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@hasenvet HIPOTIREOIDISMO EM CÃES É uma doença multisistêmica, sendo a mais comum em cães (meia idade a idoso). Pode ser classificado em: • Primário: acomete a tireóide (+ 90 a 95%) resultante da perda progressiva do tecido tireoidiano funcional. o Tireoidite linfocítica (imunomediado – 50% dos casos); o Anticorpo antitireoglobulina o Atrofia folicular idiopática (perda parênquima/ adiposo) o Neoplasia não funcional o Iatrogenia: cirurgia, fármacos anti tireóide, sulfas. • Secundário (5%): deficiência produção de TSH pela hipófise (má formação, cisto, neoplasia, excesso de corticoide - exógeno ou endógeno); • Terciário: resultado da deficiência da produção e secreção de TRH - neoplasia hipotalâmica (raro). Raças predispostas: Golden Retriver, Doberman, Setter Irlandes, Boxer, Teckel, Pinscher, Labrador, Cocker Spaniel, Schnauzer miniatura, Beagle e Dogue-alemão. Sinais clínicos: • Gerais: baixo metabolismo celular o Insidioso: destruição gradual da glândula; o Letargia; o Ganho de peso (s/ aumento apetite e da ingestão de alimento); o Intolerância a exercícios; o Termofilia (intolerância ao frio); o Depressão mental. • Dermatológicos: 60-80% dos casos o Seborreia e pelagem fosca; o Alopecia simétrica bilateral não pruriginosa; o Disqueratinização, pelo opaco, seco – “cauda de rato”); o Hiperpigmentação, comedos; o Otite externa erônica e infecções secundária (piodermites e malasseziose); o Mixedema (acúmulo de mucina) - facies trágica: volumosa, com pregueamento cutâneo. Aumenta o volume tecidual e acaba comprimindo nervos e pode levar a sintomatologia neurológica. • Neurológicos e neuromusculares: o Neuropatia periférica (mais comum); o Fraqueza, convulsão, ataxia, andar em círculos; o Hemiparesia, tetraparesia, hipertermia, nistagmo, paralisia n. facial, miastenia gravis; • Gastrointestinal: diarreia, constipação, vômito, megaesôfago. • Cardiovascular/respiratório: bradicardia, arritmia, pulso fraco, paralisia de laringe. • Oculares: lipidose corneal, ceratoconjuntivite seca, uveíte, lipemia renital, glaucoma, derrame lipídico. • Reprodutivos: infertilidade, baixo libido, anestro, galactorreia, atrofia testicular, abortos. • Hematológico/bioquímico: anemia, hiperlipidemia, coagulopatia. *não precisa ter todos os sintomas, mas uma combinação de alguns. Cauda de rato Dermatites solares @hasenvet Achados laboratoriais: • Anemia normocítica normocrômica arregenerativa (40 a 50%); • Hipercolesterolemia (50 – 75%); • Hipertrigliceridemia (75%); • Aumento discreto de ALT, AST, FA e GGT (30% - todos, alguns ou nenhum). Diagnóstico: • Anamnese + Achados clínicos e laboratoriais + Biópsia de pele + Dosagens hormonais + Resposta terapêutica. Testes de função da tireoide: T4 total: bom teste inicial – valores normais: eutireóide (sobreposição entre eutireoideos e hipotireoideos) o > Obesos, diestro e gestação; o < Greyhounds, Whippets; o Geralmente maior em raças menores. o Se T4 total estiver baixo: Hipotireoidismo; Síndrome do Eutireoideu doente; Terapia medicamentosa. TT3, FT3: intracelular e formado a partir do T4 (muita flutuação – não indicados); T4 livre (FT4): sofre menos influência por drogas ou doenças (diálise de equilíbrio); o Se T4 livre estiver baixo: Hipotireoidismo (provável); Doença concomitante grave; Terapia medicamentosa; o Se T4 livre estiver normal: Eutireoideu; Hipotireoidismo (estágio inicial). TSH: alto (primário). Dosagem isolada ñ é confiável. Pouca sensibilidade, mas alta especificidade quando >. o TSH normal: Eutireoideu X hipotireoideo; o TSH elevado: Hipotireoidismo. * Influenciada por drogas e outras síndromes que suprimem a liberação de T4 – síndrome do eutireoideu doente. * Enfermidades: hiperadrenocorticismo, cetoacidose diabética, hipoadrenocorticismo, insuficiência renal/hepática/cardíaca, neuropatia periférica, megaesôfago, infecções