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SLIDE PULMÃO -P 4 M1-TUTORIA

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O PULMÃO 
Problema 4- módulo 1 
Caso clínico 
“SÓ ENQUANTO EU RESPIRAR, VOU ME LEMBRAR DE VOCÊ” 
 
Conceição, 76 anos, sexo feminino, do lar, natural e procedente de Hidrolândia-GO, foi consultada na UBS do Jardim 
Olímpico com queixa de dispneia aos médios esforços e tosse seca há 10 dias. Referia ter diagnóstico de doença 
autoimune e fazia tratamento com imunossupressores. Ao exame físico chamou a atenção a hiperfonese no foco pulmonar 
e ausculta pulmonar normal. A médica suspeitou tratar-se de hipertensão de artéria pulmonar. Foram solicitados uma 
radiografia de tórax e um ecocardiograma. 
Na semana seguinte, a paciente procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Buriti Sereno com história de tosse 
produtiva há 5 dias, associada a dispneia progressiva e dor torácica do tipo pleurítica. 
Ao exame físico: consciente, normocorada, desidratada +/4+, acianótica, taquipneica, com uso de musculatura respiratória 
acessória. PA= 110 X 70 mmHg, FC = 112 bpm, FR= 30 irpm, T. Ax = 38,2°C, Sat O2= 88% (ar ambiente). ACV: RCR 2T, 
hiperfonese de B2, sem sopros. AR: MV diminuído na base direita, com roncos esparsos, frêmito tóraco-vocal (FTV) 
diminuído e percussão com macicez na base pulmonar direita. ABD: abdome flácido, toracocentese presentes, indolor e 
sem visceromegalias. MMII: ausência de edemas, pulsos palpáveis e simétricos, panturrilhas livres. 
A radiografia de tórax evidenciou opacidade na base pulmonar direita, sendo feito diagnostico de PAC (Pneumonia 
Adquirida na Comunidade) complicada com derrame pleural. A paciente foi hospitalizada e submetida a toracocentese para 
avaliar a etiologia do derrame pleural. Após 48h de tratamento, evoluiu com melhora, mas permaneceu internada até 
resolução do quadro infeccioso. 
 
Instrução: 
Defina, em detalhes, os aspectos morfológicos dos pulmões e da circulação pulmonar, bem como a regulação da 
respiração. 
 
02 
OBJETIVOS 
01 Descrever a anatomia do pulmão. 
Explicar os tipos de circulação 
pulmonar. 
03 Compreender a dinâmica de troca de liquido na cavidade 
pleural 
04 Descrever a regulação da 
respiração 
05 Definir insuficiência 
respiratória aguda e crônica 
 
 
 
 
 
 01 
Descrever a anatomia do pulmão. 
 1. CAVIDADE TORÁCICA 
 
DIVIDIDA EM 3 COMPARTIMENTOS: 
 
 Cavidade pulmonares: contém os pulmões e as 
pleuras e ocupam a maior parte da cavidade torácica. 
 
•Direita 
•Esquerda 
 
Mediastino central: interposto entre as duas cavidades 
pulmonares, e contém todas as outras estruturas 
torácicas (coração,partes torácicas dos grandes vasos, 
parte torácica da traqueia, esôfago, timo e outras 
estruturas. 
 
1.1. Cavidade pulmonar 
 CADA CAVIDADE PULMONAR É REVESTIDA POR: 
 Pleura: 
•Visceral ;parte interna (pulmonar) 
 ; torna a superfície do pulmão lisa e escorregadia formam o Saco pleural 
•Parietal  ;parte externa (reveste) 
 ; mais espessa 
 ; parte costal, parte mediastinal, parte diafragmática 
 
O pulmão está fora do saco pleural, mas é circundado por ele. 
 
 
Durante o período embrionário, os pulmões em desenvolvimento invaginam os (crescem 
para dentro dos) canais pericardioperitoneais, 
os precursores das cavidades pleurais. 
Durante a embriogênese, as cavidades pleurais separam-se das cavidades pericárdica e 
peritoneal. 
 
 
a. Cavidade pleural 
 O espaço virtual entre as camadas de pleura. 
 
Contém uma camada capilar de líquido pleural 
seroso, que lubrifica as superfícies pleurais e permite que as camadas de 
pleura deslizem suavemente uma sobre a outra, 
durante a respiração. 
 
A cúpula da pleura cobre o ápice do pulmão. 
 
Três linhas de reflexão pleural delimitam a extensão das cavidades 
pulmonares de cada lado: esternal, costal e diafragmática. 
 
Os contornos das cavidades pulmonares direita e esquerda são 
assimétricos porque o coração está voltado para o lado esquerdo, 
pressionando mais a cavidade esquerda do que a direita. 
 
 
 
 
 
 
Os pulmões não ocupam por completo as cavidades pulmonares durante a 
expiração; assim, a pleura diafragmática periférica está em contato com as 
partes mais inferiores da parte costal. 
 
Os espaços pleurais virtuais aqui são os recessos costodiafragmáticos, 
recessos costomediastinais. 
 
 
 
 
 
 
 
1.2. Pulmão 
 Os pulmões são os órgãos vitais da respiração. 
Sua principal função é oxigenar o sangue colocando o ar inspirado bem próximo do sangue 
venoso nos capilares pulmonares. 
 
Os pulmões são separados um do outro pelo mediastino. 
 
