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Estudos de caso com respostas

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Estudos de Caso 
com Respostas
Câncer de Esôfago/ 
Alimentação por Sonda
Gary é um homem branco de 72 anos com diagnóstico de adenocar-
cinoma de esôfago há 3 meses e que está internado para reabilitação 
após cirurgia eletiva para remover o tumor. Ele foi submetido a uma 
esofagectomia com colocação de uma sonda de alimentação de jeju-
nostomia. A sonda de alimentação permanece no lugar e atualmente 
fornece 100% de sua ingestão. O pós-operatório incluiu pneumonia 
e tratamento com anti bió ticos por via intravenosa. Outros diagnós-
ticos ativos incluem doen ça do refluxo gastresofágico (DRGE), hi-
pertensão arterial, hiperlipidemia e osteo artrite. As cirurgias ante-
riores incluem artroplastia total do quadril e remoção bilateral da 
catarata.
Gary é um carpinteiro aposentado e mora com sua esposa e uma 
filha adulta. Ele parou de fumar em 1994 e não consome bebidas 
alcoó licas. Foi diagnosticado com disfagia há cerca de 6 meses e tem 
apresentado dificuldade para manter o peso desde então. Sua esposa, 
Selene, relata que, antes da cirurgia, fazia a maior parte de suas refei-
ções no liquidificador por recomendação de um fonoaudió logo. Ela 
cozinha todas as refeições, embora, antes de Gary ficar doente, eles 
comessem fora de vez em quando. Ela explicou que eles têm um casa-
mento muito “tradicional”, portanto considera cozinhar uma respon-
sabilidade sua. Relatou que, pré-hospitalização, a alimentação habi-
tual de seu marido era insuficiente. Ele comia cerca de 50% da comida 
que ela lhe dava, mas no café da manhã alimentava-se um pouco 
melhor. Selene diz que seu marido consome iogurte, mas evita leite e 
laticínios.
AntropometriA
yy Peso corporal atual: 67,3 kg
yy Peso corporal na admissão há 2 semanas: 71,8 kg
yy Peso corporal normal: 77,2 kg
yy Altura: 1,80 m.
DietA hAbituAl
yy Café da manhã: uma caneca de aveia diluí da com leite de amêndoa, 
iogurte, café forte
yy Almoço: arroz, vegetais e lentilhas transformados em uma sopa 
aquosa
yy Jantar: geralmente um prato de frango e arroz ou massa transfor-
mado em uma sopa pastosa, chá
yy Toma seus medicamentos com purê de maçã duas vezes ao dia. 
meDicAmentos e suplementos
yy Nadolol 200 mg/dia
yy Ondansetrona (conforme necessário)
yy Lansoprazol 15 mg, 2 vezes/dia
yy Ciprofloxacino 500 mg, 2 vezes/dia
yy Sinvastatina 40 mg/dia.
AvAliAção físicA nutricionAl
O paciente parece magro e apresenta perda muscular nos braços e nas 
pernas. Sem perda orbital. Sua clavícula é proeminente. Sua pele tem 
um bom turgor. Seus lábios não estão rachados nem secos e sua boca 
parece normal. Com exceção dos locais cirúrgicos, sua pele está in-
tacta, sem áreas eritematosas.
Exames laboratoriais Valores de referência
Sódio 140 mEq/l 135 a 145 mEq/l
Potássio 4,2 mEq/l 3,5 a 5,5 mEq/l
Albumina 3,1 g/dl 3,5 a 5,4 mEq/l
Nitrogênio ureico no sangue 11 mg/dl 8 a 24 mg/dl
Creatinina 1,1 mg/dl 0,6 a 1,3 mg/dl
Colesterol 178 mg/dl < 200 mg/dl
prescrição DA DietA AtuAl
Nada por via oral, alimentação por sonda polimérica de alta proteí na 
padrão (1,2 kcal/ml e 58 g de proteí na por litro) 60 ml/hora de ali-
mentação con tí nua com 200 ml de água irrigada a cada 6 horas.
Questões
1. Avalie a antropometria de Gary e calcule suas necessidades calóri-
cas, proteicas e hídricas.
2. A alimentação por sonda atende às necessidades energéticas e pro-
teicas do paciente? Que alterações você recomendaria?
3. Você considera esse paciente desnutrido? Por quê?
4. Avalie quaisquer potenciais interações medicamentosas nutricio-
nais e efeitos colaterais.
5. Descreva os objetivos de curto e longo prazos para Gary e Selene, 
a fim de auxiliá-lo a fazer a transição da alimentação por sonda 
para a ingestão de alimentos.
Deficiên cia de Crescimento em Crianças 
com Alergias Alimentares
Madeline, uma criança branca de 7 anos e 4 meses, foi encaminhada 
por seu pediatra por deficiên cia de crescimento. Ela e sua família 
(mãe, pai e irmão mais novo) acabam de retornar aos EUA, depois de 
3 anos morando na Irlanda. Quando tinha 2 anos, Madeline foi diag-
nosticada com alergia a manga, castanha-de-caju, amendoim, noz- 
pecã, leite e ovo, tendo-lhe sido prescrita uma caneta de epinefrina 
(EpiPen®). Caso seja exposta a esses alimentos, suas vias respiratórias 
se tornarão reativas e desenvolverá urticária (erupção cutâ nea). Ela 
também tem alergia a poeira, grama, pólen e gatos.
A mãe de Madeline, Rebecca, descreve-a como uma criança caute-
losa que tem um pouco de ansiedade para comer, especialmente ali-
mentos que não lhe são familiares. “Uma vez que acabamos de nos 
mudar para cá, vários alimentos não são familiares para Madeline”. Ela 
está nervosa por começar em uma nova escola porque não se sente 
confortável alimentando-se fora de casa.
AntropometriA
Rebecca relata que, desde o nascimento, o peso de Madeline está entre 
os percentis 3 e 10 e seu comprimento/estatura, entre os percentis 10 
e 25. Antes de deixar a Irlanda, há 1 mês, seu peso/idade estava no 8o 
percentil. Hoje, sua estatura é 1,16 m e seu peso, 18 kg.
De acordo com os gráficos de crescimento do CDC:
yy Peso/idade: 4%
yy Estatura/idade: 14%
yy IMC/idade: 3%.
recorDAtório AlimentAr 
De 24 horAs De mADeline
8h: ½ xícara de aveia com 1 xícara de leite de amêndoa fortificado com 
cálcio, ½ colher de chá de óleo de coco e ½ xícara de água com ¼ xí-
cara de suco de laranja natural fresco.
12h: ½ maçã, 1 fatia de pão com margarina sem laticínios e mel e 
1 xícara de água.
14h: 1 xícara de cereais e 1 xícara de leite de amêndoas fortificado com 
cálcio.
17h30: 57 g de salsicha de peru, ¾ xícara de fatias de batata assada, ½ 
xícara de brócolis e 1 xícara de água.
meDicAmentos e suplementos
Sem medicamentos, multivitamínico infantil com ferro (cerca de 4 
vezes/semana).
AvAliAção físicA nutricionAl
Madeline é magra, tem pouca gordura corporal e aparenta timi-
dez. Ela não faz muito contato visual e hesita em responder às 
perguntas que lhe são dirigidas, preferindo fazê-lo quando sua 
mãe reformula a pergunta. Sua pele é clara e seus olhos, brilhan-
tes. Madeline evacua diariamente e sua mãe relata que não há 
problemas com sua digestão.
Questões
1. Avalie a antropometria de Madeline. Ela se encaixa na categoria de 
deficiên cia de crescimento? Por que sim ou por que não?
2. Calcule suas necessidades calóricas, proteicas e hídricas. Existem 
nutrientes adicionais importantes para sua idade?
3. Avalie sua dieta de 24 horas. Sua ingestão de calorias, proteí nas e 
nutrientes é adequada?
4. Na sua opinião, quais são os motivos pelos quais o peso corporal 
de Madeline diminuiu desde que voltou para os EUA?
5. Descreva os objetivos nutricionais de curto e longo prazos para 
Madeline.
Diabetes
Emanuel é um homem de 47 anos, descendente de mexicanos, que 
foi encaminhado para tratamento de diabetes não controlado. Ele 
foi diagnosticado há 7 anos e já começou a ter visão embaçada 
relacionada à retinopatia diabética. Sua hemoglobina A1C con ti-
nua aumentando e seu médico quer colocá-lo em insulina basal. 
Emanuel quer prevenir as complicações do diabetes a longo prazo 
e espera não ter que tomar insulina. Seu histórico médico inclui 
hiperlipidemia, hipertensão arterial (HA), obesidade, depressão e 
fadiga. Ele é divorciado, tem dois filhos adultos, mora com o irmão 
e trabalha no turno da noite (das 23h às 7h) como auxiliar de en-
fermagem em uma casa de repouso. Seu pai também tinha diabetes 
e faleceu há 6 meses de um infarto do miocárdio. Ele ainda está se 
sentindo muito estressado e tendo dificuldade em lidar com sua 
dor. Emanuel acabou de modificar a dieta e parou de comer no 
trabalho, a não ser por um pedaço de fruta, para tentar emagrecer 
e diminuir seus níveis glicêmicos. A única atividade física que ele 
faz é caminhar no trabalho.
AntropometriA
yy Altura: 1,70 m
yy Peso corporal: 110,4 kg
yy IMC: 38,1 kg/m2.
Emanuel relata que, desde criança, esteve com sobrepeso. Seu peso 
normal é cerca de 100 kg, mas seu peso começou a aumentar depois 
que seu pai morreu.Desde que modificou sua dieta, há 2 semanas, 
perdeu 2,7 kg.
recorDAtório AlimentAr 
De 24 horAs De emAnuel
15h: 700 ml de café com creme e leite e um pãozinho com presunto e 
queijo.
22h: 2 xícaras de arroz branco, 2 ovos e 115 g de chouriço (linguiça) 
com uma tortilha de farinha branca. Gosta de comer algo doce, como 
4 minibarras de chocolate e 1 saquinho de jujubas.
3h às 4h: às vezes como uma laranja ou uma maçã.
Consome 3 latinhas de água com gás por dia (1 l).
meDicAmentos e suplementos
yy Metformina 500 mg, 2 vezes/dia
yy Lisinopril 20 mg
yy Sinvastatina 40 mg
yy Sertralina 50 mg.
Ele também está tomando um multivitamínico.
AvAliAção físicA nutricionAl
Emanuel tem um habitus corporal maior com adiposidade abdomi-
nal. Ele tem acantose nigricans visível na nuca.
exAmes lAborAtoriAis recentes 
e pressão ArteriAl
Emanuel realiza o automonitoramento da glicemia (AMG) pela ma-
nhã cerca de 3 vezes/semana. Ele diz que não gosta de medi-la porque 
está sempre alta (na faixa de 200 a 300 mg/dl).
Exames laboratoriais Valores de referência 
Glicose de jejum 229 mg/dl 80 a 130 mg/dl
Hemoglobina A1C 9,6% < 7%
Colesterol 220 mg/dl < 200 mg/dl
HDL 46 mg/dl > 40 mg/dl
LDL 137 mg/dl < 130 mg/dl ( ideal)
Triglicerídeos 187 mg/dl < 150 mg/dl
Pressão arterial (PA): 132/92 mmHg
Questões
1. Avalie a antropometria de Emanuel e calcule suas necessidades 
calóricas, proteicas e hídricas.
2. Avalie seu registro de 24 horas. Sua ingestão de calorias, proteí nas 
e líquidos é apropriada para suas necessidades? Há nutrientes im-
portantes para sua idade e seu estado de saú de (diabetes, hiperlipi-
demia, hipertensão arterial)?
