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Montesquieu (Fonte: epigafreshistograficas.blogspot; Montesquieu e sua teoria sobre a divisão dos poderes) · Principal obra: Espírito das Leis (analisa a importância das leis na constituição da sociedade e de seus governos) · Tenta compreender as razões da decadência das monarquias, as causas que abalaram sua estabilidade, e também os mecanismos necessários para garantir sua estabilidade; · Acreditava que a base da estabilidade dos governos estava na noção de moderação (dessa noção surge a ideia da divisão do governo em 3 poderes) · NÃO É CONTRATUALISTA, pois ele não busca compreender a origem da sociedade; · Afirmava que as leis eram elementos fundamentais para regular as ações humanas; · Leis e Sociedade · Leis são as “relações necessárias que derivam da natureza das coisas” · Para ele todos os seres têm suas leis; as divindades, os animais, os homens, cada um tem suas próprias leis · Rompe com a submissão da política à teologia, à vontade divina · Causa a partir da qual surgem as leis humanas: a necessidade de regulamentar a conduta humana em sociedade · Para ele, os dois tipos de guerra existentes (entre as nações e entre os homens) fazem com que as leis se estabeleçam. Essas leis, portanto são divididas em · Direito das gentes: leis que tratam sobre as relações entre diferentes povos (hoje = direito internacional) · Direito político: leis que organizam a relação entre governantes e governados · Direito civil: leis que tratam sobre a relação que todos os cidadãos possuem entre si · As leis devem ser próprias a cada nação, à medida que seria um acaso muito grande se as leis de uma nação pudessem servir para outra · Existem naturezas e princípios diferentes que orientam cada governo, assim deve-se criar leis especificas para esses governos · Três tipos de governo · REPUBLICANO: aquele em que o povo, ou uma parte dele, possui poder soberano · MONÁRQUICO: aquele onde só um governa, mas a partir de leis fixas e estabelecidas · DESPÓTICO: aquele onde um só, sem lei e sem regra, impões tudo por força da sua vontade · Considera duas dimensões do funcionamento político das instituições: a natureza e o princípio · Natureza = é o que o faz ser como é (quem detém o poder) · Princípio = é o que o faz agir · Princípio de governo · É a paixão que o move; o modo de funcionamento dos governos, ou seja, como o poder é exercido · O princípio da Monarquia é a honra; o da República é a virtude (nesse caso, a virtude do cidadão dentro da política; o espírito cívico; a supremacia do bem público sobre os interesses particulares); e o do Despotismo é o medo · Para ele a corrupção de cada governo começa quase sempre pela corrupção de seus princípios (a república se torna corrupta quando as leis não são mais executadas; a monarquia se torna corrupta quando os privilégios das classes são tiranos; já o despotismo é corrupto por natureza) · Relação entre princípio e natureza · A partir dessa relação é possível compreender os efeitos e consequências de cada governo · O despotismo não possui instituições, é impolítico. Para Montesquieu é um governo cuja natureza é não ter princípio; está condenado à autodestruição, pois pode levar à rebeliões) · O governo republicano é muito frágil pois depende da virtude dos homens (depende que os virtuosos contenham sua própria vontade e a dos outros) · Já a monarquia para o autor não precisa de virtude, pois ela depende apenas das instituições (nela estaria garantida a moderação, pois as instituições contêm os impulsos do rei. Logo, o poder contraria o poder) · Lembrar que quando Montesquieu fala sobre monarquia, ele refere-se à monarquia parlamentar · Natureza do governo · DESPOTISMO: é o governo da paixão; · REPÚBLICANISMO: é o governo dos homens · MONARQUIA: é o governo das instituições · Questões Intermediárias · Qual a condição fundamental para Montesquieu, para alcançar a estabilidade dos regimes políticos? A ideia de moderação; presença de instituições e distribuição de poder · Como um governo deve ser organizado? Quais os poderes e suas funções? Legislativo (criação de leis), Executivo (executa e governa a partir das leis), Judiciário (fiscaliza e julga a partir das leis) · Considerando o caso brasileiro, demonstre de forma prática, utilizando os dispositivos constitucionais, como se dá a divisão/organização dos poderes no país. Executivo: Presidente e ministros, Governadores, prefeitos; Legislativo: Deputados federais e estaduais, senadores, vereadores; Judiciário: Juízes, ministros e desembargadores; · Separação dos Poderes · Para Montesquieu, a liberdade política só se encontra em governos moderados, onde não se abusa do poder; · “…todo homem que possui poder é levado a dele abusar…” · Logo, para que não haja abuso de poder, ele defendia que “o poder limite o poder”; · Separação em poderes livres, independentes e autônomos: · Poder Legislativo: cria leis, corrige ou anula aquelas que já foram feitas e fiscaliza a execução das mesmas pelo Executivo; · Poder Executivo: executa as leis, propões planos de ação e administra os interesses públicos; · Poder Judiciário: interpreta as leis e julga os casos de acordo com as regras constitucionais; · Objetivos da separação · Assegurar a existência de um poder que seja capaz de contrariar outro poder; · Impedir que alguma forma política prevaleça sobre as demais; · Criar mecanismos para garantir a liberdade dos cidadãos. Isso seria impossível em um estado onde aquele que faz as leis as executa e também as julga. Prof. Humberto Ribeiro Júnior Relações Internacionais - UVV
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