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2
Fisioterapia – Fundamentos da Fisioterapia Respiratória
FISIOTERAPIA PNEUMOFUNCIONAL E UTI
FUNDAMENTOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA - PARTE I
 A respiração é o mecanismo que permite a captura de oxigênio e liberação 
de carbono pelo organismo, sendo ela fundamental para a produção de energia 
para realização de atividades do cotidiano. A respiração ocorre no âmbito celular 
e no orgânico. A respiração celular ocorre a partir de quebras de carbono, sendo 
ela necessária para manter as células bem nutridas. A respiração orgânica é 
caracterizada pela troca gasosa na expiração e inspiração, ou seja, a entrada de 
oxigênio e saída de gás carbono. 
 A respiração ocorre em duas fases, a inspiração e expiração. A inspiração 
promove a entrada de ar nos pulmões, ocorre a partir da contração da musculatura 
diafragmática e dos músculos intercostais. Durante a inspiração o diafragma 
deprime de forma que se tenha um maior espaço para os pulmões expandirem 
e as costelas de elevam, de forma que se tenha um aumento da caixa torácica, 
resultando em diminuição da pressão interna em relação a externa, forçando 
a entrada de ar nos pulmões. A expiração se dá a partir do relaxamento da 
musculatura intercostal e do diafragma, sendo que nesse momento o diafragma 
se eleva e as costelas deprimem, o que leva ao aumento da pressão interna por 
conta da diminuição da caixa torácica e, consequentemente, o ar é forçado a sair 
dos pulmões.
ANATOMIA DAS VIAS RESPIRATÓRIAS E DO PULMÃO
• Tórax
3
Fisioterapia – Fundamentos da Fisioterapia Respiratória
Formação 
Caixa torácica
É formada pelas costelas a 
partir de suas curvaturas e co-
nexões ligamentares com as 
vertebras e com o esterno. As 
costelas são 12 no total, sendo 
elas divididas entre verdadeiras 
(1-7), falsas (8-10) e flutuantes 
(11-12). 
Vertebras
As vertebras são 33 no total, 
sendo elas divididas em 5 se-
guimentos, sendo eles, cervical 
(7), torácico (12), lombar (5), 
sacro (5) e cóccix (4). 
Esterno 
Forma a parte anterior da cai-
xa torácica. É formado pelo 
manúbrio, corpo e processo xi-
foide. 
Conteúdo 
Esôfago
É um conduto musculomembranoso que 
liga faringe ao estômago, sendo que sua 
função é fazer o transporte adequado 
do alimento até o estômago. Em um 
adulto pode chegar a medir 25 cm de 
comprimento.
Traquéia
É um órgão e faz parte do sistema 
respiratório, sendo formado por anéis 
cartilaginosos que formam um tubo. Fica 
localizado entre a faringe e os brônquios. 
Sua função é a passagem de ar. 
Pulmões 
É o órgão do sistema respiratório 
responsável por realizar a troca gasosa, 
de forma que o oxigênio nutra os tecidos 
do corpo e o gás carbono seja expelido.
Coração 
É um órgão nobre do corpo, responsável 
por bombear sangue de forma que ele 
chegue a todas as partes do corpo 
e, assim, possa oxigenar os tecidos 
corpóreos. 
Grandes vasos 
São responsáveis por transportar o san-
gue que o coração bombeia. Recebem 
esse nome por serem os principais vasos 
sanguíneos, sendo elas, aorta, veias ca-
vas, artérias pulmonares e veias pulmo-
nares.
4
Fisioterapia – Fundamentos da Fisioterapia Respiratória
• Pleuras 
	 São	membranas	finas	que	envolvem	os	pulmões,	sendo	elas	a	pleura	visceral,	
responsável por revestir o pulmão e pleura parietal, responsável por revestir 
internamente as paredes da cavidade torácica. 
 São importantes por estar envolvidas na formação da pressão negativa por 
parte da cavidade torácica, sendo esse um mecanismo importante para ocorrer a 
respiração. 
Fonte: https://www.infoescola.com/sistema-respiratorio/pleura/, acessado em 
26/12/18.
• Músculos 
 Os músculos respiratórios trabalham tanto da expiração quanto na inspiração, 
de forma que sua contração realize a abertura torácica e assim permita a expansão 
pulmonar na inspiração. Na expiração a musculatura relaxa de forma que a 
caixa torácica faça um pequeno fechamento e force a saída do ar. Os músculos 
envolvidos na respiração são: os músculos intercostais, músculo escaleno, músculo 
esternocleidomastoideo, músculo acessório, diafragma e músculos abdominais.
5
Fisioterapia – Fundamentos da Fisioterapia Respiratória
Expiração
Intercostais internos, reto ab-
dominal, oblíquo abdominal e 
transverso do abdômen. São 
responsáveis pela retração do 
pulmão e eventual diminuição 
da caixa torácica. 
Inspiração 
Diafragma, intercostais exter-
nos, músculo escaleno e mús-
culo esternocleidomastoideo. 
Favorecem a queda da pres-
são negativa dentro dos pul-
mões, de forma que o ar entre 
pelas vias aéreas. 
• Vias aéreas 
 As vias aéreas são responsáveis por realizar o transporte do ar tanto na 
expiração quanto da inspiração. Ela é dividida em trato respiratório superior, 
formada por nariz, cavidade oral (boca), orofaringe, laringe, e trato respiratório 
inferior, formada por traqueia, brônquio principal esquerdo e brônquio principal 
direito. 
 É importante ressaltar duas estruturas de extrema importância, que são a 
epiglote e a carina. A epiglote é uma estrutura muito importante na passagem de 
ar, ela é constituída de cartilagem e durante a respiração se eleva permitindo a 
passagem de ar até os pulmões e durante a alimentação ela se deprime, servindo 
de tampa, de forma que o alimento não seja broncoaspirada e possa seguir o 
trajeto até o estômago.
	 A	carina	é	uma	estrutura	que	une	os	dois	pulmões,	ela	fica	na	parte	inferior	
da traqueia e faz a bifurcação para brônquio esquerdo e direito, sendo assim, 
possível a passagem de ar para os dois pulmões. 
Fonte: http://pt-br.rpghogwarts.wikia.com/wiki/Curandeirismo_7%C2%BA_ano, 
acessado em 27/12/18.
6
Fisioterapia – Fundamentos da Fisioterapia Respiratória
 Os brônquios eles formam uma “árvore” dentro do pulmão, sendo ele composta 
por vários seguimentos e subdivisões em brônquios menores, isso e importante 
pelo motivo de os capilares serem pequenos e dessa forma as estruturas que 
fazem a troca com eles devem ser menores também, sendo essas estruturas os 
alvéolos. Segue subdivisão abaixo: 
• Os brônquios principais:
• Brônquios lobares (de segunda ordem) - brônquios segmentares (de 
terceira ordem) - bronquíolos - penetram nos lóbulos pulmonares 
bronquíolos - bronquíolos terminais - bronquíolos respiratórios - ductos 
ou sacos alveolares - Alvéolos pulmonares. 
 É notável a existência de dois possíveis nomes para as subdivisões realizadas 
pelos brônquios, um utiliza do diminutivo do nome acompanhado da sua localização 
anatômica e outra utiliza das ordens em que eles se dividem, sendo os de segunda 
mais proximais e os de terceira mais distais.
 
Fonte: https://www.infoescola.com/sistema-respiratorio/arvore-bronquica/, 
acessado em 27/12/18.
 Os pulmões também possuem divisões, mas eles se dividem em lobos, sendo 
que existe diferenças entre o pulmão esquerdo e o pulmão direito. O pulmão direito 
é mais espesso e largo em comparação ao esquerdo, mas é mais curto por conta 
de o diafragma ser mais alto na porção direita, pois é necessária essa diferença 
anatômica para que seja possível comportar o fígado. O pulmão esquerdo possui 
mais uma diferença em sua estrutura, ele possui uma concavidade denominada 
de incisura cardíaca.
7
Fisioterapia – Fundamentos da Fisioterapia Respiratória
 
Fonte: http://focoenf.blogspot.com/2016/04/pneumonia.html, acessado em 
27/12/2018.
• Ductos/ Sacos Alveolares/ Alvéolos 
 Essas estruturas possuem importantes funções e setores responsáveis por 
manter a troca gasosa em sua perfeita funcionalidade. 
Pneumócitos tipo I
São células pavimentosas que tem 
função de formar uma camada de re-
vestimento quase continua a parede 
alveolar. 
Pneumócitos tipo II
São células cuboides que ficam entre 
os Pneumócitos tipo I. Essas células 
são responsáveis por produzir o sur-
factante, substância que reduz a ten-
são na água que está no interior do al-
véolo e dessa forma permite a abertura 
do alvéolo e permite a troca gasosa.
Poros de Kohn
São canais alternativos para passa-
gem de ar quando as vias aéreas es-
tão obstruídas.Os poros de Kohn po-
dem trabalhar conectando os alvéolos 
entre sim e permitindo a passagem de 
surfactante e macrófagos de um para 
outro.
Canais de Lambert
São canais que ligam os ductos alveo-
lares entre alvéolos. É responsável 
pela ventilação contralateral entre po-
sições adjacentes de tecido pulmonar.
Macrófagos alveolares 
São células de defesa responsável por 
proteger os alvéolos de microrganis-
mos e agentes estranhos 
8
Fisioterapia – Fundamentos da Fisioterapia Respiratória
• Termos
 
