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500 Questões Gabaritadas da PP MG

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PP-MG
POLÍCIA PENAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS 
500 Questões Gabaritadas 
CADERNO DE QUESTÕES 
CÓD: OP-100AG-21
7908403510283
Apostilas Opção, a Opção certa para a sua realização.
LÍNGUA PORTUGUESA
1
LÍNGUA PORTUGUESA
1.( SELECON - 2019 - PREFEITURA DE CUIABÁ - 
MT - ADMINISTRADOR)
VACINAS, PARA QUE AS QUERO?
Em um momento em que os menos avisados suspei-
tam das vacinas, as autoridades em saúde pública e imuno-
logia apresentam dados mostrando que, na realidade, as 
vacinas precisam, sim, ser inoculadas com mais frequência. 
Esse é o teor do artigo ‘Quanto tempo duram as vacinas?”, 
assinado por Jon Cohen publicado na prestigiosa revista 
Science em abril de 2019. Nele, Cohen indaga, entre outros 
assuntos, por que o efeito protetor das vacinas contra a 
gripe dura tão pouco (em média, depois de 90 dias, a pro-
teção começa a cair) e em outras, como as da varíola e da 
febre amarela, a ação é bem mais prolongada.
Alguns especialistas argumentam que certos vírus 
sofrem altas taxas de mutação e geram novos clones, 
que, por serem ligeiramente diferentes dos originais, 
não seriam reconhecidos pelas células do sistema imu-
ne. Mas, a coisa não é tão simples assim.
Ao estudar a caxumba (que ainda afeta os huma-
nos), por exemplo, os epidemiologistas descobriram 
que a recorrência da doença acontece com mais fre-
quência em uma determinada faixa etária (entre 18 e 
29 anos de idade). Se a reinfecção dependesse apenas 
de mutações, todas as idades deveriam ser igualmente 
afetadas. Assim, o enigma perdura.
No entanto, o consenso entre os imunologistas es-
pecializados em vacinas é que, de fato, precisamos de 
mais exposição aos agentes infecciosos ou às próprias 
vacinas. Em outras palavras, no caso da gripe, teríamos 
que tomar doses seguidas da vacina a fim de aumentar 
seu efeito protetor. Em razão desses achados, os pes-
quisadores chegaram até a criticar a decisão da Orga-
nização Mundial da Saúde (OMS) de recomendar que 
a vacina contra a febre amarela devesse ser inoculada 
apenas uma vez, isto é, seria uma vacina vitalícia.
A necessidade da exposição constante aos agen-
tes infecciosos vai de encontro à hipótese do biólogo 
norteamericano Jared Diamond que, em seu livro Ar-
mas, germes e aço, defende a ideia de que, ao longo 
da história, o sucesso dos conquistadores se deveu, 
em parte, ao fato de eles serem originalmente cosmo-
politas e, dessa maneira, terem adquirido resistência 
imunológica aos agentes infecciosos da época. Mesmo 
resistentes, seriam portadores desses agentes, o que 
manteria a memória imunológica. Já os conquistados, 
grupo formado por populações menores, sucumbiriam 
ao confronto por não serem capazes de se defender 
tanto dos invasores humanos quanto daqueles micros-
cópicos.
Embora o avanço nessa área seja promissor, o me-
canismo que torna uma vacina mais duradoura ou não 
ainda segue sem resposta. Como afirma Cohen em seu 
artigo, “essa é uma pergunta de um milhão de dóla-
res!” (aproximadamente, o valor do prêmio Nobel).
A despeito disso, ninguém deveria duvidar do po-
der das vacinas. Muito pelo contrário. A tendência atu-
al no tratamento de doenças crônicas, como o câncer e 
a artrite reumatoide, é a imunoterapia. Um dia, quem 
sabe, teremos vacinas contra todos esses males.
Franklin Rumjanek
(Disponível em: http:/cienciahoje.org.br/artigo/va-
cinasara-que-as-quero/)
A ideia central do segundo parágrafo é apresenta-
da pelo seguinte procedimento recorrente em gêneros 
discursivos midiáticos:
(A) narrativa imprecisa
(B) descrição subjetiva
(C) falsa suposição
(D) discurso indireto
2.( SELECON - 2019 - PREFEITURA DE CUIABÁ - 
MT - ADMINISTRADOR)
Responda a questão abaixo conforme o texto VACI-
NAS, PARA QUE AS QUERO?
“por serem ligeiramente diferentes dos originais, 
não seriam reconhecidos pelas células do sistema imu-
ne” (2º parágrafo). O trecho destacado pode ser rees-
crito, mantendo o sentido original da frase, da seguin-
te forma:
(A) mesmo sendo ligeiramente diferentes dos ori-
ginais
(B) uma vez que são ligeiramente diferentes dos 
originais
(C) apesar de serem ligeiramente diferentes dos 
originais
(D) contanto que sejam ligeiramente diferentes dos 
originais
3.( SELECON - 2019 - PREFEITURA DE CUIABÁ - 
MT - ADMINISTRADOR)
Responda a questão abaixo conforme o texto VACI-
NAS, PARA QUE AS QUERO?
No terceiro parágrafo, o emprego do modo verbal 
em “dependesse” expressa a seguinte ideia:
(A) evento com prolongamento constante
(B) ação com duração no passado
(C)hipótese pouco provável
(D) probabilidade com ocorrência certa
LÍNGUA PORTUGUESA
2
4.( SELECON - 2019 - PREFEITURA DE CUIABÁ - 
MT - ADMINISTRADOR)
Responda a questão abaixo conforme o texto VACI-
NAS, PARA QUE AS QUERO?
No primeiro parágrafo, o emprego dos parênteses 
introduz expressão com valor de:
(A) explicação
(B) contraposição
(C)consequência
(D) comparação
5.( SELECON - 2019 - PREFEITURA DE CUIABÁ - 
MT - ADMINISTRADOR)
Responda a questão abaixo conforme o texto VACI-
NAS, PARA QUE AS QUERO?
A ideia central apresentada no quarto parágrafo se 
refere à seguinte temática:
(A) consequência das doenças
(B)suspensão de tratamento
(C)tempo de imunização
(D) causas de contágio
6.( SELECON - 2019 - PREFEITURA DE CUIABÁ - 
MT - ADMINISTRADOR)
Responda a questão abaixo conforme o texto VACI-
NAS, PARA QUE AS QUERO?
Em “Mas, a coisa não é tão simples assim” (2º pa-
rágrafo), o uso da palavra “coisa” é informal, pelo se-
guinte motivo:
(A) indicar um ser aparentemente desconhecido
(B) expressar referência muito genérica
(C) apresentar grafia incomum
(D) possuir origem imprecisa
7.( SELECON - 2019 - PREFEITURA DE CUIABÁ - 
MT - ADMINISTRADOR)
Responda a questão abaixo conforme o texto VACI-
NAS, PARA QUE AS QUERO?
O título antecipa o seguinte posicionamento do au-
tor discutido ao longo do texto:
(A) defende que o efeito do tratamento não pode 
ser superior a três meses
(B) associa-se aos que duvidam da eficácia dos pro-
cessos de vacinação
(C) deseja que haja restrições às pesquisas com ví-
rus inoculado
(D) entusiasma-se com a ampliação do uso da imu-
noterapia
8.( SELECON - 2021 - PREFEITURA DE ALTO ARA-
GUAIA - MT - BIBLIOTECÁRIO)
Leia o Texto | para responder à questão
Texto l
A água e a escassez
 Vista do espaço, a Terra parece um planeta azul 
com 72% de sua superfície coberta por água. Quase 
1,350 bilhão de Kmº estão disponíveis na superfície 
do planeta; 97% deste volume é água salgada (mares 
e oceanos) e 3%, água doce. As camadas de gelo po-
lar constituem três quartos da água doce superficial. 
Embora a água doce seja a principal fonte de abasteci-
mento de água das pessoas, só uma pequena parte da 
totalidade da água disponível na terra (0,3%) é real-
mente usada com esse propósito.
Há 400 a C., Hipócrates (460-377) já chamava a 
atenção de seus colegas para a relação entre a qua-
lidade da água e a saúde da população. Foi profético 
quando disse que o médico “que chega numa cidade 
desconhecida deveria observar com cuidado a água 
usada por seus habitantes”. Entretanto, pouco crédito 
lhe foi dado e um período subsequente de obscurantis-
mo durou mais de 2000 anos.
A partir de 1875 e durante os 20 anos seguintes, os 
cientistas identificaram os microorganismos causado-
res da lepra, antrax, tuberculose, cólera, pasteurelose, 
febre tifoide, tétano, praga etc. Estas descobertas pro-
porcionaram o desenvolvimento da higiene pessoal e 
da saúde pública, as quais vieram a contribuir para o 
aumento da expectativa de vida pós-parto, tal como 
tem ocorrido na Europa nos dois últimos séculos.
Atualmente, nos países da América Latina e do 
Caribe, o consumo médio de água é de 200 litros por 
pessoa/dia. Contudo, esta quantidade somente reflete 
aquela usada pelo consumidor. Na realidade, a quanti-
dade de água extraída do ambiente natural para pro-
duzir água potável é maior que a quantidade de água 
que os usuários recebem. Isto depende das condições 
de operação das redes e, principalmente, do nível dos 
vazamentos.
No gerenciamento dos
recursos hídricos, devem-se 
considerar os riscos associados ao consumo da água, 
os quais podem ser coletivos ou individuais, imediatos 
ou de longo prazo. Durante todo o ciclo da água, as 
descargas isoladas ou a poluição generalizada — sejam 
industriais, agrícolas ou urbanas — podem comprome-
ter a qualidade da água e torná-la, total ou parcialmen-
te, imprópria para consumo.
LÍNGUA PORTUGUESA
3
Permanentemente, as autoridades sanitárias de-
vem oferecer informação ao público, especialmente 
aos clientes “sensíveis”, para os quais uma mudança na 
qualidade da água possa representar um risco poten-
cialmente mortal (pessoas com diálesis). Esta informa-
ção é essencial em casos de contaminação acidental, 
mas também deve ser proporcionada em circunstân-
cias normais, já que a água é o bem mais amplamente 
consumido no mundo.
E importante obter os pontos de vista do público 
com respeito à quantidade e qualidade da água para 
consumo, que deve cumprir a citada Legislação Fede-
ral, quanto ao atendimento dos padrões de potabili-
dade. Finalmente, o público deve informar-se, não só 
com relação à qualidade da água, mas também quan-
to aos custos que implica usá-la e manter as redes de 
abastecimento. Isto dará às pessoas um incentivo para 
não desperdiçar este recurso limitado.
José Carlos Simões Florençano
(Adaptado. http:/Awww.abes-mg.org.br/visuali-
zacao-de-noticias/ ler/584/ opiniao-a-agua-e-a-escas-
sez)
A palavra “profético” é acentuada pelo mesmo mo-
tivo de:
(A) saúde
(B) países
(C) séculos
(D) disponíveis
9.( SELECON - 2021 - PREFEITURA DE ALTO ARA-
GUAIA - MT - BIBLIOTECÁRIO)
Responda a questão abaixo conforme o texto A 
ÁGUA E A ESCASSEZ
A expressão verbal “devem-se considerar” (5º pa-
rágrafo) encontra-se no plural por concordar com:
(A) “recursos hídricos”
(B) “os riscos associados”
(C) “coletivos ou individuais”
(D) “imediatos ou de longo prazo”
10.( SELECON - 2021 - PREFEITURA DE ALTO 
ARAGUAIA - MT - BIBLIOTECÁRIO)
Responda a questão abaixo conforme o texto A 
ÁGUA E A ESCASSEZ
“Embora a água doce seja a principal fonte de abas-
tecimento de água das pessoas, só uma pequena par-
te da totalidade da água disponível na terra (0,3%) é 
realmente usada com esse propósito” (1º parágrafo). 
A primeira parte da frase encontra-se adequadamente 
reescrita, mantendo o sentido global, em:
(A) como a água doce é a principal fonte de abaste-
cimento de água das pessoas
(B) apesar de a água doce ser a principal fonte de 
abastecimento de água das pessoas
(C) uma vez que a água doce é a principal fonte de 
abastecimento de água das pessoas
(D) em função de a água doce ser a principal fonte 
de abastecimento de água das pessoas
11.( SELECON - 2021 - PREFEITURA DE ALTO 
ARAGUAIA - MT - BIBLIOTECÁRIO)
Responda a questão abaixo conforme o texto A 
ÁGUA E A ESCASSEZ
“Há 400 à C., Hipócrates (460-377) já chamava a 
atenção de seus colegas para a relação entre a qua-
lidade da água e a saúde da população. Foi profético 
quando disse que o médico ‘que chega numa cidade 
desconhecida deveria observar com cuidado a água 
usada por seus habitantes” (2º parágrafo). No trecho, 
a segunda frase estabelece com a primeira uma rela-
ção de:
(A) ressalva
(B)oposição
(C) finalidade
(D) explicação
12.( SELECON - 2021 - PREFEITURA DE ALTO 
ARAGUAIA - MT - BIBLIOTECÁRIO)
Responda a questão abaixo conforme o texto A 
ÁGUA E A ESCASSEZ
No primeiro parágrafo, a relação estabelecida en-
tre a primeira frase e as seguintes pode ser resumida 
pelo seguinte par de palavras:
(A) generalização/especificação
(B) informação/contradição
(C)dado/comparação
(D) fato/opinião
LÍNGUA PORTUGUESA
4
13.( SELECON - 2021 - PREFEITURA DE ALTO 
ARAGUAIA - MT - BIBLIOTECÁRIO)
Responda a questão abaixo conforme o texto A 
ÁGUA E A ESCASSEZ
De acordo com o texto, um aspecto que pode in-
centivar a economia de água reside em:
(A) reforçar eixos de campanha governamental
(B) obter informação sobre custos de abastecimento
(C)observar ausência de legislação específica sobre 
o tema
(D) sugerir publicidade a respeito da abundância do 
recurso
14.( SELECON - TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO 
ESCOLAR (SME CUIABÁ)/MULTIMEIOS DIDÁTI-
COS/2018 (E MAIS 2 CONCURSOS)
Leia o texto a seguir e responda à questão:
 