graves, cirurgia/anestesia. Testes tireoidite linfocítica: Ac antitireoglobulina (cães normais – reprodução). Ac anti T4 e T3: RIE não esperado em animal forte/suspeito; FT4 não sofre influência Ac T4; Raramente um cão hipotireoideo possui níveis normais de T4 ou FTS; 10% podem ter níveis solo de sT4. Tratamento: • Levotiroxina Sódica (T4) o Tratamento por toda vida; 0,02mg/kg/SID ou BID (20 µg/kg) Máximo 0,8mg/BID. o Iniciar dose baixa se outras doenças: 25% da dose e aumentar gradativamente em 3 meses. Preferencialmente não administrar com alimento (redução de 45% da absorção). o Tratar por no mín. 3 meses antes de avaliar eficácia Anormalidades de atitude: 2 a 4 sem; Dermatopatias: 4 sem a 5 meses; Neurológico: 8 a 12 semanas • Monitoração Terapêutica (6 a 8 semanas): (dosagens de T4: 4 - 6hrs após medicação, depois a cada 6-8 semanas por 6 meses e depois 1x ano. @hasenvet HIPERADRENOCORTICISMO EM CÃES E GATOS É quando temos um excesso de cortisol endógeno ou exógeno, sendo frequente em cães e raro em felinos. É mais comum em cães de meia idade a idosos, afetando mais Poodles, Boston Terriers e Boxer. Origem: • Espontâneo: (animais com mais de 6 anos – média de 11 anos) – Hipofisária ou Adrenocortical; • Iatrogênico. Etiologia: • Hipófise dependente: o 80 a 85% dos casos espontâneos; o Aumento secreção ACTH por tumores hipofisários (microadenomas); o Hiperplasia adrenocortical (HA) bilateral: aumento cortisol. o 75% dos cães pesam menos de 20 kg. • Adrenal dependente: o Causado por tumores adrenais autônomos e secretores de cortisol (15 a 20% dos casos: adenoma ou adenocarcinomas); o Comum em cães com mais de 9 anos (média de 11 anos, sendo fêmeas com 60 a 65% de prevalência); o Muito cortisol → <<CRH e ACTH → atrofia contralateral o > 50% dos animais pesam mais de 20 kg. • Iatrogênico: o Administração excessiva e crônica de glicocorticoides exógenos inibem secreção CRH e ACTH; o Causa atrofia adrenocortical bilateral. Sinais clínicos: Tumor adrenal: raças grandes e fêmeas; HI e HPD: Sem predisposição sexual; - Sinais gerais: abdome penduloso, atrofia muscular, cansaço fácil e intolerância ao exercício. - Tegumentares: alopecia simétrica bilateral, seborreia, piodermites, demodiciose, pele fina, fragilidade vascular, calcinose cutânea (calcificação do colágeno dérmico), comedos. - Urinários: infecção do trato, poliúria/polidipsia, glomerulonefropatia, atrofia testicular e infertilidade (FSH). o Sinais do trato urinário podem ser abrandados pelos altos níveis de cortisol circulante – aí não tem PU/PD → fazer urinálise! o Poliúria: produção urinária > 50 ml/kg/dia; o Polidipsia: ingestão de água > 60 ml/kg/dia. - Respiratórios: arfar, tromboembolismo, dispneia/taquipneia; - Endócrino: diabetes mellitus, enfermo eutireóide; - Neurológico: Letargia, círculos, comportamento - neoplasia pituitária; fraqueza muscular; - GI: Polifagia, hepatomegalia, pancreatite. Porcentagem de ocorrência dos sinais clínicos PU/PD: 80 a 91 % Fraqueza muscular: 14 – 57 % Hiperpigmentação: 23 a 30 % Alopecia: 60 a 74 % Anestro: 54 % Atrofia testicular: 29 % Abdômen penduloso: 67 – 73 % Atrofia muscular: 35 % Calcinose cútis: 8 a 15 % Hepatomegalia: 51 – 67 % Comedos: 25 a 34% Paralisia nervo facial: 7 % Polifagia: 46 – 57 % Arfar: 30 % Casos em felinos cursam principalmente com atrofia e fragilidade da pele, além da @hasenvet Calcinose cutânea * Comedos e flebectasia: pintinhas vermelhas na derme que são praticamente marcadores cutâneos, forte indício de hiperadreno. * Derme fina, delgada, folículos pilosos dilatados e com ceratina, hiperceratose epidérmica e atrofia dos folículos pilosos. Achados laboratoriais: • Hemograma: Policitemia; Leucograma de “estresse” (neutrofilia sem desvio, linfopenia, eosinopenia, monocitose, discreta eritrocitose e trombocitose); • Bioquímica sérica: Aumento de FA (95%); Discreto aumento de AST;Aumento de