Alguns	termos	são	utilizados	para	identificar	alterações	no	sistema	respiratório,	
sendo eles impedância, complacência e resistência. 
• Impedância: refere-se à existência de alterações no sistema 
respiratórios, sendo que essas alterações pode ser de por conta de 
problemas resistivos ou na complacência. 
• Complacência: é a capacidade que o pulmão tem de expandir e permitir 
a entrada de oxigênio, de forma que seja possível a troca gasosa. 
Alterações de complacência pode ser resultado de problemas de 
parede ou de parênquima. 
• Resistência: é uma alteração que impede a passagem de ar pelas vias 
aéreas. Problema resistivos pode ser resultado de obstrução por conta 
de corpo estranho em vias aéreas, constricção ou existência de muco.
REFERÊNCIAS
 
1. Amersfoort E.S.V., Berkel T.J.C.V. & Kuiper J. 2003. Receptors, mediators, and 
mechanisms involved in bacterial sepsis and septic shock. Clin. Microbiol. Rev. 
16:379-414.
2. Andrade Jr D.R., Souza R.B., Santos S.A. & Andrade D.R. 2005. Os radicais livres 
de oxigênio e as doenças pulmonares. J. Bras. Pneumol. 31:60-68.
3. Keubler W.M., Borges J., Sckell A., Kuhnle G.E., Bergh K., Messmer K. & Goetz 
A.E. 2000. Role of L-selectin in leukocyte sequestration in lung capillaries in a 
rabbit model of endotoxemia. Am. J. Respir. Crit. Care Med. 161:36-43.
4. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (Câmara Brasileira do 
Livro, Brasil) Coluna vertebral / [organizador] Jamil Natour. — ed. — São Paulo 
: ETetera Editora, 2004.
5. Costa, Dirceu. Fisioterapia respiratória básica/ Dirceu Costa. – São Paulo: 
Editora Atheneu, 2004.
2
Fisioterapia – Fisioterapia Na Unidade De Terapia Intensiva
FISIOTERAPIA NA UNIDADE DE TERAPIA 
INTENSIVA
 
 
1. INTRODUÇÃO
Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a Fisioterapia faz parte da equipe 
multidisciplinar no atendimento aos pacientes graves. Sua atuação é ampla e se faz 
presente em diversos momentos do tratamento intensivo: atendendo a pacientes 
graves que não necessitam de suporte ventilatório; prestando assistência durante 
o período pós-operatório, visando reduzir o risco de complicações respiratórias e 
motoras; e oferecendo assistência a pacientes críticos que necessitam de suporte 
ventilatório. 
Durante sua internação, o paciente é observado por toda a equipe multidisciplinar, 
que deverão considerar as todos os fatores que possam interferir na sua 
recuperação e que podem gerar complicações no quadro clínico. Sendo assim, 
a Fisioterapia possui um papel fundamental no tratamento e recuperação do 
paciente grave em UTI, pois sua principal atribuição é realizar uma avaliação 
global do paciente e identificar os potenciais problemas do sistema respiratório, 
cardiovascular e neuromioarticular, aplicando o tratamento fisioterapêutico 
adequado para trata-los. 
2. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
A avaliação do paciente critico é considerada pelo fisioterapeuta como um dos 
critérios mais importantes para elaboração de seu plano de tratamento, haja vista 
que a avaliação evita que o emprego de técnicas desnecessárias e inadequadas 
sejam administradas pelo profissional, diminuindo possíveis agravos ao paciente. 
O processo de avaliação é geral, observando-se os aspectos respiratórios e 
motores. A existência de uma ficha formal para padronizar a abordagem dos 
profissionais em relação aos itens avaliados organiza e direciona o tratamento, 
garantindo o mesmo fluxo de informações. É importante que o fisioterapeuta 
consulte os prontuários e exames antes de abordar o paciente. O conhecimento 
teórico é necessário para desenvolver um plano de tratamento adequado para 
aquelas enfermidades que podem ser melhoradas com a fisioterapia. Faz-se 
necessário também que o profissional avalie o funcionamento dos principais 
3
Fisioterapia – Fisioterapia Na Unidade De Terapia Intensiva
sistemas do organismo como: neurológico, hemodinâmico, cardiovascular, renal, 
musculoesquelético e respiratório, além de realizar exame físico detalhado. Após 
coletar e anotar todos os dados, o fisioterapeuta terá condições de traçar seu 
plano de tratamento e iniciar as condutas terapêuticas indicadas ao paciente. 
2.1 ITENS AVALIADOS
O que é a avaliação do 
nível de consciência e 
como esta pode ser 
avaliada?
A avaliação do nível de consciência é um parâmetro
importante não só para os pacientes com patologias de
base neurológica, mas para todos os pacientes críticos,
pois a alteração da consciência pode significar uma
piora do quadro. A consciência pode ser avaliada por
meio de estímulos (auditivos, visuais, táteis, dolorosos) e
comandos verbais. Para avaliar o nível de consciência
pode-se utilizar várias escalas como a de Glasgow, de
Ramsay e a escala de sedação e agitação de RASS
(Richmond Agitation-Sedation Scale).
Quais sinais 
vitais devem ser 
avaliados?
Na avaliação dos sinais vitais o fisioterapeuta
deve coletar a frequência cardíaca, frequência
respiratória, pressão arterial, pressão arterial
média, saturação de oxigênio e temperatura
corpórea.
Qual a 
importância das 
drogas vasoativas?
As drogas vasoativas são ferramentas essenciais no manejo
dos distúrbios circulatórios e hemodinâmicos em pacientes
graves. O conhecimento de suas ações, indicações, benefícios
e efeitos colaterais são fundamentais para o fisioterapeuta
intensivista. As principais drogas vasoativas utilizadas na UTI
do HC-UFTM são: Noradrenalina, Dobutamina, Dopamina,
Vasopressina, Nitroprussiato de sódio e Nitroglicerina.
4
Fisioterapia – Fisioterapia Na Unidade De Terapia Intensiva
1.2 ITENS AVALIADOS
� O que deve ser avaliado no sistema respiratório? 
O fisioterapeuta devera avaliar os seguintes itens do sistema respiratório: Frequência 
respiratória, ausculta pulmonar, identificar a presença ou ausência de aumento de trabalho 
muscular respiratório (WOB), como também o padrão muscular respiratório, e se o paciente 
esta em ventilação espontânea ou ventilação mecânica. 
 
� E no sistema Cardiovascular? 
Neste, o avaliador deverá observar os possíveis sinais: edema, áreas com aumento de 
temperatura ou alteração na coloração, que podem indicar uma possível doença vascular 
periférica (trombose). 
 
 
� Quais os principais componentes a serem avaliados no Sistema 
Neuromioarticular? 
Tônus, trofismo, força muscular, capacidade de movimentação, amplitude de movimento 
articular, capacidade de realizar as condutas propostas e posicionamento no leito. Todas as 
informações geradas com a avaliação motora devem ser inseridas na ficha de avaliação. Para 
avaliar a força muscular o fisioterapeuta deverá utilizar a escala MRC (Medical Research 
Council). 
 Fonte: Google Imagens 
Fonte: Google Imagens
5
Fisioterapia – Fisioterapia Na Unidade De Terapia Intensiva
3. IMOBILIZAÇÃO PROLONGADA
A imobilidade presente no paciente crítico devido ao prolongado tempo de 
internação torna-o predisposto a modificações morfológicas dos músculos e 
tecidos conjuntivos, em alguns casos alterações no alinhamento biomecânico, 
comprometimento de resistência cardiovascular, hipotrofia e hipotonia muscular. 
Em vista disso, a cinesioterapia tem grande importância no tratamento do paciente 
grave, pois favorece a recuperação do paciente e previne contra futuras lesões. 
4. BENEFÍCIOS DA ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
A fisioterapia motora na UTI traz grandes benefícios ao paciente crítico, tais como: 
evita a atrofia muscular e mantém e/ou restaura a amplitude articular; previne 
trombose venosa profunda, embolia pulmonar,hipotensão postural; alivia a dor; 
diminui ou previne edemas; melhora o condicionamento cardiovascular; reduz o 
tempo de internação; restaura a funcionalidade para atividades de vida diária; 
prepara para a deambulação, quando o paciente tiver tais condições. O tratamento 
pode ser realizado através de exercícios passivos, ativo-assistido, ativo-livre, 
ativo-resistido, isométricos; promoção da reeducação postural, conscientização 
corporal, relaxamento muscular, mobilização precoce no leito e independência nas 
atividades. 
A fisioterapia respiratória na UTI visa prevenção e/ou tratamento de complicações 
respiratórias em pacientes críticos, necessitando realizar a fisioterapia respiratória 
e motora associadamente, de forma a garantir um bom prognóstico no quadro 
clínico do paciente através de técnicas que contemplem os sistemas respiratório 
e cardiovascular. Assim, o fisioterapeuta tem um papel importante neste setor, 
auxiliando na condução da ventilação mecânica, desde o preparo e ajuste do 
ventilador artificial, bem como no acompanhamento da evolução do paciente, 
interrupção e desmame do suporte ventilatório e extubação. 
5. FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
A Fisioterapia Respiratória é constituída por alguns procedimentos, tais como: 
aspiração traqueal para a retirada passiva das secreções; percussão e vibração 
sobre o tórax visando a mobilização de secreções; drenagem postural para 
6
Fisioterapia – Fisioterapia Na Unidade De Terapia Intensiva
drenar secreções através da ação da gravidade; compressão brusca do tórax, 
para aumentar o fluxo expiratório; posicionamento corporal, visando otimizar a 
relação ventilação/perfusão, aumentar o volume pulmonar, reduzir o trabalho 
respiratório e cardíaco e aumentar o clearance mucociliar; expansão/reexpansão 
pulmonar, para aumentar a pressão e/ou volume alveolar em áreas colabadas; 
hiperinsuflação manual, realizando insuflação pulmonar com um ressuscitador 
manual para aumentar o fluxo expiratório; terapia com PEEP, utilizando a técnica 
de pressão positiva ao final da expiração ou pressão positiva contínua nas vias 
aéreas para promover a expansão de unidades alveolares colabadas.
Quanto ao suporte ventilatório utilizado em UTI, temos a Ventilação Mecânica 
(VM) que consiste em um método de suporte oferecido ao paciente por meio de um 
aparelho (respirador artificial) para o tratamento de pacientes com insuficiência 
respiratória aguda ou crônica agudizada,  auxiliando-o  na sua ventilação e em 
suas trocas gasosas. Pode ser classificada como Ventilação Mecânica Invasiva 
e Não Invasiva, sendo que em ambas modalidades a ventilação artificial ocorre 
com a aplicação de pressão positiva nas vias aéreas.  Este suporte tem como 
objetivos manter a troca gasosa do paciente, aliviar o trabalho da musculatura 
respiratória, reverter ou evitar a fadiga da musculatura respiratória, diminuir o 
consumo de oxigênio, permitindo aplicação de terapêuticas específicas. 
 
