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INTRODUÇÃO À SEMIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO

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1 
 
 Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
Hipotálamo e Hipófise 
↠ As síndromes hipotálamo-hipofisárias podem ser 
divididas em três: de hipossecreção, de hipersecreção e 
de efeito de massa. 
SÍNDROMES DE HIPOSSECREÇÃO DE HORMÔNIOS 
HIPOFISÁRIOS 
↠ Em crianças, relato de baixa estatura, consanguinidade, 
apresentação pélvica, partos traumáticos, defeitos de linha 
média (p. ex., lábio leporino), micropênis, hipoglicemia e 
icterícia neonatal podem estar associados à 
hipossecreção de hormônios da hipófise anterior 
(hipopituitarismo). 
↠ Cumpre ressaltar que as causas mais frequentes de 
baixa estatura não são relacionadas a deficiências 
hormonais. São uma variante do crescimento normal 
(retardo constitucional do crescimento e 
desenvolvimento). 
↠ O hipogonadismo secundário leva ao atraso de 
aparecimento de características sexuais secundárias 
(retardo puberal), quando surge antes do início da 
puberdade. 
SÍNDROMES DE HIPERSECREÇÃO DE HORMÔNIOS 
HIPOFISÁRIOS 
↠ O hipercortisolismo crônico leva à síndrome de 
Cushing. 
↠ O excesso de gonadotrofinas na criança leva a um 
quadro de puberdade precoce (início dos caracteres 
puberais secundários antes dos 8 anos na menina e antes 
dos 9 anos no menino). 
➢ TELARCA: aparecimento de mamas. 
➢ LIPOMASTIA: acúmulo de tecido adiposo na região das 
mamas. 
➢ PUBARCA: aparecimento de pelos pubianos. 
IMPORTANTE: O excesso de GH leva ao gigantismo 
(quando o quadro se inicia antes do fechamento das 
epífises púbicas) ou à acromegalia (quando o quadro se 
inicia na idade adulta). 
↠ A hiperprolactinemia pode determinar galactorreia, 
com sintomas de hipogonadismo e infertilidade em ambos 
os sexos. 
 
 
SÍNDROME DE EFEITO DE MASSA HIPOFISÁRIA 
↠ Pacientes com neoplasias hipofisárias podem ter seu 
diagnóstico suspeitado pelas síndromes de hipersecreção, 
hipossecreção de hormônios hipofisários ou pelos efeitos 
de massa em estruturas anatômicas vizinhas. 
Tireoide 
Anamnese 
↠ A naturalidade e a procedência do paciente precisam 
ser conhecidas, pois ele pode ser proveniente de áreas 
pobres em iodo (regiões de bócio endêmico). 
↠ A profissão do paciente também tem sua importância 
no raciocínio diagnóstico, principalmente quando há 
manipulação de material que contenha iodo, antissépticos 
iodados ou hormônios tireoidianos. 
SINAIS E SINTOMAS 
↠ As afecções tireoidianas manifestam-se por sintomas 
e sinais locais (dor, rouquidão, aumento do volume da 
tireoide) e sintomas gerais, incluindo alterações 
psicológicas. 
↠ Podem ser divididos em dois grandes grupos: sintomas 
e sinais de hiperfunção, e os de hipofunção da glândula. 
↠ As alterações locais da tireoide são importantes em 
ambos os grupos, entre as quais destacam-se a dor, a 
dispneia, a disfonia ou rouquidão e a disfagia. 
SINAIS E SINTOMAS DE HIPERFUNÇÃO TIREOIDIANA 
↠ Os sintomas de hiperfunção tireoidiana têm como base 
fisiopatológica o aumento do metabolismo basal, causado 
pelo excesso de hormônio tireoidiano. Destacam-se a 
hipersensibilidade ao calor, o aumento da sudorese 
corporal e a perda de peso. 
↠ Quase sempre há aumento do apetite, mas, mesmo 
assim, o paciente emagrece. Algumas vezes, há anorexia 
notadamente em pacientes idosos. 
↠ Sugestivas de hipertireoidismo são as queixas de 
nervosismo, irritabilidade, ansiedade, insônia, tremores, 
choro fácil e hiperexcitabilidade. Tais manifestações são 
produzidas por ação direta dos hormônios tireoidianos 
sobre o sistema nervoso, sendo, não raramente, 
confundidas com distúrbios da afetividade, decorrentes de 
traumas emocionais. 
2 
 
 Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
↠ O principal sintoma ocular do hipertireoidismo é a 
exoftalmia com exoftalmopatia. 
A exoftalmopatia é uma condição de fundo autoimune, quase sempre 
acompanhada de disfunção tireoidiana, mas não é manifestação de doença da 
tireoide. Em geral, ao deflagrar o distúrbio tireoidiano, há também produção de 
anticorpos antitecido retro-orbitário, com infiltração do espaço retrobulbar e 
dos músculos motores extraoculares por uma substância mucopolissacarídica, 
edema e células inflamatórias. Com isso, o globo ocular é empurrado para fora. 
O paciente relata lacrimejamento, fotofobia, sensação de areia nos olhos, dor 
retroocular, edema subpalpebral e diplopia, esta causada pela infiltração e 
paralisação dos músculos extraoculares. 
↠ A pele do paciente com hipertireoidismo é fina, sedosa, 
úmida e quente, devido à vasodilatação (por isso, 
costuma-se dizer que o médico começa a reconhecer o 
hipertireoidiano no aperto de mão). As mãos são quentes 
e úmidas, diferentes das mãos úmidas e frias do estado 
de ansiedade. 
SINAIS E SINTOMAS DA HIPOFUNÇÃO TIREOIDIANA 
↠ No hipotireoidismo, a diminuição do metabolismo 
condiciona manifestações clínicas, cuja intensidade 
depende do grau da disfunção. Cansaço, hipersensibilidade 
ao frio e tendência para engordar são as principais 
queixas, que podem evoluir para intenso cansaço, 
desânimo e dificuldade de raciocínio. 
↠ Na hipofunção tireoidiana, ocorre diminuição da 
sudorese, a pele é seca e descamada, as unhas são fracas 
e quebradiças, os cabelos ressecados e também 
quebradiços, com queda abundante. Todas essas 
manifestações ocorrem por causa do hipometabolismo, 
havendo diminuição da calorigênese e hipotrofia das 
glândulas sudoríparas e sebáceas. 
↠ O tecido adiposo tem distribuição universal, sendo 
frequente a obesidade. 
Exame físico da tireoide 
 
 
↠ O exame físico da tireoide tem como base a inspeção, 
a palpação e a ausculta. 
↠ Por meio da inspeção e da palpação, podem-se definir 
a forma e o tamanho da glândula. Se houver aumento, 
deve-se esclarecer se é global ou localizado. 
↠ Para a palpação da tireoide, usam-se três manobras: 
➢ Paciente sentado e o examinador de pé atrás 
dele (abordagem posterior). As mãos e os dedos 
rodeiam o pescoço, com os polegares fixos na 
nuca e as pontas dos indicadores e médios 
quase a se tocarem na linha mediana. O lobo 
direito é palpado pelos dedos da mão esquerda, 
enquanto os dedos da outra mão afastam o 
esternocleidomatóideo. Para o lobo esquerdo, as 
coisas se invertem 
➢ Paciente sentado ou de pé e o examinador 
sentado ou de pé, postado à sua frente 
(abordagem anterior). São os polegares que 
palpam a glândula, enquanto os outros dedos 
apoiam-se nas regiões supraclaviculares 
➢ Paciente e examinador nas mesmas posições da 
abordagem anterior, fazendo-se a palpação com 
uma das mãos, que percorre toda a área 
correspondente à tireoide. A flexão do pescoço, 
ou a rotação discreta do pescoço para um lado 
ou para o outro, provoca relaxamento do 
músculo esternocleidomastóideo, facilitando a 
palpação da tireoide 
 
