, há insegurança, medo e a certeza de que o pedestre é considerado um intruso, um in- vasor do espaço. Além de aprender que precisa atra- vessar a rua correndo porque o tempo do semáforo é insuficiente e o pedestre não é respeitado, a criança brasileira se acostuma a caminhar em calçadas muito estreitas e até em ruas sem a presença delas. As dé- cadas de planejamento urbano focado no carro torna- ram as ruas um território de guerra – o fato de que o Brasil é o quarto país do mundo em mortes no trânsito fala por si só. Pesquisadores internacionais há tempos discutem os efeitos da “imobilidade” e da violência no trânsito no desenvolvimento físico, cognitivo, motor e social das crianças. Exercer a independência numa ci- dade segura é fundamental para o crescimento saudá- vel. Nos países em que as crianças andam de bicicleta e a pé com segurança, como na Holanda e na Dinamarca, por exemplo, os acidentes são praticamente inexisten- tes e a infância é um período de feliz interação na so- ciedade. Sobrepeso e falta de luz solar Segundo a urbanis- ta e arquiteta espanhola Irene Quintáns, os urbanistas usam a presença de crianças no espaço público como indicador de sucesso urbano. “A ausência delas nas ruas aponta as falhas das nossas cidades”, ela diz. Moradora da capital paulista há sete anos e mãe de dois filhos, Irene acredita que privar os pequenos de caminhar não é positivo. “Uma criança que fica cir- cunscrita à locomoção no carro tende a ficar insegura para se movimentar. Ela também tem mais dificuldade em perceber o outro. Isso se chama empatia e é muito importante para a vida em sociedade. Há ainda a ques- tão do sedentarismo, do sobrepeso e da falta de luz solar. Crianças que caminham para a escola têm mais concentração para desenvolver atividades complexas”. Mesmo com todas as dificuldades já citadas, é im- portante usar o transporte público, caminhar e partici- par da vida na cidade. Na próxima vez que levar seus filhos à escola, reflita: por que ir de carro? Que tal des- cobrir a cidade ao lado deles, trocando ideias sobre o que vocês veem? Assim, eles aprendem a ser cidadãos e a viver o coletivo, enquanto exigimos que o poder público priorize a proteção das nossas crianças. (https://www.metrojornal.com.br/colunis- tas/2018/10/11/ mobilidade-da-crianca.html) Aacentuação está corretamente justificada em: (A) “automóveis” – proparoxítona (B) “país” – oxítona terminada em “-i(s)” (C) “saudável” – paroxítona terminada em “-l” (D) “décadas” – paroxítona terminada em “-a(s)” 19.(SELECON - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO (CRA RR)/2020) Os desafios da conservação da água no Brasil Um dos países com maior disponibilidade de recur- sos hídricos do mundo, o Brasil tem problemas com seus indicadores de água. O acesso à água tratada e à coleta e tratamento de esgoto no país é desigual. As áreas urbanas tendem a ter índices melhores, enquan- to áreas irregulares e afastadas são mais prejudicadas. Além de políticas públicas que assegurem o atendi- mento, que é dificultado pela distribuição desequili- brada da água e da população no território brasileiro, outro imbróglio é a conservação do próprio recurso, que enfrenta desafios. Falta de saneamento Um dos maiores vilões da qualidade da água no Brasil é a oferta de saneamento básico. Pouco mais da metade da população brasileira, 52,4%, tinha coleta de esgoto em 2017, e apenas 46% do esgoto total é trata- do, de acordo com o Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento. Dessa forma, um grande volume de esgoto não co- letado ou não tratado é despejado em corpos d’água, provocando problemas ambientais e de saúde. “Essa falta de infraestrutura de saneamento básico tem um impacto brutal na qualidade das águas de todo o país”, diz o especialista Carlos. Não só a carência de coleta e de tratamento de es- goto é problemática, mas também a poluição causada por indústrias e pela agricultura, como o lançamento de agrotóxicos. Desmatamento, em especial no Cerrado O desmatamento de matas ciliares, que aconte- ce em todas as bacias hidrográficas do Brasil, altera a quantidade e a qualidade dos corpos hídricos. Essa ve- getação protege o solo, ajuda na infiltração da água da chuva e na alimentação do lençol freático e permite a recarga dos aquíferos. Sua retirada aumenta o assoreamento, a perda do solo, a erosão e a taxa de evaporação da água. Segun- do José Francisco Gonçalves Júnior, professor do De- partamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB), todos esses impactos reunidos podem levar a uma indisponibilidade natural de recursos hídricos. Em outra frente, o desmatamento do Cerrado, con- siderado a “caixa d’água do Brasil” por causa de sua posição estratégica na formação de bacias hidrográfi- cas, vem sendo devastado pela expansão da fronteira LÍNGUA PORTUGUESA 8 agrícola. “Qualquer alteração no Cerrado pode levar a uma degradação de inúmeras bacias hidrográficas de extrema relevância para obtenção de recursos hídricos brasileiros”, afirma Gonçalves. Para o professor, o uso do solo do bioma teve um efeito positivo na produtividade agrícola, mas a falta de uma regulação mais firme tem levado a uma supe- rexploração, com vários danos. “Perda de território, de recarga de aquíferos, uma perda muito grande de nascentes e uma degradação e diminuição da disponi- bilidade de água”, enumera. (Disponível em https://www.dw.com/pt-br/os-de- safios-daconserva% C3%A7%C3%A30-da-%C3%A 1 gua-no-brasil/a-4 7996980) A acentuação está corretamente explicada em: (A) países - segunda vogal tônica de hiato (B) hídricos - penúltima sílaba tônica (C) água - monossílabo tônico (D) média - paroxítona terminada em-a 20.(SELECON - FISCAL (CRA RR)/2020) Ciência e epidemia, construções coletivas Vacinas, atuando por meio de agentes semelhan- tes ao patógeno da doença, mas incapazes de causá-Ia, geram uma memória imunológica que nos protege da doença, às vezes por toda a vida. Mais que seu efeito individual, porém, importa seu efeito comunitário. Se bem utilizadas, podem proteger até quem não se vaci- nou. Epidemias são fenômenos intrinsecamente sociais: contraímos as doenças infecciosas e as transmitimos para as pessoas ao redor. E a reação do grupo determi- na o curso e a gravidade do surto. Se boa parte da população já tem imunidade contra determinada doença, é mais difícil que um indivíduo infectado contamine outras pessoas. Esse fenômeno, inicialmente estudado em animais, é chamado de imu- nidade de rebanho. Para a gripe, observa-se a proteção comunitária quando cerca de 40% da população é imune ao vírus; para o sarampo, a taxa fica por volta de 95%. Se um número suficiente de indivíduos for vacinado de modo a atingir a imunidade de rebanho, então a população como um todo recebe proteção contra a epidemia. É nesse contexto que segue a busca por uma vacina para a Covid-19. Calcula-se que atingiremos a imuni- dade de rebanho quando entre 60 e 70% da população