6. FISIOTERAPIA MOTORA
A evolução tecnológica e científica do suporte avançado de vida e assistência à 
saúde, com consequente melhora no tratamento, tem desempenhado um papel 
importante na conversão da mortalidade em maior sobrevida dos pacientes, com 
cada vez mais sobreviventes de doenças críticas, porém a internação prolongada no 
leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pode acarretar inúmeras complicações, 
como: desordens neuromusculares, piora nas habilidades funcionais, aumento dos 
custos assistenciais e redução da qualidade de vida após alta hospitalar. 
A disfunção muscular pode ser agravada por consequências de doença, sedação e 
imobilidade no leito, bem como intensidade e duração inadequadas da reabilitação 
física. A frequência e gravidade da fraqueza neuromuscular e suas manifestações 
clínicas podem ser amenizadas, utilizando-se alternativas como a mobilização 
precoce (MP) para a prevenção e o tratamento de tais complicações. A terapia 
física precoce, inclusive durante o período de intubação e suporte ventilatório, pode 
ser realizada com segurança, melhorando os resultados funcionais dos pacientes.
7
Fisioterapia – Fisioterapia Na Unidade De Terapia Intensiva
6.1 MOBILIZAÇÃO PRECOCE
Estudos revisados indicam ganho de força muscular periférica mensurada por 
meio do dinamômetro ou teste muscular manual (Medical Research Council – MRC) 
em pacientes cronicamente ventilados após um programa  de reabilitação com 
mobilizações precoces. Em relação ao volume e à intensidade da mobilização na 
UTI, pesquisas relatam frequência de uma a duas vezes por dia, cinco a sete dias 
na semana, por até seis semanas, e progressão individualizada da intensidade 
por meio da escala de Borg para percepção do esforço, com variação de 10 a 13 
pontos. 
Além disso, os ensaios clínicos demonstraram aumento na independência funcional, 
por meio do índice de Barthel e da medida de independência funcional (MIF) após 
reabilitação em pacientes sob VM. Um estudo relatou que a MIF parece ser mais 
sensível para detectar mudanças do que o Barthel, entretanto poucos relatam o 
que se constitui uma alteração clinicamente significativa nessas escalas.
Fonte: Google Imagens
A mobilização precoce na UTI parece minimizar a perda das habilidades funcionais, 
com resultados favoráveis para a prevenção e o tratamento de desordens 
neuromusculares decorrentes da maior sobrevida dos pacientes e permanência 
prolongada no leito. Sua utilização na prática clínica parece ser viável e segura, 
sendo capaz de promover melhora na capacidade funcional, na qualidade de vida, 
na FM periférica e  respiratória, além de redução do tempo de internação e na 
ventilação mecânica. 
8
Fisioterapia – Fisioterapia Na Unidade De Terapia Intensiva
REFERÊNCIAS:
Silva V, Pinto J, Martinez B, Camelier F. Mobilização na Unidade de Terapia Intensiva: 
revisão sistemática. Fisioter Pesq. 2014.
Disponível em: < http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/
Pop+15+paciente+cr%2B¡tico+vers%2Búo+2.0..pdf/f7b04367-5032-458e-
b950-c1cde8c62003v>.Acessado em 11 de out de 2019.
2
Fisioterapia – Reabilitação Pulmonar
FISIOTERAPIA PNEUMOFUNCIONAL E UTI 
REABILITAÇÃO PULMONAR
 
 A respiração é o mecanismo que permite a captura de oxigênio e liberação 
de carbono pelo organismo, sendo ela fundamental para a produção de energia 
para realização de atividades do cotidiano. A respiração ocorre no âmbito celular 
e no orgânico. A respiração celular ocorre a partir de quebras de carbono, sendo 
ela necessária para manter as células bem nutridas. A respiração orgânica é 
caracterizada pela troca gasosa na expiração e inspiração, ou seja, a entrada de 
oxigênio e saída de gás carbono. 
 A respiração ocorre em duas fases, a inspiração e expiração. A inspiração 
promove a entrada de ar nos pulmões, ocorre a partir da contração da musculatura 
diafragmática e dos músculos intercostais. Durante a inspiração o diafragma 
deprime de forma que se tenha um maior espaço para os pulmões expandirem 
e as costelas de elevam, de forma que se tenha um aumento da caixa torácica, 
resultando em diminuição da pressão interna em relação a externa, forçando 
a entrada de ar nos pulmões. A expiração se dá a partir do relaxamento da 
musculatura intercostal e do diafragma, sendo que nesse momento o diafragma 
se eleva e as costelas deprimem, o que leva ao aumento da pressão interna por 
conta da diminuição da caixa torácica e, consequentemente, o ar é forçado a sair 
dos pulmões. 
Fonte: https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/montando-um-
modelo-sistema-respiratorio.htm, acessado em 24/12/18.
3
Fisioterapia – Reabilitação Pulmonar
 Para realizar uma reabilitação pulmonar é necessário entender o que é a 
respiração e o que é necessário para manter seu perfeito funcionamento. Alguns 
termos são utilizados para identificar alterações no sistema respiratório, sendo 
eles impedância, complacência e resistência. 
• Impedância: refere-se à existência de alterações no sistema respiratórios, 
sendo que essas alteraçõespode ser de por conta de problemas resistivos ou 
na complacência. 
• Complacência: é a capacidade que o pulmão tem de expandir e permitir a 
entrada de oxigênio, de forma que seja possível a troca gasosa. Alterações de 
complacência pode ser resultado de problemas de parede ou de parênquima. 
• Resistência: é uma alteração que impede a passagem de ar pelas vias aéreas. 
Problema resistivos pode ser resultado de obstrução por conta de corpo estranho 
em vias aéreas, constricção ou existência de muco. 
REABILITAÇÃO PULMONAR
 Para reabilitação pulmonar adequada é necessário ter um diagnóstico 
confiável, isso é importante que se possa realizar as técnicas adequadas. No 
diagnostico deve ser identificado se o problema é derivado de uma alteração na 
complacência ou de problemas resistivos. 
Exercícios respiratórios
• Exercício diafragmático: inspiração nasal e expiração oral, mantendo a atenção 
no diafragma, sendo perceptivo com a expansão do tórax. É indicado para 
reeducação respiratória e alívio de dispneia.
• Exercício freno-labial: expiração com dentes cerrados, de forma que gere uma 
pressão positiva expiratória. É indicado em casos para reabertura alveolar e 
eliminação de secreção. 
• Exercício fracionado: inspiração nasal com 3 intervalos e uma única expiração 
oral. Indicado para melhorar a ventilação e expansão pulmonar. 
• Exercício intercostal: inspiração e expiração nasal rápida e curta. Indicado para 
melhorar a ventilação e reeducação respiratória. 
4
Fisioterapia – Reabilitação Pulmonar
Técnicas de higiene brônquica 
• Postura de drenagem: utiliza da anatomia da arvore brônquica e da gravidade pra 
deslocar as secreções e elimina-la. É contra-indicado em casos de insuficiência 
cardíaca, hipertensão grave, edema cerebral, aneurisma aórtico e cerebral.
• Tosse assistida: consiste em auxiliar o ato de tossir. Durante a tosse o terapeuta 
apoia a mão sobre o tórax e durante a tosse faz leve compressão. 
• Tapotagem torácica: utilizada para deslocar as secreções a partir da vibração 
que a manobra gera. É realizada com as mãos em forma de cunha com ação 
rítmica de flexo-extensão de punho. 
• Aumento do Fluxo Expiratório (AFE): é uma técnica que utiliza do aumento do 
fluxo aéreo expiratório, tem como objetivo mobilizar e eliminar as secreções 
traqueobrônquicas. Pode ser utilizada de forma rápida para deslocar secreções 
em brônquios de médio para os de grande porte, ou de forma lenta que é 
utilizado para deslocar secreções de pequeno porte para vias aéreas proximais.
• Expiração Lenta e Prolongada (ELPr): é uma técnica passiva utilizada em 
lactente, ela utiliza da pressão manual toraco-abdominal lenta durante a 
expiração espontânea até o volume residual.
• Pressão Positiva Expiratória – Resistor de orifício (PEP): é um aparelho que 
utiliza da pressão positiva expiratória, essa técnica faz com que ocorra um 
retardo durante a expiração, de forma que a pressão intratorácica se mantenha 
aumentada durante a expiração prolongada e previna o colapso da via aérea. 
Fonte: https://interfisio.com.br/treinamento-muscular-com-threshold-imt-em-
pacientes-traqueostomizados/, acessado em 24/12/18.
5
Fisioterapia – Reabilitação Pulmonar
• Pressão Positiva Expiratória – Resistor de limiar pressórico (EPAP): utiliza da 
pressão opositiva gerada pela válvula de PEEP que está no aparelho de forma 
que favorece a depuração das vias aéreas e proporciona a manutenção das 
vias aéreas abertas.
Fonte: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-790391781-circuito-epap-com-
fixador-cefalico-e-valvula-peep-_JM, acessado em 24/12/18.
Técnicas de expansão pulmonar 
• Posicionamento terapêutico: consiste em utilizar do posicionamento para 
melhorar o trabalho diafragmático e da musculatura intercostal. É indicado 
para pacientes que tem problemas com a sincronia diafragmática e fraqueza 
na musculatura intercostal.
• Incentivadores respiratórios: é um aparelho que necessita da cooperação do 
paciente, sendo caracterizado por ser um sistema individual e portátil. Essa 
ferramenta dá um feedback visual ao paciente e terapeuta sobre o volume 
pulmonar. consiste em utilizar os padrões ventilatórios para trabalhar a 
expansão pulmonar. 
6
Fisioterapia – Reabilitação Pulmonar
Fonte: https://lilianfisio.wordpress.com/2011/06/27/incentivadores-respiratorios/, 
acessado em 26/12/18.
• Pressão Positiva Expiratória – Resistor de orifício (PEP): é um aparelho que 
utiliza da pressão positiva expiratória, essa técnica faz com que ocorra um 
retardo durante a expiração, de forma que a pressão intratorácica se mantenha 
aumentada durante a expiração prolongada e previna o colapso da via aérea. A 
expiração prolongada promove um treino de fortalecimento para a musculatura 
respiratória de forma que melhore a expansão pulmonar.
• Pressão Positiva Expiratória – Resistor de limiar pressórico (EPAP): utiliza da 
pressão opositiva gerada pela válvula de PEEP que está no aparelho de forma 
que favorece a depuração das vias aéreas e proporciona a manutenção das 
vias aéreas abertas, promovendo uma melhora na complacência, ou seja, a 
capacidade do pulmão de se expandir e permitir a entrada de ar.
REFERÊNCIAS
 