Cada pulmão tem: 
 
•Um ápice a extremidade superior arredondada do pulmão que ascende acima do nível da 
costela I até a raiz do pescoço; 
 
o ápice recoberto pela cúpula da pleura 
•Uma basea face inferior côncava do pulmão, oposta ao ápice, que 
acomoda a cúpula ipsilateral do diafragma e se apoia 
nela 
 
 
 
 
 
 Dois ou três lobos, criados por uma ou duas fissuras 
 
Três faces (costal, mediastinal e diafragmática) 
 
Três margens (anterior, inferior e posterior). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Face Costal Face Mediastinal Face Diafragmática 
Grande Compreende o 
Hilo(recebe a raiz do 
pulmão) 
Forma a base do 
Pulmão 
Lisa 
Convexa Côncava Côncava 
HILO DO PULMÃO: é uma área 
cuneiforme na face mediastinal de cada 
pulmão através da qual entram ou saem do 
pulmão as estruturas que formam sua raiz 
 
 Margem anterior Margem inferior Margem posterior 
Ponto de encontro 
anterior entre as faces 
costal e mediastinal 
Circunscreve a face 
diafragmática do 
pulmão, separando-as 
da face costal e 
mediastinal 
Ponto de encontro 
posterior das faces 
costal e mediastinal 
 
 
Os pulmões estão fixados ao mediastino pelas raízes 
dos pulmões — isto é, os brônquios (e vasos 
brônquicos associados), artérias pulmonares, veias 
pulmonares superior e inferior, plexos pulmonares de 
nervos (fibras aferentes simpáticas, parassimpáticas e 
viscerais) e vasos linfáticos 
 
 
1.3. Árvore traqueobronqueal 
Cada brônquio principal ( primário) se divide em 
 
 
 Brônquios lobulares secundários 2 - esquerda 
 cada um deles supri um lobo do pulmão 
 3- direita 
 
 
 Cada brônquio lobar divide-se em vários brônquios segmentares terciários 
 
 suprem os segmentos broncopulmonares. 
 
Os segmentos broncopulmonares são: 
 
•As maiores subdivisões de um lobo 
 
•Segmentos piramidais do pulmão, com seus ápices voltados para a 
raiz do pulmão e suas bases na superfície pleural 
 
•Separados dos segmentos adjacentes por septos de tecido conectivo 
 
•Supridos independentemente por um brônquio segmentar e um ramo 
arterial pulmonar terciário 
 
•Nominados de acordo com o brônquio segmentar que os supre 
 
•Drenados por partes intersegmentares das veias pulmonares que 
estão situadas no tecido conectivo interposto e drenam 
segmentos adjacentes 
 
•Geralmente, 18 a 20 (10 no pulmão direito; 8 a 10 no pulmão 
esquerdo, dependendo da associação de segmentos) 
 
•Cirurgicamente ressecáveis. 
 
 
Além dos brônquios segmentares terciários, há 20 a 25 gerações de 
bronquíolos condutores ramificados que terminam como bronquíolos 
terminais, os menores bronquíolos condutores. 
 
A parede dos bronquíolos não tem cartilagem. 
 
 Os bronquíolos condutores transportam ar, mas não têm glândulas nem 
alvéolos. 
 
Cada bronquíolo terminal dá origem a diversas gerações de bronquíolos 
respiratórios, caracterizados por bolsas (alvéolos) de paredes finas e 
dispersos, que se originam de suasluzes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O alvéolo pulmonar é a unidade estrutural básica de troca gasosa no 
pulmão. 
 
Graças à presença dos alvéolos, os bronquíolos respiratórios participam 
tanto do transporte de ar quanto da troca gasosa. 
 
Cada bronquíolo respiratório dá origem a 2 a 11 ductos alveolares, e cada 
um deles dá origem a 5 a 6 sacos alveolares. 
 
Os ductos alveolares são vias respiratórias alongadas, densamente 
revestidas por alvéolos, que levam a espaços comuns,sacos alveolares, nos 
quais se abrem grupos de alvéolos. 
 
Novos alvéolos continuam a se desenvolver até cerca de 8 anos de idade, 
período em que há aproximadamente 300 milhões de alvéolos. 
 
 
 
 
 
 
 
2. VASCULATURA DOS PULMÕES E 
DAS PLEURAS 
 Cada pulmão tem uma grande artéria pulmonar para irrigação e duas veias pulmonares que drenam seu sangue 
 
 
As artérias pulmonares direita e esquerda 
 
 conduzem 
 sangue pouco oxigenado (“venoso”) aos pulmões para 
oxigenação 
 
 Cada artéria pulmonar divide-se em artérias lobares secundárias 
 
 irrigam os lobos anteriores antes da antrada no hilo 
 dividem em artérias segmentares terciárias 
 
 
 
 
 
 
Duas veias pulmonares de cada lado, uma veia pulmonar superior e uma veia pulmonar 
inferior, 
 
 conduzem sangue rico em oxigênio (“arterial”) dos lobos correspondentes de cada 
pulmão para o átrio esquerdo do coração . 
 
As artérias bronquiais levam sangue para a nutrição das estruturas que formam a raiz dos 
pulmões, os tecidos de sustentação dos pulmões e a pleura visceral. 
 
As duas artérias bronquiais esquerdas geralmente originam-se diretamente da parte torácica 
da aorta. 
 
 A artéria bronquial direita, única, pode originar-se diretamente da aorta; contudo, geralmente a 
origem é indireta,. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As veias bronquiais drenam apenas parte do sangue levado aos pulmões pelas artérias 
bronquiais, principalmente o sangue distribuído para a parte mais proximal das raízes dos pulmões 
ou para a região próxima. 
 
 O restante do sangue é drenado pelas veias pulmonares, especificamente aquele que retorna da 
pleura visceral, das regiões mais periféricas do pulmão e dos componentes distais da raiz do pulmão 
 
Os plexos linfáticos pulmonares comunicam-se livremente . 
 
O plexo linfático superficial/subpleural situa-se profundamente à pleura visceral e drena o 
parênquima (tecido) pulmonar e a pleura visceral. Os vasos linfáticos desse plexo superficial drenam 
para os linfonodos broncopulmonares no hilo do pulmão. 
 
O plexo linfático profundo está localizado na submucosa dos brônquios e no tecido conectivo 
peribrônquico. Sua principal função é a drenagem das estruturas que formam a raiz do pulmão 
 
 
 
 
 
 
 
Mecanica da respiração 
 A diferença de pressão entre o meio interno – pulmões – e o meio externo – meio ambiente é o que permite as trocas gasosas. 
Para que ocorra a inspiração, a pressão dentro dos pulmões (intrapulmonar) precisa descer a 
valores abaixo da pressão barométrica. Já para que ocorra a expiração, a diferença de pressão tem 
que ser inversa a da inspiração. 
 