Posição da glândula tireoide em repouso. 
3 
 
 Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
↠ Ao inspecionar e palpar a tireoide, solicita-se ao 
paciente que realize deglutições “em seco”, o que 
permite caracterizar melhor o contorno e os limites da 
tireoide, a qual se eleva durante o ato de deglutir. 
Movimente os dedos em vários sentidos, procurando 
definir a forma e os limites da tireoide. 
↠ Por meio da palpação, determinam-se o volume ou as 
dimensões da glândula, seus limites, a consistência e as 
características da sua superfície (temperatura da pele, 
presença de frêmito e sopro). Além disso, é importante 
dar atenção especial à hipersensibilidade, à consistência e 
à presença de nódulos. 
↠ Com a técnica correta podem ser obtidos dados 
referentes a: 
➢ Volume: normal ou aumentado, difuso ou 
segmentar. Qualquer aumento é designado 
bócio. 
➢ Consistência: normal, firme, endurecida ou 
pétrea. 
➢ Mobilidade: normal ou imóvel (aderida aos planos 
superficiais e profundos). 
➢ Superfície: lisa, nodular ou irregular. 
➢ Temperatura da pele: normal ou quente. 
➢ Frêmito e sopro: presente(s) ou ausente(s). 
➢ Sensibilidade: dolorosaou indolor. 
Formações nodulares podem ser visíveis e/ou palpáveis na tireoide. 
Não se trata de uma “doença clínica”, mas manifestação clínica de 
várias afecções tireoidianas. Os nódulos podem ser únicos ou múltiplos, 
benignos ou malignos e ocorrem em 4 a 5% da população. Quando 
se utiliza o exame ultrassonográfico, a prevalência atinge 20%. 
Procura-se também detectar frêmito. À ausculta, investiga-se se há 
sopros sobre a tireoide. 
A tireoide normal é palpável em muitos indivíduos normais, e o lobo 
direito, com frequência, é um pouco maior do que o esquerdo. É 
importante anotar a presença de gânglios satélites. O aumento da 
tireoide denomina-se bócio. 
↠ O exame físico da tireoide não permite caracterizar o 
hiperfuncionamento da glândula. Isso é conseguido com 
outros dados do exame clínico e por meio de exames 
complementares. 
HIPERTIREOIDISMO HIPOTIREOIDISMO 
Nervosismo Cansaço 
Emagrecimento Letargia 
Sudorese excessiva Aumento de peso 
Intolerância ao calor Intolerância ao frio 
Palpitações Constipação intestinal 
Diarreia Bradicardia 
Fibrilação atrial Pele seca, áspera e fria 
Exoftalmia (doença de 
Basedow) 
Edema periorbitário 
Fácies basedowiana Fácies mixedematosa 
 
Paratireoide 
↠ Os sinais e sintomas das doenças das paratireoides 
dependem do distúrbio funcional, que pode ser dividido 
em estado de hipofunção e hiperfunção. Em ambas as 
condições, ocorrem alterações do metabolismo do cálcio 
e do fósforo, bem como das unidades metabólicas dos 
ossos. 
HIPOPARATIREOIDISMO 
↠ Condição clínica caracterizada por secreção ou ação 
deficiente do hormônio paratireoidiano (PTH), com 
redução dos níveis plasmáticos de cálcio e aumento dos 
níveis de fosfato, na presença de função renal normal. 
↠ Os sinais e os sintomas mais importantes do 
hipoparatireoidismo são atribuíveis à hipocalcemia, a qual 
está associada a um espectro de manifestações clínicas, 
variando de poucos sintomas, se a hipocalcemia for leve, 
a convulsões, insuficiência cardíaca refratária, ou espasmo 
da laringe, se grave. 
↠ Entre os sintomas de hipocalcemia, tetania, papiledema 
e convulsões podem ocorrer em pacientes que 
desenvolvem hipocalcemia aguda. Por comparação, 
alterações na ectoderme e nos dentes, catarata, 
calcificação dos núcleos da base e distúrbios 
extrapiramidais são características da hipocalcemia crônica. 
SINAIS DE TROUSSEAU E CHVOSTEK 
↠ Os sinais de Trousseau e de Chvostek são de extrema 
importância no diagnóstico do hipoparatireoidismo, pois 
traduzem irritabilidade neuromuscular por tetania latente 
devido à hipocalcemia. 
➢ Sinal de Trousseau, ou espasmo carpopodal, 
pode ser provocado ao se manter o manguito 
do aparelho de pressão insuflado, por 3 min, 20 
mm de mercúrio acima da pressão sistólica do 
paciente. Nos casos de hipocalcemia, ocorrem 
flexão do punho, extensão das articulações 
interfalangianas e adução do polegar, 
configurando o que se costuma chamar de “mão 
de parteiro” 
4 
 
 Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
 
➢ Sinal de Chvostek é pesquisado pela percussão 
do nervo facial, adiante do pavilhão auditivo. 
Quando há hipocalcemia, aparece contração da 
musculatura da face e do lábio superior no lado 
em que se fez a percussão. É importante 
ressaltar que o sinal de Chvostek ocorre em 10% 
da população normal. 
 