estiver imune ao vírus. Há quem estime que a taxa seja menor, dada a heterogeneidade da população. De um modo ou de outro, várias pesquisas (inclu- sive brasileiras) evidenciam que sem a vacina essas ta- xas não serão alcançadas no curto prazo. Para agravar a situação, pairam dúvidas sobre a imunidade a longo prazo para a doença. Essa é uma batalha que precisa ser travada com as armas da ciência. Pela primeira vez na história, o públi- co acompanha tão de perto e com tanta expectativa a produção do conhecimento científico. E esse processo pode às vezes parecer caótico. A ciência é um processo de construção coletiva, tão social quanto a epidemia que ela tenta enfrentar. Esforços colossais foram canalizados para o enfrenta- mento da Covid-19 - só de vacinas temos 135 iniciati- vas, 22 delas sendo testadas em humanos (duas das quatro que estão no último estágio de ensaios em hu- manos estão sendo testadas no Brasil). Enquanto assis- timos ao desenrolar dessa busca, vemos o fracasso de projetos promissores e o questionamento de informa- ções antes tidas por favas contadas. Esse processo de construção do conhecimento científico costuma se estender por anos. Mas a urgên- cia e a intensidade da pesquisa sobre a Covid-19 têm forçado adaptações e aperfeiçoamento. A demanda do público por informação vem estimu- lando estudiosos a melhorar o modo de comunicar seus achados e também as discussões sobre a construção do conhecimento. É um momento único: pela primei- ra vez experimentamos uma pandemia de tais propor- ções, com os atuais níveis de conhecimento científico e recursos de comunicação. Vamos torcer para que as pessoas, confrontadas com estudos de resultados conflitantes, descubram um pouco mais a respeito da formação do conhecimento científico. E, com sorte, passem a admirar a beleza e o esforço envolvido na construção da ciência. Gabriella Cybis Folha de São Paulo, 15/07/2020 1. A palavra “difícil” é acentuada pelo mesmo motivo de: (A) níveis (B)único (C) também (D) científico LÍNGUA PORTUGUESA 9 21.(SELECON - PROFESSOR (PREF SAPEZAL)/CI- ÊNCIAS BIOLÓGICAS/2020/EDITAL Nº 002 2019 (E MAIS 3 CONCURSOS) Texto I Qual é a relação entre os incêndios na Austrália e o aquecimento global? Para cientistas de diversas partes do mundo, a vio- lenta onda de incêndios na Austrália tem forte relação com as mudanças climáticas. Embora as florestas australianas estejam natural- mente propensas à ocorrência natural do fogo, com a vegetação relativamente bem preparada para supor- tá-lo, a região sofreu nos últimos anos com dois dos fenômenos típicos das alterações climáticas: secas pro- longadas e temperaturas cada vez mais elevadas. Dados do Escritório de Meteorologia do governo, divulgados nesta quarta (8) — quinta-feira (9) na Aus- trália —, indicam que 2019 foi o ano mais seco e o de temperaturas mais elevadas da história. Em 18 de dezembro, o país bateu seu recorde his- tórico de temperatura média, chegando a 41,9ºC. No mesmo mês, todos os estados australianos tive- ram temperaturas superiores aos 40ºC, incluindo a re- gião da Tasmânia, uma ilha que tem clima mais ameno do que o restante do país. A combinação de temperaturas cada vez mais es- caldantes com as florestas progressivamente mais se- cas é literalmente explosiva. “As mudanças climáticas estão impressas em todas as partes deste verão ‘raivoso’ na Austrália”, avalia a climatologista Nerilie Abram e pesquisadora da Univer- sidade Nacional Australiana. A comunidade científica vem dando alertas sobre a vulnerabilidade da Austrália aos incêndios florestais há anos. Em 2007, o relatório do IPCC (painel do clima da ONU) já falava no assunto. “E provável que um aumen- to no perigo de incêndio na Austrália esteja associado a um intervalo menor entre incêndios, maior intensi- dade do fogo, diminuição da extinção de incêndios e propagação mais rápida das chamas”, diz o texto. Por conta das características multifatoriais dos in- cêndios, que envolvem variáveis como a velocidade do vento, o tipo de matéria orgânica e a quantidade de chuvas de uma determinada região, os especialistas costumam ser cautelosos ao apontar o dedo para uma razão específica. No hemisfério Norte, de acordo com dados de pes- quisadores da Nasa, há evidências fortes do papel do aquecimento global em diversos eventos, incluindo os grandes fogos da Califórnia e no Alasca. Além da combinação de eventos climáticos extre- mos, como seca prolongada e temperaturas mais altas, os cientistas identificaram ainda uma possível relação entre aquecimento global e aumento de relâmpagos, a principal causa natural de incêndios na natureza. Um artigo publicado na revista Nature, que ana- lisou o perfil dos fogos florestais do Alasca em 2015, descobriu que uma quantidade anormalmente alta de descargas elétricas foi gerada com as temperaturas maiores, o que ajudou a “alimentar” as chamas. Já na Europa, chama a atenção o caso português. Após uma temporada extremamente quente e seca, em 2017, uma série de grandes incêndios deixou mais de cem mortos. Pesquisador da Universidade de Lisboa, Pedro Mi- randa destaca que, no caso dos incêndios em Portugal, o manejo florestal, a substituição de vegetação nati- va por outras mais inflamáveis, como eucaliptos e as questões humanas também têm um papel importante. Para os cientistas, no entanto, é importante recha- çar as comparações entre os fogos da Amazônia e os da Austrália. Segundo Erika Berenguer, pesquisadora da Univer- sidade Oxford e da Universidade de Lancaster, grande parte da Austrália tem uma vegetação seca acostuma- da a regimes frequentes de fogo. Já na Amazônia, o fogo não é uma presença natural. “Assim como o fogo pode ocorrer de forma natu- ral nas savanas africanas e no cerrado brasileiro, ele também pode ocorrer naturalmente na Austrália. O que está acontecendo na Austrália já estava em alguns modelos climáticos. No caso do Brasil, o fogo que vi- mos em 2019 foi decorrente da imensa alta do desma- tamento”, diz Berenguer. Giuliana Miranda (Extraído e adaptado de: https://www1.folha.uol. com.br/ambiente/ 2020/01/qual-e-a-relacao-entre- os-incendios-na-australia-e-o-aquecimento-global. shtml) A palavra acentuada por ser uma paroxítona é: (A) último (B) histórico (C)provável (D) orgânica LÍNGUA PORTUGUESA 10 22.