RESINAS ACRÍLICAS

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RESINAS ACRÍLICAS
· Composto sintético e orgânico é um polímero (“muitos” “partes”): 
Compostos os quais longas cadeias ou redes de unidades repetidas e pequenas moléculas (monômeros), formam uma molécula gigante
· Surgiu com intuito de substituir as restaurações e próteses de vulcanite (borracha rígida)
· Apresenta-se em forma de pó- monômeros polimerizados- e líquido-monômeros apenas não tem polímero (que são a mesma coisa). A partir da mistura do pó e líquido, consegue manipular o material e os monômeros do líquido conseguem se unir aos polímeros (representados pelo pó) já pulverizados. Modela e quando endurecer tomar a forma que modelou
· Indicações:
· Dentaduras e dentes artificiais
· Reembasadores de dentaduras e condicionadores de tecido 
Composto de resina acrílica e outros materiais borrachoide ou silicone, que deixa mais macia, entre a dentadura e céu da boca para fazer moldagem, material extravasa faz um recorte que são os reembasadores de dentaduras ou condicionadores de tecido, uma outra base de dentadura, para ficar mais confortável para o paciente
· Moldeiras individuais para moldagem 
Antes de fazer a dentadura precisa moldar os rebordos alveolares do paciente e mucosa para isso usa moldeiras pré fabricadas ou se quiser uma moldeira mais individualizada faz uma primeira moldagem de estudo, com a moleira normal e pode acabar não se encaixando direito, usa-se muito material, e a partir do modelo de gesso obtido por essa moldagem faz o modelo de trabalho e em cima confecciona uma moldeira de resina acrílica, a partir da mistura do pó e líquido, adapta em cima do gesso e recorta os excessos, mais adaptada ao rebordo alveolar, utilizando menos material e assim menos distorção das dimensões com maior fidelidade e aí depois realiza a moldagem final 
· Restauração provisória
Uma das funções da restauração provisória é manter os espaços entre os dentes, para evitar a migração dos dentes, outra função é proteger o preparo que tem no dente, e proteger os tecidos moles adjacentes, proteger os dentes enquanto a ponte definitiva não chega do protético ou até realizar um implante. Provisória pois não possui resistência e propriedades químicas e mecânicas resistentes, desintegra mais rápido, não se polimeriza totalmente ou seja existe monômeros residuais entremeados na massa e que com ação da saliva, água entrando nas porosidades da restauração, o monômero pode ser liberado, paciente pode engoli-lo ou pode também afetar os tecidos causando irritação.
2 pilares e 1 ponte
· Protetores bucais
Principalmente usados por pessoas que praticam alguns esportes, para proteger os dentes e rebordo alveolar de alguma pancada
· Prótese bucomaxilofacial
Próteses oculares
· Aparelhos ortodônticos (material base)
· Placas oclusais miorrelaxantes
· Padrão de fundição
· Desprogramadores oclusais - jigs: 
Desprograma a musculatura envolvida na mastigação, para posicionar bem a mandíbula em relação a maxila (bom encaixe dos dentes superiores nos inferiores) - posicionamento em relação central
· Composição:
· Diferenças entre resinas acrílicas para confecção de aparelho e próteses (trabalhados pelo protético que melhora as características finais do produto)e resinas para conserto dessas próteses (utilizado pelo dentista este material apresenta resistência mecânica e reação química do produto-menor conversão de monômeros em polímeros, polimeriza pior e no final sobra muito monômero sem reagir e se a saliva penetrar pelos poros, pode liberar o monômero e esse sai do produto)
Resinas para consertos de dentaduras e confecção de aparelho móvel
Resina para confecção de dentadura (processo complexo feito pelo protético e com melhores características e melhor preparado pois fica muito tempo na boca)
JET-Resina de rápida polimerização: cirurgião dentista utiliza no consultório para realizar coisas rápidas como o conserto de prótese ou restauração provisória
Clas-mold: Resina específica para moldeira- tem uma composição programada pelo fabricante ideal para confecção de moldeiras