Então para estas pressões ocorram, na inspiração é necessário que ocorra um aumento do 
volume pulmonar e na expiração, o volume pulmonar deve diminuir. 
 
Na inspiração ocorre contração do diafragma e dos músculos intercostais, estes movimentos 
proporcionam uma elevação das costelas, um abaixamento da margem inferior da cavidade 
torácica, aumentando assim o diâmetro dos pulmões proporcionando a expansão pulmonar. 
 
Quando, na expiração, os músculos relaxam, ocorre uma retração passiva dos pulmões. O 
diafragma é o principal músculo da respiração. 
 
 
 
 
Ventilação e Perfusão pulmonar 
 
A ventilação pulmonar é a renovação do ar que vai pelas vias de condução até os 
pulmões, mais especificamente aos alvéolos. 
 
•Este processo envolve o centro de controle da respiração, o tempo de inspiração e de 
expiração, os músculos da respiração, complacência pulmonar, volume corrente e volume 
minuto, além de outros. 
 
A perfusão é a passagem do sangue pelo capilar pulmonar, carreando o oxigênio para 
nutrição tecidual. 
 
•Ela depende do débito cardíaco, da frequência cardíaca, do retorno venoso e da resistência 
vascular periférica. 
•A ventilação pulmonar e a perfusão são desiguais nos pulmões. 
•A ventilação depende das posturas adotadas pelos indivíduos, depende da ação da 
gravidade ou de patologias pulmonares associadas, que podem reduzir a capacidade da 
ventilação. 
•Quanto a perfusão pulmonar, as bases dos pulmões são mais ricas em capilares 
pulmonares, então terão maior perfusão. 
 
 
 
Existe uma inter-relação direta entre a ventilação e a perfusão. 
 
 O resultado da relação ventilação/perfusão (V/Q) fisiológico é igual a 0,8. 
 
Em análises obtiveram que há uma relação melhor nas bases pulmonares. 
 
Na prática, o desequilíbrio desta relação gera uma hipoxemia no indivíduo, em algumas 
situações como: efeito shunt e efeito espaço morto. 
 
 O efeito shunt trata-se de um capilar perfundido, mas sem ventilação pulmonar, ou seja, 
há sangue em contato com os alvéolos, mas por algum motivo, o ar não está chegando aos 
mesmos. 
 
A outra situação é o efeito espaço morto, no qual o alvéolo está sendo ventilado, mas não 
há perfusão adequada no capilar alveolar. 
 
 
 
 
 
 
Difusão e Transporte de gases 
(HEMATOSE) 
 O transporte do oxigênio ocorre pelas hemoglobinas, que são proteínas presentes nas hemáceas. 
 
Cada molécula de hemoglobina combina-se com quatro moléculas de oxigênio, formando 
então a oxi-hemoglobina. 
 
 Por difusão o gás oxigênio passa doa alvéolos para a corrente sanguínea, da mesma forma 
ocorre com o gás oxigênio, mas em sentido inverso. Conduzido pelo sangue o oxigênio chega 
às células e possibilita a oxidação do material orgânico, transformando energias 
indispensáveis às células. 
 
A combustão do material produz CO2, água e energia. Este CO2 é eliminado pelos 
pulmões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 02 
Explicar os tipos de circulação 
pulmonar. (anatomia fisiológica do 
sistema circulatório sistema 
pulmonar, pressões do sistema 
pulmonar e como ocorre o fluxo de 
sangue pelos pulmões) 
 Aspectos Gerais 
O pulmão tem duas circulações: 
•uma circulação de baixo fluxo e alta pressão 
•e uma circulação de alto fluxo e baixa pressão. 
 
A circulação de alta pressão e fluxo baixo supre a traqueia, a árvore brônquica, incluindo 
os bronquíolos terminais, os tecidos de sustentação do pulmão e as camadas externas 
(adventícia) dos vasos sanguíneos, artérias e veias, com sangue arterial sistêmico. 
 
As artérias brônquicas, ramos da aorta torácica, suprem a maior parte de sangue arterial 
sistêmico, com pressão que é apenas ligeiramente inferior à pressão aórtica. 
 
A circulação de baixa pressão e fluxo eleva, do que leva sangue venoso de todas as 
partes do corpo para os capilares alveolares, onde ganha oxigênio (O2) e perde dióxido de 
carbono (CO2). 
 
A artéria pulmonar, que recebe sangue do ventrículo direito, e seus ramos arteriais levam 
sangue para os capilares alveolares, onde ocorrem as trocas gasosas, e então, as veias 
pulmonares devolvem o sangue para o átrio esquerdo, para ser bombeado pelo ventrículo 
esquerdo para toda a circulação sistêmica. 
 
Esse mecanismo é regulado de acordo com a disponibilidade de fluxo sanguíneo e pela 
relação de pressão entre os alvéolos e o capilar pulmonar. 
 
 Quando a pressão dos capilares é maior do que nos alvéolos, o fluxo é contínuo, ao passo 
que quando o inversoacontece (pressão alveolar>pressão capilar) o fluxo para. 
 
Circulação Pulmonar ou Pequena circulação é a designação dada à parte da circulação 
sanguínea na qual o sangue é bombeado para os pulmões e retorna rico em oxigênio de volta 
ao coração. 
 
O sangue, pobre em oxigênio (venoso), entra no ventrículo direito e é bombeado para 
as artérias pulmonares dirigindo-se para os pulmões. Nestes, percorre as arteríolas pulmonares 
e capilares pulmonares, onde ocorre o processo de trocas gasosas que eliminam o gás 
carbônico do sangue e o tornam rico em oxigênio. 
 
O sangue, rico em oxigênio (arterial), passa pelas vênulas pulmonares, para as veias 
pulmonares e retorna para o coração entrando no átrio esquerdo. 
 
