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Métodos de Conservação de Alimentos Conservação por solutos Utilizando SAL SALGA SECA, ÚMIDA (SALMORA) E MISTA Utilizando FUMAÇA DEFUMAÇÃO Utilizando AÇÚCAR XAROPEAMENTO E ADOÇAMENTO Um dos métodos mais antigos utilizados para a conservação de alimentos. Até hoje é um processo bastante utilizado, também para conferir características sensoriais específicas para os alimentos Carnes e pescados apresentam-se como importantes aplicações deste processo de conservação: charque, carne de sol, bacalhau e jerked beef É um processo relativamente simples, de fácil aplicação e baixo custo. O método baseia-se na penetração do sal no interior dos tecidos, o que é governado por fatores físicos e químicos, tais como a difusão e a osmose, e uma série de processos bioquímicos associados com mudanças em vários constituintes, principalmente as proteínas SALGA A salga a seco consiste no método mais simples, onde o sal é aplicado diretamente na superfície da carne ou do pescado e, por osmose, a umidade transpira e uma parte do sal penetra no seu músculo. A salga a seco possui um forte efeito desidratante No entanto, a penetração do sal no músculo nem sempre é homogênea e a forte desidratação pode provocar a desnaturação de proteínas, causando uma aparência desagradável. Nesse tipo de salga, o produto também está mais sujeito à oxidação das gorduras SALGA SECA O tempo do processo de salga dura de 3 a 15 dias. O produto obtido pode ter pouco mais de 50% de água e cerca de 18% de sal Nessas condições, o produto mantido à temperatura ambiente pode favorecer o crescimento de bactérias halofílicas, causadoras de colorações avermelhadas e odores estranhos Para tornar o produtomais estável, ele deve ser seco até baixar o conteúdo de água a menos de 50% Os produtos salgados e secos, cujo teor de umidade é abaixo de 50%, podem ser armazenados à temperatura ambiente SALGA SECA A salga úmida ou em salmoura consiste na imersão do produto em uma salmoura com concentração salina, de acordo com o teor de sal desejado no produto final. Neste caso, a água do músculo do pescado ou da carne flui no sentindo da salmoura, diluindo-a Por isso, a concentração de sal na salmoura deve ser medida e sempre que necessário, deve-se adicionar sal com vistas à manutenção da salmoura sempre saturada A salga em salmoura é, inclusive, bastante utilizada na preparação prévia para outros métodos de preservação SALMOURA Oxidação das gorduras pelo oxigênio do ar durante o processo é evitada, por isso é recomendada para peixes gordos, uma vez que a gordura do peixe contém um alto teor de ácidos graxos insaturados, passíveis de oxidação A concentração do sal na salmoura poderá ser ajustada e a desidratação do produto é moderada O processo de salga em salmoura apresenta as seguintes vantagens: A salga em salmoura é, inclusive, bastante utilizada na preparação prévia para outros métodos de preservação SALMOURA A salga mista consiste na combinação da salga seca e da salga úmida, sendo que o produto é primeiramente salgado por salga seca e a salmoura formada não é drenada, formando uma salmoura natural, onde o produto permanecerá imerso Geralmente, o produto é mantido em tanques de alvenaria com um sistema de pesos para garantir sua imersão na salmoura formada lentamente A qualidade microbiológica da água e do sal utilizados no preparo da salmoura assume papel importante, pois a presença de micro-organismos pode torná-la importante fonte de contaminação para os produtos SALGA MISTA A reutilização da salmoura é uma prática comum em indústrias e representa motivo de preocupação, pois acarreta aumento de impurezas nesta solução, ocasionar modificações na composição, possibilitar a sobrevivência e/ou multiplicação de microrganismos, especialmente bolores e leveduras Por isso, é imprescindível o monitoramento periódico das características físico-química, microbiológica e sensorial da salmoura, garantindo a segurança e as características específicas do produto final Em geral, quanto maior a concentração de sal, maior o impacto na conservação e na secagem. A maioria das bactérias não marinhas pode ser inibida com uma concentração salina de 20% SALGA MISTA