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Micologia 2

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Ana Carolina Simões – MED 105 – Aula Micro 25/04/2022 
Micologia 2 
Fungos Dimórficos 
 Os principais fungos patogênicos causadores de micoses sistêmicas e são termodimórficos (variando a 
temperatura ele vai adquirir uma estrutura diferente) 
 Tem uma distribuição geográfica limitada em áreas endêmicas 
 A maioria está no ambiente, promovendo a ocorrência saprofítica (realiza decomposição) em micronichos 
com produção de propágulos/estruturas infectantes (conídios) 
 Os conídios penetram no hospedeiro, principalmente, pelo trato respiratório através da inalação deles 
 Principais exemplos: 
 Sporothrix schenckii – complexo com várias espécies 
 Histoplasma capsulatum 
 Paracoccidioides brasiliensis 
 
 Dimorfismo térmico 
 Fungos com capacidade de apresentar duas morfologias distintas, filamentosos e leveduriformes 
 A transição de micelial (filamentosos) para leveduriforme é necessária para o estabelecimento da 
infecção 
 Micelial – ambiente (18-25°C) 
 Leveduriforme – fase parasitária dentro do hospedeiro (35-37°C) 
 
 Classificação das Micoses – Superficiais; Cutâneas; Subcutâneas; Endêmicas; Oportunistas 
 
Micoses Subcutâneas – Esporotricose 
 Doença de distribuição universal 
 Predominante em regiões tropicais e subtropicais 
 Na América Latina, a esporotricose humana é considerada endêmica – no Brasil é epidêmica, 
especialmente no Rio de Janeiro; 
 Sporothrix brasiliensis – é a espécie mais virulenta do complexo Sporothrix, sendo o agente 
predominante em gatos 
 Ocorrência é restrita às regiões Sul e Sudeste do Brasil; 
 Felinos, além de mais suscetíveis, podem atuar como reservatório sendo um risco de disseminação desse 
agente – pele, cavidade nasal e ora 
 Epidemiologia 
 A real prevalência é desconhecida 
 Possui um comportamento diferenciado e caráter 
ocupacional (dependendo da profissão do indivíduo, 
ele fica mais suscetível a adquirir a doença) 
 Nesse caso do ocupacional, acomete 
principalmente homens que praticam jardinagem 
(muito presentes em roseiras), agricultura, 
mineiros, caçadores, etc 
 Acomete animais também – aparece tipicamente 
uma lesão no rosto, geralmente por conta 
inoculação traumática em casos de briga com 
outros animais infectados 
 
 Forma isolada 
 Raros episódios epidêmicos 
 
 
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 Agente etiológico – complexo spothrix schenckii 
 Gênero – Sporothrix 
 Espécies – S. braziliensis; S. globosa; S. luriei; S. mexicana; S. pallida; S. schenckii 
 Dependendo do ambiente, se terá a prevalência de uma espécie especifica 
 O homem pode ser acometido pela esporotricose causada por felinos, caninos, roedores, e até mesmo 
pelo ambiente 
 
 Características Gerais 
 Fungo termicamente dimórfico encontrado em vegetações (gramíneas, árvores, musgo, roseiras e 
outras hortaliças) 
 Temperatura ambiente – forma filamentosa ou bolor 
 Presença de hifas septadas e ramificadas, com presença de conídios 
 
 Temperatura 35 a 37ºC – forma leveduriforme 
 Leveduras esféricas, ovais ou alongadas (charuto) 
 
 É uma micose subcutânea, causadora de doença subaguda ou crônica (acometendo tanto homens 
quanto animais) e granulomatosa 
 Inoculação através de traumatismo ou escoriação 
 Todo processo de infecção depende da resistência do hospedeiro, do tamanho do inóculo e da 
virulência do fungo 
 O episódio inicial é seguido de disseminação secundária, com comprometimento de vasos linfáticos 
e linfonodos 
 