3. Avalie seus exames laboratoriais e sua pressão arterial. O que, em 
sua dieta e estilo de vida, poderia contribuir para esses valores?
4. Avalie quaisquer potenciais interações medicamentosas nutricio-
nais e efeitos colaterais.
5. Descreva os objetivos de curto e longo prazos para Emanuel a fim 
de auxiliá-lo a controlar o diabetes, os níveis sanguí neos elevados 
de lipídios e a pressão arterial.
Gota
Jack é um homem branco de 45 anos que está sendo atendido na clí-
nica para tratamento de sua gota recém-diagnosticada. Ele também 
tem histórico de hipertensão arterial leve e LDL-colesterol elevado. 
Sua mãe ainda está viva e tem diabetes melito e doen ças cardía cas. Seu 
pai morreu em um acidente de carro quando Jack tinha apenas 12 
anos. Jack tem uma irmã mais nova sem grandes problemas de saú de. 
Ele mora com o marido em um apartamento na cidade e viaja com 
fre quência para trabalhar como consultor administrativo. Ele diz que 
ele tem problemas para fazer exercícios regulares na academia devido 
ao seu trabalho e ganhou cerca de 9,1 kg nos últimos anos. Jack cos-
tuma comer em restaurantes durante as viagens. Quando ele está em 
casa, o marido, que cozinha muito bem, costuma fazer o que chama 
de um “jantar saudável”.
AntropometriA
yy Altura: 1,80 m
yy Peso corporal: 101 kg
yy IMC: 31 kg/m2.
recorDAtório AlimentAr De 
24 horAs De JAck
yy Café da manhã: sanduí che fast food de ovo e bacon, suco de laranja 
grande, café com creme
yy Colação: biscoitos recheados no avião
yy Almoço: sanduí che French Dip com batata frita (em um restau-
rante), cerveja artesanal grande
yy Lanche: happy hour no bar do aeroporto com dois coquetéi s cuba- 
libre e frango frito com queijo e biscoitos
yy Jantar: salada verde com pepino e molho ranch, peito de frango 
assado com ervas e azeite, ½ batata doce com manteiga, 1 taça de 
260 ml de vinho branco.
meDicAmentos e suplementos
Lisinopril, pravastatina, MVI com minerais (mas às vezes toma apenas 
alguns dias por semana), vitamina D
3
. Iniciando agora o alopurinol.
Exames laboratoriais Valores de referência
Sódio 137 mEq/l 135 a 145 mEq/l
Potássio 4,8 mEq/l 3,5 a 5,5 mEq/l
Nitrogênio ureico no sangue 9,2 mg/dl 7 a 20 mg/dl
Creatinina 0,8 mg/dl 0,6 a 1,2 mg/dl
Glicemia de jejum 100 mg/dl 70 a 99 mg/dl
Triglicerídeos 280 mg/dl < 150 mg/dl
Colesterol total 210 mg/dl < 200 mg/dl
HDL-colesterol 41 mg/dl > 40 mg/dl (mais alto é melhor)
LDL-colesterol 145 mg/dl < 130 mg/dl
AvAliAção físicA nutricionAl
Homem de aparência bem nutrida, sem sinais de desnutrição.
Questões
1. Avalie a antropometria e calcule suas necessidades calóricas, pro-
teicas e hídricas.
2. Avalie a adequação de seu registro de 24 horas.
3. Comente sobre quaisquer valores laboratoriais anormais.
4. Avalie quaisquer potenciais interações medicamentosas nutricio-
nais e efeitos colaterais.
5. Que recomendações você faria para mudar a dieta desse paciente 
para melhorar a gota? E para melhorar sua dieta em geral? Liste os 
objetivos de curto e longo prazos.
Hepatite
Maria, mulher filipina de 57 anos que deu entrada no hospital com 
estado de consciên cia alterado, foi diagnosticada com encefalopatia 
hepática em estágio II relacionada com hepatite crônica. Ela tem his-
tória de hepatite C há 2 anos e sangramento gastrintestinal superior há 
3 meses. Desde então, tem sido tratada com ferro e o sangramento não 
voltou a ocorrer. Atualmente, em decorrência da gravidade de sua ence-
falopatia, não é possível rea li zar uma entrevista. Ela foi tratada com 
Furosemida IV quando internada para tratar ascite, que já melhorou. É 
solteira, mas tem um namorado que relata que seu apetite em casa varia, 
com náu seas intermitentes. Os sintomas de Maria antes da internação 
incluíam episódios irregulares de fadiga intensa e algumas dores no 
quadrante superior (abdominal). Desde sua última hospitalização, ela 
está sem apetite e com náu seas leves. Maria queixava-se de alterações no 
paladar, afirmando que alimentos que eram seus preferidos não lhe 
agradam mais. A diarreia é um problema contínuo.
AntropometriA
yy Altura: 1,52 m
yy Peso corporal: 48,1 kg
yy Peso na admissão: 50,4 kg
yy Peso habitual: 50 kg
yy IMC: 20,7 kg/m2
yy Peso seco estimado em 47,7 kg.
AvAliAção físicA nutricionAl
A paciente parece magra e pálida. Petéquias estão presentes. Ela apa-
renta ter alguma perda muscular nas extremidades. Maria tem retra-
ção gengival que sangra com facilidade e lhe faltam alguns dentes. Ela 
não tem edema óbvio.
meDicAmentos e suplementos
yy Lactulose 30 ml, 3 vezes/dia
yy Espironolactona 25 mg, 2 vezes/dia
yy Ribavirina 200 mg/dia
yy Injeção de peginterferona 180 mcg, 1 vez/semana
yy Paracetamol conforme necessário
yy 325 mg de sulfato ferroso
yy Cardo-mariano 250 mg/dia.
Atualmente em infusão IV, fornecendo 50 ml/h de líquido.
Exames laboratoriais Valores de referência
Nitrogênio ureico no sangue 10 mg/dl 7 a 20 mg/dl
Creatinina sérica 0,8 mg/dl 0,6 a 1,2 mg/dl
TGO 70 U/l 10 a 40 U/l
TGP 80 U/l 7 a 56 U/l
Amônia 60 mmol/l 11 a 45 mmol/l
Albumina 2,9 mg/dl 3,5 a 5,4 mg/dl
Hematócrito 34% 37 a 45%
DietA AtuAl
Maria está fazendo uma dieta com 2 g de sódio.
recorDAtório AlimentAr 
De 24 horAs no hospitAl
yy Café da manhã: café, 1 torrada com geleia
yy Almoço: pequena tigela de sopa de legumes com biscoitos cream 
crackers, meia porção de pudim
yy Lanche da tarde: refrigerante à base de noz-de-cola (350 ml) e um 
biscoito doce
yy Jantar: ¼ de peito de frango grelhado, um pouco de purê de batata 
e cenoura, 240 ml de chá gelado.
Questões
1. Avalie a antropometria e calcule suas necessidades calóricas, pro-
teicas e hídricas.
2. Avalie seu registro de 24 horas. Sua ingestão de calorias, proteí nas 
e líquidos é adequada? 
3. Há nutrientes importantes para o estado de saúde da paciente?
4. Avalie quaisquer potenciais interações medicamentosas nutricio-
nais e efeitos colaterais.
5. Avalie os resultados laboratoriais e como eles se relacionam com a 
doença e comente sobre quaisquer implicações nutricionais.
6. Descreva os objetivos nutricionais de curto e longo prazos.
Insuficiên cia Cardía ca
George é um nativo americano da etnia Tulalip de 80 anos com 
insuficiên cia cardía ca recém-diagnosticada em estágio C. Ele foi inter-
nado na unidade cardía ca após sentir falta de ar. Seus tornozelos estão 
inchados e seu pesoaumentou 4 kg (seu peso normal é 84,1 kg). Ele 
está sendo tratado com furosemida intravenosa e monitoramento 
cardía co enquanto os medicamentos são titulados para estabilizar sua 
insuficiên cia cardía ca. Encontra-se em dieta cardía ca hospitalar e 
restrição hídrica a 2 l. Sua história clínica inclui 12 anos de hiperten-
são arterial e hiperlipidemia. Sua fração de ejeção é de 39%. George 
tem histórico de câncer de próstata e atualmente está em remissão.
Histórico social: George mora com sua filha, genro e três filhos em 
uma casa térrea. Eles vivem na reserva, que fica a cerca de 20 quilômetros 
de uma cidade com supermercados; portanto, a família depende de muita 
comida enlatada e carne de caça congelada (veado e alce). George come 
salmão durante os meses de verão. Faz suas refeições com a família à noite 
e nos fins de semana; caso contrário, prepara a comida sozinho. Ele tem 
se alimentado muito mal desde que foi internado no hospital, há 3 dias, 
afirmando que a comida é insípida e seu apetite “não é grande”. Queixa-se 
de que a comida está muito seca e de xerostomia, por isso gostaria de 
beber maior quantidade do que lhe estão oferecendo.
AntropometriA
yy Altura: 1,77 m
yy Peso corporal: 85,4 kg, abaixo dos 88,1 kg na admissão.
consumo AlimentAr hAbituAl em cAsA
yy Café da manhã: cereais e leite ou ovos fritos e torradas nos fins de 
semana, suco de laranja
yy Almoço: sanduí che de presunto no pão branco
yy Lanche: batatas fritas e refrigerante à base de noz-de-cola
yy Jantar: macarrão Kraft® com queijo ou hambúrguer de alce e ba-
tatas fritas congeladas; no verão, salmão
yy Refrigerante à base de noz-de-cola ou limonada
yy Feijão-verde enlatado ou, às vezes, salada com molho
yy Sorvete algumas noites.
ingestão AtuAl
Ingere 75 a 100% do café da manhã e menos de 50% do almoço e jantar.
meDicAmentos e suplementos
Ele toma 20 mg de sinvastatina, 25 mg de carvedilol 2 vezes/dia e co-
meçou a tomar 40 mg/dia de potássio. Ele também toma 2.000 UI/dia 
de vitamina D.
Exames laboratoriais Valores de referência 
Glicose em jejum 128 mg/dl 80 a 130 mg/dl
Nitrogênio ureico no sangue 19 mg/dl 7 a 20 mg/dl
Creatinina sérica 0,9 mg/dl 0,6 a 1,2 mg/dl
Sódio sérico 133 mEq/l 135 a 145 mEq/l
Potássio sérico 3,9 mEq/l 3,5 a 5,5 mEq/l
Colesterol total 190 mg/dl < 200 mg/dl
Pressão arterial: 125/80 mmHg
AvAliAção físicA nutricionAl
George parece bem nutrido. Ele apresenta adiposidade abdominal e 
tem um pouco de edema nos tornozelos. Seus lábios parecem secos, 
mas não estão rachados. Seu cabelo está ligeiramente ralo, sem man-
chas difusas, as unhas parecem lisas e de formato uniforme.
Questões
1. Quais são as necessidades calóricas, proteicas e hídricas de George?
2. Avalie se a ingestão habitual de George de calorias, proteí nas e lí-
quidos é adequada para suas necessidades. Existem nutrientes im-
portantes a serem considerados?
3. Qual é a provável razão para seu baixo teor de sódio sérico? Isso 
significa que ele precisa de mais sódio em sua dieta?
4. Avalie quaisquer potenciais interações medicamentosas nutricio-
nais e efeitos colaterais.
5. Descreva os objetivos de curto e longo prazos para o tratamento da 
insuficiên cia cardía ca de George.