O método de adição de açúcar no alimentos tem como princípio o mesmo da adição de sal, ou seja, redução da atividade de água pelo processo de osmose, onde a água irá sair do produto O processo pode ser utilizado tanto para a secagem do alimentos utilizando o processo de osmose, quanto apenas reduzir a sua atividade de água (ex: geléias) Assim como na salga, a adição de açúcar pode ocorre na forma de xarope (água e açúcar, xaropeamento) dessa forma occorre o mesmo processo osmótico sem que o sabor do produto seja alterado de forma mais agressiva ADIÇÃO DE AÇÚCAR É um processo de conservação bastante antigo. Carne defumada, por exemplo, é consumida há milênios e ainda hoje é um método de conservação bastante utilizado para conferir sabor e aroma característicos a certos produtos O produto defumado é produzido pelo processo de combustão incompleta da madeira e liberação de fumaça A fumaça age como conservante, por conter substâncias voláteis tóxicas aos microrganismos. O aquecimento, por sua vez, promove a evaporação da água e o cozimento do alimento, diminuindo a atividade de água do produto, principalmente na parte superficial DEFUMAÇÃO A fumaça é constituída por numerosos compostos como ácidos, fenóis, ésteres, cetonas, carbonilas e hidrocarbonetos policíclicos, os quais são transferidos para o produto pela deposição na superfície e subsequente penetração no alimento Assim, a defumação associada à redução dos microrganismos devido ao calor possibilita a extensão da vida útil do produto A defumação pode ser realizada por dois métodos: a quente e a frio. Na defumação a frio utiliza-se temperatura mais moderada, em geral, entre 25°C e 35°C. Na defumação a quente, a temperatura deve ser superior a 60°C e assim, pretende-se obter o cozimento do produto ao mesmo tempo que se defuma DEFUMAÇÃO Nos métodos tradicionais de defumação (a quente e a frio), o controle da composição química da fumaça gerada é bastante difícil. Isto pode promover a deposição de compostos carcinogênicos, como o benzopireno, sobre a superfície do produto A geração de fumaça implica, ainda, na emissão de grande quantidade de resíduos gasosos na atmosfera. Por esse motivo, o processo de defumação convencional vem sendo substituído pelo uso de fumaças sintéticas, como a fumaça líquida Uma das formas de obtenção da fumaça líquida é pela absorção em água dos componentes gerados ou de forma sintética DEFUMAÇÃO Conservação por fermentação Fermentação ALCÓOLICA PRODUÇÃO DE ETANOL Fermentação ACÉTICA PRODUÇÃO DE ÁCIDO ACÉTICO Fermentação LÁTICA PRODUÇÃO DE ÁCIDO LÁTICO A fermentação é um método de produção de alimentos milenar e até hoje continua sendo importante para a obtenção de diversos alimentos fermentados, como cerveja, queijo, pão, vinho, entre muitos outros Os alimentos fermentados são altamente colonizados por bactérias e leveduras, dependendo de cada produto específico O PRINCÍPIO BÁSICO DA FERMENTAÇÃO É TRANSFORMAR MATÉRIAS ORGÂNICAS EM OUTRAS, SEM A PRESENÇA DE OXIGÊNIO CONSERVAÇÃO POR FERMENTAÇÃO Os microrganismos inibem a multiplicação de patógenos, por meio da competição por nutrientes e da produção de metabólitos antimicrobianos, a partir de substratos presentes no alimento O fatores mais importantes que conferem a segurança desses alimentos é a acidez, a presença de bacteriocidas, alta concentração de sais e a formação de meio anaeróbio Produtos fermentados são conservados devido ao abaixamento do pH (produção de ácido lático, acético), ou produção de álcool (bebidas alcoólicas) Mas, os produtos fermentados geralmente necessitam de um método adicional de conservação, por exemplo, refrigeração (leite, iogurte), calor no caso de bebidas alcoólicas, entre outros A FERMENTAÇÃO PODE SER CLASSIFICADA PELO MATERIAL A FERMENTAR, PELO PRODUTO DA FERMENTAÇÃOOU PELO AGENTEDE FERMENTAÇÃO CONSERVAÇÃO POR FERMENTAÇÃO Na indústria alimentícia, a fermentação é a única operação em que se favorece o crescimento dos microrganismos, mas é um processo feito de forma controlada Essa ação controlada de microrganismos selecionados visa alterara textura dos alimentos, preservar e produzir aromas e sabores sutis que aumentam a qualidade e o valor das matérias-primas Condições suaves de