(SELECON - SECRETÁRIO ESCOLAR (PREF SA- PEZAL)/2019 (E MAIS 1 CONCURSO) O que é a síndrome do coração festeiro O nome parece indicar algo positivo. Afinal, a fes- ta está associada ao descanso, a celebrações e inclu- sive à felicidade. Mas, neste caso, nada mais longe da realidade. A chamada “síndrome do coração festeiro” se refere ao aumento de problemas cardiovasculares após os feriados. O termo foi cunhado em 1978 pelo pesquisador Philip Ettinger e sua equipe da CMDNJ-New Jersey Medical School (EUA) quando, depois de estudar 32 internações em hospitais distintos, eles perceberam que, depois de uma série de dias livres, aumentava a quantidade de pacientes que chegavam com proble- mas cardiovasculares ao médico. A causa: o aumento do consumo de álcool durante as festas. “Os casos ocorriam depois das farras de fim de se- mana ou das festividades”, apontaram os especialistas, acrescentando que os problemas normalmente apare- ciam entre domingo e terça-feira (quando o aumento do consumo de álcool ocorria no fim de semana) e du- rante os últimos dias do ano, nas festas natalinas. Esse não foi o único trabalho sobre essa síndrome. Trinta e quatro anos depois, especialistas da Univer- sidade de Coimbra (Portugal) fizeram uma revisão da pesquisa de Ettinger e concluíram que, efetivamente, o consumo de álcool, longe de trazer benefícios para nossa saúde, “desempenha um papel importante no aparecimento de arritmias [um distúrbio da frequên- cia ou do ritmo cardíaco, que pode se manifestar com sintomas como agitação no peito, aceleração dos bati- mentos do coração, dor, dificuldade para respirar, ton- tura, sudorese e desmaios]”. O maior risco ocorre durante as festas de Natal e Ano Novo, conclui outro estudo, realizado por especia- listas de diferentes universidades suecas e publicado este mês no The British Medical Journal. Neste caso, os pesquisadores analisaram 16 anos de registros de pacientes com problemas coronarianos e descobriram que o dia do ano em que há mais internações por pro- blemas cardíacos relacionados ao álcool, como o infar- to do miocárdio, é a véspera de Natal. Essas interna- ções também aumentam nos dias 25 e 26 de dezembro e em 1º de janeiro, segundo a Fundação Espanhola do Coração (FEC). Depois das festas de fim de ano, as férias de ve- rão são o segundo momento em que mais pessoas têm esse risco, diz o estudo sueco. A FEC também aponta nessa direção: “A ingestão excessiva e abrupta de bebi- das alcoólicas pode provocar uma aceleração do ritmo cardíaco”. “O álcool atua como um tóxico no coração. Assim, o consumo de grandes quantidades dessa substância e em um período curto de tempo (uma festa, por exem- plo) libera adrenalina e noradrenalina, dois hormônios que provocam uma aceleração do ritmo cardíaco”, ex- plicou o cardiologista e membro da FEC Miguel Ángel García-Fernández. El País (Disponível em: brasil.elpais.com/bra- sil/2018/12/19/cultura/ 1545230912_988865.html) A palavra “único” é acentuada pelo mesmo motivo de: (A) saúde (B) também (C) síndrome (D) concluíram 23.(SELECON - GUARDA CIVIL MUNICIPAL (NI- TERÓI)/2019) Texto II … e cheio de perigos virtuais E tal como no mundo real, no qual há aquelas pes- soas mal-intencionadas, a internet também possui perigos e exige precauções. No mundo real, usamos diversos tipos delas. Instalamos fechaduras nas por- tas das nossas casas e carros e as trancamos para ter maior segurança pessoal e dos nossos bens. Usamos cortinas nas nossas janelas para, além da claridade, ter mais privacidade em relação a vizinhos e pedestres. Não saímos por aí contando para qualquer desconhe- cido como foi aquela aventura amorosa ou quais são os hábitos dos nossos familiares. E ainda evitamos que nossos filhos tenham contatos com pessoas que não conhecemos sem a nossa presença ou de alguém da nossa confiança. Do mesmo modo, também devemos nos proteger e ser precavidos no mundo virtual. E isso vale para em- presas e governos. Com o progressivo crescimento da digitalização dos negócios, tornou-se mais frequente a ocorrência de crimes e golpes virtuais. E os seus tipos são tão variados quanto a criatividade humana permi- te, indo desde roubo de informações sensíveis (políti- cas, estratégicas, segredos industriais etc.), sequestro de dados, controle remoto de dispositivos pessoais para finalidades ilegais… BRASIL, país digital (Extraído de: brasilpaisdigital. com.br/seguranca-e-cidadania- no-mundo-digital). Adaptado LÍNGUA PORTUGUESA 11 A palavra “saímos” é acentuada por: (A)terminar em s (B) conter vogal tônica i em hiato (C) marcar ocorrência de paroxítona (D) apresentar um vocábulo dissílabo (E) indicar ditongo crescente 24.(SELECON - GUARDA CIVIL MUNICIPAL (NI- TERÓI)/2019) Texto III Envelhecimento e proteção social (fragmento) A satisfação das necessidades individuais dos ho- mens e mulheres idosas representa um dos grandes desafios daagendapública,poissupõeconsideraras es- pecificidades de cada gênero. Nessa direção, com a conquista da longevidade, sobressai em todo o mundo o processo de feminização do envelhecimento, uma vez que as mulheres constituem a maioria da popula- ção idosa em todas as regiões do mundo. As condições estruturais e econômicas são respon- sáveis pelas desigualdades entre os sexos, implicando situações que alteram inclusive as condições de renda, saúde e a própria dinâmica familiar e impactando as de- mandas por políticas públicas e prestação de servi- ços de proteção social (Berzins, 2003, p. 28). De acordo com a autora, viver mais não tem sido necessariamen- te sinônimo de viver melhor. As mulheres, apesar de mais longevas, acumulam desvantagens (violências, dis- criminações, salários inferiores aos dos homens e dupla jornada de trabalho, além da solidão). Maria do Rosário Fátima e Silva (Serviço Social & So- ciedade, São Paulo, n. 126, p. 215-234, maio/ago. 2016) Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma pa- lavra acentuada por classificar-se como proparoxítona: (A)pública (B) gênero (C) econômicas (D) responsáveis (E) dinâmicas 25.(SELECON - CONSELHEIRO TUTELAR (CMDCA CUIABÁ)/2019) Texto I Situação das crianças e dos adolescentes no Brasil o Brasil possui uma população de 206,1 milhões de pessoas, dos quais 57,6 milhões têm menos de 18 anos de idade (Estimativa IBGE para 2016). Mais da meta- de de todas as crianças e adolescentes brasileiros são afrodescendentes e um terço dos cerca de 820 mil in- dígenas do país é criança. São dezenas de milhões de pessoas que possuem direitos e deveres e necessitam de condições para desenvolver com plenitude todo o seu potencial. Nosso país é ainda um dos mais desiguais do mun- do. Por exemplo, entre 1996 e 2006, a desnutrição crô- nica (medida pela baixa estatura da criança para a ida- de) caiu 50% no Brasil, passando de 13,4% para 6,7% das crianças menores de 5 anos. Esses bons resultados, no entanto, não alcançam toda a população. Cerca de 30% das crianças indígenas são afetadas por desnutri- ção crônica no país. Entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade infantil caiu de 47,1 para 13,3 mortes para cada 1.000 nasci- dos vivos, de acordo com o Ministério da Saúde. Os avanços fizeram com que o país superasse a meta de redução da mortalidade infantil prevista nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) antes mesmo do prazo estabelecido. Contudo, desde 2015, em meio à crise econômica, o país entrou em um estado de aler- ta. Em 2016, pela primeira vez em 26 anos, as taxas de mortalidade infantil e na infância cresceram. De 2015 a 2016, por exemplo, a taxa de mortalidade infantil cres- ceu 5,3% (MS/SVS/CGIAE-SIM/Sinasc