Orto clas: Resina para ortodontia- aparelhos ortopédicos aproveitam o crescimento da mandíbula e maxila para melhorar a situação esquelética, alterando um pouco o tamanho da mandíbula e maxila, em crianças, até na hora de finalizar o crescimento.Pode ser de diferentes cores
Resina específica para provisório (do meio): reação química e endurecimento mais rápido
· Líquido:
· Monômeros livres:
· MMA-metil metacrilato (nome químico: metacrilatos de metila e de etila)
· EDMA - etil metacrilato- agente de ligação cruzada** (quantidade reduzida)
· Amina terciária aromática- promotora da reação química dependente de uma outra substância do pó, peróxido de benzoíla, promovendo a reação de polimerização (acelerador)
· Hidroquinona-para reações não se iniciarem espontaneamente pela radiação ultravioleta e calor, sendo uma inibidora da polimerização, trava as extremidades dos monômeros e estes não conseguem se unir, para o líquido se ter durabilidade (0,006%- pouco para não atrapalhar quando mistura ao pó)
*Fatores que levam a polimerização: radiação ultravioleta, por isso o frasco é âmbar para evitar um pouco a passagem de raios, e o calor também, por isso tem de se condicionar em ambiente que não tem calor
**Característica normal formado da polimerização de monômeros são polímeros lineares, não existindo união entre 2 linhas (ligações cruzadas). Se houver essas ligações cruzadas os monômeros ficam mais rígidos e com melhores propriedades mecânicas
*** Quando ocorre a polimerização tem contração de volume do líquido (21%), ocupa menos espaço (monômeros livres ocupam maior espaço)
· Pó
· Poli-metacrilato de metila ou chamado de poli metil metacrilato (metacrilato polímero)
Como se fosse o líquido polimerizado, já contraído, massa rígida de resina que é pulverizada (transformada em pó em formato de esferas/pérolas de resina- 50 a 250um)
· Outros materiais no pó: 
· Talco, gelatina (estabilizadores, para facilitar a manipulação)
· Plastificante (para não ficar quebradiço)
· Dióxido de titânio (opacificador, luz bate e reflete não atravessa)
· Sulfeto de mercúrio, de cádmio ou óxido férrico (pigmentos para dar cor de acordo com a finalidade)
· Peróxido de benzoíla (iniciador inativo, se combina com a amina terciária, transformando em radicais que estimula a polimerização dos monômeros)
· 1:3 (líquido/pó) - na mistura somente o líquido que contrai (7-8% de contração), já se polimeriza somente o líquido sozinho tem 21% de contração
· Manipulação:
· Proporção pó/líquido
· 3:1 em volume (frasco) ou 2:1 em peso 
· Interessante ter 2 frascos para que quando o líquido for colocado no frasco, não misture com o resto de pó, pois já iria começar a reação, se utilizarmos o mesmo frasco
· Pó adicionado sobre o líquido até que o líquido seja absorvido
· Após a mistura tampa-se o pote (para evitar a evaporação) para que o material descanse enquanto ocorre a reação da solução de pó-líquido
· Polimerização:
· Mistura pó e líquido - reação de polimerização: reação química que combina monômeros para formar o produto (polímero), pela conjugação repetitiva das unidades
Agente químico (amina terciária aromática-reativa) ou físico que faz a quebra da molécula de peróxido de benzoíla, formando dois radicais livres, que atuam nos monômeros estimulando a se unir, se combinando com os monômeros metacrilatos (fase de indução), promovendo a união de monômeros. Quando começa a ter a união de monômeros é a fase de propagação, reação exotérmica (propagação de calor)
Durante cada fase é observado mudanças físicas do material:
· Arenosa
· Pegajosa ou fibrilar
· Plástica ou de trabalho
· Borrachóide ou elástica 
· Densa
· Fase arenosa: Quando acaba de se misturar o pó e o líquido, há consistência de areia molhada. Ainda não se inicia a reação, mas os monômeros começam a banhar sobre a superfície do pó e começam a umedecer e começa a querer fazer alguma reação
· Fase pegajosa ou fibrilar: Quando já tem uma combinação entre os monômeros e polímeros, o peróxidode benzoíla já está sendo quebrado pela amina terciária formando os radicais livres. Grudento e quando estica a massa formar fibrilas.