1. II Diretrizes Brasileiras no manejo da tosse crônica. J Bras Pneumol. 2006;32(Supl 
6):S 403-S 446; 
2. Johnston, Cíntia et al. I Recomendação brasileira de fisioterapia respiratória 
em unidade de terapia intensiva pediátrica e neonatal. Rev Bras Ter Intensiva. 
2012; 24(2):119-129.
3. DUARTE, Antonio. Instrumento de Aperfeiçoamento em Fisioterapia Método 
Abordagem Funcional: Guia de Ação. 2007. 
7
Fisioterapia – Reabilitação Pulmonar
4. Lima, Mariângela Pinheiro. Bases do Método Reequilíbrio Tóraco-abdominal. O 
ABC da Fisioterapia Respiratória. 
5. SARMENTO, George Jerre Vieira. Fisioterapia respiratória em pediatria e 
neonatologia. Barueri-SP: Manole, 2007. 531p.: il. 
6. Stopiglia, Mônica Sanches. Coppo, Maria Regina. Principais Técnicas de 
Fisioterapia Respiratória em Pediatria. 2º Congresso Internacional Sabará de 
Especialidades Pediátricas. Blucher Medical Proceedings. Novembro de 2014, 
Número 4, Volume 1.
2
Fisioterapia – Terapia de expansão pulmonar (tep)
TERAPIA DE EXPANSÃO PULMONAR (TEP)
 
O processo respiratório se dá através da integração dos pulmões ao Sistema 
Nervoso Central (SNC) e Periférico (SNP), juntamente com a caixa torácica e 
músculos respiratórios. Este mecanismo pode ser alterado por doenças que 
acometam qualquer componente desse sistema.
Os recursos terapêuticos para expansão ou reexpansão pulmonar no manejo dos 
pacientes criticamente enfermos surgiram pela necessidade de prevenir ou tratar 
a redução de volume pulmonar. O colapso alveolar causa perda volumétrica 
com consequente redução na capacidade residual funcional (CRF), podendo levar 
à hipoxemia e aumento no risco de infecções e lesão pulmonar caso não seja 
revertido. 
A TEP possui como objetivos:
PADRÕES VENTILATÓRIOS REEXPANSIVOS
SOLUÇOS INSPIRATÓRIOS
Inspirações curtas e sucessivas efetuadas pelo nariz de forma acumulativa até 
atingir a CPT, seguida de uma expiração oral completa e suave.
3
Fisioterapia – Terapia de expansão pulmonar (tep)
Tem como objetivo reexpander bases, incrementa CRF e VRE com consequente 
melhora da complacência.
EXPIRAÇÃO ABREVIADA
São inspirações nasais profundas seguidas por expirações orais abreviadas. 
Assim há melhorada CRF, CPT e do VRE.
ESPIROMETRIA DE INCENTIVO
Consiste na utilização de aparelhos portáteis que promovem um feedback (visual ou 
sonoro) de que foi alcançado o fluxo ou o volume desejado. A sua utilização depende 
do nível de consciência, da compreensão e colaboração do paciente, e capacidade 
vital maior que 20 ml/kg. Esses incentivadores são exercitadores respiratórios que 
tem como objetivo reexpansão pulmonar, aumento da permeabilidade das vias 
aéreas e fortalecimento dos músculos respiratórios. Os dois incentivadores mais 
utilizados são:
• Voldyne (a volume)
É um tipo de incentivador de carga pressóricaalinear a volume. Possui uma câmara 
(que contém um disco) com marcações que permitem visualizar o volume que deve 
ser atingido, quando o indivíduo gera um fluxo médio ou lento.
Sua utilização possibilita a realização de exercícios respiratórios com menor 
trabalho e menor estimulação dolorosa.
4
Fisioterapia – Terapia de expansão pulmonar (tep)
Indicações
 
Pós-operatório (PO) de cirurgia abdomi-
nal, torácica e cardíaca.
Contraindicações
 Pacientes inconscientes ou incapazes de 
cooperar, pacientes que não podem utili-
zar adequadamente o dispositivo de es-
pirometria incentivadora após instrução 
e pessoas incapazes de gerar inspiração 
adequada.
 
• Respiron (a fluxo)
Foi desenvolvido especificamente para prevenir infecções pulmonares em geral, 
incentivando o paciente a realizar inspirações forçadas e profundas e elevando 
esferas no seu interior.
Tem como objetivo facilitar a ventilação pulmonar, prevenindo a formação de 
atelectasias.
Existem vários modelos, permitindo que os usuários que possuem diferentes 
condições físicas iniciem com o modelo mais apropriado à sua necessidade.
5
Fisioterapia – Terapia de expansão pulmonar (tep)
Tipo Descrição
Easy Esforço baixo. Para prevenção e combate de atelectasias. Condiciona-mento respiratório de crianças, idosos, pac. acamados.
Classic Esforço médio. Para sedentários, obesos, pré e pós operatórios (abdo-minais e torácicas), tratamento de atelectasias e doenças pulmonares.
Athletic 1 Esforço médio/alto. Promete > amplitude resp. e capacidade de retoma-da aérea. Também indicado para cantores e atores.
Athletic 2
Esforço alto. Para atletas amadores e praticantes regulares de esporte, 
melhorando o desempenho geral através do aumento da resistência 
dos músculos inspiratórios.
Athletic 3
Esforço altíssimo. Para atletas e praticantes de atividade física intensa, 
retardando a fadigada musculatura respiratória e melhorando a per-
formance.
PEEP - PRESSÃO POSITIVA EXPIRATÓRIA FINAL
A pressão positiva expiratória final, também conhecida como PEEP é uma forma 
de aplicação de resistência a fase expiratória objetivando a abertura de unidades 
pulmonares mal ventiladas ou mesmo a manutenção desta abertura por mais 
tempo visando melhorar a oxigenação por implementar a troca gasosa.
 