temperatura e pH que contribuem para a manutenção das propriedades nutritivas dos alimentos e propriedades sensoriais Obtenção de produtos únicos com novo sabor, aroma e textura BENEFÍCIOS Baixo consumo de energia devido às condições de operação brandas Custos de investimento e operação relativamente baixos Tecnologia relativamente simples CONSERVAÇÃO PELO FERMENTAÇÃO A fermentação alcoólica é um tipo de reação química realizada pela ação de microrganismos (leveduras) sobre os açúcares (glicose ou outro monossacarídeo), produzindo etanol (álcool etílico) e gás carbônico É um processo de grande importância, através do qual é obtido todo o álcool industrial, e todas as bebidas alcoólicas fermento-destiladas (uísque, cachaça, conhaque, tequila) e fermentadas (cerveja, vinho). Um outro exemplo de fermentação alcoólica é a produção de pão Entre as leveduras mais utilizadas encontram-se várias cepas de Saccharomyces cerevisiae, usadas em panificação, destilaria, elaboração de vinho e cervejaria (S. carlsbergensis e S. uvarum) ALCÓOLICA Temperatura: variável de acordo com o tipo e a finalidade do processo. Assim, o ótimo para a produção de álcool, aguardente, vinho e outros produtos se situa entre 26 e 32ºC, ao passo que, para a cerveja, está entre 6 a 20ºC pH do mosto: também variável entre 4,0 e 4,5 para a produção de álcool e entre 4,0 e 6,0 para a cerveja. O pH baixo inibe o desenvolvimento de bactérias contaminantes, sem prejudicar o desenvolvimento das levedura Entre os vários fatores ambientes que afetam a fermentação cita-se: ALCÓOLICA Concentração da matéria prima: apesar da levedura suportar concentrações de açúcar em torno de 22 a 24%, nos processos industriais a concentração é variável de acordo com a finalidade do processo: situa-se entre 12- 14% no melaço para a produção de álcool; entre 6-9% para a produção de cerveja; e entre 22-24%no suco de uva para obtenção de vinho Teor alcoólico do produto: depende do teor inicial em açucares. Acima de cerca de 12% no mosto em fermentação inibe o desenvolvimento da própria levedura ALCÓOLICA Oxigênio: em anaerobiose, o rendimento em álcool é maior, uma vez que há oxidação total da glicose Elementos minerais: algumas matérias-primas requerem a adição de substâncias minerais, principalmente P e K (geralmente adicionados sob a forma de fosfato dipotássico), para suprir as necessidades da levedura ALCÓOLICA Consiste na oxidação anaeróbia, parcial de hidratos decarbono, com a produção final de ácido láctico além de várias outras substâncias orgânicas É processo microbiano de grande importância utilizado pelo homem na produção de laticínios, (queijos, manteiga, coalhada, etc.),na produção de picles e chucrute e na conservação de forragens (ensilagem) para alimentação animal Além da lactose, as bactérias lácticas são capazes de utilizar a glicose, sacarose, maltose e outros hidratos de carbono. Industrialmente, o soro de leite, o melaço, milho, batata e outros produtos são passíveis de serem utilizados como matéria prima para a produção do ácido láctico LÁTICA A fermentação láctica é desenvolvida por muitas bactérias. As que apresentam importância industrial são pertencentes à família Lactobacillaceae. As mais comuns são Streptococcus lactis, Lactobacillus bulgaricus, L. leschmanii, L. delbruckii, L. acidophilus A oxidação parcial anaeróbia da lactose, e de outros açucares, desenvolve-se em várias fases,dando origem a diversos produtosfinais, entre os quais o ácido láctico. A primeira fase consiste na hidrólise da lactose. Posteriormente, os monossacarídeos são oxidados LÁTICA Bactérias homofermentativas: capazes de convertera maior parte do hidrato de carbono em ácido láctico,com um rendimento da ordem de 90 a 95%, com pequena proporção de produtos secundários Bactérias heterofermentátivas: sua ação sobre os hidratos de carbono resultaem cerca de 50% de ácido lácticoe 50% de outras substâncias (ácidos voláteis, álcoois, aldeído,CO2, etc.) O mecanismo da fermentação varia, em seus detalhes, principalmente com a espécie de bactéria envolvida no processo. Nesse particular, elas são divididas em dois grupos: LÁTICA Consiste na oxidação parcial aeróbia do álcool etílico, com produção de ácido