Resumidamente, a circulação pulmonar é composta por: átrio direito - ventrículo direito - 
artéria pulmonar - pulmão - veias pulmonares - átrio esquerdo - ventrículo esquerdo. A partir daí 
o sangue passa para a artéria aorta dando início à grande circulação. 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Circula%C3%A7%C3%A3o_sangu%C3%ADnea
https://pt.wikipedia.org/wiki/Circula%C3%A7%C3%A3o_sangu%C3%ADnea
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pulm%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ventr%C3%ADculo_direito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tronco_da_art%C3%A9ria_pulmonar
https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1s_carb%C3%B4nico
https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1s_carb%C3%B4nico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_pulmonar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_pulmonar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81trio_esquerdo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ventr%C3%ADculo_esquerdo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_circula%C3%A7%C3%A3o
1. anatomia fisiológica do sistema 
circulatório sistema pulmonar 
Vasos Pulmonares. 
 
•artéria pulmonar 
 
 - só se estende por 5 centímetros além do ápice do 
ventrículo direito, dividindo-se nos ramos principais direito e esquerdo, que suprem os dois 
respectivos pulmões. 
 - espessura de parede igual a um terço da aorta . 
 - ramos são curtos, e todas as artérias do pulmão, 
mesmo as menores artérias e arteríolas, têm diâmetros maiores do que suas 
correspondentes na circulação sistêmica. 
 - Vasos são finos e distensíveis. 
 - grande complacência permite que as artérias 
pulmonares acomodem o volume sistólico do ventrículo direito. 
 
 
 
 
 
•veias pulmonares 
 
 - também são curtas 
 
 - drenam imediatamente seu sangue efluente no átrio 
esquerdo, sangue este que é bombeado pelo lado esquerdo do coração para toda a 
circulação sistêmica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vasos Brônquicos. 
 
 - O sangue também flui para os pulmões pelas pequenas artérias brônquicas 
originárias na circulação sistêmica, sendo responsável por 1% a 2% do débito cardíaco total. 
 - Esse sangue da artéria brônquica é sangue oxigenado, em contraste com o 
sangue parcialmente desoxigenado encontrado nas artérias pulmonares. 
 - Ele supre os tecidos de suporte dos pulmões, incluindo o tecido conjuntivo, os 
septos e os grandes e pequenos brônquios. 
 - Depois que esse sangue brônquico e arterial passa pelos tecidos de suporte, ele é 
drenado para as veias pulmonares e entra no átrio esquerdo, em vez de voltar para o átrio 
direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vasos Linfáticos. 
 
 - estão em todo o tecido de suporte do pulmão, começando nos espaços de tecido 
conjuntivo que circundam os bronquíolos terminais, cursando para o hilo do pulmão e, desse 
ponto, principalmente para o ducto linfático torácico direito. 
 - Partículas que chegam aos alvéolos são parcialmente removidas por meio desses 
canais, e a proteína plasmática, que escapa dos capilares pulmonares, também é removida 
dos tecidos pulmonares, ajudando a prevenir um edema pulmonar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. pressões do sistema pulmonar 
 É necessário compreender 3 diferentes pressões, no que diz respeito à mecânica da 
respiração: 
 
•Pressão alveolarÉ a pressão encontrada dentro dos alvéolos. Para que o ar entre nos 
pulmões, a pressão alveolar deve diminuir, exercendo uma força que impulsiona o ar para 
dentro (lembre que um flúido, como o ar, tende a se deslocar do local onde a pressão é maior 
para o local onde a pressão é menor). 
 
 
•Pressão intrapleural É a pressão encontrada na cavidade pleural. Essa pressão é 
negativa; isso causa a aderência entre as pleuras. Quando essa pressão se torna mais 
negativa, o pulmão tende a se expandir. Quando essa pressão se torna menos negativa (mais 
ainda assim negativa) o pulmão tende a se retrair. 
 
 
•Pressão transpulmonar É a diferença entre as duas pressões acima, ou seja, é a 
diferença de pressão entre o interior dos alvéolos e a superfície do pulmão. Portanto, 
quanto maior a pressão transpulmonar maior a quantidade de ar que entra nos pulmões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- A complacência descreve a capacidade de distensão do sistema. 
-. Assim, a complacência pulmonar descreve a alteração do volume pulmonar para dada 
variação na pressão. 
- Quanto maior a quantidade de tecido elástico, maior a tendência para “se retrair”, e maior 
a força de retração elástica, mas com menor complacência. 
-Medir a complacência pulmonar envolve o registro simultâneo da pressão e do 
volume pulmonar. 
-Variação de volume dos pulmões é diretamente proporcional à intensidade da PRESSÃO 
GERADA PELOS MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS 
- Relação entre elasticidade e complacência é INVERSA 
Maior elasticidade Maior retração elástica  Menor complacência  Menor distensão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. como ocorre o fluxo de sangue pelos 
pulmões 
O fluxo de sangue pelos pulmões é, essencialmente, igual ao débito cardíaco. 
 
Na maioria das condições, os vasos pulmonares atuam como tubos distensíveis que se dilatam 
com o aumento da pressão e se estreitam com a diminuição da pressão. 
 
Essa distribuição é produzida por meio do seguinte mecanismo: 
 
•A Diminuição do Oxigênio Alveolar Reduz o Fluxo Sanguíneo 
Alveolar Local e Regula a Distribuição do Fluxo Sanguíneo 
Pulmonar. 
 
 
Quando a concentração de O2 no ar dos alvéolos cai abaixo do normal os vasos sanguíneos 
adjacentes se contraem, com a resistência vascular aumentando por mais de cinco vezes nos níveis 
de O2 extremamente baixos. Esse efeito é o oposto ao efeito observado nos vasos 
sistêmicos, que se dilatam. 
 
O aumento na resistência vascular pulmonar, como consequência de uma baixa concentração 
de O2, tem uma função importante de distribuição do fluxo sanguíneo para onde ele for mais 
eficiente. 
 
pressão arterial nos pés de uma pessoa na posição ereta pode chegar a 90 mmHg ou mais 
do que a pressão no nível do coração. 
 
a pressão arterial pulmonar na porção mais superior do pulmão da pessoa em pé é 
aproximadamente 15 mmHg menor do que a pressão da artéria pulmonar no nível do 
coração, e a pressão na porção mais inferior dos pulmões é em torno de 8 mmHg maior. 
 