e Busca Ativa). E, desde 2015, as coberturas vacinais - que vinham se mantendo em patamares de excelência - entraram em uma tendência de queda. De 2015 a 2017, a cobertura vacinal da poliomielite caiu de 95% para 78,5%, e a da trípliceviral, de 96% para 85% (PNI). De 1990 a 2015, o percentual de crianças com idade escolar obrigatória fora da escola caiu de 19,6% para 6,5% (Pnad). No entanto, mesmo com tantos avanços, em 2015, 2,8 milhões de meninos e meninas ainda es- tavam fora da escola (Pnad, 2015). E essa exclusão es- colar tem rosto e endereço: quem está fora da escola são os pobres, negros, indígenas e quilombolas. Uma parcela tem algum tipo de deficiência. E grande parte vive nas periferias dos grandes centros urbanos, no Se- miárido, na Amazônia e na zona rural. Muitos deixam a escola para trabalhar e contribuir com a renda familiar. A face mais trágica das violações de direitos que afetam meninos e meninas no Brasil são os homicídios de adolescentes: a cada dia, 31 crianças e adolescentes são assassinados no país [estimativa do UNICEF basea- da em dados do Datasus (2016)]-quase todos meninos, negros, moradores de favelas. O Brasil é o país com o maior número absoluto de adolescentes assassinados no mundo. Em 2015, foram 11.403 meninos e meninas de 10 a 19 anos vítimas de homicídios. Desses, 10.480 eram meninos - número maior do que o total de mortes violentas de meninos em países afetados por conflitos, como Síria e Iraque. LÍNGUA PORTUGUESA 12 Mesmo tendo uma das legislações mais avançadas do mundo no que diz respeito à proteção da infância e da adolescência e, embora o país tenha feito grandes progressos em relação à sua população mais jovem, esses avanços não atingiram todas as crianças e todos os adolescentes brasileiros da mesma forma. Logo, é necessário adotar políticas públicas capazes de com- bater e superar as desigualdades geográficas, sociais e étnicas do país e celebrar a riqueza de sua diversidade. Texto disponível em https://.vww.unicef.org/brazill situacao-das-criancas-e-dos-adolescentes-no-bra- sil# Acesso em 25 de junho de 2019. Adaptado. As palavras políticas, públicas e trágica são acentu- adas por serem proparoxítonas. São acentuadas pela mesma regra a sequência de palavras da seguinte opção: (A) semiárido, indígena, crédito (B) infância, destituída, étnica (C) vítima, saúde, deficiência (D) países, saudável, família 26.(SELECON - ASSISTENTE DE SERVIÇOS DE SAÚDE (SMS CAMPO GRANDE)/2019) TEXTO I Onde o plástico é proibido no mundo O planeta produziu 8,3 bilhões de toneladas de plástico nos últimos 65 anos, e apenas 9% foram reci- cladas. Preocupações com o meio ambiente e a polui- ção dos mares impulsionam medidas em vários países, inclusive no Brasil. À medida que o mundo lentamente desperta para a escala do problema da poluição plástica, um número crescente de países e cidades tem introduzido proibi- ções de certos produtos. As medidas não apenas po- dem ajudar a impedir que plásticos poluam os ecos- sistemas marinhos, mas também enfrentam o mito de que podemos nos livrar do problema por meio da re- ciclagem. Além do fato de que apenas 9% das 8,3 bilhões de toneladas de plástico produzidas entre 1950 e 2015 fo- ram recicladas, muitos dos produtos plásticos fabrica- dos atualmente não são realmente recicláveis. (Extraído de: https:ltwww.dw.com/pt-br/ ) Em “países”, a acentuação marca tonicidade em: (A) hiato (B) oxítona (C) dissílabo (D) proparoxítona 27.(SELECON - AUXILIAR DE SAÚDE BUCAL (SMS CAMPO GRANDE)/2019) TEXTO I Por que a dieta pode baixar a imunidade Toda vez que começo uma dieta, mesmo com acompanhamento nutricional, percebo que minha imunidade fica mais baixa. Será que estou restringin- do alimentos importantes, e isso estaria me deixando mais suscetível a doenças? Há como emagrecer sem passar por isso? A queda na imunidade ocorre porque seu corpo não está recebendo os nutrientes de que precisa para funcionar em equilíbrio. A falta de zinco, por exemplo, enfraquece o sistema imune. O ideal é não adotar mu- danças severas no padrão alimentar, mas modificá-lo de forma consistente ao longo do tempo. As dietas bruscas agridem o corpo e raramente trazem resul- tados no futuro. Uma alimentação equilibrada – que inclui deslizes ocasionais – é o único caminho para ter saúde. Se aliada a uma atividade física regular, pode fortalecer o sistema imune. Márcio Atalla (Disponível: http://revistaepoca.globo.com/Revis- ta/EpocalAdaptado). “O ideal é não adotar mudanças severas no padrão alimentar, mas modificá-lo de forma consistente ao longo do tempo” A palavra “saúde” é acentuada pelo mesmo motivo de: (A) juízes (B) saudável (C)límpido (D)farmacêutico 28.(SELECON - OFICIAL ADMINISTRATIVO (ECSP)/MOTORISTA CNH B/2019 (E MAIS 14 CON- CURSOS) Atividade física pode evitar 10 mil casos de cân- cer ao ano no Brasil Cerca de 10 mil novos casos de câncer, entre eles o de mama e o de cólon, poderiam ser evitados no Brasil se houvesse mais adesão à prática da atividade física entre a população. Os resultados fazem parte de uma pesquisa feita no Departamento de Medicina Preventi- va da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em par- ceria com a Universidade de Harvard, a Universidade de Cambridge e a Universidade de Queensland. Um ar- tigo sobre o assunto foi publicado na revista científica internacional Cancer Epidemiologyem julho de 2018. LÍNGUA PORTUGUESA 13 Os dados sobre a falta de atividade física da po- pulação brasileira são alarmantes. A última pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta- tística (IBGE), em 2013, mostra que aproximadamente metade das pessoas sequer atingiu a recomendação mínima preconizada pela Organização Mundial da Saú- de (OMS) para a prática por semana, ou seja, 150 mi- nutos de atividade moderada ou 75 minutos em ritmo mais intenso. As mulheres estão em desvantagem em relação aos homens. É maior o número de mulheres que não se exercitam, cerca de 51 %, enquanto os homens, é de 43%. O de mama e o de cólon são os cânceres mais co- muns e que poderiam ser evitados caso houvesse a prática regular de atividade física entre a população, segundo Leandro Fórnias Machado Rezende, um dos autores da pesquisa. A prática regularda atividade física inftuencia no controle de peso e no nível de gordura, além de atuar diretamente sobre hormônios e marcadores inftama- tórios. A falta dela aumenta o risco de incidência de alguns tipos de câncer, principalmente os que foram objetos de estudo, o de mama e o de cólon. A pesquisa trouxe mais detalhes sobre o assunto: os pesquisado- res concluíram que até 8.600 casos de câncer em mu- lheres e 1.700 casos de câncer em homens poderiam ter sido evitados simplesmente com o aumento dos exercícios semanais. Conforme afirma Rezende, esses casos correspondem a 19% da incidência de câncer de cólon e 12% de câncer de mama no Brasil. De acordo com Rezende, os pesquisadores que trabalharam nesse estudo acreditam que os números possivelmente podem estar subestimados, já que há estudos recentes sugerindo uma possível relação de atividade física com a redução do risco de até 13 tipos de câncer. (Por Redação - Editorias: Ciências da Saúde - URL Curta: jornal.usp.brnp=184111) Disponível em >ht- tps:lljornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/ ativida- de-fi sica-pode-evitar-1 O-mil-casos-de-cancer-ao-ano- no- brasil/ Acesso em 18/0512019. Adaptado. Acentuam-se seguindo a mesma regra todas as pa- lavras da seguinte alternativa: (A) saúde - nível - física (B) física - prática - científica (C) incidência - física - câncer (D) números - possível - mínima 29.