Texto
Receita de Ano Novo
 
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo
o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo,
remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo que de tão perfeito
nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha
ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagem
[...]
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome
você, meu caro, tem que merecê-lo,
tem que fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
 
Carlos Drummond de Andrade.
In: Discurso de primavera e algumas sombras, 1978.
 
Espontâneo escreve-se com a letra s.
 
Deve ser escrita com s a palavra:
(A) e_ plicar
(B) e_ perto
(C) e_ pirou
(D) e_ celente
15.(SELECON - TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO 
ESCOLAR (SME CUIABÁ)/2019 (E MAIS 5 CONCUR-
SOS)
A importância da memória na formação da identi-
dade do indivíduo
 
As histórias e experiências vividas ajudam na 
construção da personalidade
 
Dos momentos mais marcantes aos acontecimen-
tos cotidianos, tudo o que acontece em nossas vidas 
fica armazenado em nosso cérebro. Conforme explica 
a psicanalista Susan Guggenheim, da Universidade do 
Estado do Rio de Janeiro (UERJ), são as lembranças que 
ajudam o ser humano a definir o seu lugar no mundo. 
“A memória permite ao sujeito que ele dê algum senti-
do ao seu estar no mundo nos momentos em que ele se 
interroga sobre quem é e o que realizou. Evidentemen-
te, nem tudo é lembrado, pois existe uma seletividade 
das experiências recordadas”, conta a psicanalista.
 Para o neurocientista Gilberto Xavier, da Univer-
sidade de São Paulo (USP), uma pessoa sem memória 
não tem identidade. “O próprio conceito de quem eu 
sou depende da minha história, pois somos frutos dela. 
Se uma pessoa não consegue lembrar da sua história, 
ela não é nada. Para se ter uma ideia, se observarmos 
dois irmãos gêmeos idênticos, que são iguais genetica-
mente, eles acabam se distinguindo pela personalida-
de. Essa diferença é fruto da história de cada um deles 
e de suas heranças culturais, fatores determinantes 
para a individualidade de cada ser humano”, explica 
Gilberto.
LÍNGUA PORTUGUESA
5
 Susan Guggenheim lembra que a memória huma-
na vem sendo estudada ao longo de séculos por meio 
de inúmeras descrições, classificações e medidas. “En-
tretanto, quem primeiro percebeu a dinâmica do seu 
funcionamento nas situações do cotidiano, bem como 
sua importância nos sintomas neuróticos, foi Sigmund 
Freud. Já em seus primeiros trabalhos, ele observou os 
diversos mecanismos inconscientes que são utilizados 
pelos sujeitos a fim de lidarem com as situações trau-
máticas. Além disso, ele percebeu que as pessoas his-
téricas sofriam de reminiscências”, afirma Susan. 
Susan Guggenheim lembra que a memória huma-
na vem sendo estudada ao longo de séculos por meio 
de inúmeras descrições, classificações e medidas. “En-
tretanto, quem primeiro percebeu a dinâmica do seu 
funcionamento nas situações do cotidiano, bem como 
sua importância nos sintomas neuróticos, foi Sigmund 
Freud. Já
em seus primeiros trabalhos, ele observou os 
diversos mecanismos inconscientes que são utilizados 
pelos sujeitos a fim de lidarem com as situações trau-
máticas. Além disso, ele percebeu que as pessoas his-
téricas sofriam de reminiscências”, afirma Susan.
 E qual a importância da memória coletiva na cons-
trução da sociedade? Respondendo a essa pergunta, 
a psicanalista lembra que a memória coletiva, seja 
construída pelos grupos sociais, ou por toda uma so-
ciedade, desperta nas pessoas a sensação de pertenci-
mento a um determinado grupo por terem vivenciado 
os mesmos “momentos históricos”. “Este sentimento 
de poder recordar experiências em comum é uma das 
características que distinguem uma geração da outra”, 
conta a professora.
 
Formação da memória
 
O professor Gilberto lembra que o cérebro é cons-
tituído por aproximadamente 87 bilhões de neurônios, 
que se comunicam entre si por meio de um proces-
so químico chamado sinapse, criando uma infinidade 
de combinações. “Quando aprendemos algo, criamos 
novos circuitos cerebrais, que na verdade são novas 
combinações entre os neurônios. Toda vez que viven-
ciamos uma experiência, ou assimilamos uma informa-
ção, alteramos nossos circuitos cerebrais. Essa altera-
ção na atividade dos circuitos nervosos é que gera a 
memória, que pode ser visual, auditiva, ou olfativa”, 
explica o professor.
 
Disponível em: http://redeglobo.globo.com/acao/
noticia/ 2013/03/importancia-da-memoria-na-forma-
cao-daidentidade- do-individuo.html
 
 
Com base no trecho a seguir, responda a questão.
 
“Respondendo a essa pergunta, a psicanalista lem-
bra que a memória coletiva, seja construída pelos gru-
pos sociais, ou por toda uma sociedade, desperta nas 
pessoas a sensação de pertencimento a um determina-
do grupo por terem vivenciado os mesmos ‘momentos 
históricos”.
 
A palavra “mesmo” é invariável na seguinte frase:
(A)Ele mesmo ficou espantado com as declarações.
(B)As obras expostas nesta galeria são do mesmo 
autor.
(C) O professor sabia mesmo como reagir aos im-
previstos.
(D) O mesmo projeto de lei foi apresentado mais 
de uma vez.
16.(SELECON - ANALISTA DE PROJETOS NAVAIS 
(EMGEPRON)/ENGENHEIRO PLANEJAMENTO E 
CONTROLE/2021)
 