 Patogenia 
 Conídios ou fragmentos de hifas são introduzidos na pele em decorrência de um traumatismo 
(atividades com plantas, arranhaduras de gatos) 
 Lesão inicial – é formado um nódulo granulomatoso, que pode evoluir para lesão necrótica ou 
ulcerativa; 
 Os vasos linfáticos que drenagem essa lesão inicial, podem tornar-se espessos, semelhantes a uma 
corda, e ao longo deles, vários nódulos subcutâneos e abscessos surgem; 
 A esporotricose fixa consiste em um nódulo não linfático solitário, limitado e menos progressivo, 
não havendo propagação pela rede linfática, tendo pouco comprometimento sistêmico relacionado as 
lesões fixas; 
 Raramente pode ocorrer esporotricose pulmonar (inalação de conídeos) – pacientes debilitados ou 
imunocomprometidos 
 Raramente pode ocorrer infecção sistêmica, depende do organismo e estado imunológico do 
hospedeiro 
 
 Lesões em humanos 
 
 
 
 
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 Lesões em animais 
 Principalmente na face nos felinos – podem ulcerar e necrosar, perdendo a região que foi acometida 
 Nos cães aparece, principalmente, na área nasal, podendo perder totalmente o plano nasal e 
desenvolver diversos comprometimentos respiratórios 
 
 
 
 Aspectos diagnósticos 
 Avaliar os sinais clínicos, como lesão de pele 
 
 
 
 Tipos de amostras que podem ser obtidos para análise – fragmento de tecido, swab cutâneo, swab 
nasal e raspado de lesão 
 
 Diagnóstico micológico 
 Microscopia direta do Material 
 Citologia – Imprint 
 Coloração – gram; giemsa; panótico; fucsina (geralmente é feito esse tipo) 
 Cultura Micológica 
 Meio de cultura utilizado é o ágar sabouraud acrescido de cloranfenicol e 
cicloheximida 
 Identificação morfológica 
o Filamentoso – colônias escurecidas devido a melanina (inicialmente é 
esbranquiçado) 
o Crescimento rápido (2 a 5 dias) - 25ºC - 30ºC 
 
 
 
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 Microscopia oriunda de cultura – a estrutura que aparece sendo típica 
de sporothrix são as hifas hialinas septadas, com conidióforos 
curtos e conídios elipsóides/esféricos em arranjo característico 
(forma de margarida) 
 
 A confirmação só é feita após avaliação do termodimorfismo 
 Avaliação macromorfológica e micromorfológica; 
 M.o suspeitos de pertencerem ao complexo Sporothrix; 
 Repique em meio enriquecido (ABHI/ ASC 5%) 
 Incubar à 37°C (3° dia); 
 Visualização de estruturas leveduriformes compatíveis (CRUZ, 2013) 
 
 
 
Micoses Endêmicas – Paracoccidioidomicose 
 Considerada a mais importante micose profunda em humanos, da América Latina 
 Ocorre exclusivamente em países da América do Sul e da América Central (endêmico) 
 Regiões tropicais e subtropicais – Brasil, Colômbia, Venezuela, Equador e Argentina 
 Todos os pacientes diagnosticados fora da América Latina viveram, previamente, na América 
Latina 
 
 O Brasil tem o maior número de casos descritos da doença (maior número de áreas endêmicas no mundo) 
tendo predomínio nas zonas rurais do Brasil e afetando, principalmente, os agricultores 
 A terra contaminada é revolvida para a plantação, fazendo com que os fungos sofram suspensão e 
sejam inalados pelos trabalhadores rurais, permitindo que eles se alojem nos pulmões dos indivíduos 
 Maior prevalência nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, sendo sua maior incidência nos estados de 
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais 
 
 Caracteriza-se por micose sistêmica de natureza granulomatosa com frequente evolução crônica, 
envolvendo principalmente a pele, linfonodos, pulmões e membranas nasal, oral e gastrointestinal 
 O período de incubação pode variar de um mês até muitos anos 
 Em casos graves, a letalidade é estimada entre 2 e 23% 
 O ar é o veículo de dispersão 
 A infecção humana é adquirida, geralmente, entre 10 e 20 anos de idade 
 A evolução para doença ocorre mais em adultos entre 30 e 50 anos – período de incubação extremamente 
longo 
 Paracoccidioides brasiliensis 
 Principal espécie causadora da paracoccidioidomicose 
 