(SELECON - ANALISTA (PREF BOA VISTA)/AD- MINISTRADOR/2019 (E MAIS 9 CONCURSOS) Texto I Poluição do ar pode ser tão perigosa quanto fu- mar um maço de cigarro por dia Pesquisadores dos Estados Unidos concluíram que a exposição à poluição do ar pode ser equivalente a fumar uma carteira de cigarros por dia e que ela ainda pode aumentar a chance de se ter enfisema pulmonar, uma doença perigosa e sem cura. Os cientistas notaram uma maior incidência da en- fermidade em pessoas que estão expostas por muito tempo a gases poluentes, em especial ao ozônio. O en- fisema é uma doença respiratória grave, que diminui a elasticidade dos pulmões e leva à destruição dos alvéo- los pulmonares, provocando sintomas como respiração rápida, tosse ou dificuldade para respirar. Segundo o estudo, conduzido por universidades americanas, em áreas com aumento de três partes por milhão (3 ppm) no nível de ozônio ao longo de dez anos, as pessoas têm maior chance de ter enfisema. Essa possibilidade é a mesma que tem alguém que fume uma carteira de cigarros por dia ao longo de 29 anos. Para chegar a essaconclusão, os pesquisadores es- tudaram 7 mil pessoas e a poluição a que elas estive- ram expostas do ano 2000 até 2018. Os participantes, que foram expostos a exames de tomografia computa- dorizada, viviam todos em grandes regiões metropo- litanas como Chicago, Baltimore, Los Angeles, Minne- sota e Nova York. Os resultados foram publicados no periódico médico JAMA. Os cientistas acreditam que a principal causa para a maior predisposição ao enfisema é o ozônio que fica concentrado na troposfera (camada mais baixa da at- mosfera) . O gás é produzido especialmente quando a luz ultravioleta age com outros poluentes liberados por combustíveis fósseis. “Conforme as temperaturas aumentam com o aquecimento global, o nível de ozônio troposférico vai continuar a aumentar”, contou R. Graham Barr, pro- fessor de epidemiologia na Universidade Columbia. “A não ser que passos sejam tomados para reduzir os po- luentes, ainda não é claro qual nível ou sequer se esses gases são seguros para a saúde humana.” Disponível em: revistagalileu.globo.com/Ciencia/ Saude/ LÍNGUA PORTUGUESA 14 A palavra “fósseis” é acentuada pelo mesmo moti- vo de: (A) gás (B) nível (C) rápida (D) médico 30.( SELECON - TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR (SME CUIABÁ)/MULTIMEIOS DIDÁTI- COS/2018 (E MAIS 2 CONCURSOS) Responda a questão abaixo conforme o texto RE- CEITA DE ANO NOVO Belíssimo é uma palavra proparoxítona e por isso mesmo recebe acento gráfico. É também acentuada pelo mesmo motivo a seguin- te palavra: (A) egoísmo (B) impossível (C) econômico (D) confiável 31.(SELECON - TÉCNICO ADMINISTRATIVO EDU- CACIONAL (SECITEC MT)/BIBLIOTECONOMIA/2018 (E MAIS 2 CONCURSOS) Estudo de crânios serviu como base à falha ciên- cia do racismo Médico do século XIX conquistou intelectuais ao criar justificativa para uma suposta superioridade dos brancos RIO - A banana atirada no jogador Daniel Alves du- rante um jogo do Barcelona e as declarações racistas do dirigente de um clube de basquete americano pro- vocaram repúdio mundial esta semana, mas as mani- festações preconceituosas seriam vistas com naturali- dade pelo médico americano Samuel George Morton. Ele angariou fama em seu país e na Europa no século XIX disseminando a teoria de que a superioridade ra- cial é corroborada pelo estudo dos crânios. Aqueles de estrutura mais complexa e avançada, um sinal inegá- vel de inteligência e maior capacidade de raciocínio, seriam os de caucasianos. Seu argumento resistiu por 150 anos. Foi analisado por figuras como Charles Da- rwin, convenceu abolicionistas e só foi definitivamente desmantelado na década de 1980, embora as manifes- tações racistas persistam. – Ele fez amizades com as pessoas certas, aque- las que realmente importavam – conta o historiador James Poskett, que lidera as pesquisas de Cambrid- ge. – Morton produziu apenas 500 cópias de “Crania americana” e distribuiu para pessoas influentes como antropólogos famosos na Inglaterra e editores de re- vistas científicas americanas. Mesmo com a pequena tiragem, seu trabalho foi lido em países como França, Alemanha, Rússia e Índia. Morton, então, ganhou as graças da elite intelectu- al do Velho Mundo. Sua obra foi assumidamente uma inspiração para autores de livros como “Crania Britan- nica” e “Crania Germanica” e ainda para os trabalhos do italiano Cesare Lombroso, de 1876, que partia de características físicas do crânio para determinar cri- minosos. Até o evolucionista (e abolicionista) Charles Darwin, que leu o texto de Morton, considerou-o uma “autoridade” na discussão racial, embora não tenha usado nada dos seus estudos nos trabalhos que fez. Muito pelo contrário. O elogio ao racismo de Morton só desabou em 1981, quando o evolucionista Stephen Jay Gould, pro- fessor da Universidade de Harvard, publicou o livro “A falsa medida do homem”, demonstrando que não ha- via relação entre as raças e seus níveis de inteligência. Ainda assim, mesmo sem qualquer suporte acadêmico, não faltam convictos de que brancos e negros ocupam polos opostos. E, 175 anos depois de “Crania america- na”, entre bananas e o basquete, surge mais uma polê- mica que desafia a razão: a ideia, errada, de que somos todos macacos. Renato Grandelle (Adaptado de O GLOBO, 03/05/2014) (https:// oglobo.globo.com/sociedade/historia/estudo-de- cranios- serviu-como-base-falha-ciencia-do-racis- mo-12370323) A palavra “países” recebe acento gráfico pelo mes- mo motivo de: (A) inegável (B) científicas (C) saúde (D) cópias 32.