Insuficiên cia Renal
Henry é um afro-americano de 70 anos com doen ça renal terminal 
que iniciou recentemente a hemodiá lise 3 vezes/semana e está tendo 
problemas com as alterações na dieta. Ele não gosta do sabor de seus 
quelantes (Tums®/carbonato de cálcio) e relata que muitas vezes se 
esquece de tomá-los com as refeições. Seu nefrologista o encaminhou 
para ajuda na implementação de uma dieta renal. Ele assistiu a uma 
aula, mas tem dificuldade de lembrar-se do que aprendeu. Sua filha o 
acompanha na consulta. Henry foi diagnosticado com diabetes melito 
tipo 2 há 10 anos. O médico disse que era provável que estivesse com 
a doen ça vários anos antes do diagnóstico. Henry mora sozinho, mas 
sua filha mora a alguns quilômetros de distância e o leva para as ses-
sões de diá lise, ou ele usa o transporte da clínica. Henry está quase 
sempre em casa e sua filha leva-lhe mantimentos. Ela o descreve como 
“teimoso”.
Ele costuma comer alimentos enlatados e congelados porque são 
fáceis de preparar e ele gosta. Sente-se cansado e não tem energia para 
cozinhar, mas aquece suas refeições e sua filha, às vezes, cozinha para 
ele e ou traz comida de sua casa. Seus tornozelos estão inchados. “Eu 
durmo muito na diá lise, então não consigo dormir muito bem à noite; 
além disso, tenho muitas cãibras muscula res que me mantêm acor-
dado”. Sua produção de urina é de cerca de 240 ml/dia e ele tem 
constipação intestinal crônica, evacuando a cada 2 a 3 dias.
AntropometriA
yy Altura: 1,78 m
yy Peso corporal: 69,5 kg
yy IMC: peso corporal 1 ano atrás: 77 kg; peso 3 meses atrás: 72 kg; 
peso antes da última sessão de diá lise: 75 kg; peso após a última 
sessão de diá lise: 72,5 kg.
recorDAtório AlimentAr 
De 24 horAs De henry
yy Café da manhã: várias vezes pula porque dorme tarde e não tem 
tido muito apetite ultimamente. Bebe 1 xícara de café com 2 colhe-
res de sopa de creme de leite batido quando acorda
yy Colação (11h): 350 ml de suco de laranja, 1 fatia de torrada com 
manteiga e um punhado de M&M
yy Almoço (13h): 2 xícaras de sopa de tomate em lata (é a sua favo-
rita), 12 biscoitos salgados e 230 ml de leite a 2%
yy Lanche: 1 banana grande
yy Jantar (20h): bife Salisbury com purê de batatas congelado e 350 
ml de chá gelado adoçado
yy Ceia (22h): 1 xícara de sorvete de chocolate.
meDicAmentos e suplementos
Atenolol, eritropoetina (EPO), gliconato férrico de sódio, insulina 
(insulina basal Lantus®), paricalcitol, sertralina, polietilenoglicol 
3350, comprimidos de carbonato de cálcio.
AvAliAção físicA nutricionAl
Evidência de perda moderada nas re giões orbitária, bucal, temporal e 
clavicular. O paciente move-se lentamente e as próteses dentárias pa-
recem se encaixar frouxamente. Ele adormece brevemente durante a 
ingestão alimentar. Os tornozelos apresentam evidências de edema.
Exames laboratoriais
Valores de referência 
para diá lise
Nitrogênio ureico no sangue 20 mg/dl 50 a 100 mg/dl
Glicemia de jejum 140 mg/dl < 300 mg/dl
HbA1C 7,2% < 7%
Albumina 3 g/dl 3,5 a 5,5 g/dl
Potássio (K+) 6,4 mEq/l 3,5 a 5,5 mEq/l
Sódio (Na+) 126 mEq/l 135 a 145 mEq/l
Fósforo (PO4) 7,2 mg/dl 3 a 5,5 mg/dl
Hematócrito (HCT) 36% 42 a 52%
Hemoglobina (Hgb) 12,2 g/dl 14 a 18 g/dl
Pressão arterial: 143/92 mmHg
Questões
1. Avalie a antropometria de Henry. Ele ganhou mais do que a quan-
tidade recomendada entre as sessões de diá lise? Calcule suas neces-
sidades calóricas, proteicas e hídricas.
2. Avalie a dieta de 24 horas de Henry. Sua ingestão de calorias, 
proteí nas e líquidos é adequada para suas necessidades? Alguns 
nutrientes são importantes para sua idade e seu estado de saú de 
(doen ça renal terminal, diabetes melito, hipertensão arterial)?
3. Avalie seus exames laboratoriais e sua pressão arterial. O que, em 
sua dieta, poderia contribuir para esses valores?
4. Avalie quaisquer potenciais interações medicamentosas nutricio-
nais e efeitos colaterais.
5. Descreva os objetivos de curto e longo prazos para ajudar Henry a 
administrar sua saú de durante a diá lise.
Doença de Parkinson
Richard é um afro-americano de 55 anos que foi transferido do hos-
pital para um centro de reabilitação, após uma queda com ferimentos 
leves em casa, para fazer fisioterapia e terapia ocupacional. Diagnosti-
cado com doen ça de Parkinson 3 anos antes da internação, ele tem 
histórico de câncer de cólon de 5 anos, sem metástases, que foi tratado 
com cirurgia e radioterapia. Seu único outro problema clínico é a 
constipação intestinal. Atualmente está livre do câncer. Richard, que é 
divorciado, tem três filhos adultos e mora sozinho, é contador, mas 
não trabalha desde o ano passado devido ao seu estado de saú de. Ele 
sofre de alguns tremores, especialmente à tarde. Os filhos de Richard 
se revezam nas tarefas domésticas e nascompras, mas ele cozinha para 
si mesmo. Ele come com um amigo todas as sextas-feiras à noite. Está 
muito motivado para ficar forte o suficiente para que possa voltar a 
trabalhar pelo menos por meio perío do e fazer suas próprias tarefas 
domésticas e compras.
AntropometriA
yy Altura: 1,70 m
yy Peso corporal: 70,5 kg
yy Peso corporal habitual: 68,1 a 72,7
yy IMC: 24,3 kg/m2.
AvAliAção físicA nutricionAl
O paciente parece bem nutrido. Não apresenta edema óbvio. A mu-
cosa oral de Richard parece saudável, mas ele se esforça para não ba-
bar, o que é um sintoma da doen ça de Parkinson. Ele tem hematomas 
no quadril e no ombro devido a uma queda.
meDicAmentos e suplementos
yy Carbidopa-levodopa 25 mg, 3 vezes/dia
yy Baclofeno 10 mg/dia
yy Sertralina 50 mg/dia
yy Ranitidina prn (conforme necessário)
yy Suplemento de fibra de semente de psyllium: 1 colher de sopa, 
2 vezes/dia
yy Vitamina C 1.000 mg
yy Vitamina D
3
 600 mg
yy Coenzima Q10 100 mg.
Exames laboratoriais Valores de referência 
Nitrogênio ureico no sangue 19 mg/dl 7 a 20 mg/dl
Creatinina sérica 1,2 mg/dl 0,6 a 1,2 mg/dl
Sódio sérico 147 mEq/l 135 a 145 mEq/l
Potássio sérico 5,1 mEq/l 3,5 a 5,5 mEq/l
Glicemia de jejum 128 mg/dl 80 a 130 mg/dl
Hematócrito 53% 41 a 51%
DietA AtuAl
Richard relata que comumente consegue encontrar no cardápio os 
alimentos de que gosta. Seu apetite é “muito bom”. Quando questio-
nado sobre a ingestão de líquidos, ele afirma: “Não gosto de ser aju-
dado a ir ao banheiro, então tento não beber muita água”.
DietA hAbituAl
yy Café da manhã: 2 a 3 ovos e torradas de trigo, 1 iogurte grego com 
banana, 1 de copo de suco de laranja, café
yy Almoço: sanduí che cujo recheio se alterna entre peru, presunto, 
atum e inclui alface, queijo e maionese. O tipo de pão varia. Saco 
pequeno de batatas fritas. Às vezes, uma maçã ou outra fruta, café
yy Lanche da tarde: amêndoas e um refrigerante diet
yy Jantar: sanduí che de queijo grelhado, produto de conveniência 
como pizza congelada ou frango assado (paciente afirma sentir-se 
cansado à noite para fazer comida). Geralmente um copo d’água.
Questões
1. Avalie a antropometria e calcule suas necessidades calóricas, pro-
teicas e hídricas.
2. Avalie seu registro de 24 horas. Sua ingestão de calorias, proteí nas 
e líquidos é apropriada?
3. Há nutrientes importantes para sua idade e sua saú de?
4. Avalie quaisquer potenciais interações medicamentosas nutricio-
nais e efeitos colaterais.
5. Avalie seus exames laboratoriais. O que, em sua dieta e estilo de 
vida, poderia contribuir para esses valores?
6. Descreva os objetivos de curto e longo prazos.
Síndrome dos Ovários Policísticos
Aarti, mulher de 27 anos proveniente da Índia Oriental, foi diagnosti-
cada com síndrome do ovário policístico (SOP) há 8 anos. Ela foi 
encaminhada para obter ajuda com mudanças na dieta porque está 
ganhando peso rapidamente e seus exames laboratoriais recentes são 
consistentes com síndrome metabólica. Seu histórico médico inclui 
depressão, ansiedade, cefaleia e insônia. Ela vai se casar neste verão, 
está ansiosa para ter filhos e teme que sua fertilidade esteja afetada 
pela SOP. Aarti trabalha para uma grande empresa de software. Ela se 
mudou da Califórnia para o Colorado há 3 meses e seu noivo vai se 
juntar a ela dentro de 1 mês. Atualmente ela mora sozinha e se sente 
ansiosa e isolada. Ela trabalha muitas horas e se sente cansada e estres-
sada. “Com a insônia, durmo apenas cerca de 6 horas por noite. Vou 
dormir melhor quando meu noivo chegar.”
O ciclo menstrual de Aarti está irregular há muito tempo. Sua úl-
tima menstruação foi há 2 meses e a anterior, há 5 meses. Aarti tem 
evacuação diá ria, mas ocasionalmente apresenta constipação intesti-
nal. Não tem alergias conhecidas.
AntropometriA
yy Altura: 1,63 m
yy Peso corporal: 94,5 kg.
Seu peso normal é de 90,9 kg nos últimos 3 anos ou mais. Ela perdeu 
peso há 1,5 ano (86,3 kg) aumentando os exercícios físicos e começou a 
comer com mais atenção, inclusive menos batatas e chapati (pão ázimo). 
Seu estresse também estava menor. Recentemente, começou a ganhar 
peso corporal e atualmente se encontra no seu maior patamar ponderal. 
Ela se inscreveu na academia por meio de seu trabalho, mas a frequenta 
esporadicamente, exercitando-se na elíptica ou tendo aulas de spinning 1 
a 2 vezes/semana. Às vezes, passa 1 ou 2 semanas sem ir à academia.
recorDAtório AlimentAr 
De 24 horAs De AArti
Ela afirma que esse recordatório é bem típico atualmente.
9h30: 2 ovos grandes cozidos com 1 xícara de café, ½ xícara de leite 
a 2%
13h: 1 xícara de mirtilos e 3 panquecas (lentilha e arroz branco) 
(12 cm de diâ me tro), 1 tigela (1,5 xícara) de sambar (prato indiano à 
base de vegetais e lentilha)
16h: 1 banana grande e 1 xícara de café com ½ xícara de leite a 2%
18h: 2 xícaras de batata e curry de couve-flor com pimentão, ervi-
lha, tomate e cebola; 1 xícara de arroz branco
20h30: 10 a 12 biscoitos caseiros de farinha de milho, 2 a 3 peque-
nas batatas cozidas com chutney de coentro.