Texto l ( Para responder a questão )
Os clássicos estão morrendo?
Catástrofe espiritual. Foi assim que Cornel West, 
um dos mais destacados intelectuais negros dos EUA, 
classificou a decisão da Universidade Howard, talvez a 
mais importante instituição de ensino negra do país, 
de fechar seu departamento de estudos clássicos.
West, que escreveu um contundente artigo de opi-
nião para o Washington Post, afirma que a noção de 
crimes do Ocidente se tornou tão central na cultura 
americana que ficou difícil reconhecer as coisas boas 
que o Ocidente proporcionou, notadamente os clás-
sicos, que são clássicos justamente porque permitem 
uma conversação universal, abarcando pensadores de 
diferentes eras e povos.
Diretores de Howard responderam, no New York 
Times. Dizem que, ao contrário de universidades bran-
cas de elite, a instituição não tem dinheiro para tudo 
e teve de estabelecer prioridades. Afirmam que os alu-
nos de Howard não ficarão sem ler Platão, Aristóteles 
e outros clássicos, apenas que não haverá mais um de-
partamento exclusivo dedicado a esses pensadores.
Os clássicos estão morrendo? Morrer, eles não 
morrerão. Haverá sempre, nas universidades e fora de-
las, uma legião de estudiosos que garantirão que nosso 
conhecimento sobre esses autores não só não regredi-
rá como avançará. Eu receio, porém, que o chamado 
cânon ocidental será cada vez mais objeto de estudo 
de especialistas e menos um corpo de referências que 
todos os cidadãos educados reconheçam.
LÍNGUA PORTUGUESA
6
Isso é ruim, porque, assim como a concordância 
acerca do que são fatos é fundamental para a ciência 
e a democracia, um universo de noções comuns em 
que as pessoas possam se apoiar para dialogar, tro-
car ideias e identificar-se é vital para a constituição de 
uma sociedade. E é preferível que esse universo seja 
povoado por autores densos, que comportem interpre-
tações complexas e que resistiram ao teste do tempo a 
que seja determinado pelos modismos simplificadores 
das guerras culturais.
Hélio Scwartsman (Folha de S. Paulo, 04 de maio 
de 2021)
A palavra “porém” é acentuada pelo mesmo moti-
vo de:
(A) cânon
(B)difícil
(C) ciência
(D) avançará
17.(SELECON - ANALISTA DE PROJETOS NAVAIS 
(EMGEPRON)/ENGENHEIRO PLANEJAMENTO E 
CONTROLE/2021)
Texto l ( Texto para responder a questão )
O declínio da desigualdade racial
As disparidades raciais fazem parte do nosso coti-
diano e, em determinados contextos, tendem a dificul-
tar o processo de desenvolvimento das nações. Apesar 
disso, existe crescente conscientização sobre os desa-
fios dessa agenda e progressivo aumento da pressão 
para endereçá-la com o cuidado que merece.
O caso dos Estados Unidos é emblemático. O viés 
racial daquele país tende a se manifestar de forma ex-
plícita. A morte de George Floyd, conjuntamente com 
a onda de protestos antirracistas de 2020, pode dar a 
impressão de que a situação racial não está evoluindo. 
Alguns acreditam que as relações raciais lá são piores 
que a discriminação, relativamente implícita, da socie-
dade brasileira.
De fato, os americanos ainda precisam enfrentar 
diversos desafios. Porém, há progressos tanto na redu-
ção quanto no diagnóstico empírico das disparidades.
De acordo com Robert Margo, da Universidade de 
Boston, a razão da renda per capita dos negros sobre 
a dos brancos aumentou significativamente entre 1870 
e 2010.
Em um período de cerca de cinco ou seis gerações, 
essa proporção passou de pouco mais de 25% para cer-
ca de 66%. A título de comparação, no caso brasileiro , 
esse número em 2019 foi aproximadamente 52%.
Em ambos os casos, para progredir na convergên-
cia de rendimentos e na redução das disparidades, será 
necessário avançar no enfrentamento da discrimina-
ção e da lacuna educacional.
Em uma análise, usando os dados de 1979 de pes-
quisa realizada por Roland Flyer, da Universidade de 
Harvard, os homens negros americanos ganhavam 
39,4% a menos do que os homens brancos. Já as mu-
lheres negras apresentavam rendimentos cerca de 
13,1% menores do que as brancas.
No entanto, quando levamos em consideração o 
desempenho educacional obtido em outro teste, esse 
diferencial caiu para 10,9% entre os homens e para 
12,7% entre as mulheres.
Flyer também encontrou efeitos do desempenho 
educacional sobre o desemprego, o encarceramento 
e a saúde. Desse modo, o pesquisador advoga que o 
principal problema racial americano recente é procu-
rar diminuir a lacuna da performance educacional.
Estudos apontam que essa lacuna começa na infân-
cia. Crianças negras enfrentam obstáculos que com-
prometem o seu progresso. De um lado, o contexto 
de vulnerabilidade socioeconômica influencia negati-
vamente as suas trajetórias. Do outro, tem-se que as 
manifestações discriminatórias implicam vivências dis-
tintas das crianças brancas.
Reconhecendo esse desafio, o governo e a socieda-
de civil americana criaram, nas últimas cinco décadas, 
uma série de intervenções com o intuito de diminuir as 
disparidades educacionais.
Isso permitiu considerável avanço da literatura em-
pírica. Diversas evidências sugerem que as políticas 
voltadas para a primeira infância representam podero-
sos instrumentos na luta contra as desigualdades.
Michael França (Folha de S. Paulo, 04 de maio de 
2021)
Uma paroxítona é acentuada em:
(A) empírico
(B) considerável
(C) diagnóstico
(D) último
18.(SELECON - ANALISTA ESPECIALISTA EM EPI-
DEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE (PREF BOA 
VISTA)/2020 (E MAIS 26 CONCURSOS)
A mobilidade da criança
O que significa a mobilidade para os pequenos ha-
bitantes das cidades brasileiras? Para parte deles, o ir 
e vir está sempre relacionado ao carro. Das janelas dos 
automóveis, eles enxergam reflexos da cidade, mas 
não participam dela.
LÍNGUA PORTUGUESA
7
Para a maior parcela, que se locomove
a pé e de 
transporte coletivo, há insegurança, medo e a certeza 
de que o pedestre é considerado um intruso, um in-
vasor do espaço. Além de aprender que precisa atra-
vessar a rua correndo porque o tempo do semáforo é 
insuficiente e o pedestre não é respeitado, a criança 
brasileira se acostuma a caminhar em calçadas muito 
estreitas e até em ruas sem a presença delas. As dé-
cadas de planejamento urbano focado no carro torna-
ram as ruas um território de guerra – o fato de que o 
Brasil é o quarto país do mundo em mortes no trânsito 
fala por si só. Pesquisadores internacionais há tempos 
discutem os efeitos da “imobilidade” e da violência no 
trânsito no desenvolvimento físico, cognitivo, motor e 
social das crianças. Exercer a independência numa ci-
dade segura é fundamental para o crescimento saudá-
vel. Nos países em que as crianças andam de bicicleta e 
a pé com segurança, como na Holanda e na Dinamarca, 
por exemplo, os acidentes são praticamente inexisten-
tes e a infância é um período de feliz interação na so-
ciedade.
Sobrepeso e falta de luz solar Segundo a urbanis-
ta e arquiteta espanhola Irene Quintáns, os urbanistas 
usam a presença de crianças no espaço público como 
indicador de sucesso urbano. “A ausência delas nas 
ruas aponta as falhas das nossas cidades”, ela diz.
Moradora da capital paulista há sete anos e mãe 
de dois filhos, Irene acredita que privar os pequenos 
de caminhar não é positivo. “Uma criança que fica cir-
cunscrita à locomoção no carro tende a ficar insegura 
para se movimentar. Ela também tem mais dificuldade 
em perceber o outro. Isso se chama empatia e é muito 
importante para a vida em sociedade. Há ainda a ques-
tão do sedentarismo, do sobrepeso e da falta de luz 
solar. Crianças que caminham para a escola têm mais 
concentração para desenvolver atividades complexas”.
Mesmo com todas as dificuldades já citadas, é im-
portante usar o transporte público, caminhar e partici-
par da vida na cidade. Na próxima vez que levar seus 
filhos à escola, reflita: por que ir de carro? Que tal des-
cobrir a cidade ao lado deles, trocando ideias sobre o 
que vocês veem? Assim, eles aprendem a ser cidadãos 
e a viver o coletivo, enquanto exigimos que o poder 
público priorize a proteção das nossas crianças.
(https://www.metrojornal.com.br/colunis-
tas/2018/10/11/ mobilidade-da-crianca.html)
Aacentuação está corretamente justificada em:
(A) “automóveis” – proparoxítona
(B) “país” – oxítona terminada em “-i(s)”
(C) “saudável” – paroxítona terminada em “-l”
(D) “décadas” – paroxítona terminada em “-a(s)”
19.(SELECON - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO 
(CRA RR)/2020)
Os desafios da conservação da água no Brasil
Um dos países com maior disponibilidade de recur-
sos hídricos do mundo, o Brasil tem problemas com 
seus indicadores de água. O acesso à água tratada e 
à coleta e tratamento de esgoto no país é desigual. As 
áreas urbanas tendem a ter índices melhores, enquan-
to áreas irregulares e afastadas são mais prejudicadas. 
Além de políticas públicas que assegurem o atendi-
mento, que é dificultado pela distribuição desequili-
brada da água e da população no território brasileiro, 
outro imbróglio é a conservação do próprio recurso, 
que enfrenta desafios.
Falta de saneamento
Um dos maiores vilões da qualidade da água no 
Brasil é a oferta de saneamento básico. Pouco mais da 
metade da população brasileira, 52,4%, tinha coleta de 
esgoto em 2017, e apenas 46% do esgoto total é trata-
do, de acordo com o Sistema Nacional de Informação 
sobre Saneamento.
Dessa forma, um grande volume de esgoto não co-
letado ou não tratado é despejado em corpos d’água, 
provocando problemas ambientais e de saúde. “Essa 
falta de infraestrutura de saneamento básico tem um 
impacto brutal na qualidade das águas de todo o país”, 
diz o especialista Carlos.
Não só a carência de coleta e de tratamento de es-
goto é problemática, mas também a poluição causada 
por indústrias e pela agricultura, como o lançamento 
de agrotóxicos.
Desmatamento, em especial no Cerrado
O desmatamento de matas ciliares, que aconte-
ce em todas as bacias hidrográficas do Brasil, altera a 
quantidade e a qualidade dos corpos hídricos. Essa ve-
getação protege o solo, ajuda na infiltração da água da 
chuva e na alimentação do lençol freático e permite a 
recarga dos aquíferos.
Sua retirada aumenta o assoreamento, a perda do 
solo, a erosão e a taxa de evaporação da água. Segun-
do José Francisco Gonçalves Júnior, professor do De-
partamento de Ecologia da Universidade de Brasília 
(UnB), todos esses impactos reunidos podem levar a 
uma indisponibilidade natural de recursos hídricos.
Em outra frente, o desmatamento do Cerrado, con-
siderado a “caixa d’água do Brasil” por causa de sua 
posição estratégica na formação de bacias hidrográfi-
cas, vem sendo devastado pela expansão da fronteira 
LÍNGUA PORTUGUESA
8
agrícola. “Qualquer alteração no Cerrado pode levar a 
uma degradação de inúmeras bacias hidrográficas de 
extrema relevância para obtenção de recursos hídricos 
brasileiros”, afirma Gonçalves.
Para o professor, o uso do solo do bioma teve um 
efeito positivo na produtividade agrícola, mas a falta 
de uma regulação mais firme tem levado a uma supe-
rexploração, com vários danos. “Perda de território, 
de recarga de aquíferos, uma perda muito grande de 
nascentes e uma degradação e diminuição da disponi-
bilidade de água”, enumera.
(Disponível em https://www.dw.com/pt-br/os-de-
safios-daconserva% C3%A7%C3%A30-da-%C3%A 1 
gua-no-brasil/a-4 7996980)
A acentuação está corretamente explicada em:
(A) países - segunda vogal tônica de hiato
(B) hídricos - penúltima sílaba tônica
(C) água - monossílabo tônico
(D) média - paroxítona terminada em-a
20.(SELECON - FISCAL (CRA RR)/2020)
Ciência e epidemia, construções coletivas
Vacinas, atuando por meio de agentes semelhan-
tes ao patógeno da doença, mas incapazes de causá-Ia, 
geram uma memória imunológica que nos protege da 
doença, às vezes por toda a vida. Mais que seu efeito 
individual, porém, importa seu efeito comunitário. Se 
bem utilizadas, podem proteger até quem não se vaci-
nou.
Epidemias são fenômenos intrinsecamente sociais: 
contraímos as doenças infecciosas e as transmitimos 
para as pessoas ao redor. E a reação do grupo determi-
na o curso e a gravidade do surto.
Se boa parte da população já tem imunidade contra 
determinada doença, é mais difícil que um indivíduo 
infectado contamine outras pessoas. Esse fenômeno, 
inicialmente estudado em animais, é chamado de imu-
nidade de rebanho.
Para a gripe, observa-se a proteção comunitária 
quando cerca de 40% da população é imune ao vírus; 
para o sarampo, a taxa fica por volta de 95%. Se um 
número suficiente de indivíduos for vacinado de modo 
a atingir a imunidade de rebanho, então a população 
como um todo recebe proteção contra a epidemia.
É nesse contexto que segue a busca por uma vacina 
para a Covid-19. Calcula-se que atingiremos a imuni-
dade de rebanho quando entre 60 e 70% da população 
estiver imune ao vírus. Há quem estime que a taxa seja 
menor, dada a heterogeneidade da população.
De um modo ou de outro, várias pesquisas (inclu-
sive brasileiras) evidenciam que sem a vacina essas ta-
xas não serão alcançadas no curto prazo. Para agravar 
a situação, pairam dúvidas sobre a imunidade a longo 
prazo para a doença.
Essa é uma batalha que precisa ser travada com as 
armas da ciência. Pela primeira vez na história, o públi-
co acompanha tão de perto e com tanta expectativa a 
produção do conhecimento científico. E esse processo 
pode às vezes parecer caótico.
A ciência é um processo de construção coletiva, 
tão social quanto a epidemia que ela tenta enfrentar. 
Esforços colossais foram canalizados para o enfrenta-
mento da Covid-19 - só de vacinas temos 135 iniciati-
vas, 22 delas sendo testadas em humanos (duas das 
quatro que estão no último estágio de ensaios em hu-
manos estão sendo testadas no Brasil). Enquanto assis-
timos ao desenrolar dessa busca, vemos o fracasso de 
projetos
promissores e o questionamento de informa-
ções antes tidas por favas contadas.
Esse processo de construção do conhecimento 
científico costuma se estender por anos. Mas a urgên-
cia e a intensidade da pesquisa sobre a Covid-19 têm 
forçado adaptações e aperfeiçoamento.
A demanda do público por informação vem estimu-
lando estudiosos a melhorar o modo de comunicar seus 
achados e também as discussões sobre a construção 
do conhecimento. É um momento único: pela primei-
ra vez experimentamos uma pandemia de tais propor-
ções, com os atuais níveis de conhecimento científico 
e recursos de comunicação.
Vamos torcer para que as pessoas, confrontadas 
com estudos de resultados conflitantes, descubram um 
pouco mais a respeito da formação do conhecimento 
científico. E, com sorte, passem a admirar a beleza e o 
esforço envolvido na construção da ciência.
Gabriella Cybis Folha de São Paulo, 15/07/2020 1.
A palavra “difícil” é acentuada pelo mesmo motivo 
de:
(A) níveis
(B)único
(C) também
(D) científico
LÍNGUA PORTUGUESA
9
21.(SELECON - PROFESSOR (PREF SAPEZAL)/CI-
ÊNCIAS BIOLÓGICAS/2020/EDITAL Nº 002 2019 (E 
MAIS 3 CONCURSOS)
Texto I
Qual é a relação entre os incêndios na Austrália e 
o aquecimento global?
 