(SELECON - TÉCNICO DE APOIO EDUCACIO- NAL (SECITEC MT)/2018) Ficar grudado no smartphone é antissocial ou hi- persocial? Muitos estudiosos têm chamado atenção para as consequências do uso excessivo dos smartphones. Mas pesquisadores canadenses fizeram uma análise de di- versos trabalhos publicados sobre o tema e concluíram que o fenômeno é simplesmente um reflexo do desejo profundo de se conectar com outras pessoas. Em ou- tras palavras, eles sugerem que esse tipo de comporta- mento não é antissocial, e sim hipersocial. LÍNGUA PORTUGUESA 15 Em artigo publicado em uma revista científica, Sa- muel Veissière e Moriah Stendel, da Universidade Mc- Gill, tentam mostrar que existe um lado positivo nessa mania das pessoas. Para eles, é preciso ter em mente que o que vicia não é o aparelho, e sim a conexão que ele proporciona. Os autores observam que os humanos evoluíram como espécies exclusivamente sociais, que precisam do retorno constante dos outros para se guiar e saber o que é culturalmente apropriado. A interação social traz significado, objetivos e senso de identidade para as pessoas. O problema é que essa sede por conexões, que é absolutamente normal e até saudável, muitas vezes se transformanumcomportamentoinsalubre–a hiperco- nectividade faz o sistema de recompensa no cérebro funcionar em ritmo exagerado e surge uma compulsão que pode trazer diversas consequências à saúde e aos próprios relacionamentos. Eles também reforçam que é preciso fazer um es- forço para não cair na cilada de se comparar com os outros, já que a realidade apresentada nas mídias so- ciais é distorcida. Ter isso sempre em mente é uma for- ma de evitar as consequências negativas das tecnolo- gias móveis. A outra dica é guardar o aparelho durante os encontros reais – já que eles são poucos, que sejam aproveita- dos ao máximo. Jairo Bauer (https://doutorjairo.blogosfera.uol.com. br/2018/03/07/ficar-grudado-no-smartphone-e-antis- social-ou-hipersocial/) A palavra “evoluíram” recebe acento gráfico por conter o seguinte elemento: (A) hiato (B) oxítona (C) ditongo tônico (D) paroxítona 33.(SELECON - AUXILIAR DE ENFERMAGEM DO TRABALHO (CLIN)/2018 (E MAIS 1 CONCURSO) Leia o texto a seguir e responda à questão. Satélite utiliza rede para capturar lixo espacial Desde 4 de outubro de 1957, quando a União Sovi- ética lançou o primeiro satélite artificial para o espaço, milhares de objetos foram lançados para fora de nosso planeta. É tanta coisa colocada em órbita da Terra que as últimas estimativas indicam 7,5 mil toneladas de ob- jetos fora de uso entulhando os arredores do planeta, colocando em risco novas missões espaciais. Muitas são as ideias para limpar essa quantidade de lixo espacial, incluindo armas a laser. Uma iniciativa da Universidade de Surrey, no Reino Unido, acaba de fazer, com sucesso, O primeiro teste para pôr em práti- ca um satélite que funciona como lixeiro espacial. A 300 quilômetros de altitude, o RemoveDebris (Re- movedor de detritos), como foi batizado, lançou uma rede para capturar um objeto do tamanho de uma caixa de sa- patos que estava entre seis e oito metros a sua frente. “Funcionou exatamente como esperávamos”, disse à BBC o professor Guglielmo Aglietti, diretor do Centro Espacial de Surrey. “O alvo estava girando como você esperaria que um lixo não cooperativo se comportasse, mas você pode ver claramente que a rede o captura, e estamos muito felizes com a maneira como o experi- mento foi feito.” É verdade que o lixo em questão tinha acabado de ser lançado pelo próprio satélite, mas foi somente o primeiro de quatro testes a serem desempenhados pelo satélite. Ainda esse ano, a ideia é que coloquem em ação um sistema de câmeras para rastrear o lixo espacial. Em seguida, será a vez de um outro sistema de captura, que utiliza um arpão, ser testado. Por fim, uma espécie de rede de arrasto, como as utilizadas por pescadores, será lançada para capturar tudo que encontrar em seu caminho pela alta atmosfe- ra. Depois de cumprida a missão, o satélite, que custou US 17 milhões, entrará em rota de colisão com a Terra e vai se desintegrar junto com todo o lixo conforme mergulha na atmosfera. (por Redação Galileu, em 19/09/2018) Disponível em >https://revistagalileu.globo.com/ Ciencia/Espaco/noticia/2018/09/satelite-utiliza-rede- -para-capturar-lixo-espacial-veja- video.html> Acesso em 25/09/2018. Adaptado. A série em que as palavras recebem acento gráfico seguindo as mesmas regras de acentuação de satélite, espécie e entrará, respectivamente, é: (A) variáveis, cafeína, também (B) conteúdo, próprio, cafuné (C) quilômetro, sérias, bisavô (D) soviéticos, viúvo, sairá 34.(SELECON - TÉCNICO (ETAM)/ELETRÔNI- CA/2017 (E MAIS 3 CONCURSOS) Microscópio impulsionou descobertas Os microscópios ganharam a tecnologia básica de hoje a partir do começo do século 19. Mas, mesmo no século anterior, já havia microscópios com formas semelhantes. No século 17, descobertas importantes LÍNGUA PORTUGUESA 16 foram feitas com esse tipo de aparelho. “Noventa por cento das descobertas em citologia, o estudo das célu- las, foram feitas com microscópios rudimentares”, diz o biólogo Nelio Bizzo, especialista em ensino de biolo- gia na Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo). “O microscópio é uma ferramenta indispensável para quem estuda biologia”, afirma Bizzo. “Deveria haver uma lei federal proibindo escolas de comprar computadores se não tiverem um microscópio.” Para o professor da USP, “quem vê uma foto de vírus, de bactérias, e que nunca manipulou um microscópio, não tem condição de entender como a foto foi feita”. O mi- croscópio teve para a biologia o mesmo impacto que seu parente para ver mais longe, o telescópio, teve na astronomia. Graças ao telescópio foi possível enxergar novos planetas e novas luas girando em torno deles, e confirmar a hipótese de que a Terra não era o centro do universo, mas sim apenas mais um corpo celeste que girava em torno do Sol. Graças aos microscópios foi possível descobrir todo um novo mundo desconhecido da ciência: aquele dos seres vivos de dimensões muito pequenas, microscópicas, os chamados micróbios. Um dos mais notáveis pioneiros foi o holandês Antonie van Leeuwenhoek (1632-1723), o primeiro pesquisador a observar micróbios como bactérias e protozoários. Ele batizou esses seres de “animálculos”, pequenos animais que pôde observar na água ou no interior do próprio corpo humano. Nem todos podem hoje ser cha- mados de “animais”, mas com seus esforços Leeuwe- nhoek abriu toda uma área de pesquisa científica. Le- euwenhoek usava um microscópio de um modelo bem simples, que se constituía basicamente de duas placas de latão entre as quais havia apenas uma lente, com um parafuso ajustável para manter o espécime sendo observado. Apesar da simplicidade do microscópio, ele conseguiu enxergar as bactérias, pela primeira vez em 1676, com um instrumento que tinha uma ampliação de no máximo 280 vezes. Tanto telescópios como microscópios surgiram no momento em que se criaram as bases da ciência mo- derna, a chamada Revolução Científica. Eles foram tan- to causa como efeito dessa revolução. (Adaptado de: http:!lwww1.foIha.uoI.com.br/fsg/ brasiI/fc15119821.htm) A palavra “indispensável” recebe acento gráfico pelo mesmo motivo de: (A) vírus (B) básica (C) hipótese (D) constituía 35.(SELECON - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO (CRA RR)/2020) Abreviação pode ser conceituada como a represen- tação escrita de uma palavra, grafando-se apenas al- gumas de suas sílabas ou letras. Assim, a maneira cor- reta de abreviar “adjetivos”, “litros” na expressão “20 litros” e alqueires em “200 alqueires” é: (A) Adjs. - 20Lts. - 200 Alqs. (B) adj. - 20 L. - 200 Ha. (C) Adj.