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ANA LAURA ZOPPELLARI Cirurgia segura • Há 7 pilares da qualidade do serviço de saúde: ➢ Segurança. ➢ Efetividade. ➢ Atenção centrada no paciente. ➢ Oportunidade de acesso. ➢ Eficiência. ➢ Equidade. • Para a segurança do paciente: ➢ Identificar corretamente o paciente. ➢ Melhorar a comunicação entre os profissionais da saúde. ➢ Melhorar a segurança na prescrição no uso de administração de medicamentos. ➢ Assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e pacientes corretos. ➢ Higienizar as mãos para evitar infecções. ➢ Reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão. ➢ Foi estabelecido pelo Ministério da Saúde, Portaria nº529 – Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP): foi criado para contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional. • Objetivos específicos do PNSP: ➢ Implantar a gestão de risco e os Núcleos de Segurança do Paciente nos estabelecimentos de saúde. ➢ Envolver os pacientes e familiares nas ações. ➢ Ampliar o acesso da sociedade às informações. ➢ Produzir, sistematizar e difundir conhecimentos. ➢ Fomentar a inclusão do tema segurança do paciente no ensino técnico e pós-graduação na área da saúde. • 4º pilar da meta de segurança do paciente: “Assegurar cirurgia local de intervenção, procedimento e pacientes corretos”. ➢ Antes de qualquer cirurgia, verificar o local, funcionamento dos equipamentos e os procedimentos necessários. ➢ Nunca se esquecer de fazer o checklist cirúrgico e documentar no prontuário – avaliação pré- anestésica, anamnese, exame físico, consentimento informado e identificação do paciente. Quando possível, envolver o paciente no processo. • O desafio global para a segurança do paciente é um elemento central na estruturação da saúde pública, que une a extrema importância da institucionalização da qualidade hospitalar, e a perícia dos profissionais de saúde para uma efetiva segurança na assistência da saúde. • Estudos apontam que de cada 10 pacientes atendidos em um hospital, um paciente sofre pelo menos um evento adverso, tais como: queda, administração incorreta de medicamentos, falhas na identificação do paciente, erros em procedimentos cirúrgicos, infecções e mau uso de dispositivos e equipamentos médicos. • Constituem-se estratégias de implementação do PNSP (Programa Nacional de Segurança do Paciente): ➢ Elaboração e apoio à implementação de protocolos, guias e manuais. ➢ Promoção de processos de capacitação. ANA LAURA ZOPPELLARI ➢ Inclusão, nos processos de contratualização e avaliação de serviços, metas, indicadores relativos à segurança do paciente. ➢ Implementação da campanha de comunicação social. ➢ Implementação sistemática de vigilância e monitoramento de incidentes com retorno às unidades notificantes. ➢ Promoção da cultura de segurança em ênfase no aprendizado e aprimoramento organizacional, em sistemas seguros e na prevenção de incidentes, evitando-se processos de responsabilização individual. ➢ Articulação, com o Ministério da Educação e com o Conselho Nacional de Educação, para inclusão do tema de segurança do paciente nos currículos dos cursos de formação em saúde de nível técnico, superior e pós-graduação. • Compete ao CIPNSP (Comitê de Implementação do Programa de Segurança do Paciente): ➢ Propor e validar protocolos, guias e manuais sobre: - Infecções relacionadas à área da saúde. - Procedimentos cirúrgicos e de anestesiologia. - Prescrição, transcrição, dispensação e administração de medicamentos, sangue e hemoderivados. - Processo de identificação de pacientes. - Comunicação no ambiente dos serviços de saúde. - Prevenção de quedas. - Úlceras por pressão. - Transferência de pacientes entre pontos de cuidado. - Uso seguro de equipamentos e materiais. ➢ Incentivar e difundir inovações técnicas e operacionais. ➢ Propor e validar projetos de capacitação. ➢ Analisar quadrimestralmente os dados do Sistema de Monitoramento os incidentes no cuidado de saúde e propor ações de melhoria. ➢ Recomentar estudos e pesquisas. ➢ Avaliar periodicamente o desempenho do PNSP. • Protocolos básicos de segurança do paciente: ➢ Protocolo para a Prática de Higiene das mãos em serviços de saúde. ➢ Protocolo segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. ➢ Protocolo de prevenção de quedas em pacientes hospitalizados. ➢ Protocolo de identificação do paciente. ➢ Protocolo para cirurgia segura. ➢ Protocolo de úlcera por pressão. • A OMS estima que, dos 7 milhões de pacientes que sofrem complicações pós- operatórias, 1 milhão morrem (metade dessas complicações são potencialmente