Bebe água ao longo do dia (6 a 8 copos) além do café. Ingere bebi-
das alcoó licas (1 a 2 taças de vinho 1 vez/mês).
Aarti é vegetariana, mas consome ovos e laticínios. Quando está 
estressada, come o que chama de macarrão tipo lámen indiano, bata-
tas, chapati e ovos em grandes porções, geralmente à noite. Ela sabe que 
não é bom comer demais, mas tem dificuldade em parar. Ela também 
está tentando não comer muito açúcar – “Eu sei que não é bom para 
mim”. Ela gosta de cozinhar e considera essa atividade relaxante à noite, 
depois do trabalho.
meDicAmentos e suplementos
Metformina 500 mg, 2 vezes/dia. Ela está se consultando com um 
médico naturopata que prescreveu mioinositol e d-quiroinositol, 
n-acetilcisteí na (NAC), 1 cápsula de probió tico Culturelle® e 2.000 UI 
de vitamina D
3
.
AvAliAção físicA nutricionAl
Aarti tem alguns pelos faciais e acne na linha da mandíbula (hirsu-
tismo). Ela também parece ter adiposidade central.
Exames laboratoriais Valores de referência
Testosterona (total) 153 ng/dl 50 a 70 ng/dl
Glicemia de jejum 102 mg/dl 70 a 99 mg/dl
HbA1C 5,6% < 5,7%
Triglicerídeos: 188 mg/dl < 150 mg/dl
Colesterol total: 224 mg/dl < 200 mg/dl
Vitamina D 19 ng/ml 20 a 80 ng/ml (o ideal é > 30 ng/ml)
Pressão arterial: 128/84 mmHg
Questões
1. Avalie a antropometria e calcule suas necessidades calóricas, pro-
teicas e hídricas.
2. Avalie seu recordatório de 24 horas. Sua ingestão de calorias, 
proteí nas e líquidos é adequada para as suas necessidades? Há 
nutrientes importantes para a fase da vida em que se encontra e o 
seu estado de saú de (SOP e síndrome metabólica)?
3. Avalie seus exames laboratoriais e sua pressão arterial. O que, em sua 
dieta e estilo de vida, poderia contribuir para os níveis elevados?
4. Avalie quaisquer potenciais interações medicamentosas nutricio-
nais e efeitos colaterais.
5. Descreva os objetivos de curto e longo prazos para Aarti a fim de 
ajudá-la a controlar a síndrome metabólica, a SOP e auxiliar na 
fertilidade.
Anemia, Síndrome do Intestino 
Irritável e Transtorno Alimentar
Melanie é mulher branca de 19 anos, descendente de europeus orien-
tais, encaminhada por SII do tipo misto (SII-M), baixo peso corporal 
e anemia. A história clínica inclui ansiedade, depressão, refluxo esofá-
gico e amenorreia. Ela foi diagnosticada com SII há 3 anos e tem difi-
culdade em comer porque vários alimentos desencadeiam seus sinto-
mas de constipação intestinal e diarreia alternadas. Ela também sente 
edema doloroso na maior parte do dia, especialmente depois de co-
mer. Dependendo do dia, oscila entre 0 e 6 evacuações por dia. Ela 
apresenta constipação intestinal por 2 a 3 dias e nos dias que se se-
guem experimenta vários episódios de diarreia. Melanie tomou um 
suplemento de ferro anteriormente, mas descobriu que era muito 
obstipante. Ela corre de 5 a 8 km todos os dias e também faz ioga 3 a 
4 vezes/semana. Quando solicitada a reduzir a atividade devido ao 
baixo peso corporal,ela protestou afirmando que se sente melhor 
quando faz exercícios e que eles auxiliam na digestão.
AntropometriA
yy Altura: 1,70 m
yy Peso corporal: 47,3 kg
yy IMC: 16,3 kg/m2.
Melanie relata que sempre foi magra. Sua relação IMC/idade esteve 
entre 10 e 25% durante a infância. Depois de desenvolver sintomas 
digestivos, Melanie decidiu restringir sua ingestão de alimentos e seu 
peso começou a diminuir. Dois anos atrás ela pesava 54,5 kg (IMC 
18,8 kg/m2); 1 ano atrás, 50,4 kg (IMC 17,4 kg/m2); 6 meses atrás, 
49 kg (IMC 16,9 kg/m2).
recorDAtório AlimentAr 
De 24 horAs De melAnie
yy Café da manhã: pula devido ao baixo apetite e ao edema
yy Almoço: bolo de arroz e uma fatia de frango Deli – às vezes pula, 
se estiver se sentindo muito inchada
yy Lanche: alguns biscoitos de arroz
yy Jantar: 50 g de peixe, ½ xícara de quinoa e um punhado de mini-
cenouras.
meDicAmentos e suplementos
Omeprazol e suplemento de sene para constipação intestinal.
AvAliAção físicA nutricionAl
Possui um habitus corporal extremamente magro, com grande perda 
de gordura temporal, vestibular, orbital e clavicular. O músculo in-
terósseo está moderadamente deprimido. O cabelo da paciente está 
ficando ralo e sua pele é pálida.
Exames laboratoriais Valores de referência
HCT 32,5% 35 a 47%
HGB 10,4 g/dl 12 a 15 g/dl
Eritr. 3,38 × 10 M/ml 3,8 a 5,20 M/ml
VCM 80 fl 82 a 99 fl
CHCM: 30,6 g/dl 32 a 36 g/dl
Leuc. 10,7% 11 a 14,5%
CTLF 460 mcg/dl 250 a 400 mcg/dl
Ferritina 9 ng/ml 10 a 150 ng/ml
Glicose 77 mg/dl 70 a 99 mg/dl
Potássio 4,2 mEq/l 3,5 a 5,5 mEq/l
Sódio 136 mEq/l 135 a 145 mEq/l
Pressão arterial (PA): 92/58 mmHg
Questões
1. Avalie a antropometria de Melanie e calcule suas necessidades ca-
lóricas, proteicas e hídricas.
2. Avalie seu registro de 24 horas. Sua ingestão de calorias, proteí nas 
e líquidos é apropriada para suas necessidades? Há nutrientes im-
portantes para sua idade e seu estado de saú de (anemia, SII, baixo 
peso corporal)?
3. Avalie seus exames laboratoriais e sua pressão arterial. O que, em 
sua dieta e estilo de vida, poderia contribuir para esses valores?
4. Avalie quaisquer potenciais interações medicamentosas nutricio-
nais e efeitos colaterais.
5. Descreva os objetivos de curto e longo prazos para Melanie a fim 
de auxiliá-la a controlar a anemia, o baixo estado ponderal e a 
síndrome do intestino irritável.
câncer De esôfAgo/AlimentAção por sonDA
1. Avalie a antropometria de Gary e calcule suas necessidades 
calóricas, proteicas e hídricas.
O peso corporal atual é 87% do peso normal e o peso de admis-
são foi 93% do peso normal. Com base na idade do paciente, suas 
necessidades energéticas são de 25 a 30 g/kg. Agora, no entanto, ele 
precisa ganhar peso, então, usando 35 kcal/kg para ganho de peso, 
suas necessidades calóricas são de 2.350 kcal. Suas necessidades de 
proteí na são elevadas para a cura em 1,2 a 1,5 g/kg ou 80 a 100 g. 
As necessidades hídricas são calculadas como 1 ml/caloria, por-
tanto 2.350 ml.
2. A alimentação por sonda atende às necessidades energéticas e 
proteicas do paciente? Que alterações você recomendaria?
Cálculo da taxa de alimentação (TA): 60 ml/hora × 24 horas = 
1.440 ml × 1,2 kcal/ml = 1.728 kcal. Isso é apenas 73% de suas 
necessidades calóricas estimadas. Uma fórmula padrão de 1,2 kcal/
ml tem 54 g de proteí na por litro, então ele estaria recebendo 78 g 
de proteí na (1,44 l × 54 g/l), o que está um pouco abaixo de suas 
necessidades estimadas de proteí na.
Recomendação: aumentar a TA por sonda para 82 ml/hora. 
Isso fornece 2.361 kcal (82 ml/hora × 24 horas = 1.968 ml total × 
1,2 = calorias totais) e 106 g de proteí na (1,97 l × 54 g/l).
3. Você considera este paciente desnutrido? Por quê?
Sim, ele é considerado desnutrido.
Segundo a Academy and American Society for Parenteral and 
Enteral Nutrition (ASPEN), o estado de desnutrição deve ser diag-
nosticado quando pelo menos duas das seis características a seguir 
estiverem presentes:
1. Ingestão energética insuficiente.
2. Perda ponderal.
3. Perda de massa muscular.
4. Perda de gordura subcutâ nea.
5. Acúmulo de líquido localizado ou generalizado que às vezes 
pode mascarar a perda de peso corporal.
6. Diminuição da força de preensão da mão.
Outro indício de sua desnutrição é a ingestão habitual antes da 
hospitalização, que é muito deficiente em calorias e proteí nas e, em 
geral, insuficiente em nutrientes.
Todos os exames laboratoriais estão dentro dos limites normais, 
exceto a albumina, que, quando diminuí da, sugere inflamação e não é 
um indicador de desnutrição. O nível de sódio denota bom estado de 
hidratação e o nível de creatinina é normal para a idade.
4. Avalie quaisquer potenciais interações medicamentosas 
nutricionais e efeitos colaterais.
yy Ciprofloxacino: limita o metabolismo da cafeí na e pode esti-
mular o SNC, portanto os alimentos que contêm cafeí na devem 
ser restringidos
Respostas
yy Nadolol: pode mascarar sinais de hipoglicemia, devendo ser 
tomado com alimentos
yy Lansoprazol: diminui a absorção de ferro e B
12
. Pode ocorrer 
baixo Mg
yy Sinvastatina: evitar suco de toranja e erva-de-são-joão. Suple-
mentos de fibra separados por várias horas podem provocar 
alguns distúrbios gastrintestinais, mialgia e reduzir os níveis de 
CoQ10.
5. Descreva os objetivos de curto e longo prazos para Gary e Selene 
a fim de auxiliá-lo a fazer a transição da alimentação por sonda 
para a ingestão de alimentos.
yy Objetivos de curto prazo: os objetivos durante a reabilitação 
são começar a ingerir alimentos regulares, conforme recomen-
dado pelo fonoaudió logo e pelo médico. O médico determina 
o tempo de cicatrização e o fonoaudió logo recomenda a tex-
tura adequada do alimento para iniciar a ingestão oral. O pa-
ciente passou por uma cirurgia que elevou seu estômago na 
cavidade abdominal e agora tem apenas um pequeno pedaço 
de esôfago preso ao estômago. Ele pode ter dificuldade com a 
textura e o volume dos alimentos. Pacientes que passam por 
esse procedimento geralmente permanecem em alimentação 
por sonda por um longo perío do (3 meses) enquanto se ajus-
tam à sua nova anatomia. Seis pequenas refeições são recomen-
dadas, devendo ser úmidas e de fácil fragmentação. IDDSI 6 (de 
tamanho pequeno) é uma boa opção. Evitar alimentos que 
causem refluxo, como tomates, frutas cítricas, bebidas alcoó-
licas e café. A alimentação por sonda precisará ser ajustada à 
medida que aumentar a ingestão de alimentos
yy Objetivos de longo prazo: a meta de Gary, além de voltar a 
consumir alimentos regulares, é voltar ao peso normal de 
77 kg. Ele precisará manter um padrão alimentar de cinco a seis 
pequenas refeições por dia
yy Instruções de avaliação:
yº Problema: infusão de nutrição enteral inadequada
yº Etiologia: fórmula inadequada para atender às necessidades 
avaliadas
yº Sinais e sintomas: perdas ponderal, de massa muscular e de 
gordura subcutâ nea
yy Intervenção: alterar a taxa de nutrição enteral; mudar a pres-
crição da dieta para 82 ml/hora para atender às necessidades 
calóricas e proteicas estimadas; auxiliar o paciente e sua esposa 
a elaborarem um cardápio para quando Garry puder voltar à 
dieta oral
yy Monitoramento e avaliação: colaborar com o fonoaudió logo 
sobre o momento certo para a transição para a dieta oral; mo-
nitorar semanalmente o peso corporal; monitorar a ingestão de 
alimentos e ajustar a alimentação pela sonda conforme indi-
cado.