Para cientistas de diversas partes do mundo, a vio-
lenta onda de incêndios na Austrália tem forte relação 
com as mudanças climáticas.
Embora as florestas australianas estejam natural-
mente propensas à ocorrência natural do fogo, com a 
vegetação relativamente bem preparada para supor-
tá-lo, a região sofreu nos últimos anos com dois dos 
fenômenos típicos das alterações climáticas: secas pro-
longadas e temperaturas cada vez mais elevadas.
Dados do Escritório de Meteorologia do governo, 
divulgados nesta quarta (8) — quinta-feira (9) na Aus-
trália —, indicam que 2019 foi o ano mais seco e o de 
temperaturas mais elevadas da história.
Em 18 de dezembro, o país bateu seu recorde his-
tórico de temperatura média, chegando a 41,9ºC.
No mesmo mês, todos os estados australianos tive-
ram temperaturas superiores aos 40ºC, incluindo a re-
gião da Tasmânia, uma ilha que tem clima mais ameno 
do que o restante do país.
A combinação de temperaturas cada vez mais es-
caldantes com as florestas progressivamente mais se-
cas é literalmente explosiva.
“As mudanças climáticas estão impressas em todas 
as partes deste verão ‘raivoso’ na Austrália”, avalia a 
climatologista Nerilie Abram e pesquisadora da Univer-
sidade Nacional Australiana.
A comunidade científica vem dando alertas sobre 
a vulnerabilidade da Austrália aos incêndios florestais 
há anos.
Em 2007, o relatório do IPCC (painel do clima da 
ONU) já falava no assunto. “E provável que um aumen-
to no perigo de incêndio na Austrália esteja associado 
a um intervalo menor entre incêndios, maior intensi-
dade do fogo, diminuição da extinção de incêndios e 
propagação mais rápida das chamas”, diz o texto.
Por conta das características multifatoriais dos in-
cêndios, que envolvem variáveis como a velocidade do 
vento, o tipo de matéria orgânica e a quantidade de 
chuvas de uma determinada região, os especialistas 
costumam ser cautelosos ao apontar o dedo para uma 
razão específica.
No hemisfério Norte, de acordo com dados de pes-
quisadores da Nasa, há evidências fortes do papel do 
aquecimento global em diversos eventos, incluindo os 
grandes fogos da Califórnia e no Alasca.
Além da combinação de eventos climáticos extre-
mos, como seca prolongada e temperaturas mais altas, 
os cientistas identificaram ainda uma possível relação 
entre aquecimento global e aumento de relâmpagos, a 
principal causa natural de incêndios na natureza.
Um artigo publicado na revista Nature, que ana-
lisou o perfil dos fogos florestais do Alasca em 2015, 
descobriu que uma quantidade anormalmente alta de 
descargas elétricas foi gerada com as temperaturas 
maiores, o que ajudou a “alimentar” as chamas.
Já na Europa, chama a atenção o caso português.
Após uma temporada extremamente quente e 
seca, em 2017, uma série de grandes incêndios deixou 
mais de cem mortos.
Pesquisador da Universidade de Lisboa, Pedro Mi-
randa destaca que, no caso dos incêndios em Portugal, 
o manejo florestal, a substituição de vegetação nati-
va por outras mais inflamáveis, como eucaliptos e as 
questões humanas também têm um papel importante.
 
Para os cientistas, no entanto, é importante recha-
çar as comparações entre os fogos da Amazônia e os 
da Austrália.
 
Segundo Erika Berenguer, pesquisadora da Univer-
sidade Oxford e da Universidade de Lancaster, grande 
parte da Austrália tem uma vegetação seca acostuma-
da a regimes frequentes de fogo. Já na Amazônia, o 
fogo não é uma presença natural.
 
“Assim como o fogo pode ocorrer de forma natu-
ral nas savanas africanas e no cerrado brasileiro, ele 
também pode ocorrer naturalmente na Austrália. O 
que está acontecendo na Austrália já estava em alguns 
modelos climáticos. No caso do Brasil, o fogo que vi-
mos em 2019 foi decorrente da imensa alta do desma-
tamento”, diz Berenguer.
 
Giuliana Miranda
(Extraído e adaptado de: https://www1.folha.uol.
com.br/ambiente/ 2020/01/qual-e-a-relacao-entre- 
os-incendios-na-australia-e-o-aquecimento-global.
shtml)
A palavra acentuada por ser uma paroxítona é:
(A) último
(B) histórico
(C)provável
(D) orgânica
LÍNGUA PORTUGUESA
10
22.(SELECON - SECRETÁRIO ESCOLAR (PREF SA-
PEZAL)/2019 (E MAIS 1 CONCURSO)
O que é a síndrome do coração festeiro
 
O nome parece indicar algo positivo. Afinal, a fes-
ta está associada ao descanso, a celebrações e inclu-
sive à felicidade. Mas, neste caso, nada mais longe da 
realidade. A chamada “síndrome do coração festeiro” 
se refere ao aumento de problemas cardiovasculares 
após os feriados. 
O termo foi cunhado em 1978 pelo pesquisador 
Philip Ettinger e sua equipe da CMDNJ-New Jersey 
Medical School (EUA) quando, depois de estudar 32 
internações em hospitais distintos, eles perceberam 
que, depois de uma série de dias livres, aumentava a 
quantidade de pacientes que chegavam com proble-
mas cardiovasculares ao médico. A causa: o aumento 
do consumo de álcool durante as festas.
“Os casos ocorriam depois das farras de fim de se-
mana ou das festividades”, apontaram os especialistas, 
acrescentando que os problemas normalmente apare-
ciam entre domingo e terça-feira (quando o aumento 
do consumo de álcool ocorria no fim de semana) e du-
rante os últimos dias do ano, nas festas natalinas. 
Esse não foi o único trabalho sobre essa síndrome. 
Trinta e quatro anos depois, especialistas da Univer-
sidade de Coimbra (Portugal) fizeram uma revisão da 
pesquisa de Ettinger e concluíram que, efetivamente, 
o consumo de álcool, longe de trazer benefícios para 
nossa saúde, “desempenha um papel importante no 
aparecimento de arritmias [um distúrbio da frequên-
cia ou do ritmo cardíaco, que pode se manifestar com 
sintomas como agitação no peito, aceleração dos bati-
mentos do coração, dor, dificuldade para respirar, ton-
tura, sudorese e desmaios]”. 
O maior risco ocorre durante as festas de Natal e 
Ano Novo, conclui outro estudo, realizado por especia-
listas de diferentes universidades suecas e publicado 
este mês no The British Medical Journal. Neste caso, 
os pesquisadores analisaram 16 anos de registros de 
pacientes com problemas coronarianos e descobriram 
que o dia do ano em que há mais internações por pro-
blemas cardíacos relacionados ao álcool, como o infar-
to do miocárdio, é a véspera de Natal. Essas interna-
ções também aumentam nos dias 25 e 26 de dezembro 
e em 1º de janeiro, segundo a Fundação Espanhola do 
Coração (FEC). 
Depois das festas de fim de ano, as férias de ve-
rão são o segundo momento em que mais pessoas têm 
esse risco, diz o estudo sueco. A FEC também aponta 
nessa direção: “A ingestão excessiva e abrupta de bebi-
das alcoólicas pode provocar uma aceleração do ritmo 
cardíaco”. 
“O álcool atua como um tóxico no coração. Assim, 
o consumo de grandes quantidades dessa substância e 
em um período curto de tempo
(uma festa, por exem-
plo) libera adrenalina e noradrenalina, dois hormônios 
que provocam uma aceleração do ritmo cardíaco”, ex-
plicou o cardiologista e membro da FEC Miguel Ángel 
García-Fernández.
 
El País
(Disponível em: brasil.elpais.com/bra-
sil/2018/12/19/cultura/ 1545230912_988865.html)
 
A palavra “único” é acentuada pelo mesmo motivo 
de:
(A) saúde
(B) também
(C) síndrome
(D) concluíram
23.(SELECON - GUARDA CIVIL MUNICIPAL (NI-
TERÓI)/2019)
Texto II
… e cheio de perigos virtuais
E tal como no mundo real, no qual há aquelas pes-
soas mal-intencionadas, a internet também possui 
perigos e exige precauções. No mundo real, usamos 
diversos tipos delas. Instalamos fechaduras nas por-
tas das nossas casas e carros e as trancamos para ter 
maior segurança pessoal e dos nossos bens. Usamos 
cortinas nas nossas janelas para, além da claridade, ter 
mais privacidade em relação a vizinhos e pedestres. 
Não saímos por aí contando para qualquer desconhe-
cido como foi aquela aventura amorosa ou quais são 
os hábitos dos nossos familiares. E ainda evitamos que 
nossos filhos tenham contatos com pessoas que não 
conhecemos sem a nossa presença ou de alguém da 
nossa confiança.
 