acético. Esse processo é utilizado na produção de vinagre comum e do ácido acético industrial. Desenvolve-se também na deterioração de bebidas de baixo teor alcoólico e na de certos alimentos Na fermentação acética, a matéria prima é constituída de líquido alcoólico com 10% de álcool (vinho de uvas, vinho de frutas, álcool ou aguardente diluídos). Maior porcentagem de álcool tem efeito inibidor sobre a bactéria, impedindo a fermentação ACÉTICA A fermentação acética é desenvolvida por 19 espécies principais de Azotobacter (Pseudomonadaceae, Pseudomoradales) além de vários outros gêneros. As mais importantes são Acetobacter aceti, A. pasteurianum, A. acetosum, A. kuntzegianum A transformação do álcool em ácido acético se dá em duas etapas. Inicialmente ocorre um processo anaeróbio onde o etanol é oxidado e se transforma em aldeído acético Em seguida, ocorre a oxidação do acetaldeído acético a vinagre. Esta etapa é feita por bactérias acéticas em meio aeróbio ACÉTICA Além do ácido acético são produzidas pequenas quantidades de outros produtos como glicerol, ácido succínio, outros álcoois, outros ácidos orgânicos, cetonas e ésteres Se a fermentação não for completa, o acetaldeído será um composto secundário predominante, tendo o inconveniente de provocar asperezano vinagre, juntamente com outros aldeídos ACÉTICA Conservação por irradiação A irradiação é uma técnica eficiente na conservação dos alimentos, pode impedir a proliferação de microrganismos, que causam a deterioração nos alimentos, reduz as perdas causadas por brotamento, maturação e envelhecimento sem causar qualquer prejuízo ao alimento assim tornando-os também mais seguros ao consumidor. O PRINCÍPIO BÁSICO DA UTILIZAÇÃO DA IRRADIAÇÃO NA CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS, CONSISTE NA INATIVAÇÃO DOS MICRORGANISMOS CONSERVAÇÃO POR IRRADIAÇÃO Uma grande vantagem do processo de esterilização por radiação é a possibilidade de esterilizar os itens em suas próprias embalagens invioladas, que só serão abertas para o uso final do produto O processo consiste em submetê-los embalados ou a granel, a uma quantidade controlada dessa radiação, por um tempo prefixado O processo de irradiação é influenciado pela temperatura, umidade e tensão de oxigênio do meio, assim como pelo estado físico do material a ser irradiado Por este motivo, para cada produto a ser irradiado são estabelecidos procedimentos específicos, inclusive diferentes doses de radiação A QUANTIDADE E O TEMPO DE IRRADIAÇÃO APLICADOS VARIA CONFORME O PRODUTO E O OBJETIVO DETERMINADO CONSERVAÇÃO POR IRRADIAÇÃO A dose absorvida é a energia captada por unidade de massa no meio em que penetra. Nos processos industriais que utiliza a irradiação é necessário que se conheça a dose absorvida pelo material, pois os efeitos químicos, físicos e biológicos dependem desta grandeza Gray é a unidade adotada pelo sistema internacional de medida Aumentar o tempo da vida útil dos alimentos vegetais e animais Exercer ação igual à pasteurização e esterilização Complementar o processo de outros tipos de conservação de alimentos Impedir o brotamento inconveniente de vegetais BENEFÍCIOS Esterilizar e/ou destruir insetos infestantes nos vegetais Retardar o ciclo de maturação das frutas Promover ou também incrementar colheitas, através do tratamento das sementes CONSERVAÇÃO POR IRRAD Osradicais livres fazem com que o alimento fique com sabor desagradável, característico de alimentos irradiados Amolecimento de carnes, ou maléficas como a perda do nutriente Alterações na cor também podem ser observadas em carnes e peixes DESVANTAGENS As vitaminas C, a Tiamina e K sofrem alterações iguais às observadas no processamento térmico Radicais livres produzidos através das radiações provocam oxidação de gorduras do alimento Esse processo deixa sabor de ranço em produtos gordurosos CONSERVAÇÃO PELO FERMENTAÇÃO Por possuírem alta energia, nêutrons não são utilizados nesses processos de irradiação dos alimentos por serem potenciais formadores de elementos radioativos, efeito que é indesejável neste caso As partículas Beta e Alfa para irradiação também não são utilizadas por possuírem um baixo poder de penetração AS PRINCIPAIS EMISSÕES QUE SÃO EMPREGADAS