triglicérides e colesterol; Hiperglicemia; Ureia e creatinina normais a diminuídas; • Urinálise: baixa densidade urinária (<1.020), ITU (piúria e bactenúria), proteinúria renal (RPCU <4), glicosúria; • Teste endócrino: redução da concentração do T4 total e T4 livre. Porcentagem de ocorrência dos achados laboratoriais Aumento da FA: 85 a 95 % Hipofosfatemia: 38 % Aumento da ALT: 50 a 80 % Densidade urinária 1015-20: 80 % Hiperlipidemia: 50 a 90 % ITU: 40 a 50 % Diminuição BUN: 30 a 50% Proteinúria: 60 a 80 % Hiperglicemia de jejum: 30 a 40 % Glicosúria: 10 % RX e US: • Hepatomegalia (80 - 90%), distensão abdominal (gordura), distensão vesical, urólitos com cálcio (calciúria); • Calcificação distrófica (RX); Tamanho das adrenais (US); • Metástases pulmonares; • Tromboembolismo pulmonar. Diagnóstico: • Testes de triagem: o Relação cortisol/creatinina urinária: normal <10 (Sensibilidade de 100% e especificidade de 20%); o Teste de estimulação com ACTH (Sensibilidade de 60-85%; especificidade de 85-90%); o Teste de supressão com baixas doses de dexametasona (sensibilidade 90-95%; especificidade 40-50%) @hasenvet • Teste de estimulação pelo ACTH: o Espessura da córtex; o Hiperadreno atípico: aumento da 170H prog; o ↑ cortisol: hiperadreno espontâneo. o É o exame padrão-ouro para monitoramento do tratamento da HAC, hipoadrenocorticismo e HAC iatrogênico (sem aumento de cortisol). • Teste de supressão com dexametasona em baixa dose 0,01mg/kg IV: o Cão normal: suprime cortisol em 4 e 8 hrs [<1,0 ug/dl]. o Hiperadreno espontâneo: 8 horas não suprime [>1,4μg/dl ]. o 4 horas: suprime 60% casos de hiperadreno dependente da pituitária (HDP); não suprime TAD e 40% HDP. Supressão: 4 hrs pós dexa <50% basal; 8hrs <50% basal e >1,4. o A sensibilidade em cães é excelente 90% a 95%Baixa especificidade para cães doentes extra adrenal. O teste avalia a integridade do feedback negativo sobre o eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal. Assim, a administração de dexametasona normalmente reduz a secreção de ACTH por meio de feedback negativo na glândula hipofisária. Consequentemente, há uma diminuição na concentração de cortisol plasmático em torno de 24 a 48 horas. Cães com hiperadrenocorticismo são resistentes à esse feedback negativo e não apresentam supressão do cortisol. Baixa dose em 8 horas não consegue suprimir a produção de cortisol. Se o animal suprimiu ele não tem hiperadreno. Esse teste serve para fazer o diagnóstico, mas não sabe se é hipófise ou adrenal dependente, diante disso usaríamos o US abdominal para diferenciar entre esses 2 tipos. Além disso, também pode diferenciar por avaliação endócrina. • Diagnóstico- diferenciar HPD x TA: o Teste de supressão com dexametasona em alta dose: 0,1 a 1,0 mg/kg IV- basal, 4hrs, 8hrs. Hipófise dependente: suprime ou não suprime (15-50%). Tumor adrenocortical: não suprime. o Determinação da [ ] endógena de ACTH: Hipófise dependente: normal a aumentado; Tumor adrenal e iatrogênico: diminuído a não detectável. Tratamento: • Trilostano (Vetoryl): o Inibidor competitivo da 3B hidroxiesteroide desidrogenase; o Inibe a síntese de esteróides; o Bem tolerado em cães, podendo aumentar a dose se necessário; o Efeitos colaterais: discreta letargia e anorexia; número pequeno de animais: sinais de hipocortisolismo; vomito, diarréia, depressão, anorexia, perda de peso; o Reavaliar com 10 dias, mês 1, mês 3 e a cada 03 meses. @hasenvet • Cetoconazol: o Inibe a produção de cortisol adrenal (bloqueio enzimático). o Tratamento por toda vida. o Eficiência em menos de 50% casos • L-Deprenil (selegiline): o Inibe produção ACTH hipofisário; o Resultados não são bons. • Mitotano (0.p'DDD): dose tóxica próxima a de uso o Droga adrenocorticolítica; o tb tumor adrenal (+ resistente); o Fases de indução (controlar doença): manutenção (evitar recidiva) o Monitorar com teste de estimulação ACTH e