· Fase plástica ou de trabalho: Quando o material já adquire certa consistência que consegue modelar/deformar e ele não volta (não é elástica), e já consegue remover do fundo. Dura de 3-5 minutos.
· Fase borrachóide ou elástica: Quando os monômeros já estão formando o polímero e começa a enrijecer. Não consegue mais modelar o material, tende a voltar para a sua posição inicial já que as cadeias já estão sendo formadas, não tendo mais mobilidade das cadeias. Aparência de borracha. Ainda consegue cortar.
· Fase densa: Muita liberação de calor (exotermia). Menor mobilidade dos polímeros, mas os monômeros que não se uniram ainda percorre o material a fim de se unir, essa mobilidade química causa atrito entre as cadeias e ocorre a liberação de calor (além da reação química da resina que já libera calor)
· Reação de polimerização física 
· Através da luz
· Não tem amina terciária nem peróxido de benzoíla, no material tem outra que é a amina terciária alifática e outro componente a canforoquinona que na sua combinação e com a luz ocorre a polimerização. O comprimento de onda da luz sensibiliza a canforoquinona, é estimulada e ativa a amina terciária alifática iniciando a polimerização.
· Tipos de resinas acrílicas:
· RAAQ- Resina Acrílica Ativada Quimicamente (geralmente utilizadas no consultório)
· RAAT- Resina Acrílica Ativada Termicamente (geralmente trabalhada por protéticos)
· RAAM- Resina Acrílica Ativada por Micro-ondas (geralmente trabalhada por protéticos)
· Resina Acrílica Ativada por Luz Visível - Fotopolimerização (polimerização estimulada pela luz)
· RAAQ:
· Amina terciária induz molécula do Peróxido de Benzoíla se decompor em temperatura ambiente e origina os dois radicais livres iniciando o processo de polimerização
· Radicais livres tem reação química com monômeros e outros polímeros do pó 
· Reação em cadeia (reação de adição)
· RAAT:
· Molécula do Peróxido de Benzoíla se decompõe em alta temperatura (banho em água quente 70-75°C) e origina dois radicais livres
· Radicais livres tem reação química com monômeros e outros polímeros do pó 
· Reação em cadeia (reação de adição)
· Consegue transformar grande parte dos monômeros em polímeros (mais de 90%) o que não acontece com as Resinas Acrílicas Ativada Quimicamente (65-70%) - não é induzida pela amina terciária 
· Ex: Confecção de dentadura
Primeiro usando os dentes acrílicos comprados sobre o modelo (preendido em gesso na forma), sob a base de resina acrílica foi colocado uma cera preso no dente, e aqui substitui a cera por resina, quando encaixa no modelo fecha as formas ou mufas uma com a pré-dentadura apoiada no gesso, sobre a outra de gesso (coloca vaselina para não grudar), depois que o gesso endurece, as formas são colocadas em água quente que derrete a cera, assim uma forma fica com o gesso e dentes e a outra fica só com a base e gesso, é colocado a resina acrílica sobre o modelo e depois de prender as duas formas novamente, a resina vai ocupar o espaço antes que era ocupado pela cera
Depois manipula a resina acrílica na fase de trabalho (5min), posiciona em cima dos dentes e pressiona as formas. Depois abre a forma e retira os excessos de resina acrílica
Prensagem final em um equipamento que faz a pressão por volta de 1 tonelada, para remover os excessos e para se adaptar bem a cavidade do paciente. Depois coloca em um equipamento que mantém a pressão. E depois coloca o conjunto das formas em um forno (banho maria) para quebrar o peróxido de benzoíla e promover a polimerização final.