 Respostas 13
Deficiên ciA De crescimento em criAnçAs 
com AlergiAs AlimentAres
1. Avalie a antropometria de Madeline. Ela se encaixa na categoria 
de deficiên cia de crescimento? Por que sim ou por que não?
a. O peso/idade de Madeline está abaixo do 5o percentil, portanto 
ela se enquadraria na categoria de deficiên cia de crescimento, 
especialmente porque está associada a uma doen ça (alergia 
alimentar).
b. Embora seu peso corporal esteja entre 3 e 10%, é preocupante 
que tenha caí do do percentil 8 para o percentil 4 no último mês.
c. Mesmo que sua curva de crescimentotípica para peso tenha 
sido de 3 a 10%, isso pode não representar um crescimento 
 ideal. Ela teve alergias alimentares graves durante 5 anos e pode 
ter comido menos do que o necessário devido ao medo de ficar 
doente.
2. Calcule suas necessidades calóricas, proteicas e hídricas. Existem 
nutrientes adicionais importantes para sua idade?
a. Calorias: (necessidade estimada de energia em kcal) = 135,3 – 
(30,8 × 7 anos) + 1,31 (atividade física moderada) × (10 × 
18 kg) + (934 × 1,16 metro) + 20
135,3 – 215,6 + 1,31 × 180 + 1.083 + 20 = 1.258 calorias
b. Proteí na: 0,95 g/kg/dia = 17 g/dia.
c. Líquidos: 1.700 ml/dia (ingestão adequada/IDR).
3. Avalie sua dieta de 24 horas. Sua ingestão de calorias, proteí nas e 
nutrientes é adequada?
a. Sua dieta parece insuficiente em calorias e proteí nas, especial-
mente considerando seu baixo peso e seu declínio na curva de 
crescimento do 8o ao 4o percentil em 1 mês.
b. Nutrientes adicionais preocupantes são:
I. proteí na, por causa das múltiplas alergias a alimentos ricos 
em proteí nas e poucas fontes na dieta antes do jantar; II. 
cálcio, devido à dieta sem laticínios; III. ferro, devido ao 
baixo peso, à ingestão insuficiente de alimentos e proteí nas, 
e limitada variedade alimentar; IV. vitaminas A e C, em de-
corrência da baixa ingestão de frutas e vegetais; V. zinco, 
devido à baixa ingestão de carne ou fontes de zinco (nozes 
e sementes, grãos integrais); VI. ácidos graxos ômega 3, de-
vido à falta de peixes, vegetais verdes, nozes e sementes; VII. 
é bom que ela esteja tomando um multivitamínico com 
ferro. Recomendamos que o tome diariamente.
4. Na sua opinião, quais são os motivos pelos quais o peso corporal 
de Madeline diminuiu desde que voltou para os EUA?
a. A personalidade cautelosa e o medo de comer podem reduzir 
sua ingestão alimentar.
b. Desde que se mudou para os EUA, ela ainda não está familiari-
zada com os alimentos locais e fica nervosa para comer.
c. Ela começará a frequentar uma nova escola e sua ingestão du-
rante o dia é insuficiente, pois não se sente confortável co-
mendo fora de casa.
5. Descreva os objetivos nutricionais de curto e longo prazos para 
Madeline.
yy Objetivos de curto prazo:
1. Aumentar a ingestão de calorias e proteí nas usando alimen-
tos que a paciente já conhece e confia. Certificar-se de evitar 
alergênios positivos.
2. Adicionar gorduras e proteí nas a cada refeição para aumentar 
as calorias, evitando alimentos aos quais a paciente é alérgica.
3. Fornecer refeições regulares e lanches diá rios. Fazer três re-
feições e três lanches é um bom padrão.
4. Assegurar-se de que a refeição do meio-dia tenha mais equi-
líbrio de acordo com o MyPlate do USDA, incluindo prote-
í na e uma alternativa de cálcio ao leite não lácteo.
5. Aumentar lentamente a variedade na dieta da paciente, in-
troduzindo novos alimentos na segurança do lar para am-
pliar a ingestão de nutrientes e a aceitação dos alimentos.
yy Objetivos de longo prazo:
1. Certificar-se de que a ingestão diá ria atenda às necessida-
des nutricionais, proteicas e calóricas para crescimento e 
desenvolvimento ideais na infância, especialmente ferro, 
cálcio, vitamina A, vitamina C, folato, zinco e ácidos gra-
xos ômega 3.
2. Continuar a ampliar a variedade de alimentos aceitos e evi-
tar estritamente os alergênios.
3. Se Madeline permanecer cautelosa e temerosa em relação 
aos alimentos e ainda estiver em conflito quanto à sua tran-
sição para os EUA, consultar um terapeuta ocupacional ou 
psicólogo pode ser-lhe benéfico.
yy Instruções de avaliação:
yº Problema: ingestão energética inadequada
yº Etiologia: relacionada com histórico de 5 anos de alergias 
alimentares e receio de ingerir alimentos que desconhece
yº Sinais e sintomas: como evidenciado pelo declínio na 
curva de crescimento para o 4o percentil em peso/estatura 
e pelo padrão de refeição com baixa densidade calórica e 
proteica
yy Intervenção: orientação nutricional (orientação de habilidades 
nutricionais) – recomenda-se um padrão alimentar regular de 
três refeições e três lanches diá rios. Instruiu-se a mãe sobre 
como adicionar proteí nas e calorias adicionais a cada refeição e 
lanche e foi fornecida uma lista de opções livres de alergênios. 
Solicitou-se que os pais da paciente mantivessem um diá rio de 
dieta de 1 semana para levar a uma consulta nutricional de 
acompanhamento a fim de avaliar a ingestão alimentar com 
mais precisão
yy Monitoramento e avaliação: con ti nuar monitorando a inges-
tão alimentar, as preferências e o crescimento de Madeline a 
cada 2 a 4 semanas até que a velocidade de crescimento au-
mente. Fornecer opções de refeições ricas em proteí nas e calo-
rias adicionais. Ajudar a família a entrar em contato com gru-
pos de apoio locais para crianças com alergia alimentar.
DiAbetes
1. Avalie a antropometria de Emanuel e calcule suas necessidades 
calóricas, proteicas e hídricas.
O IMC de Emanuel está na categoria de obesidade estágio 2. Ele 
perdeu 2,5% de seu peso nas últimas 2 semanas, o que é uma taxa 
rápida de perda, normalmente insustentável e não recomendada 
para o sucesso da perda ponderal a longo prazo.
Necessidades calóricas: Mifflin (1938) × 1,1 – 1,2 (PAL) = 2.130 
– 2.320 kcal/dia (subtraia 250 a 500 calorias para perda de peso).
Proteí na: não existe consenso em relação às necessidades pro-
teicas para pessoas com obesidade. Pode ser necessário 1,2 g/kg 
para manter a massa corporal magra para uma dieta hipocalórica 
(Capítulo 20) = 130 g de proteí na por dia.
Também foi usado 0,8 a 1 g kg: 88 a 110 g/dia.
2. Avalie seu registro de 24 horas. Sua ingestão de calorias, proteí-
nas e líquidos é apropriada para suas necessidades? Há nutrien-
tes importantes para sua idade e seu estado de saú de (diabetes, 
hiperlipidemia, hipertensão arterial)?
O padrão alimentar parece desequilibrado pelo fato de Ema-
nuel consumir apenas duas refeições e um pequeno lanche por dia. 
Ingestão de alto índice glicêmico, alto teor de gordura saturada e 
sódio. Parece baixo na maioria dos nutrientes importantes para 
suas condições de saú de, incluindo carboidratos complexos, fibras, 
14 Respostas
ômega 3, gorduras monoinsaturadas e potássio. Durante seu ciclo 
de vida, a dieta parece deficiente em nutrientes de suporte ósseo.
As calorias estão aqué m das necessidades, conforme eviden-
ciado pela perda de 2,5% de peso nas últimas 2 semanas. Provavel-
mente, há deficiên cia de proteí na em decorrência da subtração de 
uma refeição, e a ingestão hídrica de 1,7 l parece insuficiente, já 
que 3,7 l são necessários por dia.
3. Avalie seus exames laboratoriais e sua pressão arterial. O que, em 
sua dieta e estilo de vida, poderia contribuir para esses valores?
A glicemia de jejum e a HbA1C estão fora da faixa para diabetes 
bem controlado. O colesterol total e a LDL estão elevados, assim 
como a pressão arterial. Todos esses são fatores de risco para com-
plicações a longo prazo com diabetes e doen ças cardiovasculares.
Alto índice glicêmico, dieta deficiente em fibras, alto IMC/
obesidade, pouca atividade física e alto nível de estresse contri-
buem para que os exames laboratoriais permaneçam fora do limite 
 ideal.
4. Avalie quaisquer potenciais interações medicamentosas nutri-
cionais e efeitos colaterais.
Metformina: diminui a absorção de B
12
 e folato, pode provocar 
fadiga e dores muscula res.
Lisinopril: assegurar uma ingestão hídrica adequada, observar 
os níveis sanguí neos de potássio (podem estar elevados em alguns 
casos).
Sinvastatina: evitar suco de toranja e erva-de-são-joão. Separar 
os suplementos de fibra por várias horas. Pode provocar alguns 
efeitos colaterais digestivos como diarreia e flatulência, além de 
mialgias. Diminui os níveis de CoQ10.
Sertralina: evitar suplementos de triptofano e erva-de-são-
joão; cuidado com toranja; evitar bebidas alcoó licas. Pode causar 
problemas digestivos.
5. Descreva os objetivos de curto e longo prazos para Emanuel a 
fim de auxiliá-lo a controlar o diabetes, osníveis sanguí neos 
elevados de lipídios e a pressão arterial.
yy Objetivos de curto prazo:
1. Orientar sobre o prato saudável do USDA, incentivar três 
refeições balanceadas por dia para um ótimo controle glicê-
mico e aumentar o consumo de verduras e frutas.
2. Diminuir a carga glicêmica e aumentar a ingestão de fibras 
utilizando as preferências alimentares culturais – isso aju-
dará a reduzir a glicemia e os triglicerídeos.
3. Reduzir o sódio para 1.500 a 2.400 mg de acordo com as 
diretrizes da AHA/ACC e aumentar o potássio ao intervalo 
da IDR a fim de auxiliar a reduzir a pressão arterial.
4. Reduzir a ingestão de gordura saturada para menos de 10% 
das calorias na dieta e substituir por gorduras monoinsatu-
radas e ácidos graxos poli-insaturados (AGPI).
yy Objetivos de longo prazo:
1. Incentivar o AMG diariamente e sugerir a Emanuel que o 
realize antes e 2 horas após suas refeições favoritas para co-
nhecer a resposta glicêmica dessas refeições.