Tais diferenças de pressão têm efeitos profundos sobre o fluxo de sangue, pelas 
diferentes áreas dos pulmões. 
 
posição ereta em repouso, existe pouco fluxo no topo do pulmão, mas um fluxo 
aproximadamentecinco vezes maior na porção inferior. 
 
em geral se descreve o pulmão dividido em três zonas, como mostrado na Em cada zona, os 
padrões de fluxo de sangue são bastante diferentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Zona 1 de west (apical): Presão Alveolar (PA) > Presão 
Arteriolar (Pa) (Pressão Capilar Pulmonar PCP) > Pressão 
Venulosa (Pv). 
 Muito bem ventilado e mal perfundido. 
Ausência de fluxo sanguíneo, durante todas as partes do 
ciclo cardíaco. 
 
Zona 2 de west (meio): PA>Pa>Pv 
Fluxo sanguíneo intermitente 
 
Zona 3 de west (basal): Muito bem perfundido e mal 
ventilado. Pa>Pv>PA 
Fluxo sanguíneo contínuo, 
 
 
 
 
 
 03 
Compreender a dinâmica de troca de 
líquido na cavidade pleural 
enfatizando as causas 
fisiopatológicas do derrame pleural. 
1. Líquido na cavidade pleural 
Quando os pulmões se expandem e se contraem, durante a respiração 
normal,eles deslizam para frente e para trás, dentro da cavidade pleural. 
 
Para facilitar esse deslizamento, existe uma fina camada de líquido 
mucoide entre as pleuras parietal e visceral. 
 
A membrana pleural é membrana serosa, porosa e mesenquimal, da qual 
transudam, continuamente, pequenas quantidades de líquido intersticial para 
o espaço pleural. 
 
 Esses líquidos carreiam proteínas teciduais, dando ao líquido pleural sua 
aparência mucoide, que é o fator que permite o fácil deslizamento dos 
pulmões em movimento. 
 
 
 
 
 
 
A quantidade total de líquido em cada cavidade pleural normalmente é 
pequena, de somente alguns mililitros. 
 
Sempre que essa quantidade de líquido aumenta e começa a fluir para a 
cavidade pleural, o excesso de líquido é bombeado para fora pelos vasos 
linfáticos que se abrem diretamente da cavidade pleural para: 
• (1) o mediastino; 
•(2) a superfície superior do diafragma; 
• (3) as superfícies laterais da pleura parietal. 
 
Portanto, o espaço pleural — o espaço entre as pleuras parietal e visceral 
— é considerado espaço potencial. 
 
 
 
 
 
 
 
Força negativa, gerada fora dos pulmões, sempre é necessária para mantê-
los expandidos. Essa força é gerada pela pressão negativa no espaço pleural 
normal. 
 
 A causa básica dessa pressão negativa é o bombeamento de líquido do 
espaço pelos vasos linfáticos (que também é base da pressão negativa 
encontrada na maioria dos espaços teciduais do corpo). 
 
Como a tendência normal de colapso dos pulmões é de aproximadamente -
4 mmHg, a pressão do líquido pleural deve ser, no mínimo, de -4 mmHg, 
para manter os pulmões expandidos. 
 
a negatividade da pressão do líquido pleural mantém os pulmões 
tracionados contra a pleura parietal da cavidade torácica, exceto por camada 
extremamente fina de líquido mucoide que atua como lubrificante. 
 
 
1.1. pressão negativa do líquido 
pleural 
O derrame pleural é definido como o acúmulo anormal de líquido no espaço 
pleural. 
 
é análogo ao líquido do edema nos tecidos, e pode ser chamado 
“edema da cavidade pleural”. 
 
Normalmente, existe de 0,1 a 0,2 mL/kg de líquido entre as pleuras visceral 
e parietal, com produção e reabsorção contínuas, mantendo uma dinâmica 
equilibrada. 
 
Normalmente, o fluido entra no espaço pleural pelos capilares da pleura 
parietal e removido pelos linfáticos da própria pleura parietal. 
 
Os fluidos em menor monta podem também entrar via espaços intersticiais 
na pleura visceral e pela cavidade peritoneal via diafragma. Os linfáticos têm 
capacidade de absorver 20 vezes a quantidade de líquido que normalmente 
perpassa pelo espaço pleural. 
 
 
 
 
2. Derrame Pleural 
 
Desta forma, qualquer doença que modifique essa dinâmica pode promover a formação de derrame 
pleural, conforme os mecanismos demonstrados abaixo. 
 
 Inúmeras doenças, sistêmicas ou restritas ao aparelho respiratório, podem ter esse derrame como 
manifestação clínica. 
 
 São MECANISMOS do derrame pleural: 
• Aumento da pressão hidrostática capilar pulmonar – insuficiência cardíaca; 
 • Redução da pressão coloidosmótica do plasma – hipoalbuminemia grave, síndrome nefrótica; 
• Aumento da permeabilidade vascular pleural – processos inflamatórios; 
• Negativação excessiva da pressão intrapleural – atelectasias grandes; 
• Passagem de líquido da cavidade peritoneal – hidrotórax hepático 
 
Brasil, existe uma incidência considerável de tuberculose pleural. 
 
 
 
 
 
 
 
2. Derrame Pleural 
 
Em uma visão simplista, a principal diferenciação entre os tipos de derrame pleural é feita avaliando o 
grau de inflamação do fluido, classificando-os como transudatos – pouca inflamação – ou exsudatos. 
Esta diferenciação pode ser equivocada em até 25% dos casos. 
 
Uma regra fácil para sua diferenciação é que os transudatos decorrem de alguma doença sistêmica 
que se manifesta com acúmulo de líquido no tórax, ou seja, que gere mudança da dinâmica da 
pleura, seja formação ou absorção do líquido pleural. A principal causa de derrame pleural transudativo, 
insuficiência cardíaca congestiva, ilustra bem esse processo, já que o volume de líquido entrando pelos 
espaços intersticiais da pleura visceral supera e muito a capacidade de absorção linfática. 
 
