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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) SENAI. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Pintor de Obras / SENAI. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. – São Paulo : SENAI-SP Editora, 2014 148 p. : il. Inclui referências ISBN 978-85-8393-274-1 1. Ferramentas para acabamentos de pintura 2. Pintura em edificações 3. Tipos de acabamentos I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial II. Título. CDD 698.1 Índice para o catálogo sistemático: 1. Pintura em edificações 698.1 SENAI-SP Editora Avenida Paulista, 1313, 4 o andar, 01311 923, São Paulo – SP F. 11 3146.7308 | editora@sesisenaisp.org.br | www.senaispeditora.com.br CONSTRUÇÃO CIVIL Pintor de obras Depar tamento Regional de São Paulo Presidente Paulo Skaf Diretor Regional Walter Vicioni Gonçalves Diretor Técnico Ricardo Figueiredo Terra Gerente de Educação João Ricardo Santa Rosa Material didático utilizado nos cursos do SENAI-SP. Elaboração Ricardo Martins de Sá Organização Ricardo Martins de Sá Apresentação C o m a p e r m a n e n t e t r a n s f o r m a ç ã o d o s p r o c e s s o s produt ivos e d a s formas de organização do trabalho, as demandas por educação profissional se multiplicam e, sobretudo, se diversificam. O SENAI-SP oferece várias opções em cursos de formação inic ia l e continuada, dest inados a jovens e adultos. São cursos de inic iação profissional, qualificação básica , e spec ia l i zação e aperfeiçoamento. As modal idades de espec ia l i zação e aperfeiçoamento atendem às demandas de capacitação de trabalhadores já atuantes nas empresas. Os cursos de iniciação profissional e qualificação básica atendem às necessidades sociais de capacitação para inserção ou reinserção de trabalhadores no mercado de trabalho. Com satisfação, apresentamos ao leitor esta publicação, que integra uma série da SENAI-SP Editora especialmente cr iada para apoiar os alunos de cursos de formação inic ia l e continuada. Walter Vicioni Gonçalves Diretor Regional do SENAI-SP Sumário 1. Evolução das tintas 9 Evolução da pintura 9 2. Teoria da cor 13 Classificação das cores 13 Qualidades das cores 17 Tipos de cores 18 Harmonia entre as cores 19 3. Tintas 22 Componentes básicos da tinta 23 Características da tinta durante a aplicação 30 Requisitos de aparência 31 Tipos de acabamento 32 Fundos e seladores 33 4. Ferramentas para acabamentos 37 Trinchas 39 Espátulas 40 Desempenadeira 41 Trena 41 Escova de aço 41 Fita-crepe 42 Vareta para mexer 42 Bandeja plástica para pintura 42 Caçamba plástica para massas 43 Caçamba plástica para tinta 43 Plástico para cobertura e proteção 44 Escada para pintura 44 Cabo extensor 45 Rolos para pintura 46 Raspador de tintas 50 Abridor de trincas 50 Lixas 51 Lixadeira ou taco para lixa 53 5. Problemas das superfícies 54 Identificação e correção dos problemas 54 6. Pintura em superfície de alvenaria 85 Requisitos para uma pintura correta 85 7. Pintura em superfície de madeira 87 Madeira e ecologia 87 Produtos para preparar a madeira 88 Preparação de superfície de madeira 96 8. Pintura em superfície de metal 102 Produtos para tratar o metal 102 Preparação para pintura em metal 104 Tinta não adere em metais (área interna e externa) 106 9. Massas para texturas e gel de efeitos 108 Características da massa para texturas 108 Aplicação econômica da massa para texturas 109 Como colorir a massa para texturas 110 Características do gel de efeitos decorativos 111 Aplicação de massas para textura 111 Massa lisa com efeito travertino 118 10. Orçamento 122 Como fazer um orçamento 122 Cálculo do valor da mão de obra 123 Confecção de planilha de orçamento 125 Checagem de materiais 126 Orientações para o profissional 129 11. Planejamento, organização e controle 131 Recursos para planejar 131 Organização 133 Controle 133 12. Boas práticas no atendimento ao cliente 135 Atitudes positivas 135 Organização e conservação do local do trabalho 136 Higiene e atitude pessoal 137 13. Saúde e segurança 138 Saúde e meio ambiente 140 Referências 145 1. Evolução