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O PULMÃO Problema 4- módulo 1 Caso clínico “SÓ ENQUANTO EU RESPIRAR, VOU ME LEMBRAR DE VOCÊ” Conceição, 76 anos, sexo feminino, do lar, natural e procedente de Hidrolândia-GO, foi consultada na UBS do Jardim Olímpico com queixa de dispneia aos médios esforços e tosse seca há 10 dias. Referia ter diagnóstico de doença autoimune e fazia tratamento com imunossupressores. Ao exame físico chamou a atenção a hiperfonese no foco pulmonar e ausculta pulmonar normal. A médica suspeitou tratar-se de hipertensão de artéria pulmonar. Foram solicitados uma radiografia de tórax e um ecocardiograma. Na semana seguinte, a paciente procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Buriti Sereno com história de tosse produtiva há 5 dias, associada a dispneia progressiva e dor torácica do tipo pleurítica. Ao exame físico: consciente, normocorada, desidratada +/4+, acianótica, taquipneica, com uso de musculatura respiratória acessória. PA= 110 X 70 mmHg, FC = 112 bpm, FR= 30 irpm, T. Ax = 38,2°C, Sat O2= 88% (ar ambiente). ACV: RCR 2T, hiperfonese de B2, sem sopros. AR: MV diminuído na base direita, com roncos esparsos, frêmito tóraco-vocal (FTV) diminuído e percussão com macicez na base pulmonar direita. ABD: abdome flácido, toracocentese presentes, indolor e sem visceromegalias. MMII: ausência de edemas, pulsos palpáveis e simétricos, panturrilhas livres. A radiografia de tórax evidenciou opacidade na base pulmonar direita, sendo feito diagnostico de PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) complicada com derrame pleural. A paciente foi hospitalizada e submetida a toracocentese para avaliar a etiologia do derrame pleural. Após 48h de tratamento, evoluiu com melhora, mas permaneceu internada até resolução do quadro infeccioso. Instrução: Defina, em detalhes, os aspectos morfológicos dos pulmões e da circulação pulmonar, bem como a regulação da respiração. 02 OBJETIVOS 01 Descrever a anatomia do pulmão. Explicar os tipos de circulação pulmonar. 03 Compreender a dinâmica de troca de liquido na cavidade pleural 04 Descrever a regulação da respiração 05 Definir insuficiência respiratória aguda e crônica 01 Descrever a anatomia do pulmão. 1. CAVIDADE TORÁCICA DIVIDIDA EM 3 COMPARTIMENTOS: Cavidade pulmonares: contém os pulmões e as pleuras e ocupam a maior parte da cavidade torácica. •Direita •Esquerda Mediastino central: interposto entre as duas cavidades pulmonares, e contém todas as outras estruturas torácicas (coração,partes torácicas dos grandes vasos, parte torácica da traqueia, esôfago, timo e outras estruturas. 1.1. Cavidade pulmonar CADA CAVIDADE PULMONAR É REVESTIDA POR: Pleura: •Visceral ;parte interna (pulmonar) ; torna a superfície do pulmão lisa e escorregadia formam o Saco pleural •Parietal ;parte externa (reveste) ; mais espessa ; parte costal, parte mediastinal, parte diafragmática O pulmão está fora do saco pleural, mas é circundado por ele. Durante o período embrionário, os pulmões em desenvolvimento invaginam os (crescem para dentro dos) canais pericardioperitoneais, os precursores das cavidades pleurais. Durante a embriogênese, as cavidades pleurais separam-se das cavidades pericárdica e peritoneal. a. Cavidade pleural O espaço virtual entre as camadas de pleura. Contém uma camada capilar de líquido pleural seroso, que lubrifica as superfícies pleurais e permite que as camadas de pleura deslizem suavemente uma sobre a outra, durante a respiração. A cúpula da pleura cobre o ápice do pulmão. Três linhas de reflexão pleural delimitam a extensão das cavidades pulmonares de cada lado: esternal, costal e diafragmática. Os contornos das cavidades pulmonares direita e esquerda são assimétricos porque o coração está voltado para o lado esquerdo, pressionando mais a cavidade esquerda do que a direita. Os pulmões não ocupam por completo as cavidades pulmonares durante a expiração; assim, a pleura diafragmática periférica está em contato com as partes mais inferiores da parte costal. Os espaços pleurais virtuais aqui são os recessos costodiafragmáticos, recessos costomediastinais. 