Os exsudatos são causados por uma doença que está acontecendo ativamente na pleura. Ou 
seja, fatores locais influenciam diretamente na alteração da formação e absorção de líquido pleural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transudatos: 
• Insuficiência cardíaca; • Cirrose hepática; 
• Síndrome nefrótica; • Síndrome da veia cava superior; 
• Mixedema; • Diálise peritoneal; 
• Embolia pulmonar; • Urinotórax; 
• Hipoalbuminemia grave. 
 
 Exsudatos: 
• Pneumonia; • Tuberculose; 
• Neoplasia – primária ou metastática; • Embolia pulmonar; 
• Colagenoses; • Pancreatite; 
• Hemotórax; • Quilotórax; 
 • Síndrome de Meigs – fibroma ovariano; 
 
 
 
 
2.1. Classificação das principais 
causas de derrame pleural: 
 
O objetivo principal da análise do líquido pleural é a diferenciação entre exsudato e transudato. 
 
Há mais de 30 anos, Richard Light validou critérios aceitos até hoje como extremamente acurados 
para o diagnóstico diferencial, utilizando, basicamente a dosagem de proteínas e de desidrogenase 
láctica (DHL) no líquido pleural e no sangue do paciente. 
 
A lógica destes marcadores serem utilizados, é o fato destes estarem associados à inflamação 
quando elevados. 
 
 
 
 
 
 
 
Critérios de ligth 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Critério para o diagnóstico de exsudatos pleurais. 
Os líquidos pleurais deveriam contemplar ao menos um dos seguintes parâmetros para ser 
classificado como tal: 
1. dosagem de Desidrogenase Lática (DHL) acima de 200 UI/L no líquido pleural ou maior do 
que 2/3 do limite superior normal para o método no soro; 
2. relação de proteínas totais no líquido pleural/soro maior do que 0,5; 
3. relação de Desidrogenase Lática (DHL) no líquido pleural/soro maior do que 0,6. 
 
• Derrame parapneumônico: associado a infecção pulmonar, sobretudo, pneumonia bacteriana; 
• Empiema: pus na cavidade pleural; 
• Hemotórax: acúmulo de sangue no espaço pleural, geralmente de origem traumática; 
 • Quilotórax: acúmulo de linfa na cavidade pleural; 
• Urinotórax: acúmulo de urina, geralmente por nefropatia obstrutiva; 
• Hidrotórax hepático: acúmulo de líquido proveniente da cavidade peritoneal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2. Conceitos importantes 
relacionados ao derrame pleural 
 
 
observar o aspecto “em parábola” da 
opacidade nopulmão esquerdo, 
característico da doença. 
 
 
 
 
 04 
 Descrever a regulação da respiração 
(controle nervoso da respiração e 
controle químico da respiração) 
O sistema nervoso normalmente ajusta a intensidade da ventilação alveolar de forma quase precisa 
às exigências corporais, de modo que as pressões parciais do oxigênio (Po2) e do dióxido de 
carbono (Pco2) no sangue arterial pouco se alterem, mesmo durante atividade física intensa e muitos 
outros tipos de estresse respiratório. 
 
Tem como finalidade gerar um padrão respiratório adequado às necessidades do organismo. 
 
Interação entre mecanismos automáticos e voluntários de controle. 
 
Variável de manutenção: ventilação 
 
 
 
 
 
1. Controle da respiração 
 
O volume de ar inspirado e expirado, por unidade de tempo, é estritamente regulado, 
tanto com relação à frequência de respirações quanto ao volume corrente. 
 
A respiração é controlada por centros no tronco encefálico. 
 
Existem quatro componentes desse SISTEMA DE CONTROLE: 
•(1) quimiorreceptores para O2, CO2 ou pH; 
•(2) mecanorreceptores, nos pulmões e articulações; 
•(3) centros de controle para a respiração no tronco encefálico (bulbo e ponte); 
• (4) músculos respiratórios, cuja atividade é controlada por centros no tronco encefálico. 
 
 
 
Respirar é um processo involuntário que é controlado pelo bulbo e pela ponte no tronco encefálico. 
 
A frequência da respiração normal e involuntária é controlada por três grupos de neurônios ou 
centros do tronco encefálico: 
•o centro respiratório bulbar, 
•o centro apnêustico 
• centro pneumotáxico. 
 
 
 
 
 
 
2. Controle da respiração pelo 
tronco encefálico 
 
O centro respiratório do bulbo está localizado na formação reticular e é composto por dois grupos de 
neurônios, diferenciados por sua localização anatômica: 
 
•o centroinspiratório (grupo respiratório dorsal, GRD) 
 
• o centro expiratório (grupo respiratório ventral, GRV). 
 
 
 
 
 
 
 
2.1. centros respiratórios do Bulbo 
 
A. O centro inspiratório. DORSAL-GRD 
 Controla o ritmo básico para a respiração pelo ajuste da frequência da inspiração. 
 Esse grupo de neurônios recebe aferência sensorial dos quimiorreceptores periféricos, pelos 
nervos glossofaríngeo (NC IX) e vago (NC X) e, também, de mecanorreceptores, no pulmão, por 
meio do nervo vago. 
 Recebe aferências sensoriais das vísceras torácicas e abdominais 
 A inspiração pode ser encurtada por inibição do centro inspiratório, via centro pneumotáxico 
 
B. O centro expiratório. VENTRAL-GRV 
 é responsável, primariamente, pela expiração. Já que a expiração é, normalmente, processo 
passivo, esses neurônios estão inativos durante a respiração calma. 
 Contém neurônios motores que inervam faringe e laringe 
 durante o exercício, quando a expiração se torna ativa, esse centro é ativado. 
 
 
Apneuse é o padrão de respiração anormal, produzido por inspirações arfantes prolongadas, 
seguidas por breve movimento expiratório. 
 
A estimulação do centro apnêustico produz esse padrão em experimentos. A estimulação desses 
neurônios, aparentemente, excita o centro inspiratório no bulbo, produzindo longo período de 
potenciais de ação no nervo frênico, e prolongamento acentuado da contração do diafragma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2. centro apnêustico 
 
O centro pneumotáxico desliga a inspiração, limitando a salva de potenciais de ação, 
no nervo frênico. 
 