2. Apoiar a perda de 5 a 10% do peso corporal.
3. Aumentar os níveis de atividade física para pelo menos 
150 minutos por semana.
4. Fornecer suporte para gatilhos emocionais e padrões habi-
tuais de comer em excesso.
yy Instruções de avaliação:
yº Problema: valor laboratorial relacionado com a nutrição 
alterada – HbA1C
yº Etiologia: padrão e composição de refeição desequilibrados, 
valor glicêmico elevado, dieta deficiente em fibras
yº Sinais e sintomas: teste de glicemia em jejum de 229 mg/dl 
(A) e HbA1C de 9,6% (A)
yy Intervenção: orientação nutricional (orientação sobre a in-
fluên cia da nutrição na saú de) – orientado a respeito do 
MyPlate do USDA e discutida a relação de equilíbrio entre os 
padrões de refeição e os índices glicêmicos. Orientado quanto à 
qualidade e à quantidade de carboidratos e discutidas alterna-
tivas ricas em fibras para alimentos típicos que o paciente es-
tava disposto a experimentar. Recomendou-se ao paciente fazer 
três refeições balanceadas por dia com carboidratos de baixo 
índice glicêmico e alto teor de fibras, incluindo frutas e vegetais. 
Ele colaborou no planejamento das refeições e forneceu um 
diá rio de dieta
yy Monitoramento e avaliação: auxiliar no controle das barreiras 
à mudança de comportamento de saú de, orientar sobre a redu-
ção do sódio e o aumento do potássio, diminuindo as gorduras 
saturadas e aumentando as gorduras mono e poli-insaturadas, 
incentivar o AMG, aumentar a atividade física e apoio colabo-
rativo com perda de peso. Planejar, com o médico, o encami-
nhamento do paciente para aconselhamento psicológico para 
luto e estresse.
gotA
1. Avalie a antropometria e calcule suas necessidades calóricas, 
proteicas e hídricas.
Jack está acima do peso em relação à altura e, como a gota está 
associada ao excesso de peso, ele deve considerar a meta de 
retornar ao seu peso normal, que é cerca de 90,9 kg. A meta realista 
de perda ponderal é de 500 g a 1 kg por semana. Usando a equação 
de Mifflin St. Jeor vezes 1,2 para seu estilo de vida sedentário, suas 
necessidades energéticas são de, aproximadamente, de 
2.245 calorias. As calorias podem ser reduzidas para ajudar a 
promover a perda ponderal. A necessidade hídrica com base em 1 
ml/kcal é de 2,2 l/dia. Suas necessidades proteicas são de em torno 
de 0,8 g/kg ou 81 g/dia. Não há consenso quanto às necessidades 
proteicas para pessoas com obesidade. Pode ser necessário 1,2 g/kg 
para manter a massa corporal magra para uma dieta hipocalórica 
(ver Capítulo 20).
2. Avalie a adequação de seu registro de 24 horas.
Jack está consumindo mais calorias do que gasta. Eliminar a 
bebida alcoó lica da dieta de Jack diminuirá suas calorias.
Calorias aproximadas das bebidas alcoó licas na dieta de Jack:
Cuba-libre 260
Cerveja 150
Vinho branco 215
 625 calorias
Ele consome alimentos com alto teor calórico no happy hour e 
deve ser encorajado a encontrar alternativas com menos calorias 
(sem frituras).
3. Comente sobre quaisquer valores laboratoriais anormais.
A glicemia em jejum encontra-se ligeiramente acima do 
normal. Superior a 100 mg/dl está na faixa pré-diabética. A dieta, 
o histórico familiar e o peso de Jack o põem em risco de desenvolver 
diabetes melito. As recomendações para sua doen ça cardía ca e gota 
são as mesmas recomendações gerais de dieta para pré-diabetes. O 
colesterol total e o LDL-colesterol de Jack estão elevados, apesar de 
estar sob uso de estatina. A dieta mediterrânea recomendada para 
a gota também é recomendada para redução de LDL-colesterol e 
colesterol total. Seus níveis de triglicerídeos também estão altos. A 
ingestão de bebidas alcoó licas é um importante fator de risco para 
triglicerídeos elevados. O HDL-colesterol de Jack está abaixo do 
normal e elevá-lo é desejável. Demonstrou-se que os exercícios são 
a melhor maneira de aumentar o HDL-colesterol Aumentar o 
 Respostas 15
consumo de peixes e tomar um suplemento de óleo de peixe 
também podem ser benéficos.
4. Avalie quaisquer potenciais interações medicamentosas 
nutricionais e efeitos colaterais.
Lisinopril: assegurar uma ingestão adequada de líquidos, ob-
serve os níveis sanguí neos de potássio (podem aumentar em al-
guns casos).
Pravastatina: evitar suco de toranja e erva-de-são-joão. Interva-
lar os suplementos de fibra por várias horas. Pode provocar alguns 
efeitos colaterais digestivos, como diarreia e flatulência, e também 
mialgias. Pode diminuir os níveis de CoQ10.
Alopurinol: não deve ser tomado com altas doses de vitamina C.
5. Que recomendações você faria para mudar a dieta desse paciente 
para melhorar a gota? E para melhorar sua dieta em geral? Liste 
os objetivos de curto e longo prazos.
yy Reduzir a ingestão geral de carne, substituindo por proteí nas 
vegetais ou peixes/frutos do mar. O alto consumo de carne está 
associado ao aumento da incidência de gota
yy O xarope de milho com alto teor de frutose e até mesmo a 
frutose que ocorre naturalmente devem ser minimizados; por-
tanto, recomenda-se um pedaço de fruta em vez de suco de la-
ranja e evitar refrigerantes que contenham frutose. O xarope de 
milho com alto teor de frutose é encontrado em muitos ali-
mentos embalados, como os biscoitos recheados, portanto o 
paciente deve ler os ingredientes no rótulo da embalagem
yy Um dos fatores mais importantes na redução dos sintomas da 
gota é o consumo de bebidas alcoó licas. Recomenda-se evitá- 
las o máximo possível durante uma exacerbação da gota e, a 
seguir, ingerir, no máximo, dois drinques (60 ml de ál cool, ou 
duas taças de vinho de 180 ml ou duas cervejas de 350 ml)
yy A dieta de Jack é insuficiente em fibras e rica em calorias. A 
dieta anti-inflamatória ou mediterrânea é recomendada para 
sua gota e doen ça cardía ca. Ao adotar um padrão de dieta mais 
ba sea da em vegetais, ele provavelmente também diminuiria 
suas calorias e aumentaria sua ingestão de fibras e micronu-
trientes.
Recomendações específicas:
yy No aeroporto, comprar nozes para comer durante o voo ou 
preparar um lanche mais saudável
yy Se fast food for uma necessidade durante a viagem, procurar 
opções mais saudáveis. Algumas redes oferecem aveia ou io-
gurte. Substituir o suco de laranja pequeno pelo grande se a 
fruta inteira não estiver disponível
yy Escolher para o almoço saladas ou sopas; considerar alguns 
restaurantes étnicos, quando possível, como lámen japonês, 
sushi, etío pe (principalmente vegetariano), poke havaiano. 
Muitas cidades têm restaurantes self-service que oferecem mais 
flexibilidade para escolhas saudáveis. Vários restaurantes de 
redes de hotéi s têm opções saudáveis listadas com as respectivas 
calorias
yy Limitar as bebidas alcoó licas e os lanches fritos
yy Discutir com o marido algumas opções do menu de pratos à 
base de vegetais ou frutos do mar/peixes para o jantar algumas 
vezes por semana
yy Recomendar a con ti nuação do suplemento de óleo de peixe 
como parte de uma dieta anti-inflamatória.
Objetivos de curto prazo:
1. Diminuir as calorias e a ingestão de bebidas alcoó licas.2. Melhorar a ingestão seguindo um plano de dieta mediterrânea.
3. Encontrar maneiras de comer mais peixes.
4. Evitar alimentos que agravem os sintomas da gota, como 
xarope de milho com alto teor de frutose e grandes porções 
de carne.
Objetivos de longo prazo:
1. Buscar melhores opções de dieta durante a viagem (baixa 
frutose, baixa proteí na animal, evitar bebidas alcoó licas, 
menos calorias).
2. Atingir o peso ideal de 90,9 kg.
yy Instruções de avaliação:
yº Problema: escolhas alimentares indesejáveis
yº Etiologia: falta de orientação prévia sobre as in fluên cias 
dietéticas na gota
yº Sinais e sintomas: a ingestão típica inclui bebida alcoó-
lica em excesso, calorias, xarope de milho com alto teor 
de frutose e proteí na animal
yy Intervenção: orientação nutricional (orientação sobre a 
in fluên cia da nutrição na saú de) – paciente instruí do so-
bre as in fluên cias dietéticas na gota, incluindo bebidas 
alcoó licas, excesso de carne vermelha, açúcar e consumo 
de frutose. Recomenda-se um padrão de dieta mediterrâ-
nea, consumindo peixes e proteí nas vegetais e minimi-
zando o consumo de carne vermelha. Estratégias discuti-
das para refeições feitas em restaurantes e durante viagens 
para minimizar a ingestão de alimentos e bebidas que 
podem agravar a gota
yy Monitoramento e avaliação: estratégias para redução de 
peso corporal, recomendações para escolhas alimentares 
saudáveis ao viajar, apoio para superar as barreiras à mu-
dança de comportamento de saú de.
hepAtite
1. Avalie a antropometria e calcule suas necessidades calóricas, 
proteicas e hídricas.
Necessidades calóricas: Mifflin-St. Jeor (937) × 1,2 a 1,4 para 
doen ça hepática = 1.125 a 1.310 kcal/dia.
Necessidades proteicas: 1,2 a 1,3 g/kg = 58 a 67 g/dia.
Necessidades hídricas: 30 ml/kg = 1,4 l.
2. Avalie seu registro de 24 horas. Sua ingestão de calorias, proteí-
nas e líquidos é adequada? 
A ingestão atual é muito baixa e inadequada em calorias, 
proteí nas e nutrientes em geral. Ela está recebendo líquido sufi-
ciente porque são fornecidos 1.200 ml IV mais 600 ml com as 
refeições.
3. Há nutrientes importantes para o estado de saú de da paciente?
As deficiên cias de vitaminas e minerais podem contribuir para 
complicações de doen ças hepáticas. A falta de calorias leva à glico-
neogênese e ao catabolismo da proteí na magra. Esse processo re-
sulta em aumento do nitrogênio transportado para o fígado como 
amônia para conversão em ureia e tem o potencial de elevar ainda 
mais o nível sanguí neo de amônia.
A diarreia é induzida pela lactulose, que faz parte do trata-
mento da encefalopatia. Isso pode resultar em esteatorreia e má 
absorção de nutrientes específicos, como vitaminas A, D, E e K.
4. Avalie quaisquer potenciais interações medicamentosas nutri-
cionais e efeitos colaterais.
Espironolactona: evite substitutos do sal que contenham K+ e 
altas quantidades de potássio na dieta. Monitorar os sinais de 
deficiên cia de zinco.
Lactulose: é um acidificante do cólon que atua diminuindo a 
quantidade de amônia no sangue, mas, por ser um laxante, pode 
causar edema gastrintestinal, cólicas e perda hídrica excessiva 
relacionada com a diarreia.
Ribavirina: o alimento intensifica a ação do fármaco. Deve ser 
tomada com alimentos ou imediatamente após as refeições.