· Existem alguns processos para polimerizar a resina: Ciclos térmicos de polimerização das RAAT
· Curto: 3 horas
· Coloca as mufas no banho maria que aumenta da temperatura ambiente até 65°C (Peróxido de benzoíla começa a se quebrar) em 30 min
· Manter 65°C por 1h
· Deixar mais 30min para elevar a temperatura de 56° para 100°C
· Manter a 100° por 1 hora, depois desaquecer até a temperatura ambiente
*108°C ponto de ebulição- se ferve o material cria porosidades, resina fica frágil e com as forças de mastigação podem se quebrar
· Longo: 12 horas
· Aquecer a água a temperatura ambiente até 60°C
· Manter 60°C por 3h
· Elevar a temperatura para 70°C
· Manter a 70° por 9h e desaquecer
*Melhor adaptação
· RAAM
· Utilizado o micro-ondas para polimerização (ao invés de banho maria-RAAT)
	
· Resina Acrílica Ativada por Luz Visível
· Quando a resina vem pré cortada para fazer moldeiras individuais, coloca no modelo e coloca na fotoativação (bombardeia luz com comprimentos de onda correto para polimerização)
· Propriedades das resinas acrílicas:
· Estabilidade dimensional:
· Contração:
Líquido MMA: 21%
Pó+Líquido: 6-8%
· Sorpção: espaços entre moléculas podem entrar água e a resina absorve a água de uma forma que essa não participe da química do material, quando há a sorpção a resina se plastifica deforma um pouco, crescendo um pouco, por volta de 2-3%
*Se o material contrai por volta de 6-8% e aumenta de volume por volta de 2-3% pela absorção de água já que na cavidade bucal tem a presença de saliva, água
· Resistência:
· Maior para RAAT e RAAM (converte mais monômeros em polímeros, apresentando maior rigidez e propriedades mecânicas melhores)
· Menor para RAAQ (converte pouco monômeros em polímeros-65%)
· Porosidade:
· Associada a quantidade de monômero residual que a resina apresenta e a quantidade de monômero acrescida na resina, erro na proporção, se acrescenta maior quantidade de monômero terá uma reação não muito bem formada e maior quantidade de monômero residual e maior porosidade consequentemente. Já se apresenta muita quantidade de pó para pouco monômero, há o prejuízo da reação química e o material fica granuloso / poroso
· Erro no ciclo de polimerização: Se esquenta demais e ocorre a ebulição ocorrendo a porosidade
· Tempo de trabalho: tempo que o material permanece no estágio plástico
· RAAT= 5 min
· RAAQ=3 min
· Reações ao material
· Reações alérgicas
· Se monômeros que não foram convertidos entrar na corrente sanguínea causa
· Passageira
· Apenas 1% de monômero residual
· Eliminado após 17h de armazenagem em água
· Reações tóxicas
· Não há nenhuma evidência de que o uso comum de resinas em odontologia produza efeitos sistêmicos em seres humanos
· Tipo de resina específico para moldagem: Duralay e Pattern (marcas)
· Principalmente para modelagem de canais radiculares, para confecção de núcleos por exemplo e nos implantes
· Polimerização mais rápida pois o pó é mais fino assim os monômeros conseguem umedecer o pó mais rapidamente
· Alta resistência para aquilo que são indicadas
Coloca a resina dentro do canal (que foi tratado, foi esvaziado por ⅔ do canal) e é preenchido que vai ser transformado em pino metálico pelo técnico protético, a partir dessa moldagem realizada, serão cimentados dentro dos condutos utilizando cimentos como o fosfato de zinco, ionômero de vidro e cimento resinoso . E depois promove a reconstrução da coroa a partir de prótese total pelo encaixe com o pino
· Confecção de casquetes de moldagem
· Moldagem da resina em volta do preparo na coroa para mandar para o protético para a construção da prótese total. 
· Cuidados:
· Se manipular com muito pó: material fraco e com porosidades
· Se manipular com muito líquido: maior contração de polimerização (quem contrai é o líquido e ao invés de ter de 6-8% de contração vai ter mais) e perda da qualidade na adaptação, devido a maior contração e porosidade final