Com efeito, o centro pneumotáxico, localizado nos níveis mais altos da PONTE, limita o volume 
corrente e regula, secundariamente, a frequência respiratória. 
 
Ritmo normal da respiração persiste na ausência desse centro. 
 
 
 
 
 
 
 
2.3. centro pneumotáxico 
 
O tronco encefálico controla a respiração pelo processamento da informação sensorial 
 
•(aferente) e enviando informação motora 
•(eferente) ao diafragma. 
 
•Da informação sensorial que chega ao tronco encefálico, a mais importante é a que concerne PaO2 , e 
o pH arterial. 
 
 
 
 
 
 
 
3. Quimiorreceptores 
 
 localizados no tronco encefálico, são os mais importantes para o controle, minuto a minuto, da 
respiração. 
 
estão localizados na superfície ventral do bulbo, próximo ao ponto de saída dos nervos 
glossofaríngeo (NC IX) e vago (NC X) e, apenas, a curta distância do centro inspiratório (GRD)no bulbo. 
 
quimiorreceptores centrais se comunicam diretamente com o centro inspiratório. 
 
 
 
 
 
 
 
3.1. quimiorreceptores centrais 
 
 são, especificamente, sensíveis às: 
•mudanças do pH do líquido cerebrospinal (LCE). 
• Baixas do pH do LCE produzem aumento na frequência respiratória (hiperventilação), 
•e as elevações do pH do LCE produzem reduções na frequência de respiração (hipoventilação). 
 
Os quimiorreceptores bulbares respondem, diretamente, às mudanças do pH do 
LCE e, indiretamente, às mudanças da Pco2. 
 
Sensibilidade dos Quimiorreceptores Centrais 
•Fonte primária de informações para controle do drive respiratório em sujeitos saudáveis 
•Aumento da PCO2 
•Redução do pH 
 
 
 
 
 
Existem quimiorreceptores periféricos para O2, CO2 e H+ nos corpos carotídeos localizados na 
bifurcação das artérias carótidas comuns e nos corpos aórticos acima e abaixo dos arcos aórticos. 
 
A informação sobre a Po2, o Pco2 e o pH arterial é transmitida aos centros inspiratórios bulbares via 
NC IX e NC X, que orquestram a variação apropriada da frequência respiratória. 
 
Sensibilidade dos Quimiorreceptores Periféricos 
• Redução da PO2  eles respondem quando a Po2 cai a 
menos de 60 mmHg. Assim, se a Po2 arterial estiver entre 100 mmHg e 60 mmHg, a 
frequência respiratória fica, virtualmente, constante. No entanto, se a Po2 arterial 
cair para menos de 60 mmHg, a frequência respiratória aumenta de modo 
acentuado e linear. 
 
 
3.2. quimiorreceptores periféricos 
 
•Aumento da PCO2 
•Redução do pH  na 
acidose metabólica, em que ocorre redução do pH arterial, os quimiorreceptores 
são estimulados, diretamente, para aumentar a frequência ventilatória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.3. outros receptores 
 
 
 
 
 
 
 05 
 Definir insuficiência respiratória 
aguda e crônica e suas causas 
inabilidade dos pulmões em suprir as demandas metabólicas do organismo. Isso pode ser uma 
consequência da insuficiência da oxigenação tissular e/ou falência da homeostase do CO2. 
 
Respiração é a troca gasosa entre o organismo e o meio ambiente A funçaõ do sistema respiratório é 
transferir o O2 da atmoafera para o sangue e mover o CO2 do sangue. 
 
O diagnóstico e o tratamento da maioria dos distúrbios respiratórios dependem muito da compreensão 
dos princípios fisiológicos básicos da respiração e das trocas gasosas. 
 
. A terapia, em geral, é completamente diferente para cada uma dessas doenças, de maneira que não 
é mais satisfatório o simples diagnóstico de “insuficiência respiratória” 
 
 
 
1. Aspectos gerais: 
 
A respiração consiste no processo de realizar a troca gasosa entre o ambiente e o organismo, 
resultando em um conjunto de mecanismos que garantem o adequado fornecimento de oxigênio aos 
tecidos, assim como a remoção do dióxido de carbono (ou seja, da troca gasosa), garantido a 
oxigenação do sangue e dos tecidos. 
 
O processo respiratório está definido em dois momentos distintos, um físico e outro químico. 
• No primeiro, por meio de diferencial de pressões entre o meio e o tórax, sendo, assim, gerada uma 
pressão torácica negativa que possibilita a movimentação e distribuição de gases desde as vias 
respiratórias superiores até os alvéolos mediante um mecanismo chamado de ventilação. 
 
• No segundo momento, químico, ocorrem trocas gasosas pela difusão de O2 e CO2 através da 
membranaalveolocapilar e perfusão pela passagem do sangue venoso através dos capilares 
alveolares. 
 
 
 
A insuficiência respiratória aguda (IRA) pode ser classificada em dois tipos: 
 
•IRA hipoxêmica (tipo 1) provocada por prejuízo na oxigenação e 
 traduzida pela redução da pressão de oxigênio no sangue arterial (PaO2) 
< 60 mmHg; 
 
• IRA hipercápnica (tipo 2) com prejuízo na eliminação do CO2 (acima de 45 mmHg) e redução 
na PaO2. 
Diagnóstico 
•o diagnóstico laboratorial gasométrico de hipoxemia, ou seja, PaO2 arterial inferior a 60 mmHg, na 
presença ou mesmo ausência de hipercapnia, que, por sua vez, está definida laboratorialmente por 
PaCO2 superior a 45 mmHg. 
 