HIPERPARATIREOIDISMO 
↠ Síndrome clínica resultante do excesso de PTH, que 
pode ser primário, secundário e terciário. 
↠ As anormalidades diretamente associadas ao 
hiperparatireoidismo são a nefrolitíase e a doença óssea 
(osteíte fibrosa cística), ambas por prolongada exposição 
ao excesso de PTH. 
Suprarrenais 
↠ As manifestações clínicas das doenças suprarrenais 
resultam de distúrbios causados pelo aumento ou 
diminuição da produção hormonal e dependem do tipo 
de esteroide em questão. 
SINAIS E SINTOMAS 
Alterações causadas por excesso de glicocorticoides 
↠ A síndrome de Cushing (SC) consiste em sinais e 
sintomas associados à exposição prolongada a níveis 
elevados de glicocorticoides. 
↠ O termo doença de Cushing é reservado para os 
casos de etiologia hipofisária. 
↠ O uso crônico de glicocorticoides com finalidade 
terapêutica (hipercortisolismo exógeno) também pode 
levar à SC; nesses casos, chamada de síndrome de 
Cushing iatrogênica, que é a causa mais frequente de SC. 
↠ A apresentação clássica inclui: 
➢ obesidade centrípeta (face e tronco); 
➢ membros finos; 
➢ giba dorsal; 
➢ fácies pletórica e em “lua cheia”; 
➢ estrias violáceas largas no abdome, nas mamas, 
nádegas, na raiz das coxas e nos quadris; 
➢ hirsutismo/Hipertricose; 
➢ acne; 
➢ hipertensão; 
➢ hematomas e equimoses com pequenos 
traumas; 
➢ oligo ou amenorreia; 
➢ infertilidade; 
➢ disfunção erétil; 
➢ hipotrofia muscular; 
➢ fraqueza muscular proximal. 
 
 
 
↠ Outros achados não específicos da SC incluem 
infecções fúngicas superficiais, acantose nigricans em 
regiões de pregas (sinal de resistência insulínica) e cálculos 
renais. 
Alterações causadas por diminuição de glicocorticoides e 
mineralocorticoides 
↠A diminuição da produção de glico e mineralocorticoide 
ocorre na entidade clínica conhecida como insuficiência 
suprarrenal (IS). Depende da extensão de perda da 
função das glândulas e se há ou não preservação da 
produção de mineralocorticoide. 
Alterações causadas por excesso de mineralocorticoides 
↠ Sinais e sintomas de excesso mineralocorticoide 
decorrem de aumento da produção de aldosterona ou, 
mais raramente, de 11-desoxicorticosterona. Hipertensão 
arterial moderada ou grave é a manifestação mais 
comum. 
Síndrome de Cushing. A. Obesidade central, causada pelo excesso de glicocorticoides, predomina na face, 
no tronco e abdome. Estrias largas e violáceas podem ser vistas no abdome. Observam-se também 
membros finos com perda de tecido subcutâneo. B. Rosto arredondado e pletórico caracteriza a fácies em 
“lua cheia”. C. Acúmulo de gordura supraclavicular e em região dorsocervical (“giba de búfalo”). Hirsutismo 
também pode ser encontrado na síndrome de Cushing, evidenciado na paciente por aumento de pelos na 
face. 
5 
 
 Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
Alterações causadas por excesso de esteroides sexuais 
de origem suprarrenal 
↠ Os esteroides sexuais, produzidos pelas suprarrenais, 
têm, na sua maioria, ação androgênica.. 
↠ Na mulher adulta, acarreta síndrome hiperandrogênica, 
caracterizada por hirsutismo, acne, alopecia androgenética 
(perda de cabelos com padrão masculino), irregularidade 
menstrual e infertilidade. 
↠ O hirsutismo evidencia-se pela presença de pelos com 
características masculinas: escuros, grossos e crespos, 
em locais de implantação dos pelos masculinos. Surgem, 
então, na face, no tronco, no abdome, na região posterior 
dos braços e nas coxas. 
Alterações causadas por hipersecreção de 
catecolaminas 
↠ Produção excessiva de catecolaminas é causada por 
tumores de linhagem neuroendócrina, como os 
feocromocitomas e paragangliomas. 
↠ Hipertensão arterial é o achado mais frequente, 
podendo ser sustentada ou paroxística, sendo a última 
mais frequente, com antecedente de normotensão ou 
hipertensão sustentada. Contudo, pode ocorrer também 
hipotensão, principalmente com a mudança de posição 
deitada para sentada ou em pé (hipotensão postural). 
Sinais 
SINAL DE WOLTMAN 
↠ O sinal de Woltman é um achado clássico do 
hipotireoidismo, caracterizado por fase de relaxamento 
prolongada do reflexo calcâneo, gerando hiporreflexia 
(MARTINS et. al., 2017); 
↠ O sinal de Woltman (também chamado de sinal de 
hipotireoidismo de Woltman ou, em referências mais 
antigas, reflexo mixedematoso) é uma fase de 
relaxamento retardada de um reflexo tendíneo profundo 
eliciado, geralmente testado no tendão de Aquiles do 
paciente. 
 