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 Isolado de morcegos, cães e gatos – esses 
animais podem ser usados como marcadores 
epidemiológicos para as regiões endêmicas 
(regiões de florestas tropicais ou subtropicais) 
 Isolado com maior frequência em tatus 
(Dasypus novencinctus)que se infectam 
naturalmente pelo fungo, sendo facilitadores da 
infecção humana 
 A caça de tatus em áreas endêmicas deve ser 
totalmente evitada, por esse hábito constituir um 
fator de risco 
 
 Patogenia 
 Inalação dos conídios – lesões iniciais nos pulmões 
 Após período de dormência, que pode levar décadas, os granulomas pulmonares podem tornar-se 
ativos, acarretando disseminação da doença ou doença pulmonar progressiva crônica 
 A forma disseminada pode atingir vários órgãos 
 
 Formas clínicas 
 As áreas endêmicas podem promover infecção primária durante a infância e envolver o sistema 
imunológico. 
 A forma crônica do adulto mais frequente é a multifocal com envolvimento de pulmões, 
linfonodos, pele e mucosas (evolução crônica e diagnóstico tardio) 
 
 Os sinais que podem ser observados são tosse persistente, escarro purulento, dispneia, perda de peso, 
febre associada a lesões cutâneas e nas mucosas 
 
 Diagnóstico micológico 
 Coleta do Material 
 Pus, escarro, punção de secreção 
 Exame direto (KOH) 
 Na imagem ao lado, observa-se uma levedura apresentando 
brotamentos diversos, tipo Mickey, que pode ser visto no caso 
dessa doença 
 
 Isolamento 
 Faz-se com ágar sabouraud dextrose + clorafenicol + ciclohexamida a 25ºC 
(buscando forma filamentosa) 
 Demora de 20 a 60 dias para esse fungo crescer 
 Aparecem como colônias filamentosas brancas com aspecto algodonoso ou 
aveludado (como pipoca estourada) 
 
 Conversão para levedura 
 10-20 dias a 37ºC 
 Meio BHI 
 Na microscopia, observa-se grandes células leveduriformes com vários brotamentos, com 
presença de clamidósporos 
 
 
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 Dimorfismo termo-dependente 
 A 25° - forma micelial com filamentos septados (imagem ao lado) 
 A 37° - forma leveduriforme, com parede celular dupla, múltiplos 
brotamentos e aspecto de “roda de leme” (imagem abaixo) – sinal 
patognomônico de P. brasiliensis 
 
 
 
Histoplasmose 
 Doença cosmopolita, com predomínio nas Américas, vales dos rios Mississipi-Missouri nos USA e na 
Serra do mar no Brasil (Rio de Janeiro) 
 Doença urbana – presente em forro de casas, oco de arvores, galinheiros, etc 
 14 microepidemias foram publicadas no Brasil – visitas a cavernas, minas abandonadas, bueiro, limpeza 
de forro de casa de veraneio e de galinheiros 
 Mais frequente em trabalhadores rurais, criadores de aves e espeleólogos (exploradores de cavernas) 
 É uma micose pulmonar que é mais prevalente em seres humanos e animais 
 Pode ocorrer disseminação pela via linfática ou hematogênica 
 Preferência pelo sistema retículo-endotelial 
 O agente etiológico é o Histoplasma capsulatum, que é um fungo 
dimórfico térmico 
 Habitat 
 Locais que contenham solo aerado, pH pouco ácido e matéria orgânica; 
 Solo enriquecido com excretas de morcegos, galinhas ou aves 
migratórias, pelo alto teor de ácido úrico, fosfatos e outros compostos 
nitrogenados nas excretas desses animais 
 Grutas e Galinheiros – as excretas de morcegos e galinhas liberadas no 
local auxiliam na manutenção do ambiente favorável a presença e 
propagação desses fungos 
 