Do mesmo modo, também devemos nos proteger e 
ser precavidos no mundo virtual. E isso vale para em-
presas e governos. Com o progressivo crescimento da 
digitalização dos negócios, tornou-se mais frequente a 
ocorrência de crimes e golpes virtuais. E os seus tipos 
são tão variados quanto a criatividade humana permi-
te, indo desde roubo de informações sensíveis (políti-
cas, estratégicas, segredos industriais etc.), sequestro 
de dados, controle remoto de dispositivos pessoais 
para finalidades ilegais…
BRASIL, país digital (Extraído de: brasilpaisdigital.
com.br/seguranca-e-cidadania- no-mundo-digital). 
Adaptado
LÍNGUA PORTUGUESA
11
 A palavra “saímos” é acentuada por:
(A)terminar em s
(B) conter vogal tônica i em hiato
(C) marcar ocorrência de paroxítona
(D) apresentar um vocábulo dissílabo
(E) indicar ditongo crescente
24.(SELECON - GUARDA CIVIL MUNICIPAL (NI-
TERÓI)/2019) 
Texto III
Envelhecimento e proteção social (fragmento)
A satisfação das necessidades individuais dos ho-
mens e mulheres idosas representa um dos grandes 
desafios daagendapública,poissupõeconsideraras es-
pecificidades de cada gênero. Nessa direção, com a 
conquista da longevidade, sobressai em todo o mundo 
o processo de feminização do envelhecimento, uma 
vez que as mulheres constituem a maioria da popula-
ção idosa em todas as regiões do mundo.
As condições estruturais e econômicas são respon-
sáveis pelas desigualdades entre os sexos, implicando 
situações que alteram inclusive as condições de renda, 
saúde e a própria dinâmica familiar e impactando as 
de- mandas por políticas públicas e prestação de servi-
ços de proteção social (Berzins, 2003, p. 28). De acordo 
com a autora, viver mais não tem sido necessariamen-
te sinônimo de viver melhor. As mulheres, apesar de 
mais longevas, acumulam desvantagens (violências, dis-
criminações, salários inferiores aos dos homens e dupla 
jornada de trabalho, além da solidão).
Maria do Rosário Fátima e Silva (Serviço Social & So-
ciedade, São Paulo, n. 126, p. 215-234, maio/ago. 2016)
 
Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma pa-
lavra acentuada por classificar-se como proparoxítona:
(A)pública
(B) gênero
(C) econômicas
(D) responsáveis
(E) dinâmicas
25.(SELECON - CONSELHEIRO TUTELAR (CMDCA 
CUIABÁ)/2019)
Texto I
Situação das crianças e dos adolescentes no Brasil
o Brasil possui uma população de 206,1 milhões de 
pessoas, dos quais 57,6 milhões têm menos de 18 anos 
de idade (Estimativa IBGE para 2016). Mais da meta-
de de todas as crianças e adolescentes brasileiros são 
afrodescendentes e um terço dos cerca de 820 mil in-
dígenas do país é criança. São dezenas de milhões de 
pessoas que possuem direitos e deveres e necessitam 
de condições para desenvolver com plenitude todo o 
seu potencial.
Nosso país é ainda um dos mais desiguais do mun-
do. Por exemplo, entre 1996 e 2006, a desnutrição crô-
nica (medida pela baixa estatura da criança para a ida-
de) caiu 50% no Brasil, passando de 13,4% para 6,7% 
das crianças menores de 5 anos. Esses bons resultados, 
no entanto, não alcançam toda a população. Cerca de 
30% das crianças indígenas são afetadas por desnutri-
ção crônica no país.
Entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade infantil 
caiu de 47,1 para 13,3 mortes para cada 1.000 nasci-
dos vivos, de acordo com o Ministério da Saúde. Os 
avanços fizeram com que o país superasse a meta de 
redução da mortalidade infantil prevista nos Objetivos 
de Desenvolvimento do Milênio (ODM) antes mesmo 
do prazo estabelecido. Contudo, desde 2015, em meio 
à crise econômica, o país entrou em um estado de aler-
ta. Em 2016, pela primeira vez em 26 anos, as taxas de 
mortalidade infantil e na infância cresceram. De 2015 a 
2016, por exemplo, a taxa de mortalidade infantil cres-
ceu 5,3% (MS/SVS/CGIAE-SIM/Sinasc e Busca Ativa). 
E, desde 2015, as coberturas vacinais - que vinham se 
mantendo em patamares de excelência - entraram em 
uma tendência de queda. De 2015 a 2017, a cobertura 
vacinal da poliomielite caiu de 95% para 78,5%, e a da 
trípliceviral, de 96% para 85% (PNI).
De 1990 a 2015, o percentual de crianças com idade 
escolar obrigatória fora da escola caiu de 19,6% para 
6,5% (Pnad). No entanto, mesmo com tantos avanços, 
em 2015, 2,8 milhões de meninos e meninas ainda es-
tavam fora da escola (Pnad, 2015). E essa exclusão es-
colar tem rosto e endereço: quem está fora da escola 
são os pobres, negros, indígenas e quilombolas. Uma 
parcela tem algum tipo de deficiência. E grande parte 
vive nas periferias dos grandes centros urbanos, no Se-
miárido, na Amazônia e na zona rural. Muitos deixam a 
escola para trabalhar e contribuir com a renda familiar.
A face mais trágica das violações de direitos que 
afetam meninos e meninas no Brasil são os homicídios 
de adolescentes: a cada dia, 31 crianças e adolescentes 
são assassinados no país [estimativa do UNICEF basea-
da em dados do Datasus (2016)]-quase todos meninos, 
negros, moradores de favelas.
 
O Brasil é o país com o maior número absoluto de 
adolescentes assassinados no mundo. Em 2015, foram 
11.403 meninos e meninas de 10 a 19 anos vítimas de 
homicídios. Desses, 10.480 eram meninos - número 
maior do que o total de mortes violentas de meninos 
em países afetados por conflitos, como Síria e Iraque.
LÍNGUA PORTUGUESA
12
 Mesmo tendo uma das legislações mais avançadas 
do mundo no que diz respeito à proteção da infância e 
da adolescência e, embora o país tenha feito grandes 
progressos em relação à sua população mais jovem, 
esses avanços não atingiram todas as crianças e todos 
os adolescentes brasileiros da mesma forma. Logo, é 
necessário adotar políticas públicas capazes de com-
bater e superar as desigualdades geográficas, sociais e 
étnicas do país e celebrar a riqueza de sua diversidade.
Texto disponível em https://.vww.unicef.org/brazill
situacao-das-criancas-e-dos-adolescentes-no-bra-
sil# Acesso em 25 de junho de 2019. Adaptado.
 
As palavras políticas, públicas e trágica são acentu-
adas por serem proparoxítonas.
São acentuadas pela mesma regra a sequência de 
palavras da seguinte opção:
(A) semiárido, indígena, crédito
(B) infância, destituída, étnica
(C) vítima, saúde, deficiência
(D) países, saudável, família
26.(SELECON - ASSISTENTE DE SERVIÇOS DE 
SAÚDE (SMS CAMPO GRANDE)/2019)
TEXTO I
 
 Onde o plástico é proibido no mundo
 
O planeta produziu 8,3 bilhões de toneladas de 
plástico nos últimos 65 anos, e apenas 9% foram reci-
cladas. Preocupações com o meio ambiente e a polui-
ção dos mares impulsionam medidas em vários países, 
inclusive no Brasil.
À medida que o mundo lentamente desperta para 
a escala do problema da poluição plástica, um número 
crescente de países e cidades tem introduzido proibi-
ções de certos produtos. As medidas não apenas po-
dem ajudar a impedir que plásticos poluam
os ecos-
sistemas marinhos, mas também enfrentam o mito de 
que podemos nos livrar do problema por meio da re-
ciclagem.
Além do fato de que apenas 9% das 8,3 bilhões de 
toneladas de plástico produzidas entre 1950 e 2015 fo-
ram recicladas, muitos dos produtos plásticos fabrica-
dos atualmente não são realmente recicláveis.
(Extraído de: https:ltwww.dw.com/pt-br/ )
 
Em “países”, a acentuação marca tonicidade em:
(A) hiato
(B) oxítona
(C) dissílabo
(D) proparoxítona
27.(SELECON - AUXILIAR DE SAÚDE BUCAL (SMS 
CAMPO GRANDE)/2019)
TEXTO I
 
Por que a dieta pode baixar a imunidade
 
Toda vez que começo uma dieta, mesmo com 
acompanhamento nutricional, percebo que minha 
imunidade fica mais baixa. Será que estou restringin-
do alimentos importantes, e isso estaria me deixando 
mais suscetível a doenças? Há como emagrecer sem 
passar por isso?
 A queda na imunidade ocorre porque seu corpo 
não está recebendo os nutrientes de que precisa para 
funcionar em equilíbrio. A falta de zinco, por exemplo, 
enfraquece o sistema imune. O ideal é não adotar mu-
danças severas no padrão alimentar, mas modificá-lo 
de forma consistente ao longo do tempo. As dietas 
bruscas agridem o corpo e raramente trazem resul-
tados no futuro. Uma alimentação equilibrada – que 
inclui deslizes ocasionais – é o único caminho para ter 
saúde. Se aliada a uma atividade física regular, pode 
fortalecer o sistema imune.
 