SÃO AS DO TIPO ALFA, BETA, NÊUTRONS, RAIOS X E GAMA CONSERVAÇÃO POR IRRADIAÇÃO Um problema na utilização de raios X para irradiação de alimentos é o baixo rendimento relacionado à produção dos mesmos: somente cerca de 1% da energia necessária se converte efetivamente na radiação desejada As radiações gama, são radiações eletromagnéticas produzidas durante o decaimento de radioisótopos, como o Cobalto 60 ou Césio-137 CONSERVAÇÃO POR IRRADIAÇÃO A energia, durante a irradiação, atravessa os alimentos, que não entra em contato direto com fonte radioativa São operadores qualificados que controlam e monitoram eletronicamente essa fonte de radiação e o tratamento dos produtos, que é feito através de um console que fica situado fora da câmara de irradiação CONSERVAÇÃO POR IRRADIAÇÃO Os alimentos irradiados são colocados em "containers" que através de um monotrilho são conduzidos para dentro da câmara de irradiação, onde irão receber a dose programada de radiação gama Nos irradiadores comerciais, os alimentos são levados dentro de caixas de metal suspensas por ganchos móveis, que ficam expostos durante um tempo pré- determinado ao campo de radiação proveniente de uma fonte de cobalto-60 Radurização: doses baixas (em média de 0,25 a 1 kGray) com finalidade de inibir brotamentos, e retardar o período de maturação de frutas e a deterioração fúngicas das frutas e hortaliças Radicidação ou radiopasteurização: doses intermediárias (de 1 a 10 kGray) para pasteurizar sucos, retardar a deterioração de carnes e de controle de Salmonella em produtos avícolas, etc PRINCIPAIS PROCESSOS DE IRRADIAÇÃO DE ALIMENTOS CONSERVAÇÃO POR IRRADIAÇÃO Radapertização ou esterilização: doses elevadas (10 a 70 kGy) para esterilização de carnes, dietas e produtos processados Conservação por aditivos Os aditivos são quaisquer ingredientes adicionados intencionalmente aos alimentos, sem propósito de nutrir, mas com o objetivo de mudar as características físicas, químicas, biológicas e/ou sensoriais durante a fabricação A CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS POR ADITIVOS CONSISTE NA ADIÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS AOS ALIMENTOS CONSERVAÇÃO POR ADITIVOS Atualmente, com o avanço da indústria química, a indústria de alimentos tem sido beneficiada pelo surgimento de novas substâncias que podem ser adicionadas aos alimentos com o objetivo de conservar, melhorar a cor, o aroma, a textura, o sabor, bem como seu valor nutritivo A maneira de viver, principalmente nos países industrializados, vem impondo uma série de modificações e adaptações ao meio ambiente, ao ritmo de trabalho, aos hábitos alimentares, na utilização de medicamentos, entre outras coisas A rapidez nas mudanças trouxe às pessoas, além da ansiedade e o estresse, a diminuição da resistência orgânica, que em muitos casos, pode virar doença A UTILIZAÇÃO DE ADITIVOS ALIMENTARES DEVE ANALISADA DE MODO GERAL, NÃO SÓ O IMPACTO QUE ELES TRARÃO AO PRODUTO FINAL CONSERVAÇÃO POR ADITIVOS Não há como imaginar o mundo atual, sem a utilização de aditivos químicos aos alimentos, pois seu uso vem causando um maior aproveitamento das matérias- primas e, por consequência, diminuindo os desperdícios Apesar da importância da aplicação dos aditivos na indústria, outros fatores presentes no dia a dia de cada pessoa precisam ser observados Possuir toxicidade real ou potencial Interferir desfavoravelmente no valor nutritivo do alimento Encobrir falhas no processamento Induzir o consumidor a erro Não satisfazer a legislação Mas há algumas situações em que o uso de aditivos não se justifica: CONSERVAÇÃO POR ADITIVOS Aumentar sua conservação ou estabilidade, com resultante reduçãonas perdas do alimento Tornar o alimento mais atrativo ao consumidor, sem levá-lo, entretanto, a engano ou confusão Fornecer condições essenciais ao processamento do alimento O uso de aditivo como vantagem para o consumidor pode ser justificado desde que sirva a um dos seguintes propósitos: AGENTE DE MASSA: substância que proporciona o aumento de volume e/ou da massa dos alimentos, sem contribuir significantemente para o valor energético do alimento ANTIESPUMANTE: substância que previne ou reduza formação de espuma