resposta clínica. • Tumores adrenais: cirurgia ou paliativo com mitotano e trilostano. Monitoramento: + Avaliação da função renal, eletrólitos (sódio e potássio), pressão arterial, RPCU, triglicérides e colesterol, US. Tratamento das complicações: Pielonefrite. Hipertensão – 86%. Cálculo de oxalato de Ca. Diabete melito. Sinais neurológicos: macrotumores – 15 a 20% casos HHD. @hasenvet DIABETES MELLITUS EM CÃES E GATOS É um conjunto de transtornos metabólicos de diferentes etiologias, caracterizadas por hiperglicemia crônica resultante da diminuição da sensibilidade dos tecidos à ação da insulina e/ou da deficiência de sua secreção; Cães: Falta total/parcial de insulina - Diabetes tipo 1 - insulino dependente. Gatos: Resistência periférica à insulina - Diabete tipo 2 - não insulino dependente. Etiologia: • Cães: * Perda da função das células β é irreversível em cães DMID → tto por toda a vida. • Gatos: o Obesidade: resistência periférica à insulina; o Deposição de amilóide (amilina) nas ilhotas pancreáticas (tóxico células ilhotas). o Destruição total: IDDM; Destruição parcial: NIDDM. → determinada pela gravidade da amiloidose pancreática. DM transitório • ↑ resistência periférica a insulina: o Drogas: glicocorticoides., ac, megestrol; o Doenças: pancreatite, inflamação crônica, infecção, hipertireoidismo, acromegalia, hiperadrenocorticismo; o Obesidade, fêmeas em diestro (progesterona estimula produção de GH); o Correção fatores: FUNDAMENTAL. • DM transitório em cães: o DM incipiente com reserva de células β; o Administração de glicocorticoides; o Hiperadrenocorticismo. Epidemiologia: • A maioria dos cães tem entre 4 e 14 anos de idade (pico entre 7 e 10 anos); • Cadelas são 2x mais acometidas que os machos; • Raças com alto risco: Poodle toy e miniatura, Schnauzer, Labrador, Pinscher, Samoieda, Pug, Fox Terrier, Bichon Frisé, Spitz, Husky Siberiano, Dachshund e Cocker; @hasenvet • Histórico de alimentação excessiva e desiquilibrada e sedentarismo; • Em gatos, a maioria tem mais de 9 anos de idade e machos castrados são os mais acometidos; Sinais clínicos: • Doença dos 4ps: poliuria, polidipsia, polifagia e perda de peso: Devido à falta de insulina a glicose não entra na célula, acumula na circulação levando a hiperglicemia. A glicose é filtrada pelo rim, mas tem um limiar de reabsorção e quando é ultrapassado (160-180mg/dL) começa a escapar na urina (glicosúria) e começa a urinar mais (poliúria), para não desidratar (polidipsia). O centro da saciedade precisa da entrada de glicose pela insulina, ao não entrar (polifagia), mas como ele não utiliza a glicose e se não for obeso usualmente há perda de peso. Limiar de absorção renal Cães: 180 a 220 mg/DL; Gatos: 250 a 330 mg/DL. • Catarata (cegueira súbita): todo animal deve ser avaliado para diabetes. • Neuropatia diabética: fraqueza do posterior, dor; • Postura plantígrada; • Hepatomegalia; • Redução do hábito de limpeza em gatos; • Letargia; • Dermatológico: seborreia seca, hipotricose, pelagem sem brilho, facilmente epilável; • Obesidade: relacionada a resistência periférica a insulina; • Perda de peso. • Cetoacidose diabética: DM complicada o Distúrbios concomitantes: aumento da liberação de hormônios diabetogênicos aumento resistência a insulina, lipólise e gliconeogênese : hiperglicemia e cetogênese; o Letargia, anorexia, vômito, dor e distensão abdominal; o Desidratação, acidose. Diagnóstico: Sinais clínicos + hiperglicemia de jejum + glicosúria, +- cetonúria. • CAD: + cetonúria + desequilíbrio hidro-eletrolítico (hipoNa, hipoK); • Gato estressado: o Hiperglicemia, normalmente sem glicosúria – alguns em estresse crônico podem ter; o Hemoglobina sérica glicosilada ou frutosamina sérica: proteínas ligadas à glicose; não sofre influência estresse. • Podem ocorrer: > colesterol, triglicérides, ALT e FA • Investigardoenças complicantes: o CBC, painel bioquímico; o