6
Fisioterapia – Terapia de expansão pulmonar (tep)
*Devido à redução do retorno venoso, causado pelo aumento da pressão 
intratorácica; compressão das veias cavas; aumento da área alvéolo-capilar, 
onde os alvéolos hiperdistendidos levam a compressão do capilar pulmonar 
aumentando, dessa forma, a pós-carga do VD.
EPAP
Possui como objetivos: 
• Aplicação não invasiva da PEEP através de um resistor linear 
(válvula de springload) 
• Promover o aumento da pressão transpulmonar através do 
aumento da PEEP 
• Expansão pulmonar e aumento do calibre brônquico com 
melhora da oxigenação e deslocamento de secreção das vias 
aéreas inferiores para as superiores
Circuito EPAP
Recomendações: pacientes com risco ou sinais de colapso de unidades alveolares 
e acúmulo de secreção, com capacidade vital menor que 20 ml/kg em pacientes 
colaborativos ou não. 
Contraindicação: pacientes com pneumotórax não drenado, com sinais de 
atividade de musculatura acessória e aqueles com instabilidade hemodinâmica.
7
Fisioterapia – Terapia de expansão pulmonar (tep)
RPPI - RESPIRAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA INTERMITENTE
Consiste na aplicação de pressão positiva nas vias aéreas na fase inspiratória, 
na fase expiratória ou em ambas as fases da respiração a depender do objetivo. 
É utilizada de forma intermitente em pacientes em respiração espontânea por 
via aérea fisiológica e realizada com ventilador mecânico ou equipamentos de 
Ventilação Não-Invasiva (VNI), com objetivo de aumentar a pressão transpulmonar 
através do aumento da pressão alveolar. 
Indicações Contraindicações
Pacientes com necessidade incre-
mento no volume pulmonar tanto por 
alteração de oxigenação/atelectasias 
ou por prejuízo da mecânica venti-
latória (após cirurgias abdominais e 
torácicas, por exemplo).
Pacientes com instabilidade hemo-
dinâmica, hipertensão intracraniana, 
presença de pneumotórax não dre-
nado, pacientes com bolhas enfise-
matosas ou pneumatocele, cirurgias 
e fraturas faciais (quando aplicada 
por meio de máscara facial), cirurgia 
esofágica recente ou fístulas tra-
queoesofágicas, náuseas, vômitos e 
hemoptise ativa.
 
Recomendações: deve ser utilizada quando a capacidade vital for menor que 20 
ml/kg ou quando os valores encontrados forem inferiores ao predito, naqueles que 
não colaborem com outras técnicas, com alteração de oxigenação e/ou padrão 
muscular ventilatório, ou naqueles que outras técnicas se mantenham insuficientes.
8
Fisioterapia – Terapia de expansão pulmonar (tep)
HIPERINSUFLAÇÃO MANUAL (HM)
Também conhecida como “bag squeezing”, é um recurso que visa melhorar 
a oxigenação pré e pós-aspiração traqueal, mobilizar o excesso de secreção 
brônquica e reexpandir áreas pulmonares colapsadas. Essa manobra consiste 
na utilização de uma bolsa de insuflação pulmonar (Ambu), que administra um 
volume gasoso maior que o volume corrente gerado pelo próprio paciente (se 
possível, próximo ao limite da capacidade pulmonar total). Pode ser associado às 
técnicas de vibração e compressão torácica (por dois fisioterapeutas).
Indicações Contraindicações
Pacientes entubados, sob ventilação 
mecânica ou traqueostomizados, 
para prevenir áreas de colapso pul-
monar e retenção de secreções.
Casos de instabilidade hemodinâmi-
ca; hipertensão intra craniana; he-
morragia peri-intraventricular grave; 
osteopenia de prematuridade; distúr-
bios hemorrágicos; graus acentuados 
de refluxogastroesofágico.
Precauções: a ausência de uma ventilação colateral totalmente desenvolvida pode 
levar o ar a não difundir do alvéolo inflado ao colapsado, pois o ar sob pressão 
positiva assume o caminho de menor resistência. A HM pode, portanto, distender 
áreas já infladas, mas deixar outras áreas colapsadas, o que pode deixar o alvéolo 
inflado propenso a rupturas.
9
Fisioterapia – Terapia de expansão pulmonar (tep)
HIPERINSUFLAÇÃO COM VENTILADOR
Consiste na administração de altos volumes correntes, aumentando-se 
progressivamente a pressão de suporte, até atingir uma pressão pico nas vias 
aéreas de 40cm H2O ou por meio do aumento da pressão positiva expiratória final 
(PEEP).
Tem com objetivo promover a expansão das unidades alveolares colapsadas, 
aumentando o fluxo aéreo para as regiões com atelectasias, por meio dos canais 
colaterais e da renovação de surfactante nos alvéolos. Visa ainda aumentar o 
potencial elástico de recolhimento pulmonar e o pico de fluxo expiratório, resultando 
na mobilização de secreções da periferia pulmonar para regiões mais centrais.
Vantagens Desvantagens
Controle das pressões utilizadas e a 
prevenção dos efeitos negativos da 
desconexão do ventilador quando 
comparada à hiperinsuflação utili-
zando a bolsa de reanimação ma-
nual.
Estiramento do parênquima pulmo-
nar; inflamação pulmonar; aumento 
da pressão intratorácica e, por con-
sequência, diminuição do retorno 
venoso, alteração da pré-carga car-
díaca e débito cardíaco; e diminuição 
da complacência estática e da oxige-
nação arterial.
REFERÊNCIAS
ADORNA, Elisa da Luz et al. Hiperinsuflação pulmonar com ventilador mecânico como manobra 
de higiene brônquica. Clin Biomed Res;36(4). 2016
ASSMANN, Crisela Brum et al. Hiperinsuflação pulmonar com ventilador mecânico versus 
aspiração traqueal isolada na higiene brônquica de pacientes submetidos à ventilação mecânica. 
Rev Bras Ter Intensiva.28(1):27-32, 2016.
LIEBANO, Richard Eldin et al. Principais manobras cinesioterapêuticas manuais utilizadas na 
fisioterapia respiratória: descrição das técnicas. Rev. Ciênc. Méd, Campinas, 18 (1): 35-45, 2009.
NUNES, Guilherme S; BOTELHO, Guilherme Varela; SCHIVINSKI, Camila Isabel Santos. 
Hiperinsuflação manual: revisão de evidências técnicas e clínicas.Fisioter. Mov., Curitiba, v.26, 
n.2, p.423-435, 2013.
TREVISAN, Maria Elaine; SOARES, Juliana Corrêa; RONDINEL, Tatiana Zecarias. Efeitos de duas 
técnicas de incentivo respiratório na mobilidade toracoabdominal após cirurgia abdominal alta. 
Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.17, n.4, p. 322-6 , 2010.
10
Fisioterapia – Terapia de expansão pulmonar (tep)
Procedimento Operacional Padrão POP/UNIDADE DE REABILITAÇÃO/025/ 2015 Técnicas 
de Fisioterapia Respiratória em pacientes Adultos Versão 1.0. EBSERH Hospitais 
Universitários Federais, 2015. Disponível em: www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/
POP+25+Técnicas+de+Fisioterapia+Respiratória+em+pacientes+Adultos+final.pdf/edd4dfe5-
f484-42dc-b043-ab396f1031c2. Acesso em: 01 de maio de 2019
Ebook Fisioterapia Hospitalar Completo. 2016. Acesso em: 01 de maio de 2019.
O uso da pressão positiva nas vias aéreas. Interfisio. Disponível em: https://interfisio.com.br/o-
uso-da-pressao-positiva-nas-vias-aereas/. Acesso em: 01 de maio de 2019.
*Além do material disponibilizado pela SANAR, via Power Point (PDF).
2
Fisioterapia – Oxigenoterapia
OXIGENOTERAPIA
Constitui-se na administração de oxigênio, como forma terapêutica, em 
concentração superior à encontrada no ar ambiente (21%). Objetiva reduzir a 
carga de trabalho cardiopulmonar por intermédio da elevação dos níveis de 
oxigênio alveolar e sanguíneo, mantendo a oxigenação adequada dos tecidos, 
corrigindo a hipoxemia causada por alterações na relação V/Q, aumento do shunt, 
hipoventilação e alterações da difusão alveolar. 
De acordo com a “American Association for Respiratory Care” (AARC), são 
indicações da oxigenoterapia: 
• PaO2 < 60 mmHg e/ou SaO2 < 88-90 % em ar ambiente 
• SaO2 <88% durante a deambulação, exercício ou sono em portadores de 
doenças cardiorrespiratórias
• PaO2 ≤50 mmHg em pacientes sob VM
• IAM
• Intoxicação por monóxido de carbono
• Envenenamento por cianeto
A concentração utilizada deve ser mínima ou o menor fluxo possível para alcançar 
um nível de oxigênio adequado, tais níveis podem ser avaliados por meio da 
oximetria de pulso (Sat02), ou na obtenção da gasometria arterial (Sa02, Pao2, 
PaCO2 e PH). A administração em doses elevadas por períodos prolongados 
podem acarretar em lesão pulmonar, devido à toxidade do oxigênio.
Os sistemas de oxigenoterapia classificam-se em: Baixo ou alto fluxo.
SISTEMAS DE BAIXO FLUXO
Os dispositivos que utilizam sistema de baixo fluxo são administrados por cânula 
nasal, cateter nasal ou máscara facial. Suprem oxigênio com fluxos inferiores ao 
volume inspiratório do individuo, geralmente de 1 até 8l/min. O volume restante é 
3
Fisioterapia – Oxigenoterapia
carreado do ar ambiente, o que dificulta especificar fielmente a fração de oxigênio 
inspirado (FiO2) que está sendo administrado.
Cânula nasal (tipo óculos): Método empregado quando o paciente requer uma 
concentração baixa de O2. 
Cateter nasal: Paciente requer concentração baixa de O2. Inserção até uma 
profundidade igual à distância entre o nariz e o lóbulo da orelha. Para cada l/min 
de O2, a concentração é acrescida em 4%.
Máscara facial simples: Administra concentração moderada de O2. Instalação 
rápida e fácil em emergências. Fluxo mínimo de 5l/min, evitando reinalação de 
CO2.
Dispositivos Vantagens Desvantagens
Cânula nasal 
Bem tolerada; Permite ali-
mentação e mobilização;
Baixo custo 
Podem causar desconforto e ressecamento nasal;
Escape de O2
Cateter nasal
Baixo custo; descartável; Per-
mite alimentação
Produção de secreção (revezamento a cada 8h 
na narina oposta); nem sempre bem tolerado; deglutição 
de ar; aspiração
 Máscaras
Baixo custo, 
Fio2 até 60%
Restrição à alimentação e comunicação; 
Sensação de claustrofobia; Dificilmente aplicável
 em traumas de face ou sonda nasogastrica
Alto fluxo 
Supre oxigênio o suficiente para oferecer duas a três vezes o volume inspiratório do 
individuo e asseguram FiO2 conhecida. Adequado para aqueles que necessitem 
de quantidades elevadas de oxigênio, visto que administram oxigênio a 100% e 
mantêm 100% de umidificação, impedindo o ressecamento das mucosas.
Máscara com sistema de reservatório: Empregado quando requer concentração 
alta de O2. Pode manter a FiO2 elevada até 60%.
• Bidirecional com reinalação parcial
• Unidirecional sem reinalação
4
Fisioterapia – Oxigenoterapia
Oxigenoterapia nasal de alto fluxo (ONAF): Pode fornecer oxigênio até 100% 
aquecido e umidificado com uma FiO2 controlada e fluxo médio máximo de 60l/
minuto por intermédio de uma cânula nasal. Reduz e lava o espaço morto das 
vias aéreas, gera pressão positiva expiratória final (PEEP) e proporciona maior 
conforto. 
Máscara sistema de Venturi: Empregada 
quando se requer uma concentração 
moderada ou alta de O2. O ar é arrastado 
pela força de cisalhamento nos limites 
do fluxo de jato de oxigênio que passa 
através de um orifício. Quanto maior for 
o diâmetro, maior a FiO2 e a quantidade 
de ar arrastado. A FiO2 é regulada pela 
escolha e troca do adaptador do jato. A 
cor reflete a concentração empregada: 
24%: azul; 28%: branco; 31%: alaranjado; 35%: amarelo; 40%: vermelho; 60%: 
verde.
Oxigenoterapia
Baixo fluxo
Canula e
cateter nasal
Máscara 
simples 
Alto fluxo
Máscara Venturi 
ONAF
Máscara com 
reservatório
https://www.slideserve.com/dara/oxigenoterapia-e-ventila-
o. Acessado em 14/04/2019
5
Fisioterapia – Oxigenoterapia
REFERÊNCIAS:
Scanlan, C.L.; WilkinS,R.L.;Stoller, J. K. Fundamentos da Terapia Respiratória de Egan. São Paulo: 
Mosby, 2009.
Ultra, R. B. Fisioterapia Intensiva. Rio de Janeiro: Guanabra Koogan, 2009.
Dres M; Demoule A. O que todo intensivista deve saber sobre oxigenoterapia nasal de alto fluxo 
em pacientes críticos. Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(4):399-403
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA.  Oxigenoterapia domiciliar 
prolongada (ODP). J. Pneumologia [online]. 2000, vol.26, n.6 [citado em 2019-04-15]
2
Fisioterapia – Terapia de Higiene Brônquica (THB)
TERAPIA DE HIGIENE BRÔNQUICA (THB)
 