ANTIUMECTANTE: substância capaz de reduziras características higroscópicas dos alimentos e diminuir a tendência de adesão, umas às outras, das partículas individuais CONSERVADOR: substância que impede ou retarda a alteração dos alimentos provocada por microrganismos ou enzimas ANTIOXIDANTE: substância que retarda o aparecimento de alteração oxi- dativa no alimento. CORANTE: substância que confere, intensifica ou restaura a cor de um alimento EDULCORANTE: substância diferente dos açúcares que confere sabor doce ao alimento ESPESSANTE: substância que aumenta a viscosidade de um alimento GELEIFICANTE: substância que confere textura através da formação de um gel UMECTANTE: substância que protege os alimentos da perda de umidade em ambiente de baixa umidade relativa ou que facilita a dissolução de uma substância seca em meio aquoso ESTABILIZANTE: substância que torna possível a manutenção de uma dispersão uniforme de duas ou mais substâncias imiscíveis em um alimento AROMATIZANTE: substância ou mistura de substâncias com propriedades aromáticas e/ou sápidas, capazes de conferir ou reforçar o aroma e/ou sabor dos alimentos REGULADOR DE ACIDEZ: substância que altera ou controla a acidez ou alcalinidade dos alimentos ACIDULANTE: substância que aumenta a acidez ou confere um sabor ácido aos alimentos EMULSIFICANTE: substância que torna possível a formação ou manutenção de uma mistura uniforme de duas ou mais fases imiscíveis no alimento FERMENTO QUÍMICO: substância ou mistura de substâncias que liberam gás e, dessa maneira, aumentam o volume da massa MELHORADOR DE FARINHA: substância que, agregada à farinha, melhora sua qualidade tecnológica para os fins a que se destina REALÇADOR DE SABOR: substância que ressalta ou realça o sabor/aroma de um alimento GLACEANTE: substância que, quando aplicada na superfície externa de um alimento, confere uma aparência brilhante ou um revestimento protetor AGENTE FIRMEZA: substância que torna ou mantém os tecidos de frutas ou hortaliças firmes ou crocantes, ou interage com agentes geleificantes para produzir ou fortalecer um gel SEQUESTRANTE: substância que forma complexos químicos com íons metálicos ESTABILIZANTE DE COR: substância que estabiliza, mantém ou intensifica a cor de um alimento ESPUMANTE: substância que possibilita a formação ou a manutenção de uma dispersão uniforme de uma fase gasosa em um alimento líquido ou sólido Considerados entre os conservantes mais versáteis e seguros de hoje em dia, por serem inibidores altamente eficientes contra os microrganismos O ácido sórbico e seus sais, os sorbatos, passaram a ser utilizados em conservas de carnes como inibidores do Clostridium botulinum ÁCIDO SÓRBICO - INS 200 É uma dentre as diversas formas encontradas do ácido sórbico Ao contrário de outros sais de ácido sórbico, como o sorbato de potássio e o sorbato de cálcio, o uso de sorbato de sódio como aditivo alimentar não é permitido na UE devidoa potenciais efeitos genotóxicos SORBATO DE SÓDIO - INS 201 CONSERVADORES https://pt.wikipedia.org/wiki/Clostridium_botulinum https://en.wikipedia.org/wiki/Potassium_sorbate https://en.wikipedia.org/wiki/Calcium_sorbate O sorbato de potássio é um sal de potássio do ácido sórbico, conservante fungicida e bactericida, inibidor de crescimento de bolores e leveduras, amplamente utilizado na alimentação como conservante Apesar de classificado como irritante em alguns lugares, esse conservante é considerado seguro e suave por conta de seu longo histórico de segurança e perfil não-tóxico SORBATO DE POTÁSSIO - INS 202 O sorbato de cálcio propicia excelentes resultados As embalagens revestidas com sorbato de cálcio oferecem a vantagem de possuir extraordinária estabilidade frente à oxidação SORBATO DE CÁLCIO - INS 203 CONSERVADORES https://pt.wikipedia.org/wiki/Sal https://pt.wikipedia.org/wiki/Pot%C3%A1ssio https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_s%C3%B3rbico https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungicida https://pt.wikipedia.org/wiki/Bactericida A nisina é um peptídeo antibacteriano policíclico produzido pela bactéria Lactococcus lactis em substratos naturais, como leite ou dextrose , e não é sintetizada quimicamente É comum usar nisina