Tripsina like imunorreatividade: pancreatite; o Urinálise e cultura; o Progesterona; o US: pancreatite, pielonefrite, cistite, fígado,piometra; o Hiperadrenocorticismo. @hasenvet • Achados DM Laboratorial: o Hiperglicemia; o Glicosúria; o Densidade urinária > 1025; o Cetonúria (descompensação), proteinúria, bacteriúria (infecção); o Aumento de lipase, amilase, imunorreatividade lipase e tripsina; o Hiperocolesterolemia, trigliceridemia, aumento ALT e FA. Tratamento: Objetivo: manter a concentração de glicose próxima da normal. • Cuidado com a hiperglicemia. • Bases: insulina, dieta, exercicios, hiperglicemiantes orais, prevenção ou controle de doenças comcomitantes e castração quando compensados. • Dieta: o Cães: fornecer em duas refeições ao dia junto às aplicações de insulina. Dietas com alto teor de fibras solúveis e insolúveis demonstram efeitos benéficos no controle glicêmico e no tratamento da obesidade (reduzem a absorção de glicose intestinal). Não devem ser oferecidas a cães diabéticos magros ou emaciados; o Gatos: rica em proteína e pobre em carboidrato – Ideal dieta úmida. Devemos calcular a quantidade diária e oferecer em diversas porções ao longo do dia. • Exercícios regulares: o Redução da resistencia a glicose causada por obesidade; o Auxilia mobilização da insulina; o Exercício excessivo: hipoglicemia!! Tratamento Diabete NÃO Complicada: • Insulina: obrigatória para cães e para gatos mais na fase inicial. o Tipos (regular; intermediária; prolongada); o Administrar junto à alimentação; o Ajuste da dose: sinais clínicos, frutosamina sérica, curva glicêmica; o Complicação: HIPOGLICEMIA. • Insulinoterapia: o NPH - humana recombinante ou Caninsulin. o NPH 0,25U/Kg/BID - alimentação. o Caninsulin: 0,5UI/Kg/24hrs – alimentação o Glicemia 11AM, 2PM, 5PM (24-48hrs). o Exames semanais - controle glicêmico (+/- 01 mês). o Controle glicêmico: sinais clínicos controlados + 100-250mg ao longo do dia. o Baixas doses: Maioria dos cães bom controle: <1.0U/Kg/BID; Incrementos de 1 a 5U/Injeção/sem. @hasenvet o Curta duração: INPH dura 10 a 14 hrs.; Dx: glicemia > 300mg, nadir >80mg/dl em menos de 8hrs e recorrência da hiperglicemia (>300mg/dl) em menos de 12 hrs. Ir para insulina longa ação (glargine ou detemir). o Gatos: insulina glargina, PZI ou detemir. Ação prolongada. o Complicações: Hipoglicemia: • Altas doses; • Sobreposição de duração; • Inapetência; • Exercício físico intenso; • Tto da condição de resistência à insulina; • Gatos que revertem ao estado de DNID. Recorrência: • Diluição da insulina; • Tto não feito corretamente; • Baixa dose de insulina; • Altas doses e efeito Somogyi; • Curta ou prolongada duração da insulina; • Má absorção: variar local de aplicação. • Anticorpos anti insulina: pp insul. Bovina. • Reação alérgica a insulina. • Altas doses; • Sobreposição de duração. • Controle frutosamina: animal comendo, ativo, peso estável, sem PU-PD, proprietário satisfeito. Gatos: • Hipoglicemiantes orais: aumenta produção insulina, reduz resistência periférica e reduz a absorção intestinal de glicose. o Sulfoniluréias (Glipizida e gliburida): Resposta variável (dependente n° céls funcionais); Depende capacidade do pâncreas de secretar insulina; Vômitos ou icterícia: descontinuar se severos ou recorrentes Tratamento Diabetes Complicada: • Cetoacidose diabética: o Insulina regular (Iv, IM ) a cada hora até 250mg/dl; depois a cada 6-8hrs. Glicemia a cada 1-2hrs; o Fluidoterapia: Nacl 0,9% ou Ringer (Na e K); o Correção da acidose e eletrólitos; Controlar doenças concomitantes; o Normalização do quadro deve ser lenta; o Correção hiperglicemia: 6-10 hrs; cetose: 12 a 48 hrs; o Doenças concomitantes: Obesidade; Infecções bacterianas (oral e urinária); Hiperadrenocorticismo; Pancreatite; Colangiohepatite; Hipertireoidismo; Insuf. renal, cardíaca; Hiperlipidemia.
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