 
CONCEITO
A THB é um conjunto de técnicas que tem como finalidade auxiliar na mobilização e 
eliminação de secreções presentes nas vias aéreas e, como consequência, melhorar 
a relação entre a ventilação e a troca gasosa e diminuir o trabalho respiratório.
OBJETIVOS:
• Auxiliar na remoção de secreção;
• Reduzir Resistência em VA;
• Reduzir o trabalho respiratório;
• Melhorar trocas gasosas.
OBSTRUÇÃO DAS VA: Caracterizada pela diminuição da luz das vias aéreas que 
afeta diretamente o fluxo de ar circulante, podendo ser reversível ou irreversível, 
parcial ou total. 
TIPOS DE FLUXOS E RESISTÊNCIA
Existem 3 tipo de fluxos aéreos pulmonar e para saber qual o tipo de fluxo é 
necessário saber a velocidade média do fluxo do tubo, densidade do fluxo e 
viscosidade do tubo : 
• Fluxo laminar: fluxo ideal, com linhas da velocidade do fluxo paralelas ao eixo 
do tubo ocorre em velocidades relativamente baixas (VA periféricas);
• Fluxo transicional: algumas linhas não paralelas ao eixo do tubo, ocorre em 
velocidades intermediárias (predominante). 
• Fluxo turbulento: sem organização, ocorre em elevadas velocidades de fluxo 
3
Fisioterapia – Terapia de Higiene Brônquica (THB)
(VA de maior calibre – traqueia);
O principal determinante da resistência respiratória é o raio da via aérea, sendo 
nos brônquios de médio calibre o local de maior resistência das VA. A resistência da 
VA depende de 3 principais fatores valor da viscosidade do fluido (n), comprimento 
do tubo (l) e do raio do tubo (r).
𝑹 =
8𝒏𝒍
𝝅𝒓4
MUCO
A depuração mucociliar é uma etapa importante para a limpeza física dos pulmões, 
sendo dependente da quantidade e qualidade de muco produzido e da dinâmica 
ciliar. Produção diária: 100 ml. O muco respiratório é um fluido bifásico composto 
de uma fase aquosa sol e uma fase gel, a camada superior é um gel viscoelástico 
(muco com ligações cruzadas de glicoproteínas) que sobrepõe uma camada sol 
(serosa).
TIXOTOPIA: é a fluidificaçãoprogressiva do muco ao ser submetido a agitações 
constantes, retornando a condição inicial ao repouso. 
 
4
Fisioterapia – Terapia de Higiene Brônquica (THB)
TOSSE
A tosse é um mecanismo protetor reflexo a irritação dos quimiorreceptores e 
mecanorreceptores, controlado pela estimulação do nervo valgo, que origina uma 
séria complexa das ações musculares, possuindo grande eficácia para mobilizar 
secreções a partir das vias aéreas segmentares. A tosse pode ser favorecida 
quando o muco é mias viscoso, menos consistente, mais úmido e possui menor 
aderência. Dentre as condições que compromete a tosse, tem-se: 
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/3165293/
• Via aérea artificial;
• Depressão do SNC;
• Lesão do nervo faríngeo;
• Disfunção neuromuscular;
• Obstrução da VA;
• Anestesia / analgésicos 
narcóticos;
• Fraqueza músc. Abdominais;
• Cirurgia abdominal;
• Dor
FISIOTERAPIA NA THB
O fisioterapeuta dispõe de diversas técnicas para promover a mobilização da 
secreção e auxiliar na sua eliminação, por meio da drenagem postural, recursos 
manuais e recursos mecânicos. Alguns exemplos de técnicas utilizadas:
1. Drenagem postural: utiliza a gravidade para o auxílio do deslocamento do 
muco, dificilmente é utilizada de forma isolada;
2. Compressão torácica: manobra de compressão dos arcos cortais para expulsão 
da secreção brônquica durante a fase expiratória;
3. Técnica de expiração forçada: a realização de uma respiração forçada sem 
o fechamento da glote seguida de um período de respiração diafragmática e 
relaxamento
5
Fisioterapia – Terapia de Higiene Brônquica (THB)
4. Máscara de PEP: permite a entrada do fluxo aéreo posteriormente as áreas 
obstruídas pelo muco;
5. Aspiração das VA: consiste no processo mecânico de aspirar a secreção 
presente na VA. 
REFERÊNCIAS
Fluxo e Resistência nas Vias Aéreas – Resumo – Fisiologia. Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=AdPRxkIATCU> Acesso em: 06 de set de 2019.
RAMOS Antônio. Técnicas de higiene brônquica. Dispinível em: <https://www.
passeidireto.com/arquivo/51070951/tecnicas-de-higiene-bronquica>. Acesso em 
06 de set de 2019.
MARTINS, Ana Lúcia Pio. Estudo das propriedades reológicas do muco brônquico 
de pacientes sob fisioterapia respiratória. 2004. 85 f. Dissertação (Mestrado) - 
Curso de Fisioterapia, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos - Sp, 2004
2
Fisioterapia – Treinamento muscular ventilatório
TREINAMENTO MUSCULAR VENTILATÓRIO
Consiste em um método cuja função é melhorar a capacidade da musculatura 
respiratória funcionalmente comprometida, por intermédio de exercícios 
específicos, objetivando a manutenção ou aumento da força e da endurance 
(resistência), dos músculos responsáveis pela ventilação pulmonar, beneficiando 
pacientes críticos, clinicamente estáveis, submetidos à ventilação mecânica (VM) 
controlada prolongada e com desmame difícil. 
Além da fraqueza proveniente da hipotrofia por inatividade muscular, alterações 
metabólicas e nutricionais severas também podem contribuir com a resposta 
ventilatória hipoxêmica, perda de massa, com ênfase nas fibras do tipo II de 
resposta rápida, perda de força muscular e ineficiência da contração das fibras, 
principalmente as do tipo I, de resposta lenta, oxidativa e altamente resistentes 
a fadiga, que compõem 55% das fibras do diafragma, músculo responsável por 
cerca de 70% do ciclo inspiratório. Tais prejuízos dificultam ainda mais a retirada 
definitiva do suporte ventilatório, acarretando em maior período de hospitalização. 
AVALIAÇÃO GERAL
 