Márcio Atalla
(Disponível: http://revistaepoca.globo.com/Revis-
ta/EpocalAdaptado).
“O ideal é não adotar mudanças severas no padrão
alimentar, mas modificá-lo de forma consistente ao
longo do tempo”
A palavra “saúde” é acentuada pelo mesmo motivo de:
(A) juízes
(B) saudável
(C)límpido
(D)farmacêutico
28.(SELECON - OFICIAL ADMINISTRATIVO 
(ECSP)/MOTORISTA CNH B/2019 (E MAIS 14 CON-
CURSOS)
Atividade física pode evitar 10 mil casos de cân-
cer ao ano no Brasil
Cerca de 10 mil novos casos de câncer, entre eles o 
de mama e o de cólon, poderiam ser evitados no Brasil 
se houvesse mais adesão à prática da atividade física 
entre a população. Os resultados fazem parte de uma 
pesquisa feita no Departamento de Medicina Preventi-
va da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em par-
ceria com a Universidade de Harvard, a Universidade 
de Cambridge e a Universidade de Queensland. Um ar-
tigo sobre o assunto foi publicado na revista científica 
internacional Cancer Epidemiologyem julho de 2018.
LÍNGUA PORTUGUESA
13
Os dados sobre a falta de atividade física da po-
pulação brasileira são alarmantes. A última pesquisa 
realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-
tística (IBGE), em 2013, mostra que aproximadamente 
metade das pessoas sequer atingiu a recomendação 
mínima preconizada pela Organização Mundial da Saú-
de (OMS) para a prática por semana, ou seja, 150 mi-
nutos de atividade moderada ou 75 minutos em ritmo 
mais intenso.
As mulheres estão em desvantagem em relação aos 
homens. É maior o número de mulheres que não se 
exercitam, cerca de 51 %, enquanto os homens, é de 
43%.
O de mama e o de cólon são os cânceres mais co-
muns e que poderiam ser evitados caso houvesse a 
prática regular de atividade física entre a população, 
segundo Leandro Fórnias Machado Rezende, um dos 
autores da pesquisa.
A prática regularda atividade física inftuencia no 
controle de peso e no nível de gordura, além de atuar 
diretamente sobre hormônios e marcadores inftama-
tórios. A falta dela aumenta o risco de incidência de 
alguns tipos de câncer, principalmente os que foram 
objetos de estudo, o de mama e o de cólon. A pesquisa 
trouxe mais detalhes sobre o assunto: os pesquisado-
res concluíram que até 8.600 casos de câncer em mu-
lheres e 1.700 casos de câncer em homens poderiam 
ter sido evitados simplesmente com o aumento dos 
exercícios semanais. Conforme afirma Rezende, esses 
casos correspondem a 19% da incidência de câncer de 
cólon e 12% de câncer de mama no Brasil.
De acordo com Rezende, os pesquisadores que 
trabalharam nesse estudo acreditam que os números 
possivelmente podem estar subestimados, já que há 
estudos recentes sugerindo uma possível relação de 
atividade física com a redução do risco de até 13 tipos 
de câncer.
(Por Redação - Editorias: Ciências da Saúde - URL 
Curta: jornal.usp.brnp=184111) Disponível em >ht-
tps:lljornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/ ativida-
de-fi sica-pode-evitar-1 O-mil-casos-de-cancer-ao-ano-
no- brasil/ Acesso em 18/0512019. Adaptado.
 
Acentuam-se seguindo a mesma regra todas as pa-
lavras da seguinte alternativa:
(A) saúde - nível - física
(B) física - prática - científica
(C) incidência - física - câncer
(D) números - possível - mínima
29.(SELECON - ANALISTA (PREF BOA VISTA)/AD-
MINISTRADOR/2019 (E MAIS 9 CONCURSOS)
Texto I
 
Poluição do ar pode ser tão perigosa quanto fu-
mar um maço de cigarro por dia
Pesquisadores dos Estados Unidos concluíram que 
a exposição à poluição do ar pode ser equivalente a 
fumar uma carteira de cigarros por dia e que ela ainda 
pode aumentar a chance de se ter enfisema pulmonar, 
uma doença perigosa e sem cura.
Os cientistas notaram uma maior incidência da en-
fermidade em pessoas que estão expostas por muito 
tempo a gases poluentes, em especial ao ozônio. O en-
fisema é uma doença respiratória grave, que diminui a 
elasticidade dos pulmões e leva à destruição dos alvéo-
los pulmonares, provocando sintomas como respiração 
rápida, tosse ou dificuldade para respirar.
Segundo o estudo, conduzido por universidades 
americanas, em áreas com aumento de três partes 
por milhão (3 ppm) no nível de ozônio ao longo de dez 
anos, as pessoas têm maior chance de ter enfisema. 
Essa possibilidade é a mesma que tem alguém que 
fume uma carteira de cigarros por dia ao longo de 29 
anos.
Para chegar a essaconclusão, os pesquisadores es-
tudaram 7 mil pessoas e a poluição a que elas estive-
ram expostas do ano 2000 até 2018. Os participantes, 
que foram expostos a exames de tomografia computa-
dorizada, viviam todos em grandes regiões metropo-
litanas como Chicago, Baltimore, Los Angeles, Minne-
sota e Nova York. Os resultados foram publicados no 
periódico médico JAMA.
Os cientistas acreditam que a principal causa para 
a maior predisposição ao enfisema é o ozônio que fica 
concentrado na troposfera (camada mais baixa da at-
mosfera) . O gás é produzido especialmente quando 
a luz ultravioleta age com outros poluentes liberados 
por combustíveis fósseis.
“Conforme as temperaturas aumentam com o 
aquecimento global, o nível de ozônio troposférico vai 
continuar a aumentar”, contou R. Graham Barr, pro-
fessor de epidemiologia na Universidade Columbia. “A 
não ser que passos sejam tomados para reduzir os po-
luentes, ainda não é claro qual nível ou sequer se esses 
gases são seguros para a saúde humana.”
Disponível em: revistagalileu.globo.com/Ciencia/
Saude/
 
LÍNGUA PORTUGUESA
14
A palavra “fósseis” é acentuada pelo mesmo moti-
vo de:
(A) gás
(B) nível
(C) rápida
(D) médico
30.( SELECON - TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO 
ESCOLAR (SME CUIABÁ)/MULTIMEIOS DIDÁTI-
COS/2018 (E MAIS 2 CONCURSOS) 
Responda a questão abaixo conforme o texto RE-
CEITA DE ANO NOVO
Belíssimo é uma palavra proparoxítona e por isso 
mesmo recebe acento gráfico.
É também acentuada pelo mesmo motivo a seguin-
te palavra:
(A) egoísmo
(B) impossível
(C) econômico
(D) confiável
31.(SELECON - TÉCNICO ADMINISTRATIVO EDU-
CACIONAL (SECITEC MT)/BIBLIOTECONOMIA/2018 
(E MAIS 2 CONCURSOS)
Estudo de crânios serviu como base à falha ciên-
cia do racismo
 
Médico do século XIX conquistou intelectuais ao 
criar justificativa para uma suposta superioridade dos 
brancos
 
RIO - A banana atirada no jogador Daniel Alves du-
rante um jogo do Barcelona e as declarações racistas 
do dirigente de um clube de basquete americano pro-
vocaram repúdio mundial esta semana, mas as mani-
festações preconceituosas seriam vistas com naturali-
dade pelo médico americano Samuel George Morton. 
Ele angariou fama em seu país e na Europa no século 
XIX disseminando a teoria
de que a superioridade ra-
cial é corroborada pelo estudo dos crânios. Aqueles de 
estrutura mais complexa e avançada, um sinal inegá-
vel de inteligência e maior capacidade de raciocínio, 
seriam os de caucasianos. Seu argumento resistiu por 
150 anos. Foi analisado por figuras como Charles Da-
rwin, convenceu abolicionistas e só foi definitivamente 
desmantelado na década de 1980, embora as manifes-
tações racistas persistam. 
– Ele fez amizades com as pessoas certas, aque-
las que realmente importavam – conta o historiador 
James Poskett, que lidera as pesquisas de Cambrid-
ge. – Morton produziu apenas 500 cópias de “Crania 
americana” e distribuiu para pessoas influentes como 
antropólogos famosos na Inglaterra e editores de re-
vistas científicas americanas. Mesmo com a pequena 
tiragem, seu trabalho foi lido em países como França, 
Alemanha, Rússia e Índia.
 Morton, então, ganhou as graças da elite intelectu-
al do Velho Mundo. Sua obra foi assumidamente uma 
inspiração para autores de livros como “Crania Britan-
nica” e “Crania Germanica” e ainda para os trabalhos 
do italiano Cesare Lombroso, de 1876, que partia de 
características físicas do crânio para determinar cri-
minosos. Até o evolucionista (e abolicionista) Charles 
Darwin, que leu o texto de Morton, considerou-o uma 
“autoridade” na discussão racial, embora não tenha 
usado nada dos seus estudos nos trabalhos que fez. 
Muito pelo contrário.
 O elogio ao racismo de Morton só desabou em 
1981, quando o evolucionista Stephen Jay Gould, pro-
fessor da Universidade de Harvard, publicou o livro “A 
falsa medida do homem”, demonstrando que não ha-
via relação entre as raças e seus níveis de inteligência. 
Ainda assim, mesmo sem qualquer suporte acadêmico, 
não faltam convictos de que brancos e negros ocupam 
polos opostos. E, 175 anos depois de “Crania america-
na”, entre bananas e o basquete, surge mais uma polê-
mica que desafia a razão: a ideia, errada, de que somos 
todos macacos.
 
Renato Grandelle 
(Adaptado de O GLOBO, 03/05/2014) (https://
oglobo.globo.com/sociedade/historia/estudo-de- 
cranios- serviu-como-base-falha-ciencia-do-racis-
mo-12370323)
 
A palavra “países” recebe acento gráfico pelo mes-
mo motivo de:
(A) inegável
(B) científicas
(C) saúde
(D) cópias
32.(SELECON - TÉCNICO DE APOIO EDUCACIO-
NAL (SECITEC MT)/2018)
Ficar grudado no smartphone é antissocial ou hi-
persocial?
 
Muitos estudiosos têm chamado atenção para as 
consequências do uso excessivo dos smartphones. Mas 
pesquisadores canadenses fizeram uma análise de di-
versos trabalhos publicados sobre o tema e concluíram 
que o fenômeno é simplesmente um reflexo do desejo 
profundo de se conectar com outras pessoas. Em ou-
tras palavras, eles sugerem que esse tipo de comporta-
mento não é antissocial, e sim hipersocial. 
LÍNGUA PORTUGUESA
15
Em artigo publicado em uma revista científica, Sa-
muel Veissière e Moriah Stendel, da Universidade Mc-
Gill, tentam mostrar que existe um lado positivo nessa 
mania das pessoas. Para eles, é preciso ter em mente 
que o que vicia não é o aparelho, e sim a conexão que 
ele proporciona.
 Os autores observam que os humanos evoluíram 
como espécies exclusivamente sociais, que precisam 
do retorno constante dos outros para se guiar e saber 
o que é culturalmente apropriado. A interação social 
traz significado, objetivos e senso de identidade para 
as pessoas. 
O problema é que essa sede por conexões, que é 
absolutamente normal e até saudável, muitas vezes se 
transformanumcomportamentoinsalubre–a hiperco-
nectividade faz o sistema de recompensa no cérebro 
funcionar em ritmo exagerado e surge uma compulsão 
que pode trazer diversas consequências à saúde e aos 
próprios relacionamentos. 
Eles também reforçam que é preciso fazer um es-
forço para não cair na cilada de se comparar com os 
outros, já que a realidade apresentada nas mídias so-
ciais é distorcida. Ter isso sempre em mente é uma for-
ma de evitar as consequências negativas das tecnolo-
gias móveis. A outra dica é guardar o aparelho durante 
os encontros reais – já que eles são poucos, que sejam 
aproveita- dos ao máximo.
 