das tintas Evolução da pintura Ao o b s e r v a r uma met rópole , no ta - se uma grande quant idade de c o n s t r u ç õ e s feitas com os mais diversos materiais e acabamentos. Mas nem sempre foi assim. Ao comparar o presente com o passado, verifica-se uma enorme evolução na área da construção civil , principalmente no setor de tintas. Pesquisas indicam que os primeiros seres humanos se abrigavam em cavernas para se proteger do sol, da chuva, do f r io ou até mesmo de ataques de animais. Esse p e r í o d o é chamado pré-história. P a r a f a c i l i t a r a c o m p r e e n s ã o d o s a c o n t e c i m e n t o s e d o d e s e n v o l v i m e n t o d a Humanidade, a história foi d iv id ida nos seguintes p e r í o d o s : Pré-história (da origem do homem): de cerca de 5 mi lhões de anos atrás até aproximadamente 3.400 a.C. (antes de Cristo), quando surgiu a escr i ta . Idade antiga: do surgimento da escr i ta até o ano 476 d.C. (depois de Cristo). Nessa é p o c a , ocorreu a queda do Império Romano. Idade Média: da queda do Império Romano até 1453, que marcou a tomada de Constantinopla. Idade moderna: da tomada de Constantinopla até 1789, data que marcou a Revolução Francesa. Idade contemporânea: da Revolução Francesa até os dias atuais. Fica difícil afirmar que a ideia da construção tenha ocorrido na era pré-histórica, pois ainda não havia surgido a escr i ta . Evolução da pintura A pintura já fazia parte do cotidiano dos homens pré-históricos, que usavam as paredes das cavernas para se expressar. Esse tipo de pintura é denominado pintura rupestre, que significa pintura em rocha, pois era sobre rochas que eles pintavam. 10 E V O L U Ç Ã O D A S T I N T A S Como a escr i ta ainda não t inha sido desenvolvida, os desenhos eram uma forma de comunicação. Nesses desenhos eram retratadas cenas do cotidiano como, por exemplo, caça, animais, plantas e até mesmo rituais. F i g u r a 1 – P i n t u r a r upes t r e . Pigmento é o nome dado a tudo o que traz cor a um material. Extratos e resinas retirados de plantas, árvores, frutos , c a r v ã o e até sangue de animais eram uti l izados como pigmento. No Brasil, existem vários exemplos desse tipo de arte, como no sítio arqueoló- gico do Parque Nacional da S e r r a da Capivara, loca l i zado no município de São Raimundo Nonato, no Piauí. Ao contrário dos homens da pré-história, que recorriam a vegetais para confec- cionar suas tintas, a civi l ização egípcia obteve uma gama variada de cores com a utilização do calcário, do qual extraíam o branco, e da terra, que se rv ia para obter o vermelho e o amarelo. Os egípcios ficaram conhecidos pelos tons de terra que desenvolveram. A tonalidade azul era extraída do lápis-lazúli ou da mistura de óxidos de cobre e cobalto com bicarbonato de sód io e cálcio, enquanto o verde provinha do cobre ou da pedra malaquita. Eles também fabricavam suas tintas com materiais extraídos de minérios de ferro. A c iv i l i zação eg ípc ia pintava as paredes para gravar suas memórias, hábitos e costumes, e também objetos artesanais, tumbas e até mesmo sarcófagos (hoje chamados caixões). R ic ar do M ar tin s de S á P I N T O R D E O B R A S 11 F i g u r a 2 – Ca l c á r i o . F i g u r a 3 – Terra. F i g u r a 4 – Ped ra l á p i s - l a z ú l i . F i g u r a 5 – Cobre ou p ed r a m a l a q u i t a . Os romanos aprenderam a fazer tinta com os egípcios. Costumavam usá-la na de- coração de mosaicos e para pintar cerâmicas. O tom preto era extraído do carvão. F i g u r a 6 – Ca r vão . Ainda na idade antiga, algumas civilizações da Ásia como, por exemplo, a China, desenvolviam e dominavam as técnicas de fabricação de vernizes naturais usando resina de árvores, enquanto os habitantes da Índia utilizavam secreções de insetos para produzir vernizes aplicados em seus ornamentos de madeira. S on ia R eg in a de O liv ei raS on ia R eg in a de O liv ei ra 12 E V O L U Ç Ã O D A S T I N T A S F i g u r a 7 – Res i n a s ó l i d a e r e s i na p a s t o s a . Na Idade Média e na idade moderna, tintas e vernizes ganharam força e passaram a ser ut i l