-20Is.-200Alq. (D) adj.-20L -200alq. 36.(SELECON - GUARDA CIVIL MUNICIPAL (NI- TERÓI)/2019) Texto I A violência que bate à porta (fragmento) Segundo dados do Relatório Mundial 2019, divul- gados recentemente pela ONG Human Rights Watch, 64 mil homicídios aconteceram no Brasil em 2017. são dois mil a mais que em 2016. Este crescimento não foi freado em 2018, pelo contrário. Os dados já apresen- tados por Ongs e Instituições mostram que o número de assassinatos segue crescendo a passos largos. O cri- me, cada vez mais, sai da marginalidade e assola toda a sociedade, sem distinguir classes sociais. Estados pa- raram nos últimos meses (Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Ceará, e por aí vai) na mão de criminosos e a população se vê à mercê desta realidade que bate à porta. O retrato atual é esse e os noticiários teimam em nos lembrar que o filho morto hoje pode ser o nosso amanhã. Esta sensação de insegurança aumenta a bus- ca por segurança privada. A Pesquisa Nacional sobre Segurança Eletrônica, realizada pela Associação Bra- sileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segu- rança (Abese), afirma que houve um crescimento nas residências que investiram em sistemas de segurança nos últimos 12 meses. Mas quem deve cuidar da segurança do cidadão? E quem não tem dinheiro para investir em sistemas? É protegido por quem? Os sistemas privados de segurança servem para ini- bir a ação de criminosos, mas isto não pode ser a única solução. O Estado precisa ser cobrado e deve agir. Para deter o crime organizado, é necessário muito mais es- forço público do que portões e muros altos. Marco Antônio Barbosa Hoje em Dia, 01/03/2019 (Extraído e adaptado de: hojeemdia.com.br/opinião) LÍNGUA PORTUGUESA 17 A palavra “desvantagens” apresenta o mesmo pro- cesso de formação que: (A) envelhecimento (B) necessariamente (C) feminização (D)prestação (E)sobressai 37.(SELECON - GUARDA CIVIL MUNICIPAL (NI- TERÓI)/2019) Responda a questão abaixo conforme o texto A VIOLÊNCIA QUE BATE Á PORTA (FRAGMENTO) A palavra “cidadão” apresenta sua forma no plural com a mesma terminação de: (A) escrivão (B) capitão (C) eleição (D) cordão (E) mão 38.(SELECON - OFICIAL ADMINISTRATIVO (ECSP)/MOTORISTA CNH B/2019 (E MAIS 14 CON- CURSOS) Responda a questão abaixo conforme o texto ATI- VIDADE FÍSICA PODE EVITAR 10 MIL CASOS DE CÂN- CER AO ANO NO BRASIL Câncer e mulher fazem o plural com acréscimo de -es; possível faz o plural trocando-se o I por -is (possí- veis). Está correta a correspondência entre a palavra e sua respectiva forma de plural na seguinte opção: (A) degrau - degrais (B) caráter - caracteres (C) cidadão - cidadães (D) bombom - bomboms 39.(SELECON - ASSISTENTE DE ALUNO (PREF BOA VISTA)/2020 (E MAIS 8 CONCURSOS) Publicidade de alimentos e obesidade infantil: uma reflexão necessária A epidemia de obesidade e doenças crônicas é um problema que atinge, de maneira crescente, o mundo inteiro. E tornou-se consenso entre as principais orga- nizações e pesquisadores em saúde pública que a re- gulação da publicidade de alimentos é uma das estra- tégias necessárias para combatê-la. As campanhas de marketing não apenas influenciam as escolhas alimen- tares na infância, mas também buscam fidelizar consu- midores desde a mais tenra idade. O objeto preferen- cial são os alimentos ultraprocessados, feitos a partir de ingredientes industriais, com pouco ou nenhum produto fresco, e, geralmente, com alta quantidade de açúcar, gordura e/ou sódio. Em 2010, a Organização Mundial da Saúde reco- mendou a redução da exposição das crianças à pro- paganda de alimentos, sobretudo aqueles com alta quantidade de açúcar, sal e gordura. Em 2012, a Or- ganização Pan-Americana da Saúde aprofundouse no tema e também apresentou recomendações de ações concretas por parte dos governos para reduzir a expo- sição das crianças à publicidade de alimentos. Para es- pecialistas, a autorregulamentação do setor não tem funcionado. A mais recente publicação sobre obesidade do pe- riódico Lancet, divulgada em fevereiro deste ano, indi- ca que, até o momento, as iniciativas de regulação da propaganda não foram suficientes. Desde os avanços conquistados na proteção da amamentação, com a eli- minação de anúncios que apresentam substitutos do leite materno, poucas ações efetivas foram implemen- tadas para frear o massivo marketing da indústria de alimentos para crianças em todo o mundo. No Brasil, apesar da proibição da publicidade abu- siva (direcionada à criança) prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC) desde 1990, a falta de regulamentação específica para alimentos prejudica a efetivação da lei. Em 2010, a movimentação inter- nacional em torno do tema motivou a elaboração da primeira regulação sobre publicidade de alimentos em geral, por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigi- lância Sanitária). A regulação, no entanto, foi suspensa logo após sua publicação, devido à pressão de diversas associações da indústria de alimentos. A Norma Brasi- leira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) contribuiu muito para a proteção ao aleitamento ma- terno, porém aguarda regulamentação, desde 2006, o que compromete a fiscalização e o cumprimento da lei. Alguns avanços também precisam ser reconheci- dos, como a Resolução 163/2014 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que regulamentou a propaganda abusiva, descrevendo todos os casos em que o Código do Consumidor deve ser aplicado. Porém, os órgãos de fiscalização ainda não possuem força suficiente para colocá-la em prá- tica, também por conta da grande pressão das asso- ciações da indústria e de publicidade. Assim como na suspensão da resolução da Anvisa, esses segmentos fa- zem pressão contra a resolução do Conanda, alegando que esses órgãos não têm competência legal para re- LÍNGUA PORTUGUESA 18 gular a publicidade ou que as regras ferem a liberdade de expressão das empresas. Argumentos que já foram refutados por renomados juristas e contestados pelas evidências científicas na área da saúde pública. O novo Guia Alimentar para a População Brasilei- ra, publicado pelo Ministério da Saúde em 2014, reco- nhece a influência e coloca a publicidade de alimentos como um dos obstáculos para a alimentação saudável. O guia destaca que a regulação é necessária, pois a pu- blicidade estimula o consumo de alimentos ultrapro- cessados, induzindo a população a considerá-los mais saudáveis, com qualidade superior aos demais, e fre- quentemente associá-los à imagem de bem-estar, feli- cidade e sucesso. Independentemente do tipo de alimento, a propa- ganda direcionada a crianças se aproveita da vulnerabi- lidade de indivíduos em fase de desenvolvimento para incentivar o consumo. Por isso, não deve ser permitida. Ainda temos um longo caminho pela frente para alcan- çar a garantia dos direitos à alimentação adequada e saudável e os direitos dos consumidores. Ana Paula Bortoletto (https://epoca.globo.com/ vida/noticia/2015/03/publicidade-dealimentos-e- -obesidade-infantil-buma-reflexao-necessariab.html) Adaptado. “As campanhas de marketing não apenas influen- ciam as escolhas alimentares na infância” (1º parágra- fo). O termo sublinhado pertence à seguinte classe de palavras: (A) adjetivo (B) advérbio (C)conjunção (D)substantivo 40.