• Sinais e Sintomas de disfunção respiratória 
Sintomas inespecíficos, destacando: a sensação de dispnéia e intolerância ao 
exercício.
Sinais: Taquipnéia, tiragem dos músculos acessórios da inspiração e intercostais, 
cianose, que indica hipoxemia, padrão muscular ventilatório paradoxal (alteração 
entre o padrão de movimento caixa torácica e abdome) rebaixamento de 
consciência e o coma em casos críticos.
3
Fisioterapia – Treinamento muscular ventilatório
AVALIAÇÃO ESPECIFICA DA FORÇA MUSCULAR 
RESPIRATÓRIA 
A medida de força é estimada quantitativamente por meio da obtenção das 
pressões máximas. A estimativa de retração muscular, utilizando-se as medidas 
das alterações de volume da caixa torácica obtidas pela mensuração da capacidade 
vital. A qual observa-se queda em pacientes com fraqueza muscular. No entanto, 
esta última é considerada uma avaliação inespecífica, com menor sensibilidade a 
fraqueza leve, sendo útil em pacientes sem doenças respiratórias.
• Manovacuômetro 
Aparelho ao qual, acopla-se uma peça bucal na extremidade, podendo ser 
substituída por válvula unidirecional de três vias, no caso de pacientes intubados, 
traqueostomizados ou pouco colaborativos.
http://fisioterapiainovadora.blogspot.com/2018/
06/manovacuometria-manovacuometro.html, 
acessado em 10/04/2019
Estima as pressões inspiratórias máximas 
(PiMax), obtidas por esforço inspiratório 
máximo a partir do volume residual. E as 
pressões expiratórias máximas (PeMax), 
medida de pressão gerada pela contração 
dos músculos expiratórios, a partir de uma 
inspiração máxima seguida de expiração 
forçada. Realiza-se apenas uma medida 
para pacientes pouco colaborativos, e três 
medidas para pacientes colaborativos, 
considerando a de melhor desempenho.
Valores de normalidade podem variar de acordo com a idade e o sexo da população. 
TREINAMENTO DE ENDURANCE
Nebulização intermitente
Preconiza a retirada gradual da VM para que o paciente possa assumir o trabalho 
ventilatório sem o suporte. Indicado para pacientes com baixo nível cognitivo 
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Fisioterapia – Treinamento muscular ventilatório
e com PiMax >-20cmH20. Requer uma monitoração rigorosa a fim de evitar a 
fadiga. Iniciar com 30 minutos ou menos a depender dos sinais, repetições de 2 
a 3 vezes ao dia, até que o paciente consiga permanecer por no mínimo 4 horas, 
sem sinais de esforço.
TREINAMENTO DE FORÇA 
Threshold IMT
https://interfisio.com.br/treinamento-
muscular- emtraqueostomizados/, acessado 
em 10/04/2019
Treinamento de carga pressórica linear, fluxo-
independente. Dentre os equipamentos com 
resistências de linha, o Threshold IMT, é o 
mais utilizado. Constituído por uma câmara 
apresentando uma válvula e uma mola interna, 
com graduação de pressão variável de -7 a 
-41cmH2O. A válvula mantida por pressão 
positiva se abre quando uma pressão negativa 
é gerada com o esforço inspiratório do paciente. 
Geralmente é aplicado de 3 a 5 séries, 10 a 15 
repetições, 3 vezes ao dia.
Pflex e similares
https://www.researchgate.net/figure/respiratory-
resistance-device-PFleX-respironics-Inc-,
acessado em 10/04/2019
 
Permite treino no qual à resistência a 
entrada do fluxo de ar, com carga 
pressórica alinear, o dispositivo Pflex, é 
composto por uma válvula bidirecional 
que permite o ajuste de peça, com orifícios 
de tamanhos variados, que geram a 
carga imposta no treinamento. alterando 
a carga, sistema fluxo-dependente. 
Quanto maior a carga utilizada maior a 
hipertrofia. Duração de 15 a 30 minutos 
por treino, duas vezes ao dia.
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Fisioterapia – Treinamento muscular ventilatório
Inspirômetro de incentivo
https://www.ispsaude.com.br/produto/05465A/
respiron-classic-ncs-exercitador-respiratorio/,
acessado em 10/04/2019
Exercitador respiratório que incentiva 
inspirações profundas e sustentadas, 
possibilitando insuflação pulmonar e 
auxiliando no fortalecimento muscular. 
Composto por três câmaras interligadas 
de modo a proporcionar um fluxo dinâmico 
projetado para aumentar a dificuldade 
da inspiração exigindo mais força da 
musculatura respiratória. Cada câmara 
possui uma esfera que se movem durante 
o treino e fornece incentivo visual. Esforço 
exigido é médio de 10 a 40 cmH2
Estimulação elétrica neuromuscular
Aplicação de pulsos elétricos que despolarizam a membrana, gerando potencial 
que se propaga desde o nervo até o músculo, mantendo a intensidade, para que 
ele se contraia durante o treinamento dos músculosexpiratórios. Aplicados entre 
os pontos motores dos músculos escalenos e ECOM, por sessões de 20 minutos 
até 3 vezes ao dia.
REFERÊNCIAS:
Pascotini FS, Denardi C, Nunes GO, Trevisan ME, Antunes VP: Respiratory muscle training in 
patients weaning from mechanical ventilation, ABCS health Sci. 2014;39(1):12-16
Sarmento, GJR. Recursos em fisioterapia cardiotorácica. 1ª edição. São Paulo: Manolo,2012.
Wens I, Eijnde BO, Hansen D. Muscular, cardiac, ventilatory and metabolic dysfunction in patients 
with multiple sclerosis: Implications for screening, clinical care and endurance and resistance 
exercise therapy, a scoping review. J Neurol Sci. 2016 Aug 15;367:107-21.
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Fisioterapia – Cinesioterapia e mobilização precoce
CINESIOTERAPIA E MOBILIZAÇÃO 
PRECOCE
 