izados em construções, residências e igrejas. Na idade contemporânea, após a Revolução Industrial, a produção artesanal foi substituída pela produção em larga escala, em fábricas. O trabalhador assalariado tomou o lugar dos artesãos. Vernizes e tintas passaram a incorporar inovações tecnológicas em seus proces- sos de produção. F i g u r a 8 – Verniz. Com o passar do tempo, a tinta passou a requerer cada vez mais durabilidade e proteção. Avanços nos conhecimentos de química deram origem a materiais sintéticos e a diluentes der ivados do petróleo. Esse avanço impulsionou, cada vez mais, investimentos nas fábricas, na tecnologia das máquinas e na forma de fabricação das tintas e vernizes, que continuam nos dias atuais. Os fabricantes investem na contratação de químicos profissionais e na aquisição de máquinas para produzir cada vez mais tintas e vernizes à base de água, com boa durabili- dade e menos impacto ambiental. S on ia R eg in a de O liv ei ra S on ia R eg in a de O liv ei ra 2. Teoria da cor Classificação das cores Qualidades das cores Tipos de cores Harmonia entre as cores A teoria da cor compreende um conjunto de regras básicas que permitem misturar as cores para conseguir a tonalidade desejada. Na pintura, compreender a base des- sa teoria é indispensável para o êxito na correta utilização e combinação das cores. A cor é um dos atributos mais eficientes, tanto na arquitetura como na decoração de interiores. Ela p o d e acentuar as formas dos móveis, separar ou ligar divisões, rea lçar ou disfarçar formas e elementos est ruturais , t ransmit i r luz e calor nas áreas mais escuras , assim como dar sensação de amplitude. Entender a lógica da teoria da cor permite escolher cores estimulantes para um ambiente comercial, ou tranquilizantes, que transmitem harmonia, para um am- biente residencial. Antes de decorar uma superfície com tinta, é preciso pesquisar como as cores se comportam umas com as outras. Isso evi ta a ut i l ização de cores que não combinam entre si. Para começar a ter uma noção do estudo das cores, é preciso fazer algumas ex- per iênc ias com bisnagas de corantes. Classificação das cores As cores podem ser classificadas em três t ipos: primárias; secundár ias ; terciárias. 14 T E O R I A DA C O R Cores primárias Cores primárias são aquelas que servem de base para a criação de todas as outras: amarelo, vermelho e azul. Elas são chamadas cores primárias por serem puras e porque não é possível obtê-las da mistura de outras cores. A combinação entre as cores primárias permite obter qualquer cor ou tonalidade. F i g u r a 1 – Cores p r i m á r i a s . O círculo cromático representa a relação entre as cores, em forma de diagrama, e é extremamente útil para mostrar o tom obtido ao misturar duas cores. O círculo cromático (ou roda das cores) está dividido da seguinte forma: as cores primárias estão praticamente em frente umas das outras. Entre elas, ficam as cores s e c u n - dárias , obtidas pela mistura das cores primárias em partes iguais. F i g u r a 2 – C í r c u l o c romá t i co . I2 D es ig n I2 D es ig n Fim da amostra deste eBook. Você gostou? Compre agora ou Veja mais detalhes deste eBook na Loja Kindle https://www.amazon.com/gp/g7g/fws/anchor/buyEbook.xml?asin=XXXXXXXXXX https://www.amazon.com/gp/g7g/fws/anchor/detailPageEbook.xml?asin=XXXXXXXXXX 1. Evolução das tintas 9 Evolução da pintura 9 2. Teoria da cor 13 Classificação das cores 13 Qualidades das cores 17 Tipos de cores 18 Harmonia entre as cores 19 3. Tintas 22 Componentes básicos da tinta 23 Características da tinta durante a aplicação 30 Requisitos de aparência 31 Tipos de acabamento 32 Fundos e seladores 33 4. Ferramentas para acabamentos 37 Trinchas 39 Espátulas 40 Desempenadeira 41 Trena 41 Escova de aço 41 Fita-crepe 42 Vareta para mexer 42 Bandeja plástica para pintura 42 Caçamba plástica para massas 43 Caçamba plástica para tinta 43 Plástico para cobertura e proteção 44 Escada para pintura 44 Cabo extensor 45 Rolos para pintura 46 Raspador de tintas 50 Abridor de trincas 50 Lixas 51 Lixadeira ou taco para lixa 53