Jairo Bauer
 (https://doutorjairo.blogosfera.uol.com.
br/2018/03/07/ficar-grudado-no-smartphone-e-antis-
social-ou-hipersocial/)
 
A palavra “evoluíram” recebe acento gráfico por 
conter o seguinte elemento:
(A) hiato
(B) oxítona
(C) ditongo tônico
(D) paroxítona
33.(SELECON - AUXILIAR DE ENFERMAGEM DO 
TRABALHO (CLIN)/2018 (E MAIS 1 CONCURSO)
Leia o texto a seguir e responda à questão.
Satélite utiliza rede para capturar lixo espacial
Desde 4 de outubro de 1957, quando a União Sovi-
ética lançou o primeiro satélite artificial para o espaço, 
milhares de objetos foram lançados para fora de nosso 
planeta. É tanta coisa colocada em órbita da Terra que 
as últimas estimativas indicam 7,5 mil toneladas de ob-
jetos fora de uso entulhando os arredores do planeta, 
colocando em risco novas missões espaciais.
Muitas são as ideias para limpar essa quantidade 
de lixo espacial, incluindo armas a laser. Uma iniciativa 
da Universidade de Surrey, no Reino Unido, acaba de 
fazer, com sucesso, O primeiro teste para pôr em práti-
ca um satélite que funciona como lixeiro espacial.
A 300 quilômetros de altitude, o RemoveDebris (Re-
movedor de detritos), como foi batizado, lançou uma rede 
para capturar um objeto do tamanho de uma caixa de sa-
patos que estava entre seis e oito metros a sua frente.
“Funcionou exatamente como esperávamos”, disse 
à BBC o professor Guglielmo Aglietti, diretor do Centro 
Espacial de Surrey. “O alvo estava girando como você 
esperaria que um lixo não cooperativo se comportasse, 
mas você pode ver claramente que a rede o captura, e 
estamos muito felizes com a maneira como o experi-
mento foi feito.”
É verdade que o lixo em questão tinha acabado de 
ser lançado pelo próprio satélite, mas foi somente o 
primeiro de quatro testes a serem desempenhados 
pelo satélite. Ainda esse ano, a ideia é que coloquem 
em ação um sistema de câmeras para rastrear o lixo 
espacial. Em seguida, será a vez de um outro sistema 
de captura, que utiliza um arpão, ser testado.
Por fim, uma espécie de rede de arrasto, como as 
utilizadas por pescadores, será lançada para capturar 
tudo que encontrar em seu caminho pela alta atmosfe-
ra. Depois de cumprida a missão, o satélite, que custou 
US 17 milhões, entrará em rota de colisão com a Terra 
e vai se desintegrar junto com todo o lixo conforme 
mergulha na atmosfera.
(por Redação Galileu, em 19/09/2018)
Disponível em >https://revistagalileu.globo.com/
Ciencia/Espaco/noticia/2018/09/satelite-utiliza-rede-
-para-capturar-lixo-espacial-veja- video.html> Acesso 
em 25/09/2018. Adaptado.
A série em que as palavras recebem acento gráfico 
seguindo as mesmas regras de acentuação de satélite, 
espécie e entrará, respectivamente, é:
(A) variáveis, cafeína, também
(B) conteúdo, próprio, cafuné
(C) quilômetro, sérias, bisavô
(D) soviéticos, viúvo, sairá
34.(SELECON - TÉCNICO (ETAM)/ELETRÔNI-
CA/2017 (E MAIS 3 CONCURSOS)
Microscópio impulsionou descobertas
 
Os microscópios ganharam a tecnologia básica de 
hoje a partir do começo do século 19. Mas, mesmo 
no século anterior, já havia microscópios com formas 
semelhantes. No século 17, descobertas importantes 
LÍNGUA PORTUGUESA
16
foram feitas com esse tipo de aparelho. “Noventa por 
cento das descobertas em citologia, o estudo das célu-
las, foram feitas com microscópios rudimentares”, diz 
o biólogo Nelio Bizzo, especialista em ensino de biolo-
gia na Faculdade de Educação da USP (Universidade de 
São Paulo).
 “O microscópio é uma ferramenta indispensável 
para quem estuda biologia”, afirma Bizzo. “Deveria 
haver uma lei federal proibindo escolas de comprar 
computadores se não tiverem um microscópio.” Para 
o professor da USP, “quem vê uma foto de vírus, de 
bactérias, e que nunca manipulou um microscópio, não 
tem condição de entender como a foto foi feita”. O mi-
croscópio teve para a biologia o mesmo impacto que 
seu
parente para ver mais longe, o telescópio, teve na 
astronomia. Graças ao telescópio foi possível enxergar 
novos planetas e novas luas girando em torno deles, e 
confirmar a hipótese de que a Terra não era o centro 
do universo, mas sim apenas mais um corpo celeste 
que girava em torno do Sol. Graças aos microscópios foi 
possível descobrir todo um novo mundo desconhecido 
da ciência: aquele dos seres vivos de dimensões muito 
pequenas, microscópicas, os chamados micróbios. Um 
dos mais notáveis pioneiros foi o holandês Antonie van 
Leeuwenhoek (1632-1723), o primeiro pesquisador a 
observar micróbios como bactérias e protozoários. 
Ele batizou esses seres de “animálculos”, pequenos 
animais que pôde observar na água ou no interior do 
próprio corpo humano. Nem todos podem hoje ser cha-
mados de “animais”, mas com seus esforços Leeuwe-
nhoek abriu toda uma área de pesquisa científica. Le-
euwenhoek usava um microscópio de um modelo bem 
simples, que se constituía basicamente de duas placas 
de latão entre as quais havia apenas uma lente, com 
um parafuso ajustável para manter o espécime sendo 
observado. Apesar da simplicidade do microscópio, ele 
conseguiu enxergar as bactérias, pela primeira vez em 
1676, com um instrumento que tinha uma ampliação 
de no máximo 280 vezes.
 Tanto telescópios como microscópios surgiram no 
momento em que se criaram as bases da ciência mo-
derna, a chamada Revolução Científica. Eles foram tan-
to causa como efeito dessa revolução.
 
(Adaptado de: http:!lwww1.foIha.uoI.com.br/fsg/
brasiI/fc15119821.htm)
 A palavra “indispensável” recebe acento gráfico 
pelo mesmo motivo de:
(A) vírus
(B) básica
(C) hipótese
(D) constituía
35.(SELECON - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO 
(CRA RR)/2020)
Abreviação pode ser conceituada como a represen-
tação escrita de uma palavra, grafando-se apenas al-
gumas de suas sílabas ou letras. Assim, a maneira cor-
reta de abreviar “adjetivos”, “litros” na expressão “20 
litros” e alqueires em “200 alqueires” é:
(A) Adjs. - 20Lts. - 200 Alqs.
(B) adj. - 20 L. - 200 Ha.
(C) Adj.-20Is.-200Alq.
(D) adj.-20L -200alq.
36.(SELECON - GUARDA CIVIL MUNICIPAL (NI-
TERÓI)/2019)
Texto I
 
A violência que bate à porta (fragmento)
 
Segundo dados do Relatório Mundial 2019, divul-
gados recentemente pela ONG Human Rights Watch, 
64 mil homicídios aconteceram no Brasil em 2017. são 
dois mil a mais que em 2016. Este crescimento não foi 
freado em 2018, pelo contrário. Os dados já apresen-
tados por Ongs e Instituições mostram que o número 
de assassinatos segue crescendo a passos largos. O cri-
me, cada vez mais, sai da marginalidade e assola toda 
a sociedade, sem distinguir classes sociais. Estados pa-
raram nos últimos meses (Rio de Janeiro, Rio Grande 
do Norte, Ceará, e por aí vai) na mão de criminosos e 
a população se vê à mercê desta realidade que bate à 
porta.
O retrato atual é esse e os noticiários teimam em 
nos lembrar que o filho morto hoje pode ser o nosso 
amanhã. Esta sensação de insegurança aumenta a bus-
ca por segurança privada. A Pesquisa Nacional sobre 
Segurança Eletrônica, realizada pela Associação Bra-
sileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segu-
rança (Abese), afirma que houve um crescimento nas 
residências que investiram em sistemas de segurança 
nos últimos 12 meses.
Mas quem deve cuidar da segurança do cidadão? 
E quem não tem dinheiro para investir em sistemas? É 
protegido por quem?
Os sistemas privados de segurança servem para ini-
bir a ação de criminosos, mas isto não pode ser a única 
solução. O Estado precisa ser cobrado e deve agir. Para 
deter o crime organizado, é necessário muito mais es-
forço público do que portões e muros altos.
Marco Antônio Barbosa Hoje em Dia, 01/03/2019 
(Extraído e adaptado de: hojeemdia.com.br/opinião)
 