16 Respostas
Peginterferona: provoca náu seas e falta de apetite, podendo 
elevar os níveis glicêmicos.
Cardo-mariano: embora comumente usado para diminuir a 
inflamação e a fibrose no fígado, há evidências conflitantes sobre 
sua efetividade. Pode ser efetivo na redução da glicemia em jejum.
Sulfato ferroso: pode causar distúrbios gastrintestinais.
5. Avalie os resultados laboratoriais e como eles se relacionam com 
a doen ça e comente sobre quaisquer implicações nutricionais.
O aumento do nível de amônia é marca registrada da encefalo-
patia hepática. O metabolismo das proteí nas está implicado, mas 
uma dieta com baixo teor de proteí nas não é recomendada. A inges-
tão inadequada pode levar a maior catabolismo do tecido magro, 
contribuindo para a elevação da amônia. A albumina baixa não é 
um indicador nutricional. Nesse caso, ela está deprimida relacio-
nada com o fato de ser produzida no fígado ou relacionada com 
alguma inflamação ou com ambos. TGO e TGP são enzimas encon-
tradas no fígado que se encontram elevadas na doen ça hepática, mas 
podem estar deprimidas na desnutrição. Maria parece desnutrida, 
então isso representa um quadro misto. Nitrogênio ureico no sangue 
e creatinina são testes de função renal e estão na faixa normal, indi-
cando que a paciente não tem síndrome hepatorrenal.
O hematócrito está baixo, mas a paciente está sendo tratada 
com suplemento de ferro. A absorção de ferro está provavelmente 
prejudicada e pode ser melhorada com a administração de vita-
mina C com o suplemento de ferro.
6. Descreva os objetivos nutricionais de curto e longo prazos.
yy Objetivos de curto prazo:
1. Entrevistar a paciente sobre a ingestão nutricional tão logo 
seu estado mental lhe permita comunicar-se.
2. Aumentar a ingestão nutricional geral.
3. Corrigir a provável deficiên cia de vitamina C e fornecer 
suplemento multivitamínico e multimineral.
4. Melhorar a absorção do suplemento de ferro.
yy Objetivos de longo prazo:
1. Melhorar a qualidade e a quantidade da dieta da paciente.
2. Ajudar a paciente a lidar com as mudanças de sabor.
3. Desenvolver uma estratégia para a paciente e outras pessoas 
significativas para que seja mantida a ingestão nutricional 
adequada em casa e que também seja hipossódica.
yy Instruções de avaliação:
yº Problema: ingestão inadequada de proteí na e energia
yº Etiologia: apetite diminuí do e náu seas relacionadas com 
doen ça hepática e efeitos colaterais de medicamentos
yº Sinais e sintomas: registro de ingestão mostra consumo 
insuficiente; avaliação física nutricional demonstra sinais de 
emagrecimento, com 4,5% de perda de peso corporal
yy Intervenções:
yº Dieta com aumento de proteí nas e calorias: iniciar uma 
dieta hospitalar fortificada que forneça calorias e proteí nas 
adicionais em alimentos e bebidas. Fornecer limão às refei-
ções para ajudar nas alterações de sabor. Discutir o possível 
uso de medicamentos antieméticos com o médico. Começar 
a contagem de calorias de 3 dias
yº Terapia de suplemento multivitamínico e de vitamina C: 
iniciar MVI com minerais e 250 mg/dia de vitamina C r/t 
sinais e sintomas (s/s) de deficiên cia de vitamina C. Dar 
suplemento de vitamina C com sulfato ferroso para melho-
rar a absorção
yy Monitoramento e avaliação:
yº Avaliar a ingestão após a contagem de calorias de 3 dias e o 
peso corporal
yº Participar de uma conferência de cuidados interdisciplina-
res para planejar a alta e o acompanhamento
yy Quando estiver pronta para a alta:
yº Orientar quanto às maneiras de manter a ingestão nutricio-
nal adequada
yº Verificar se Maria segue uma dieta tradicional de seu paí s, 
porque a comida filipina em geral contém alto teor de sódio, 
devendo a paciente receber instruções específicas sobre o 
sódio
yº Fornecer orientações escritas sobre a ingestão nutricional 
em casa e ideias para lidar com as mudanças de paladar e as 
intervenções para reduzir o consumo de sódio.
insuficiên ciA cArDíA cA
1. Quais são suas necessidades calóricas, proteicas e hídricas?
Usando-se o peso corporal de 84 kg e 25 a 30 kcal/kg para a 
faixa etária de George, suas necessidades energéticas são de 2.100 a 
2.520 kcal; as proteicas, 1 a 1,2 g/kg ou 84 a 101 g; e as hídricas, 
com base em seu diagnóstico de insuficiên cia cardía ca e estado 
hídrico, são de 2 l/dia.
2. Avalie se a ingestão habitual de George de calorias, proteí nas e 
líquidos é adequada para suas necessidades. Existem nutrientes 
importantes a serem considerados?
A ingestão habitual de George é adequada quanto às calorias, 
mas parece insuficiente em proteí nas. Contém baixo teor de fibras 
e micronutrientes devido à falta de frutas e outros vegetais. Sua 
ingestão é muitoelevada em sódio e essa será a prioridade na mo-
dificação de sua dieta.
3. Qual é a provável razão para seu baixo teor de sódio sérico? Isso 
significa que ele precisa de mais sódio em sua dieta?
O baixo valor de sódio sérico é dilucional. George con ti nua 
com algum grau de sobrecarga hídrica, portanto tem mais água no 
sangue do que o normal. Isso não é tratado com sódio dietético. Na 
verdade, pode piorar, porque a absorção de sódio no intestino faz 
que a água entre na corrente sanguí nea. Essa condição, quando 
decorrente de insuficiên cia cardía ca, é tratada com restrição de 
sódio e de líquidos.
4. Avalie quaisquer potenciais interações medicamentosas nutri-
cionais e efeitos colaterais.
Sinvastatina: evitar suco de toranja e erva-de-são-joão. Ingerir 
os suplementos de fibra em intervalos de várias horas. Pode causar 
alguns efeitos colaterais digestivos como diarreia e flatulência, 
além de mialgias. Diminui os níveis de CoQ10.
Potássio: os suplementos às vezes podem causar problemas es-
tomacais.
Furosemida: pode causar xerostomia. Compressas ou lubrifi-
cantes podem ser usados na boca. A furosemida provoca perda de 
potássio pela urina, por isso geralmente é associada à reposição de 
potássio. Além disso, como o fármaco atua reduzindo os líquidos 
na corrente sanguí nea, nitrogênio ureico sanguí neo e glicose po-
dem se elevar.
5. Descreva os objetivos de curto e longo prazos para o tratamento 
da insuficiên cia cardía ca de George.
yy Objetivos de curto prazo:
1. Orientar em relação à necessidade de con ti nuar com uma 
dieta com baixo teor de sódio, mas também de ingerir calo-
rias e proteí nas suficientes para manter a força. Oferecer um 
intensificador de sabor com baixo teor de sódio, limão, 
molho picante etc., para ajudar na palatabilidade.
2. Auxiliar quanto à queixa de xerostomia. Sugerir balas e mais 
molhos nos alimentos para que não fiquem tão secos. Reco-
mendar frutas frescas. Picolés podem ser úteis.
 Respostas 17
yy Objetivos de longo prazo:
1. Adotar, em casa, uma dieta saudável para o coração com 
baixo teor de sódio. A dieta DASH é a melhor para essa 
condição. É necessária a adoção de estratégias para aumentar 
o consumo de frutas e hortaliças. Se não houver outra 
opção além de vegetais enlatados, ele deve ser instruí do a 
lavá-los bem. Discutir a opção de congelar vegetais.
2. O paciente precisa encontrar, para si mesmo, alimentos 
fáceis de preparar que atendam aos seus objetivos dietéticos 
de adesão à dieta DASH, especialmente considerando-se as 
dificuldades de acesso aos alimentos e sua dependência de 
enlatados.
yy Instruções de avaliação:
yº Problema: ingestão inadequada de calorias e proteí nas
yº Etiologia: xerostomia relacionada com a furosemida e a 
restrição de líquidos, insuficiên cia cardía ca levando a ano-
rexia e dieta hospitalar não palatável para o paciente
yº Sinais e sintomas: a ingestão atual informada é de 50 a 75% 
das refeições e o paciente relata falta de apetite e perda de 
peso de 3% em 3 dias
yy Intervenção: orientação nutricional (desenvolvimento de ha-
bilidades relacionadas com a nutrição) – orientado sobre a ne-
cessidade de manter a ingestão adequada de calorias e proteí nas, 
tendo-se oferecido sugestões para auxiliar na aceitação do cardá-
pio hospitalar. Orientado quanto a manter baixo consumo de 
sódio e restrição hídrica. Sugestões para lidar com a xerostomia 
foram oferecidas. A filha do paciente foi contatada para discutir 
sobre a dieta em casa. Foram debatidas ideias de substituições de 
baixo teor de sódio aceitáveis pelo paciente para alimentos que 
habitualmente são comprados. Uma lista de alimentos ricos em 
sódio a serem evitados foi fornecida à filha de George, algumas 
receitas simples e uma cópia da dieta DASH por e-mail
yy Monitoramento e avaliação: acompanhamento com orienta-
ção sobre a dieta de alta que inclui a filha do paciente. Auxiliar 
George quanto às barreiras para adotar uma dieta mais saudá-
vel para o coração.
insuficiên ciA renAl
1. Avalie a antropometria de Henry. Ele ganhou mais do que a 
quantidade recomendada entre as sessões de diá lise? Calcule 
suas necessidades calóricas, proteicas e hídricas.
O peso corporal de Henry diminuiu 10% no ano passado e 4% 
nos últimos 3 meses. Isso é considerado perda ponderal grave. Ele 
ganhou 5,4 kg entre as sessões de diá lise, o que é mais do que o 
dobro da quantidade recomendada de 2,27 kg.
Calorias: 35 kcal/kg = 2.430 kcal/dia.
Proteí na (g/kg): 1,2 g/kg = 83 g.
Líquidos (ml/kg): 720 ml/3 xícaras + micção (1 xícara/240 
ml) = 950 ml (cerca de 1.000 ml).
2. Avalie a dieta de 24 horas de Henry. Sua ingestão de calorias, 
proteí nas e líquidos é adequada para suas necessidades? Alguns 
nutrientes são importantes para sua idade e seu estado de saú de 
(doen ça renal terminal, diabetes melito, hipertensão arterial)?
Sua dieta é deficiente em proteí nas e calorias e rica em sódio 
(jantar, sopa), potássio (suco de laranja, sopa de tomate, banana, 
purê de batatas), fósforo (leite, sorvete) e líquidos. Também são 
altos seus níveis glicêmicos para quem tem diabetes melito (doces, 
suco, chá adoçado, sorvete).
Ele precisa restringir a ingestão de potássio a 2 a 3 g/dia; de 
sódio a 1,5 a 2 g/dia; e de fósforo a 0,8 a 1,2 g/dia. Conforme men-
cionado, os líquidos devem ser limitados a 720 ml/3 xícaras + 
micção (1 xícara/240 ml) = 950 ml (cerca de 1.000 ml). Embora 
sua A1C esteja quase ideal, ele se beneficiaria com a redução dos 
açúcares refinados, de chá doce e suco em sua dieta. Também é 
importante considerar a qualidade de vida do paciente e a facili-
dade de preparo dos alimentos em todas essas recomendações.
3. Avalie seus exames laboratoriais e sua pressão arterial. O que, em 
sua dieta, poderia contribuir para esses valores?