 Patogenia 
 Após inalação, os conídios desenvolvem-se em células leveduriformes, as quais são fagocitadas por 
macrófagos alveolares, onde são capazes de se multiplicar, pois não são afetadas pela fagocitose 
 Elas usam o interior dos macrófagos para se propagarem para os tecidos reticulo-endoteliais, como 
fígado, baço, medula óssea e linfonodos 
 
 Manifestações clínicas 
 Assintomática – 90% dos casos de Histoplasmose 
 Pulmonar 
 Sintomas de resfriado com febre, calafrios, cefaleia, tosse, mialgias e dor torácica 
 Em raros casos, geralmente a síndrome do desconforto respiratório agudo pode ser vista 
 10% dos pacientes podem apresentar sequela inflamatória, como linfadenopatia persistente com 
obstrução brônquica, artrite, artralgias ou pericardite 
 
 Disseminada – casos raros 
 Pacientes com AIDS e outras patologias, como linfomas e leucemias 
 Mortalidade nos imunossupremidos chega a 90% 
 Sintomas clínicos: febre, perda de peso, hepatoesplenomegalia, linfoadenopatia, leucopenia, 
anemia, lesões cutâneas e ulcerações nas mucosas oral e intestinal 
 
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 Esse tipo de manifestação é um problema, especialmente por atuar em diversos ambientes e para 
os pacientes que são imunodeprimidos (oportunidade de disseminação) 
 
 Diagnóstico 
 Material clínico – depende do tipo de infecção, se é disseminada ou pulmonar 
 Escarro e lavado brônquico: Fase pulmonar aguda 
 Biopsia pulmonar: Fase pulmonar crônica (somente em alguns casos) 
 Forma disseminada: Depende da sintomatologia do paciente – sangue 
periférico não é um bom material 
 Exame direto: esfregaços ou imprints 
 
 Exame direto – muito difícil de encontrar o fungo 
 Material de biopsia (melhor material) – Coloração por Giemsa ou Wright (Histopatologia) 
 Na imagem mais acima, pode-se observar o fungo no interior de macrófagos 
 
 Diagnóstico Micológico 
 Realiza-se cultura com ágar sabouraud dextrose + clorafenicol (ou penicilina e estreptomicina); 
 A 25ºC por período superior a 15 dias, espera-se notar colônias filamentosas brancas/creme com 
aspecto algodonoso 
 Na microcospia ao lado, observa-se micélio hialino ramificado, presença de microconídios e 
macroconídios tuberculados coberto por projeções espiculadas 
 Demonstrar o dimorfismo: 
 Cultivo do isolado em Ágar Infusão de Cérebro e Coração (BHIA) 
o Incubar a 37ºC = leveduriforme 
 
 Cultivar o isolado em Ágar Sabouraud Dextrose 
o Incubar a 25ºC = filamentoso 
 
Micoses Oportunistas - Criptococose 
 Existem diferentes fungos, mas nesse caso analisaremos a Criptococose 
 É uma doença global que causa aproximadamente 620 mil mortes por ano, sendo 
223.100 casos em indivíduos com AIDS, dos quais 181.100 evoluem para morte 
 Atinge pulmões e pode disseminar-se para outros órgãos, principalmente o SNC 
 Excrementos de aves, principalmentede pombos, favorecem o crescimento de C. 
neoformans, sendo os pombos, reservatórios desse fungo sem apresentar infecção 
 Imunossupressão 
 Transitória – Corticóides, Antibióticos 
 Permanente – Leucemias, AIDS, Transplantados e Diabetes mellitus 
 
 Características Gerais 
 Atinge órgãos internos e pele, possuindo tropismo pelo SNC 
 Agente Etiológico: Cryptococcus neoformans (existem mais de 70 espécies que podem ser 
identificadas por sorotipagem) 
 Fungo leveduriforme capsulado (proteção e adesão) 
 Classificado em três variedades: 
 C. neoformans var grubii (sorotipo A) – distribuição mundial que atinge os imunocompetentes 
 C. neoformans var neoformans (sorotipo D) 
o Levedura capsulada oval ou globosa 
o Cápsula polissacarídica – virulência 
o Desenvolve principalmente em pacientes imunodeprimidos 
 