 
FRAQUEZA MUSCULAR
Em pacientes críticos internados em unidades de terapia intensiva (UTI) a fraqueza 
muscular adquirida tem sido detectada e se caracteriza como uma fraqueza difusa 
e simétrica que envolve a musculatura respiratória e dos membros. Esta condição 
tem origem multifatorial, pois pode ter como causa a atrofia muscular devido à 
imobilidade em leito, até mesmo a toxidade medicamentosa prolongada. 
São considerados pacientes graves aqueles que apresentam comprometimento 
de um ou mais sistemas fisiológicos, associado à perda de suas funções de 
autorregulação. A fase crítica de uma doença grave é caracterizada pelo consumo 
do músculo esquelético devido à incapacidade de se manter o equilíbrio entre a 
síntese e a degradação proteica.
As doenças críticas estão relacionadas a um quadro de estresse catabólico, em 
que os pacientes geralmente apresentam uma resposta inflamatória sistêmica 
que altera a morfologia e a fisiologia da musculatura esquelética e seu sistema 
de condução. A despolarização axonal ocorre em virtude das alterações 
microvasculares, levando à hipoperfusão dos pequenos capilares dos nervos e 
à redução da oferta de oxigênio (DO2 ) resultando no acúmulo de metabólitos 
ácidos.
MOBILIZAÇÃO PRECOCE 
Atualmente, a mobilização precoce tem se destacado como atuação benéfica para 
evitar justamente a incidência dos fatores adversos decorrentes do imobilismo. 
Nesse contexto, recomenda-se o início precoce da mobilização em pacientes 
críticos com intuito de prevenir as complicações provenientes do repouso no leito. 
ATIVIDADES DE MOBILIZAÇÃO NA UTI
A atuação fisioterapêutica tem papel muito importante na recuperação e 
manutenção da saúde de indivíduos em estado crítico internados na UTI tendo 
3
Fisioterapia – Cinesioterapia e mobilização precoce
como objetivo prevenir contraturas musculares, edema linfático e minimizar efeitos 
adversos da imobilização prolongada no leito. Algumas atividades de mobilização 
na UTI:
• Mudança de decúbito e posicionamento funcional; 
• Mobilização passiva; 
• Mobilização ativo-assistida; 
• Mobilização ativa; 
• Uso de ciclo ergômetro no leito; 
• Ortostatismo; 
• Marcha estática; 
• Transferência da cama para a poltrona; 
• Exercícios na poltrona; 
• Deambulação.
BENEFÍCIOS
• Diminuição do tempo de VM; 
• Diminuição do tempo de internação na UTI e hospitalar; 
• Aumento da força muscular; 
• Manutenção/ recuperação do grau prévio de funcionalidade do indivíduo;
• Diminuição do número de infecções;
• Redução do Delirium; 
• Melhor qualidade de vida.
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Fisioterapia – Cinesioterapia e mobilização precoce
REFERÊNCIAS
POP/ UNIDADE DE REABILITAÇÃO: Mobilização Precoce no Paciente 
Crítico.  Uberaba: Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo 
Mineiro, v. 1, 2016.
GODOY, Marcos David Parada et al. Fraqueza muscular adquirida na UTI (ICU-
AW): efeitos sistêmicos da eletroestimulação neuromuscular. Revista Brasileira 
de Neurologia, Rio de Janeiro, v. 51, n. 4, p.110-113, 2015.
MESQUITA, Thamara Márcia de J. C. et al. Imobilismo e Fraqueza Muscular Adquirida 
na Unidade de terapia Intensiva. Revista Brasileira de Saúde Funcional, Cachoeira 
- Bahia, v. 1, n. 3, p.47-58, 2016.
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Fisioterapia – Farmacologia Aplicada À Terapia Intensiva
FARMACOLOGIA APLICADA À TERAPIA 
INTENSIVA
 
 
INTRODUÇÃO
 
O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) e o Conselho 
Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO) não conferem a seus 
profissionais o poder de receitar remédios. Todavia, isso não impede esses 
profissionais de terem conhecimento sobre as interferências dos fármacos no 
organismo dos pacientes, contribuindo ou para a melhora do quadro clínico, 
ou mesmo gerando alguns sintomas “novos” que podem desencadear alguma 
alteração ou quadro clínico antes não ocorrido.
Nessa perspectiva, fisioterapeutas especialistas em Terapia Intensiva e 
que trabalham com reabilitação cardiovascular e pulmonar necessitam ter 
conhecimentos sobre fármacos. Além disso, durante a anamnese, é necessário 
que sejam coletadas informações sobre as drogas em uso.
DROGAS EM TERAPIA INTENSIVA
 
Podemos classificar as principais drogas utilizadas em terapia intensiva nos 
seguintes grupos:
Drogas em terapia 
intensiva
Sedativos
Analgésicos
Bloqueadores 
neuromusculares
Drogas vasoativas
Antiarrítmicos
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Fisioterapia – Farmacologia Aplicada À Terapia Intensiva
SEDATIVOS E ANALGÉSICOS
A administração de analgésicos e sedativos é fundamental para dar conforto ao 
paciente, reduzir o estresse e evitar retardo na recuperação e na liberação da 
ventilação mecânica.
 
A sedação excessiva pode resultar em:
• Escaras (pela redução da mobilidade);
• Compressão nervosa;
• Delirium;
• Ventilação mecânica prolongada;
• Menor mobilização do doente crítico.
Por outro lado, a sedação inadequada (insuficiente) pode resultar em:
• Dor;
• Ansiedade;
• Agitação;
• Autoextubação;
• Retirada de cateteres;
• Isquemia miocárdica;
• Hipoxemia.
Há alguns anos, preconizava-se que a sedação deveria ser diariamente 
interrompida, visando ao desmame da ventilação mecânica de forma mais precoce, 
além de auxiliar na redução dos efeitos do imobilismo. Todavia, atualmente, os 
novos estudos em terapia intensiva preconizam que essa retirada da sedação deve 
ser realizada de forma gradual, por meio de titulação individualizada da sedação, 
bem como ajuste diário da mesma. Para tanto, utiliza-se a Escala de Agitação e 
Sedação de Richmond (ou RASS, do inglês Richmond Agitation-Sedation Scale).
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Fisioterapia – Farmacologia Aplicada À Terapia Intensiva
Dentre os principais sedativos, podemos mencionar os três principais:
Sedativos
Midazolam Lorezapam Propofol
Esses sedativos podem estar em associação com analgésicos:
• Fentanil: opioide que pode ser utilizado juntamente com outros medicamentos 
para a anestesia. Ele tem um rápido início de ação e os seus efeitos geralmente 
duram menos de uma ou duas horas.
• Morfina: fármaco narcótico de alto poder analgésico usado para aliviar dores 
severas. Deve ser utilizada com cautela, pois pode provocar hipotensão arterial. 
• Tramadol: é o análogo sintético da codeína, com efeito analgésico por ação em 
receptores mu e inibição da recaptação da serotonina e noradrenalina.
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES
 
Bloqueador neuromuscular é uma droga que interrompe ou simula a transmissão 
dos impulsos nervosos na junção neuromuscular esquelética, causando paralisia 
dos músculos esqueléticos afetados.
 
As principais indicações para a utilização deste tipo de droga são:
• Intubação do paciente;
• Assincronia de difícil controle com ventilador;
• Síndrome do Desconforto Respiratório do Adulto (grua moderado a grave);
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Fisioterapia – Farmacologia Aplicada À Terapia Intensiva
• Aumento da pressão intracraniana.
Embora as indicações sejam muito claras, os estudos apontam evidências de 
disfunção neuromuscular após administração prolongada de bloqueadores 
neuromusculares, devendo o fisioterapeuta estar atento a essa administração.
 
Os principais bloqueadores neuromusculares utilizados são:
• Pancurônio;
• Rocurônio;
• Vecurônio;
• Cisatracúrio.
DROGAS VASOATIVAS: ADRENALINA
 
Aadrenalina é uma droga utilizada principalmente no choque séptico, cuja finalidade 
é elevar a pressão arterial em pacientes hipotensos, em caso de os mesmos não 
responderem à ressuscitação por volume e a outros inotrópicos menos potentes. 
Além disso, essa potente droga vasoativa é quase sempre utilizada durante as 
manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) com droga vasoconstrictora.
Dentre as ações da adrenalina, podemos mencionar:
• Aumento do volume sistólico, com consequente aumento do débito cardíaco e 
da pressão arterial;
• Diminuição reflexa da frequência cardíaca;
• Importante vasoconstricção periférica, com aumento da pressão arterial.
 
Faz-se necessário alertarmos, ainda, que pacientes hemodinamicamente instáveis 
e que necessitam de altas doses de vasopressores não estão aptos a iniciar nem a 
progredir a mobilização. Dessa forma, é seguro estar hemodinamicamente estável, 
sem drogas vasoativas por pelo menos 2 horas.
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Fisioterapia – Farmacologia Aplicada À Terapia Intensiva
DROGAS VASOATIVAS: NITROPRUSSIATO
 
O nitroprussiato pertence à categoria dos anti-hipertensivos, tendo como principais 
ações:
• Diminuição da resistência periférica total;
• Diminuição da pressão arterial;
• Pouca alteração da frequência cardíaca;
• Redução da resistência vascular e pulmonar;
 
Sendo assim, essa droga é um vasodilatador misto, com efeitos sobre os territórios 
arterial e venoso. 
Salienta-se que pacientes hemodinamicamente instáveis, que necessitem de altas 
doses de vasopressores, não estão aptos a iniciar e nem a progredir a mobilização. 
Dessa forma, é necessário estar hemodinamicamente estável e sem administração 
de drogas vasoativas por pelo menos as duas horas pregressas.
DROGAS ANTIARRÍTMICAS: AMIODARONA
 
A amiodarona é recomendada nos seguintes casos:
Distúrbios graves do ritmo cardíaco, inclusive aqueles resistentes a outras 
terapêuticas;
Taquicardia ventricular sintomática (aumento da frequência cardíaca que se 
origina nos ventrículos do coração);
A principal ação dessa droga é:
• Prolongar o intervalo QRS no ECG;
• Prolongar o potencial de ação;
• Diminuir a frequência cardíaca.
 
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Fisioterapia – Farmacologia Aplicada À Terapia Intensiva
Recomenda-se que pacientes com arritmias e com uso de antiarrítmicos não 
iniciem, tampouco progridam a mobilização, sendo seguro estar sem arritmia e 
sem uso do antiarrítmico.
REFERÊNCIAS
Conceição TMA et al. Critérios de segurança para iniciar a mobilização precoce em unidades de 
terapia intensiva. Revisão sistemática. RevBrasTer Intensiva. 2017;29(4):509-519
Feitosa-Filho GS et al. Emergências hipertensivas. Rev. bras. ter. Intensivavol.20 (3)São Paulo 
July/Sept. 2008
Sakata, RK. Analgesia e sedação em unidade de terapia intensiva.Rev. Bras. Anestesiol.vol.60(6)
CampinasNov./Dec.2010

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