 
2. Insuficiência respiratória aguda: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.1. mecanismos e causas de IRA 
hipoxêmica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2. mecanismos e causas de IRA 
hipercápnica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3. sintomas de IRA 
 
Doenças respiratórias crônicas (DRC) são doenças crônicas tanto das vias aéreas superiores como 
das inferiores. 
•A asma, 
•a rinite alérgica e DRC mais comuns. 
•a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) 
 
Representam um dos maiores problemas de saúde mundialmente 
 
 
 
 
 
 
 
3. Insuficiência crônica: 
 
A definição clássica de sintomático respiratório é o indivíduo que apresenta tosse, associada ou não a 
outra alteração respiratória, por algumas semanas. 
 
Esse conceito se aplica tanto a adolescentes quanto a adultos. 
 
 Recomenda-se a realização de baciloscopia direta do escarro para confirmar ou excluir 
tuberculose pulmonar nas pessoas que tossem por mais de três semanas, se não têm justificativa 
clara para o sintoma. 
 
 
 
3.1. Como identificar um paciente com 
sintomas respiratórios crônicos? 
 
Nas crianças, para as quais não há consenso sobre a definição de sintomático respiratório, a 
presença de tosse por três meses e/ou sibilância (uma semana/mês) e/ou com radiografia de tórax 
com alteração persistente é sugestiva de doença respiratória crônica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2. sinais 
 
Rinite é a inflamação aguda ou crônica, infecciosa, alérgica ou irritativa da mucosa nasal. 
 
 os casos agudos, em sua maioria, causada por vírus, ao passo que os casos crônicos ou 
recidivantes são geralmente determinados pela rinite alérgica, induzida pela exposição a alérgenos, 
que, após sensibilização, desencadeiam resposta inflamatória mediada por imunoglobulina E (IgE). 
 
 Os sintomas mais comuns são rinorreia aquosa, obstrução ou prurido nasal e espirros em salvas. 
Muitas vezes acompanham sintomas oculares como prurido, hiperemia conjuntival e lacrimejamento. 
Esses sintomas podem melhorar espontaneamente. 
 
Nos casos crônicos, pode ocorrer perda do paladar e do olfato. 
 
 
3.3. rinite alérgica 
 
Os principais alérgenos ambientais desencadeantes e/ou agravantes da rinite são os 
• ácaros da poeira domiciliar, barata, os fungos, epitélio, urina e saliva de animais (cão e gato). 
 
Os principais irritantes inespecíficos são a fumaça do cigarro e compostos voláteis utilizados em 
produtos de limpeza e construção, desencadeando os sintomas por mecanismos não imunológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Doença inflamatória crônica, caracterizada por hiper-responsividade das vias aéreas inferiores e 
por limitação variável ao fluxo aéreo. 
 
reversível espontaneamente ou com tratamento. 
 
É uma condição multifatorial determinada pela interação de fatores genéticos e ambientais. 
 
 Na patogenia da asma, está envolvida uma variedade de células e mediadores inflamatórios que 
atuam sobre a via aérea e levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas 
 
 
 
 
3.4. asma 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DPOC é uma doença com repercussões sistêmicas, prevenível e tratável. 
 
 caracterizada por limitação do fluxo aéreo pulmonar, parcialmente reversível e geralmente 
progressiva. 
 
Essa limitação é causada por uma associação entre doença de pequenos brônquios (bronquite 
crônica obstrutiva) e destruição de parênquima (enfisema). 
 
 
 
 
 
3.5. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA 
CRÔNICA (DPOC) 
 
 
A bronquite crônica é definida clinicamente pela presença de tosse e expectoração na maioria 
dos dias por no mínimo três meses/ano durante dois anos consecutivos. 
 
 O enfisema pulmonar é definido anatomicamente como aumento dos espaços aéreos distais ao 
bronquíolo terminal, com destruição das paredes alveolares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fatores de risco: 
•Tabagismo: responsável por 80 a 90% das causas determináveis da DPOC. 
• Poluição domiciliar (fumaça de lenha, querosene). 
• Exposição ocupacional a poeiras e produtos químicos ocupacionais. 
• Infecções respiratórias recorrentes na infância. 
• Suscetibilidade individual. 
• Desnutrição na infância. 
• Deficiências genéticas (responsáveis por menos de 1% dos casos), como de alfa1 antitripsina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 BÔNUS 
PADRÕES RESPIRATÓRIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESOLVENDO O 
CASO CLÍNICO 
TERMOS DESCONHECIDOS 
são usados para suprimir rejeição em receptores 
de transplante de órgãos e para tratar uma 
variedade de doenças inflamatórias e 
imunopatias. 
Quatro classes principais desses fármacos 
imunossupressores compreendem: 
glicocorticoides, inibidores da calcineurina, 
agentes antiproliferativos e antimetabólitos, e os 
anticorpos. 
imunossupressores. 
é o sintoma mais comum no derrame 
pleural. Ela indica acometimento da 
pleura parietal, visto que a visceral não é 
inervada, e geralmente ocorre nos 
exsudatos. 
dor torácica do tipo pleurítica. 
é o exame das vibrações percebidas 
pela mão do examinador, encostada na 
parede torácica, quando o paciente 
emite algum som. 
frêmito tóraco-vocal (FTV) 
também chamada de tosse cheia, é um 
tipo de tosse que é caracterizada pela 
produção de secreção nas vias 
respiratórias (muco ou catarro). 
tosse produtiva 
 toracocentese 
Aumento da sonoridade vocal ou dos 
ruídos cardíacos, revelado à ausculta. 
hiperfonese 
é aspiração por agulha de líquidos de 
um derrame pleural. Pode ser feita para 
diagnóstico e/ou tratamento. 
REFERÊNCIAS 
● Anatomia-Orientada-Para-a-Clínica-Moore-7ª-Ed 
 
● Guyton & Hall - Tratado de fisiologia médica - 13 Ed - 2017 AUTHOR (YEAR). 
Title of the publication. Publisher 
● Fisiologia - Linda S. Costanzo - 5ª edição - 2014 AUTHOR (YEAR). Title of the 
publication. Publisher 
● caderno_atencao_primaria_25_doenças respiratórias crônicas 
● Fisiologia respitatória aplicada- Rocco, Patrícia Rieken Macêdo - Zin, Walter 
Araújo 
@dasleisprojaleco

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