em níveis que variam de aproximadamente 1-25 ppm, dependendo do tipo de alimento e aprovação regulatória NISINA - INS 234 Natamicina é um fármaco antimicótico, também chamado de Pimaricina, é um agente antifúngico natural que ocorre durante a fermentação da bactéria Streptomyces natalensis A eficácia da barreira antifúngica da natamicina depende de alguns fatores, como a concentração e a forma de aplicação PIMARICINA - INS 235 CONSERVADORES https://en.wikipedia.org/wiki/Peptide https://en.wikipedia.org/wiki/Bacterium https://en.wikipedia.org/wiki/Lactococcus_lactis https://en.wikipedia.org/wiki/Dextrose https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A1rmaco https://pt.wikipedia.org/wiki/Antimic%C3%B3tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Antif%C3%BAngico https://pt.wikipedia.org/wiki/Fermenta%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Streptomyces_natalensis O uso de nitrito, na forma de sais de sódio ou de potássio, é um conservante permitido que pode ser adicionado no processo de produção de produtos cárneos curados devido aos vários papéis que desempenha Este conservante exerce uma função antimicrobiana e normalmente é adicionado aos produtos cárneos curados para prevenir o crescimento de bactérias como o Clostridium botulinium NITRITO DE POTÁSSIO - INS 249 Serve a um duplo propósito na indústria de alimentos já que tanto altera a cor de peixes e carnes preservadas e também previne crescimento da bactéria que causa o botulismo Enquanto esta substância previne o crescimento de bactéria, pode ser tóxica para mamíferos Vários perigos do uso dele como aditivo alimentar têm sido sugeridos e pesquisados por cientistas NITRITO DE SÓDIO - INS 250 CONSERVADORES https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria https://pt.wikipedia.org/wiki/Alimento https://pt.wikipedia.org/wiki/Cor https://pt.wikipedia.org/wiki/Peixe https://pt.wikipedia.org/wiki/Carne https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Botulismo Mineral que ocorre naturalmente. É utilizado como conservante e agente de cura; por ação microbiana ou no estômago pode transformar-se em nitritos, com todos os efeitos desfavoráveis referidos para o INS 249 NITRATO DE SÓDIO - INS 251 É usado pelas indústrias de alimentos que produzem carnes defumadas e embutidos/enchidos (salsichas, linguiças, salames, etc.) a fim de evitar a proliferação da bactéria causadora do botulismo Serve também para realçar a cor e o sabor do alimento NITRATO DE POTÁSSIO - INS 252 CONSERVADORES https://pt.wikipedia.org/wiki/Defuma%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Embutido https://pt.wikipedia.org/wiki/Salsicha https://pt.wikipedia.org/wiki/Lingui%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Salame https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Botulismo Agentes tampão e conservantes, principalmente contra a germinação de esporos de fungos no pão, não têm efeitos adversos excepto para pessoas com deficiência renal Como um aditivo alimentar, deve conter 39-41% de ácido acético e 59-61% de acetato de sódio DIACETATO DE SÓDIO - INS 262 Ácido carboxílico monoprótico, que pode ser encontrado na natureza. Em seu estado puro, apresenta-se como um líquido incolor, corrosivo, de odor pungente e miscível em água Dado seu forte odor, seu uso é limitado. Este ácido não é tóxico nem perigoso, é considerado inofensivo, embora deva ser manuseado com cuidado ÁCIDO PROPIÔNICO - INS 280 CONSERVADORES Sal de sódio do ácido propiônico. Ocorre naturalmente em determinados queijos, como os "suiços", mas é obtido industrialmente por reação de ácido propiônico com álcalis de sódio, como o hidróxido, carbonato ou o bicarbonato Conservante, bactericida e fungicida, usado como inibidor de mofo PROPIONATO DE SÓDIO - INS 281 Sal de potássio do ácido propanoico. Não possui efeitos secundário conhecidos. Principais alimentos que utilizam são bombons e similares, chocolates, massas frescas e semi-prontas, produtos de panificação, produtos de pastelaria e produtos de confeitaria PROPIONATO DE POTÁSSIO - INS 283 CONSERVADORES https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_propanoico
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