Exames 
laboratoriais 
Valores de 
referência 
para diá lise
Como os fatores 
dietéticos influenciam 
os resultados 
laboratoriais
Nitrogênio ureico no 
sangue 20 mg/dl
50 a 100 mg/dl Ingestão insuficiente de proteí na 
Glicemia de jejum 
140 mg/dl
< 300 mg/dl Dentro dos limites normais para 
diá lise
HbA1C 7,2% < 7% Um pouco alta – reduzir a carga 
glicêmica da dieta
Albumina 3 g/dl 3,5 a 5,5 g/dl Baixa – provavelmente 
resultante de edema e 
inflamação
Potássio (K+) 
6,4 mEq/l
3,5 a 5,5 mEq/l Alto devido à ingestão de 
potássio em excesso
Sódio (Na+) 
126 mEq/l
135 a 145 mEq/l Baixo devido ao edema, à 
ingestão excessiva e ao 
acúmu lo de líquidos
Fósforo (PO4) 7,2 mg/
dl
3 a 5,5 mg/dl Alto devido ao excesso de 
fósforo na dieta e por não 
tomar seus quelantes de 
fosfato regularmente
Hematócrito (HCT) 
36%
42 a 52% Desnutrição (proteí na e ferro 
inadequados), porém mais 
provável anemia por doen ça 
crônica devido à doen ça renal 
terminal
Hemoglobina (Hgb) 
12,2 g/dl
14 a 18 g/dl Anemia por doen ça crônica 
devido a doen ça renal terminal 
e desnutrição (proteí na e ferro 
inadequados) 
4. Avalie quaisquer potenciais interações medicamentosas nutri-
cionais e efeitos colaterais.
Atenolol: tomar separadamente do suco de laranja, Ca, Na, K e 
alcaçuz natural. Pode causar N e D.
Eritropoetina (EPO): necessidade de aumento do aporte de 
ferro (geralmente IV), B
12
, folato, pode causar N/V/D.
Gliconato férrico de sódio, insulina (insulina basal Lantus®): 
usar o plano alimentar do diabético; ter cautela com bebidas alcoó-
licas, aumentam o efeito hipoglicêmico.
Paricalcitol: evitar suplementos de vitamina D e Mg, evitar o 
excesso de Ca. Dieta com baixo teor de fósforo é recomendada.
Sertralina: evitar toranja e frutas cítricas relacionadas.
Polietilenoglicol 3350: aumentar as fibras e os líquidos (a eleva-
ção da ingestão hídrica não é apropriada para esse paciente).
Comprimidos de carbonato de cálcio: assegurar-se de líquidos 
adequados (não exceder a quantidade recomendada para diá lise); 
tomá-los com as refeições para a quelação do fósforo.
5. Descreva os objetivos de curto e longo prazos para ajudar Henry 
a administrar sua saú de durante a diá lise.18 Respostas
yy Objetivos de curto prazo:
1. Priorizar a redução do potássio, pois níveis elevados podem 
causar parada cardía ca.
2. Reduzir o sódio e os líquidos – isso também representa um 
risco de parada cardía ca, edema e flutuações hídricas peri-
gosas devido ao excesso de líquido que precisa ser removido 
durante a diá lise.
3. Reduzir o fósforo – representa risco de doen ça óssea meta-
bólica; incentivar o paciente a usar quelantes ou solicitar 
uma consulta com um nefrologista para um tipo alternativo 
se o paciente se recusar a tomar os comprimidos de carbo-
nato de cálcio.
4. Aumentar as proteí nas e calorias para prevenir a perda pon-
deral.
5. Considerar as preferências do paciente juntamente com as 
recomendações dietéticas essenciais.
yy Objetivos de longo prazo:
1. Manter o peso corporal e a massa magra ao longo do tempo 
(evitar mais perda de peso).
2. Continuar a otimizar os níveis glicêmicos e a pressão 
arterial.
3. Fornecer recomendações para ajudar a reduzir a constipação 
intestinal.
4. Encaminhar para terapia ocupacional ou fisioterapia a fim 
de manter a força e o equilíbrio.
5. Colaborar com o paciente e seus familiares na superação das 
barreiras para manter a saú de e seguir uma dieta renal 
específica.
yy Instruções de avaliação:
yº Problema: ingestão excessiva de minerais (potássio e sódio)
yº Etiologia: o paciente e seus cuidadores precisam de infor-
mações e recursos adicionais para seguir uma dieta renal 
específica
yº Sinais e sintomas: potássio sérico elevado e ingestão ali-
mentar excessiva, edema e elevado consumo de sódio
yº Outro problema: alta ingestão de líquidos
yº Etiologia: pouco conhecimento sobre a necessidade hídrica 
em uma dieta renal
yº Sinais e sintomas: ganho ponderal de 5,4 kg entre as sessões 
de diá lise versus limite de 2,27 kg. Um dia típico é excessivo 
na ingestão de líquidos
yy Intervenção: fornecimento de alimentos e/ou nutrientes: dieta 
mineral modificada. Orientado sobre a natureza fundamental 
de restringir potássio e sódio na dieta para preservar a função 
cardía ca. Os alimentos na dieta do paciente com quantidades 
excessivas foram revisados e forneceram-se listas de alimentos 
com baixo teor de potássio e sódio. Foi elaborada de forma 
colaborativa uma lista de substitutos alimentares com baixo 
teor de potássio e sódio, que eram aceitáveis para o paciente e 
fáceis de preparar
yy Intervenção: fornecimento de alimentos e/ou nutrientes: dieta 
modificada com líquidos. Paciente instruí do sobre a importân-
cia fundamental de restringir a ingestão de líquidos à meta de 
1.000 ml/dia para prevenir edema e insuficiên cia cardía ca. Re-
visaram-se as fontes hídricas na sua dieta e elaborou-se um 
plano para reduzir a ingestão usando instruções visuais e volu-
mes pré-medidos de líquidos. A filha do paciente concordou 
em ajudá-lo a medir as necessidades hídricas diá rias
yy Monitoramento e avaliação: discutir e superar as barreiras 
para reduzir K+, Na+ e líquidos. Orientar sobre a redução de 
PO
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, tomando quelantes (ou coordenar os cuidados para a re-
comendação de um quelante diferente). Planejar refeições para 
aumentar proteí nas e calorias, reduzir a carga glicêmica dos 
lanches, recomendações para constipação intestinal. O paciente 
também pode se beneficiar de fisioterapia/terapia ocupacional 
para ajudar a manter a força e a massa corporal magra.
DoençA De pArkinson
1. Avalie a antropometria e calcule suas necessidades calóricas, 
proteicas e hídricas.
Usando a equação de Mifflin St. Jeor para energia e um estilo 
de vida sedentário, Richard precisa de cerca de 1.800 kcal. Durante 
sua fisioterapia, no entanto, suas necessidades energéticas aumen-
tarão para cerca de 2.050 kcal, usando-se um fator de atividade 
moderada. Ele precisa de 0,8 a 1 g/kg de proteí na ou 55 a 70 g de 
proteí na e de ao menos 1 ml/kcal de líquido ou 2.050 ml/dia. Seu 
suplemento de fibra de psyllium deve ser tomado com pelo menos 
1 xícara de líquido.
2. Avalie seu registro de 24 horas. Sua ingestão de calorias, proteí-
nas e líquidos é apropriada?
O padrão de dieta parece desequilibrado devido à ingestão ex-
cessiva no café da manhã e insuficiente no jantar. A ingestão pro-
teica de Richard pela manhã é alta, o que pode estar reduzindo a 
efetividade de sua medicação para Parkinson. Sua ingestão de 
frutas é boa, mas a de vegetais é baixa.
A ingestão de calorias antes da internação era adequada, con-
forme evidenciado por seu peso estável. Seu consumo de proteí nas 
parece alto, especialmente à luz da medicação que está tomando. 
Sua ingestão de líquidos é definitivamente inadequada, conforme 
evidenciado por sua declaração sobre a limitação hídrica, e isso 
pode estar contribuindo para sua constipação intestinal.
3. Há nutrientes importantes para sua idade e sua saú de?
Richard tem uma doen ça associada à constipação intestinal e 
está tendo problemas com isso. Ele toma um suplemento de fibra, 
mas também deve aumentar o teor de fibras em sua dieta, concen-
trando-se em pães integrais e cereais. Ele tem que ingerir no jantar 
alimentos simples de preparar, mas poderia adicionar feijão em 
lata para aumentar suas fibras. Ele poderia fazer uma salada no 
início do dia para comer com o jantar. Enquanto estiver no centro 
de reabilitação, ele pode pedir vegetais extras ou uma salada e um 
vegetal com as refeições.
4. Avalie quaisquer potenciais interações medicamentosas nutri-
cionais e efeitos colaterais.
Carbidopa-levodopa: suplementos de piridoxina de 10 a 25 
mg/dia podem aumentar as necessidades de carbidopa e exacerbar 
os efeitos adversos da levodopa. A dieta rica em proteí nas (> 2 g/
kg) pode diminuir a efetividade da levodopa.
Sertralina: evitar suplementos de triptofano e erva-de-são-joão, 
ter cautela com a ingestão de toranja, evitar bebidas alcoó licas. 
Pode causar problemas digestivos.
Ranitidina: pode reduzir a absorção de B
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 e ferro.
Psyllium: suplementos de fibras podem piorar a constipação 
intestinal quando tomados com líquidos inadequados.
Vitamina C: 1.000 mg estão no limite tolerável de 2.000 mg; no 
entanto, substancialmente acima da ingestão recomendada de 
75 mg, e altas doses podem provocar distúrbios gastrintestinais, 
incluindo cólicas.
5. Avalie seus exames laboratoriais. O que, em sua dieta e estilo de 
vida, poderia contribuir para esses valores?
Richard parece ligeiramente desidratado, como evidenciado 
por todos os valores, estando no limite superior do normal. Seu 
consumo relatado de líquido corrobora que sua ingestão hídrica é 
deficiente.
6. Descreva os objetivos de curto e longo prazos.
 Respostas 19
yy Objetivos de curto prazo:
1. Aumentar a ingestão de líquidos e vegetais durante a reabi-
litação e monitorar para ter certeza de que a ingestão caló-
rica seja adequada.
2. Diminuir a ingestão de proteí nas no início do dia para ma-
ximizar a efetividade da carbidopa-levodopa durante o dia 
ao fazer a fisioterapia. Mais proteí na pode ser consumida no 
jantar e no lanche tardio.
3. Diminuir a dose do suplemento de vitamina C ou mudar 
para um multivitamínico.
4. Recomendar medir o nível de B
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 devido à terapia com ra-
nitidina. O hematócrito normal sugere que o nível de ferro 
está bom; no entanto, um nível de ferritina confirmaria isso.
yy Objetivos de longo prazo:
1. Incentivar o paciente a encontrar maneiras de melhorar a 
qualidade de sua refeição no jantar, incluindo o aumento da 
ingestão de fibras e vegetais. Possivelmente, a família de Ri-
chard pudesse auxiliar no preparo de refeições saudáveis 
para congelar.
2. Monitorar junto com o paciente a ingestão de líquidos e 
certificar-se de que a meta seja alcançada.
3. Desenvolver um plano alimentar doméstico que altere a 
ingestão de proteí nas do início do dia para mais tarde.
4. Colaborar com o terapeuta ocupacional em estratégias para 
ajudar Richard quanto ao seu medo de usar o banheiro, o 
que está interferindo em sua ingestão de líquidos.
yy Instruções de avaliação:

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