 C. neoformans var gattii (sorotipos B e C) 
 
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o Levedura capsulada alongada 
o Atualmente, somente C. gatti 
o Desenvolve infecções, principalmente, em pacientes imunocompetentes 
o Futura micose não oportunista 
 
 Habitat 
 C. gattii e C. neoformans colonizam madeira, principalmente em estado avançado de decomposição 
 C. neoformans var gattii podem aparecer em restos de eucaliptos 
 C. neoformans var neoformans – 35% de positividade de amostras de fezes de pombos na cidade de 
São Paulo 
 
 Patogenia 
 Inicia o processo infeccioso por meio da inalação das células leveduriformes, secas, minimamente 
encapsuladas e facilmente aerossolizadas 
 A infecção pulmonar é primária, podendo ser assintomática ou não 
 As leveduras podem multiplicar-se e se propagar para outras partes do corpo, principalmente SNC, 
levando a queixa principal ser algo relacionada a acometimentos neurológicos 
 
 Manifestaçãoclínica 
 Assintomática – acometimento pulmonar sem sintomas clínicos 
 Pulmonar 
 Principais sintomas: tosse, expectoração, dor torácica, emagrecimento e febre 
 Pode mimetizar a tuberculose 
 Geralmente o diagnóstico pulmonar é secundário a uma investigação clínica do SNC 
 
 Quando ele consegue chegar ao SNC ele desencadeia um quadro de Meningoencefalite Criptocócica 
 C. neoformans e C. gattii são altamente neurotrópicos 
 Meninges e tecido cerebral subjacente são envolvidos, e clinicamente observam-se febre, dores 
de cabeça, meningismo, distúrbios visuais, alterações mentais e convulsões 
 
 Disseminada 
 Não é comum, mas quando ocorre pode apresentar lesões cutâneas, oculares, na próstata, baço e 
fígado 
 Depende do estado imunológico do paciente 
 
 Diagnóstico Micológico 
 Exame direto – usa-se a tinta da china naquim 
 Contracoloração – cora o fundo da lâmina, destacando as células fúngicas que 
não se coram 
 Observam-se leveduras apresentando uma espessa cápsula que não se cora, 
como as da imagem acima 
 
 Cultura – usa-se ágar sabouraud dextrose 
 Cresce extremamente mucoide com uma coloração creme – colônias 
mucóides por conta da presença de cápsula 
 
 É uma doença de notificação compulsória (de acordo com a portaria n°104/2011 do 
Ministério da Saúde), ou seja, é obrigatório a notificação para o MS para que seja 
feito um levantamento dos pontos críticos que estão favorecendo a disseminação 
dessa doença 
 Também como uma micose oportunista, temos a cândida auris, que constitui uma ameaça global 
 É um fungo leveduriforme emergente que representa uma séria ameaça à saúde global, por 3 razões 
principais: 
 Muitas são multirresistente 
 
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 Difícil identificação com métodos de laboratório padrão 
 Surtos em ambientes de saúde 
 
 A C. auris causa doenças graves em pacientes hospitalizados 
 Pacientes podem permanecer colonizados por C. auris por muito tempo 
 Pode persistir em superfícies nos ambientes de saúde, resultando na disseminação entre pacientes 
hospitalizados, podendo ser carregado na pele deles 
 São, muita das vezes, resistentes à desinfetantes 
 
 O CDC incentiva que as autoridades de saúde pública locais ou estaduais, notifiquem ao centro de 
controle de doenças (CDC) em candidaauris@cdc.gov 
 As espécies de cândida apresentam um perfil enzimático muito semelhante, por isso elas são sub-
notificadas, o que é um perigo no caso da auris por ela ser multirresistente, uma vez que as leveduras 
multirresistentes podem ser amplamente disseminados pelo mundo 
 
mailto:candidaauris@cdc.gov

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