evitáveis). • Em 2009, o “The New England Journal of Medicine”, mostrou que a taxa de mortes e de complicações cirúrgicas caiu mais de 30% dos oito hospitais que participaram de um programa piloso da OMS para implantação de um checklist cirúrgico. • A realização de um checklist de cirurgia segura é uma das ferramentas mais poderosas para evitar erros e eventos adversos. • A OMS elaborou um modelo de checklist para ser usado em cirurgias, após lançar um desafio global para reduzir riscos ANA LAURA ZOPPELLARI cirúrgicos e coletar a experiência de um painel internacional de especialistas. • A finalidade desse protocolo é de reduzir a ocorrência de incidentes e a mortalidade cirúrgica, possibilitando a adequada realização do procedimento, no local correto e no paciente correto, através do checklist da OMS. • Abrangência: o protocolo deve ser aplicado em todos os locais dos estabelecimentos de saúde em que sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos, quer diagnósticos, que impliquem a incisão no corpo humano ou em introdução de equipamentos endoscópicos, dentro ou fora do centro cirúrgico, por qualquer profissional da saúde. • A padronização e o checklist diminuem as chances de erro. • Troca de luvas estéreis – a cada 60 ou 120 minutos. • Primeira etapa: ➢ Na entrada. ➢ Objetivo é confirmar a identidade do paciente e as informações necessárias para a realização do procedimento correto no sítio cirúrgico correto, além de revisar particularidades do paciente, como alergias, dificuldades respiratórias, risco de aspiração e de perdas sanguíneas significativas. ➢ Inclui-se uma verificação dos equipamentos e das providências planejadas para casos de emergência. • Segunda etapa: ➢ Do time-out. ➢ Mais uma vez, as informações básicas do paciente e do procedimento. ➢ Conferir se a esterilização foi feita, assim como a realização da ANA LAURA ZOPPELLARI antibioticoterapia profilática e se os exames essenciais do paciente estão disponíveis para a consulta. • Terceira etapa: ➢ Antes da saída do paciente do centro cirúrgico. ➢ Confirmar a contagem de agulhas, instrumentos e esponjas cirúrgicas confere com a inicial. ➢ Revisar os cuidados que o paciente precisará no pós-operatório e relatar problemas com equipamentos que precisem ser revisados. • Portanto: 1. Certificar-se que é o paciente e o sítio cirúrgico correto. 2. Proteger o paciente da dor, minimizando os riscos da anestesia. 3. Ter capacidade para reconhecer dificuldades respiratórias e um plano de ação pronto. 4. Preparar-se para identificar e agir em caso de grande perda sanguínea. 5. Evitar induzir reações alérgicas ou à medicação que tragam riscos ao paciente. 6. Usar métodos para minimizar o risco de infecções em sítio cirúrgico. 7. Evitar a retenção de compressas ou instrumentos em feridas cirúrgicas. 8. Identificar de maneira precisa todos os espécimes cirúrgicos. 9. Comunicar e trocar informações críticas sobre o paciente.10. Cabe a hospitais e sistemas públicos de saúde estabelecer vigilância de rotina de resultados, volumes e capacidade cirúrgica. • 19 passos da cirurgia segura estruturados em etapas, como: ➢ Checar insumos e equipamentos antes da cirurgia. ➢ Marcar o local da cirurgia com caneta dermográfica. ➢ Conferir se compressas utilizadas durante o procedimento foram retiradas. • Serão utilizados padrões universais de segurança para as equipes cirúrgicas e para as atividades na sala de operação. • Prevenção de infecção do sítio cirúrgico: as infecções do sitio cirúrgico continuam sendo uma das causas mais comuns de complicações cirúrgicas sérias. As evidencias mostram medidas comprovadas. • A profilaxia antimicrobiana uma hora antes da incisão e a esterilização efetiva dos instrumentos são seguidas de maneira inconsistente. Isso ocorre frequentemente, não em decorrência dos custos ou falta de recurso, mas por deficiência na sistematização. • Os antibióticos, por exemplo, são administrados no período pré-operatório, tanto nos países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento. Mas são administrados cedo demais, tarde demais ou simplesmente de maneira irregular, tornando ineficiente na redução de danos ao paciente. • O que causa infecção de sítio cirúrgico: período de internamento do paciente na unidade, que ultrapassa o recomendado, avaliação para realização de tricotomia de forma inadequada, práticas realizadas por profissionais como lavagem universal das mãos, escovação e degermação, uso de equipamentos de proteção individual e a conduta dentro da sala cirúrgica, como o não fechamento das portas e conversação sem uso de máscara.