(SELECON - TÉCNICO EM DESENVOLVIMEN- TO INFANTIL (PREF SAPEZAL)/2020/EDITAL Nº 002 2019) Texto Il Em “magrinha”, a terminação expressa a noção de: (A)intensidade (B) contrariedade (C)consequência (D) comparação 41.(SELECON - NUTRICIONISTA (PREF SAPE- ZAL)/2019 (E MAIS 5 CONCURSOS) Nascer no Cairo, ser fêmea de cupim Rubem Braga Conhece o vocábulo escardinchar? Qual o feminino de cupim? Qual o antônimo de póstumo? Como se cha- ma o natural do Cairo? O leitor que responder “não sei” a todas estas per- guntas não passará provavelmente em nenhuma prova de Português de nenhum concurso oficial. Aliás, se isso pode servir de algum consolo à sua ignorância, recebe- rá um abraço de felicitações deste modesto cronista, seu semelhante e seu irmão. Porque a verdade é que eu também não sei. Você dirá, meu caro professor de Português, que eu não deve- ria confessar isso; que é uma vergonha para mim, que vivo de escrever, não conhecer o meu instrumento de trabalho, que é a língua. Concordo. Confesso que escrevo de palpite, como outras pessoas tocam piano de ouvido. De vez em quando um leitor culto se irrita comigo e me manda um recorte de crônica anotado, apontando erros de Por- tuguês. Um deles chegou a me passar um telegrama, felicitando-me porque não encontrara, na minha crô- nica daquele dia, um só erro de Português; acrescen- tava que eu produzira uma “página de bom vernáculo, exemplar”. Tive vontade de responder: “Mera coinci- dência” - mas não o fiz para não entristecer o homem. Espero que uma velhice tranquila - no hospital ou na cadeia, com seus longos ócios - me permita um dia estudar com toda calma a nossa língua, e me peni- tenciar dos abusos que tenho praticado contra a sua pulcritude. (Sabem qual o superlativo de pulcro? Isto eu sei por acaso: pulquérrimo! Mas não é desanima- dor saber uma coisa dessas? Que me aconteceria se eu dissesse a uma bela dama: a senhora é pulquérrima? Eu poderia me queixar se o seu marido me descesse a mão?). Alguém já me escreveu também - que eu sou um escoteiro ao contrário. “Cada dia você parece que tem de praticar a sua má ação – contra a língua”. Mas acho que isso é exagero. Como também é exagero saber o que quer dizer escardinchar. Já estou mais perto dos cinquenta que dos quarenta; vivo de meu trabalho quase sempre honrado, gozo de boa saúde e estou até gordo demais, LÍNGUA PORTUGUESA 19 pensando em meter um regime no organismo - e nun- ca soube o que fosse escardinchar. Espero que nunca, na minha vida, tenha escardinchado ninguém; se o fiz, mereço desculpas, pois nunca tive essa intenção. Vários problemas e algumas mulheres já me tira- ram o sono, mas não o feminino de cupim. Morrerei sem saber isso. E o pior é que não quero saber; nego- -me terminantemente a saber, e, se o senhor é um des- ses cavalheiros que sabem qual é o feminino de cupim, tenha a bondade de não me cumprimentar. Por que exigir essas coisas dos candidatos aos nossos cargos públicos? Por que fazer do estudo da língua por- tuguesa uma série de alçapões e adivinhas, como essas histórias que uma pessoa conta para “pegar” as outras? O habitante do Cairo pode ser cairense, cairei, caireta, cai- rota ou cairiri - e a única utilidade de saber qual a palavra certa será para decifrar um problema de palavras cruza- das. Vocês não acham que nossos funcionários públicos já gastam uma parte excessiva do expediente matando palavras cruzadas da “Última Hora” ou lendo o horóscopo e as histórias em quadrinhos de “O Globo?”. No fundo, o que esse tipo de gramático deseja é tornar a língua portuguesa odiosa; não alguma coisa através da qual as pessoas se entendam, mas um ins- trumento de suplício e de opressão que ele, gramático, aplica sobre nós, os ignaros. Mas a mim é que não me escardincham assim, sem mais nem menos: não sou fêmea de cupim nem antô- nimo do póstumo nenhum; e sou cachoeirense, de Ca- choeiro, honradamente - de Cachoeiro de Itapemirim! Texto extraído do livro “Ai de Ti, Copacabana”, Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 197. “Pulcro” significa belo, formoso e é um adjetivo. O autor utiliza as palavras derivadas pulcritude e pul- quérrimo desse adjetivo. Está correta a seguinte sequência do adjetivo e de- rivados em: (A) modesto - modéstia e moderado (B) educado - educar e ensino (C) caro - carente e carência (D)triste - tristeza e entristecer 42.(SELECON - TÉCNICO (ETAM)/ELETRÔNI- CA/2017 (E MAIS 3 CONCURSOS) Densidade No meio do caminho tinha uma pedra porosa. Dava para ver seus grãos. Chegando mais perto, raios finís- simos de sol atravessavam a pedra. Mais perto ainda, um turbilhão, um pequeno redemoinho (uma galáxia minúscula) se movia lá dentro, no Ieve corpo da pedra. A pedra, no meio do caminho, era permeável: se chovesse, ficava encharcada. O vento do meio-dia a deixava com sono e sede. A neblina que às vezes bai- xava no fim da tarde invadia a pedra, no seu corpo as nuvens trafegavam sem pressa. Os sons passavam por ela e iam se extinguir em algum lugar desconhecido. Na pequena galáxia dentro da pedra havia pequenos planetas orbitando em torno de sóis de diamante. (LISBOA, A. Caligrafias. Rio de Janeiro: Rocco, 2004) Leia a frase abaixo para responder à pergunta. “Chegando mais perto, raios finíssimos de sol atraves- sa vam a pedra” A terminação —íssimos, em “finíssimos”, acrescen- ta à base do adjetivo uma informação com o valor de: (A)neutralidade (B) contradição (C) comparação (D) intensidade 43.(SELECON - GUARDA CIVIL MUNICIPAL (PREF BOA VISTA)/2020) Leia o texto a seguir para responder a questão Texto Direito humano à alimentação adequada e soberania alimentar O direito humano à alimentação adequada está contemplado no artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e sua definição foi ampliada em outros dispositivos do Direito Internacional, como o artigo 11 do Pacto de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e o Comentário Geral nº 12 da ONU. No Bra- sil, resultante de amplo processo de mobilização so- cial, em 2010 foi aprovada a Emenda Constitucional nº 64, que inclui a alimentação no artigo 6º da Constitui- ção Federal. No entanto, isso não necessariamente sig- nifica a garantia da realização desse direito na prática, o que permanece como um desafio a ser enfrentado. O direito humano à alimentação adequada consiste no acesso físico e econômico de todas as pessoas aos alimentos e aos recursos, como emprego ou terra, para garantir esse acesso de modo contínuo. Esse direito in- clui a água e
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