LÍNGUA PORTUGUESA
17
A palavra “desvantagens” apresenta o mesmo pro-
cesso de formação que:
(A) envelhecimento
(B) necessariamente
(C) feminização
(D)prestação
(E)sobressai
37.(SELECON - GUARDA CIVIL MUNICIPAL (NI-
TERÓI)/2019)
Responda a questão abaixo conforme o texto A 
VIOLÊNCIA QUE BATE Á PORTA (FRAGMENTO)
A palavra “cidadão” apresenta sua forma no plural 
com a mesma terminação de:
(A) escrivão
(B) capitão
(C) eleição
(D) cordão
(E) mão
38.(SELECON - OFICIAL ADMINISTRATIVO 
(ECSP)/MOTORISTA CNH B/2019 (E MAIS 14 CON-
CURSOS) 
Responda a questão abaixo conforme o texto ATI-
VIDADE FÍSICA PODE EVITAR 10 MIL CASOS DE CÂN-
CER AO ANO NO BRASIL
Câncer e mulher fazem o plural com acréscimo de 
-es; possível faz o plural trocando-se o I por -is (possí-
veis).
Está correta a correspondência entre a palavra e 
sua respectiva forma de plural na seguinte opção:
(A) degrau - degrais
(B) caráter - caracteres
(C) cidadão - cidadães
(D) bombom - bomboms
39.(SELECON - ASSISTENTE DE ALUNO (PREF 
BOA VISTA)/2020 (E MAIS 8 CONCURSOS)
Publicidade de alimentos e obesidade infantil: 
uma reflexão necessária
A epidemia de obesidade e doenças crônicas é um 
problema que atinge, de maneira crescente, o mundo 
inteiro. E tornou-se consenso entre as principais orga-
nizações e pesquisadores em saúde pública que a re-
gulação da publicidade de alimentos é uma das estra-
tégias necessárias para combatê-la. As campanhas de 
marketing não apenas influenciam as escolhas alimen-
tares na infância, mas também buscam fidelizar consu-
midores desde a mais tenra idade. O objeto preferen-
cial são os alimentos ultraprocessados, feitos a partir 
de ingredientes industriais, com pouco ou nenhum 
produto fresco, e, geralmente, com alta quantidade de 
açúcar, gordura e/ou sódio.
Em 2010, a Organização Mundial da Saúde reco-
mendou a redução da exposição das crianças à pro-
paganda de alimentos, sobretudo aqueles com alta 
quantidade de açúcar, sal e gordura. Em 2012, a Or-
ganização Pan-Americana da Saúde aprofundouse no 
tema e também apresentou recomendações de ações 
concretas por parte dos governos para reduzir a expo-
sição das crianças à publicidade de alimentos. Para es-
pecialistas, a autorregulamentação do setor não tem 
funcionado.
A mais recente publicação sobre obesidade do pe-
riódico Lancet, divulgada em fevereiro deste ano, indi-
ca que, até o momento, as iniciativas de regulação da 
propaganda não foram suficientes. Desde os avanços 
conquistados na proteção da amamentação, com a eli-
minação de anúncios que apresentam substitutos do 
leite materno, poucas ações efetivas foram implemen-
tadas para frear o massivo marketing da indústria de 
alimentos para crianças em todo o mundo.
No Brasil, apesar da proibição da publicidade abu-
siva (direcionada à criança) prevista no Código de 
Defesa do Consumidor (CDC) desde 1990, a falta de 
regulamentação específica para alimentos prejudica 
a efetivação da lei. Em 2010, a movimentação inter-
nacional em torno do tema motivou a elaboração da 
primeira regulação sobre publicidade de alimentos em 
geral, por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigi-
lância Sanitária). A regulação, no entanto, foi suspensa 
logo após sua publicação, devido à pressão de diversas 
associações da indústria de alimentos. A Norma Brasi-
leira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e 
Crianças de Primeira
Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) 
contribuiu muito para a proteção ao aleitamento ma-
terno, porém aguarda regulamentação, desde 2006, o 
que compromete a fiscalização e o cumprimento da lei.
Alguns avanços também precisam ser reconheci-
dos, como a Resolução 163/2014 do Conselho Nacional 
dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), 
que regulamentou a propaganda abusiva, descrevendo 
todos os casos em que o Código do Consumidor deve 
ser aplicado. Porém, os órgãos de fiscalização ainda 
não possuem força suficiente para colocá-la em prá-
tica, também por conta da grande pressão das asso-
ciações da indústria e de publicidade. Assim como na 
suspensão da resolução da Anvisa, esses segmentos fa-
zem pressão contra a resolução do Conanda, alegando 
que esses órgãos não têm competência legal para re-
LÍNGUA PORTUGUESA
18
gular a publicidade ou que as regras ferem a liberdade 
de expressão das empresas. Argumentos que já foram 
refutados por renomados juristas e contestados pelas 
evidências científicas na área da saúde pública.
O novo Guia Alimentar para a População Brasilei-
ra, publicado pelo Ministério da Saúde em 2014, reco-
nhece a influência e coloca a publicidade de alimentos 
como um dos obstáculos para a alimentação saudável. 
O guia destaca que a regulação é necessária, pois a pu-
blicidade estimula o consumo de alimentos ultrapro-
cessados, induzindo a população a considerá-los mais 
saudáveis, com qualidade superior aos demais, e fre-
quentemente associá-los à imagem de bem-estar, feli-
cidade e sucesso.
Independentemente do tipo de alimento, a propa-
ganda direcionada a crianças se aproveita da vulnerabi-
lidade de indivíduos em fase de desenvolvimento para 
incentivar o consumo. Por isso, não deve ser permitida. 
Ainda temos um longo caminho pela frente para alcan-
çar a garantia dos direitos à alimentação adequada e 
saudável e os direitos dos consumidores.
Ana Paula Bortoletto (https://epoca.globo.com/
vida/noticia/2015/03/publicidade-dealimentos-e-
-obesidade-infantil-buma-reflexao-necessariab.html) 
Adaptado.
“As campanhas de marketing não apenas influen-
ciam as escolhas alimentares na infância” (1º parágra-
fo).
O termo sublinhado pertence à seguinte classe de 
palavras:
(A) adjetivo
(B) advérbio
(C)conjunção
(D)substantivo
40.(SELECON - TÉCNICO EM DESENVOLVIMEN-
TO INFANTIL (PREF SAPEZAL)/2020/EDITAL Nº 002 
2019)
Texto Il
Em “magrinha”, a terminação expressa a noção de:
(A)intensidade
(B) contrariedade
(C)consequência
(D) comparação
41.(SELECON - NUTRICIONISTA (PREF SAPE-
ZAL)/2019 (E MAIS 5 CONCURSOS)
Nascer no Cairo, ser fêmea de cupim
Rubem Braga
 
Conhece o vocábulo escardinchar? Qual o feminino 
de cupim? Qual o antônimo de póstumo? Como se cha-
ma o natural do Cairo?
 O leitor que responder “não sei” a todas estas per-
guntas não passará provavelmente em nenhuma prova 
de Português de nenhum concurso oficial. Aliás, se isso 
pode servir de algum consolo à sua ignorância, recebe-
rá um abraço de felicitações deste modesto cronista, 
seu semelhante e seu irmão.
 Porque a verdade é que eu também não sei. Você 
dirá, meu caro professor de Português, que eu não 
deve- ria confessar isso; que é uma vergonha para mim, 
que vivo de escrever, não conhecer o meu instrumento 
de trabalho, que é a língua.
 Concordo. Confesso que escrevo de palpite, como 
outras pessoas tocam piano de ouvido. De vez em 
quando um leitor culto se irrita comigo e me manda um 
recorte de crônica anotado, apontando erros de Por-
tuguês. Um deles chegou a me passar um telegrama, 
felicitando-me porque não encontrara, na minha crô-
nica daquele dia, um só erro de Português; acrescen-
tava que eu produzira uma “página de bom vernáculo, 
exemplar”. Tive vontade de responder: “Mera coinci-
dência” - mas não o fiz para não entristecer o homem.
 Espero que uma velhice tranquila - no hospital 
ou na cadeia, com seus longos ócios - me permita um 
dia estudar com toda calma a nossa língua, e me peni-
tenciar dos abusos que tenho praticado contra a sua 
pulcritude. (Sabem qual o superlativo de pulcro? Isto 
eu sei por acaso: pulquérrimo! Mas não é desanima-
dor saber uma coisa dessas? Que me aconteceria se eu 
dissesse a uma bela dama: a senhora é pulquérrima? 
Eu poderia me queixar se o seu marido me descesse a 
mão?).
 Alguém já me escreveu também - que eu sou um 
escoteiro ao contrário. “Cada dia você parece que tem 
de praticar a sua má ação – contra a língua”. Mas acho 
que isso é exagero.
 Como também é exagero saber o que quer dizer 
escardinchar. Já estou mais perto dos cinquenta que 
dos quarenta; vivo de meu trabalho quase sempre 
honrado, gozo de boa saúde e estou até gordo demais, 
LÍNGUA PORTUGUESA
19
pensando em meter um regime no organismo - e nun-
ca soube o que fosse escardinchar. Espero que nunca, 
na minha vida, tenha escardinchado ninguém; se o fiz, 
mereço desculpas, pois nunca tive essa intenção. 
Vários problemas e algumas mulheres já me tira-
ram o sono, mas não o feminino de cupim. Morrerei 
sem saber isso. E o pior é que não quero saber; nego-
-me terminantemente a saber, e, se o senhor é um des-
ses cavalheiros que sabem qual é o feminino de cupim, 
tenha a bondade de não me cumprimentar.
 Por que exigir essas coisas dos candidatos aos nossos 
cargos públicos? Por que fazer do estudo da língua por-
tuguesa uma série de alçapões e adivinhas, como essas 
histórias que uma pessoa conta para “pegar” as outras? O 
habitante do Cairo pode ser cairense, cairei, caireta, cai-
rota ou cairiri - e a única utilidade de saber qual a palavra 
certa será para decifrar um problema de palavras cruza-
das. Vocês não acham que nossos funcionários públicos 
já gastam uma parte excessiva do expediente matando 
palavras cruzadas da “Última Hora” ou lendo o horóscopo 
e as histórias em quadrinhos de “O Globo?”.
 No fundo, o que esse tipo de gramático deseja é 
tornar a língua portuguesa odiosa; não alguma coisa 
através da qual as pessoas se entendam, mas um ins-
trumento de suplício e de opressão que ele, gramático, 
aplica sobre nós, os ignaros.
 Mas a mim é que não me escardincham assim, sem 
mais nem menos: não sou fêmea de cupim nem antô-
nimo do póstumo nenhum; e sou cachoeirense, de Ca-
choeiro, honradamente - de Cachoeiro de Itapemirim!
 
Texto extraído do livro “Ai de Ti, Copacabana”,
Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 197.
 
“Pulcro” significa belo, formoso e é um adjetivo. 
O autor utiliza as palavras derivadas pulcritude e pul-
quérrimo desse adjetivo.
 
Está correta a seguinte sequência do adjetivo e de-
rivados em:
(A) modesto - modéstia e moderado
(B) educado - educar e ensino
(C) caro - carente e carência
(D)triste - tristeza e entristecer
42.(SELECON - TÉCNICO (ETAM)/ELETRÔNI-
CA/2017 (E MAIS 3 CONCURSOS)
Densidade
 
No meio do caminho tinha uma pedra porosa. Dava 
para ver seus grãos. Chegando mais perto, raios finís-
simos de sol atravessavam a pedra. Mais perto ainda, 
um turbilhão, um pequeno redemoinho (uma galáxia 
minúscula) se movia lá dentro, no Ieve corpo da pedra.
 A pedra, no meio do caminho, era permeável: se 
chovesse, ficava encharcada. O vento do meio-dia a 
deixava com sono e sede. A neblina que às vezes bai-
xava no fim da tarde invadia a pedra, no seu corpo as 
nuvens trafegavam sem pressa. Os sons passavam por 
ela e iam se extinguir em algum lugar desconhecido. 
Na pequena galáxia dentro da pedra havia pequenos 
planetas orbitando em torno de sóis de diamante.
 
(LISBOA, A. Caligrafias. Rio de Janeiro: Rocco, 2004)
 
Leia a frase abaixo para responder à pergunta.
 
“Chegando mais perto, raios finíssimos de sol atraves-
sa vam a pedra”
 
A terminação —íssimos, em “finíssimos”, acrescen-
ta à base do adjetivo uma informação com o valor de:
(A)neutralidade
(B) contradição
(C) comparação
(D) intensidade
43.(SELECON - GUARDA CIVIL MUNICIPAL (PREF 
BOA VISTA)/2020)
Leia o texto a seguir para responder a questão
Texto 
Direito humano à alimentação
adequada e soberania alimentar
O direito humano à alimentação adequada está 
contemplado no artigo 25 da Declaração Universal dos 
Direitos Humanos de 1948 e sua definição foi ampliada 
em outros dispositivos do Direito Internacional, como 
o artigo 11 do Pacto de Direitos Econômicos, Sociais e 
Culturais e o Comentário Geral nº 12 da ONU. No Bra-
sil, resultante de amplo processo de mobilização so-
cial, em 2010 foi aprovada a Emenda Constitucional nº 
64, que inclui a alimentação no artigo 6º da Constitui-
ção Federal. No entanto, isso não necessariamente sig-
nifica a garantia da realização desse direito na prática, 
o que permanece como um desafio a ser enfrentado.
O direito humano à alimentação adequada consiste 
no acesso físico e econômico de todas as pessoas aos 
alimentos e aos recursos, como emprego ou terra, para 
garantir esse acesso de modo contínuo. Esse direito in-
clui a água e

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