↠Técnica do reflexo: o examinado deve realizar 
uma ligeira flexão dorsal e percutir otendão de 
Aquiles; RN: flexão plantar do pé. 
Os reflexos retardados do tornozelo estão associados a: 
hipotireoidismo; vários sintomas neurológicos; anorexia nervosa; 
velhice extrema; beta-bloqueadores ou outras drogas; e / ou 
hipotermia. 
SINAL DE CHVOSTEK 
↠ Percuta a bochecha para pesquisar o sinal de 
Chvostek, encontrado em alguns distúrbios metabólicos 
e, às vezes, em lactentes normais. Percuta com a 
extremidade do dedo indicador ou do dedo médio a parte 
de cima da bochecha, logo abaixo do osso zigomático à 
frente da orelha (BATES, 12ª ed.). 
↠ O sinal de Chvostek consiste em caretas causadas por 
contração repetida dos músculos faciais (BATES, 12ª ed.). 
 
Sinal de Chvostek positivo é detectado em casos de tetania 
hipocalcêmica, tétano e tetania por hiperventilação (BATES, 12ª ed.). 
Sinal de Pemberton 
↠ A hiperextensão do pescoço ajuda no exame de 
pescoços mais curtos. Se o polo inferior da glândula 
6 
 
 Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
tireoide não for palpável, suspeite de localização 
retroesternal (BATES, 12ª ed.). 
↠ Se a glândula tireoide for retroesternal, abaixo da 
incisura supraesternal, frequentemente não é palpável 
(BATES, 12ª ed.). 
Bócios retroesternais podem causar rouquidão, dispneia, estridor ou 
disfagia em decorrência de compressão da traqueia; hiperextensão do 
pescoço e elevação do braço provocam rubor em decorrência da 
compressão da abertura torácica da própria glândula ou do movimento 
clavicular (sinal de Pemberton). Mais de 85% são benignos (BATES, 
12ª ed.). 
 
MANOBRA 
Elevação simultânea dos braços acima da cabeça por 1 
minuto. 
➢ Se positiva: paciente ficará com distensão das 
veias do pescoço, pletora facial, dispnéia, cianose 
e até estridor. 
➢ Indica obstrução da entrada do tórax. 
➢ Bócio retroesternal é a principal causa. 
➢ Outras: Tumores de ápice pulmonar; Linfoma; 
Timoma; Aneurismas da aorta. 
Publicado na Revista Lancet em 1946, Pembert descreveu uma 
manobra, que ao elevar os membros superiores acima da cabeça 
durante um minuto ou menos, causaria sintomas como dispneia, 
sensação de desmaio, pletora facial, ingurgitamento jugular externo ou 
estridor se o sinal fosse positivo. Essa manobra avalia bócios 
multinodulares ou difusos que mergulham o espaço retroesternal e 
causam obstrução da veia cava superior. 
 
 
 
 
 
 
Referências 
Martins Jr, Anamarli Nucci Carlos Roberto, C. Marcondes, 
and Ingrid Faber. "10 Semiologia dos Reflexos." Semiologia 
Neurológica Unicamp (2017). 
Bates, propedêutica médica / Lynn S. Bickley, Peter G. 
Szilagyi; editor convidado Richard M. Hoffman; tradução e 
revisão técnica Maria de Fátima Azevedo. - 12. ed. - Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. 
PORTO, CELMO C.; PORTO, ARNALDO L.. Semiologia 
Médica. 8ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.

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