1.2. Pulmão Os pulmões são os órgãos vitais da respiração. Sua principal função é oxigenar o sangue colocando o ar inspirado bem próximo do sangue venoso nos capilares pulmonares. Os pulmões são separados um do outro pelo mediastino. Cada pulmão tem: •Um ápice a extremidade superior arredondada do pulmão que ascende acima do nível da costela I até a raiz do pescoço; o ápice recoberto pela cúpula da pleura •Uma basea face inferior côncava do pulmão, oposta ao ápice, que acomoda a cúpula ipsilateral do diafragma e se apoia nela Dois ou três lobos, criados por uma ou duas fissuras Três faces (costal, mediastinal e diafragmática) Três margens (anterior, inferior e posterior). Face Costal Face Mediastinal Face Diafragmática Grande Compreende o Hilo(recebe a raiz do pulmão) Forma a base do Pulmão Lisa Convexa Côncava Côncava HILO DO PULMÃO: é uma área cuneiforme na face mediastinal de cada pulmão através da qual entram ou saem do pulmão as estruturas que formam sua raiz Margem anterior Margem inferior Margem posterior Ponto de encontro anterior entre as faces costal e mediastinal Circunscreve a face diafragmática do pulmão, separando-as da face costal e mediastinal Ponto de encontro posterior das faces costal e mediastinal Os pulmões estão fixados ao mediastino pelas raízes dos pulmões — isto é, os brônquios (e vasos brônquicos associados), artérias pulmonares, veias pulmonares superior e inferior, plexos pulmonares de nervos (fibras aferentes simpáticas, parassimpáticas e viscerais) e vasos linfáticos 1.3. Árvore traqueobronqueal Cada brônquio principal ( primário) se divide em Brônquios lobulares secundários 2 - esquerda cada um deles supri um lobo do pulmão 3- direita Cada brônquio lobar divide-se em vários brônquios segmentares terciários suprem os segmentos broncopulmonares. Os segmentos broncopulmonares são: •As maiores subdivisões de um lobo •Segmentos piramidais do pulmão, com seus ápices voltados para a raiz do pulmão e suas bases na superfície pleural •Separados dos segmentos adjacentes por septos de tecido conectivo •Supridos independentemente por um brônquio segmentar e um ramo arterial pulmonar terciário •Nominados de acordo com o brônquio segmentar que os supre •Drenados por partes intersegmentares das veias pulmonares que estão situadas no tecido conectivo interposto e drenam segmentos adjacentes •Geralmente, 18 a 20 (10 no pulmão direito; 8 a 10 no pulmão esquerdo, dependendo da associação de segmentos) •Cirurgicamente ressecáveis. Além dos brônquios segmentares terciários, há 20 a 25 gerações de bronquíolos condutores ramificados que terminam como bronquíolos terminais, os menores bronquíolos condutores. A parede dos bronquíolos não tem cartilagem. Os bronquíolos condutores transportam ar, mas não têm glândulas nem alvéolos. Cada bronquíolo terminal dá origem a diversas gerações de bronquíolos respiratórios, caracterizados por bolsas (alvéolos) de paredes finas e dispersos, que se originam de suasluzes. O alvéolo pulmonar é a unidade estrutural básica de troca gasosa no pulmão. Graças à presença dos alvéolos, os bronquíolos respiratórios participam tanto do transporte de ar quanto da troca gasosa. Cada bronquíolo respiratório dá origem a 2 a 11 ductos alveolares, e cada um deles dá origem a 5 a 6 sacos alveolares. Os ductos alveolares são vias respiratórias alongadas, densamente revestidas por alvéolos, que levam a espaços comuns,sacos alveolares, nos quais se abrem grupos de alvéolos. Novos alvéolos continuam a se desenvolver até cerca de 8 anos de idade, período em que há aproximadamente 300 milhões de alvéolos. 2. VASCULATURA DOS PULMÕES E DAS PLEURAS Cada pulmão tem uma grande artéria pulmonar para irrigação e duas veias pulmonares que drenam seu sangue As artérias pulmonares direita e esquerda conduzem sangue pouco oxigenado (“venoso”) aos pulmões para oxigenação Cada artéria pulmonar divide-se em artérias lobares secundárias irrigam os lobos anteriores antes da antrada no hilo dividem em artérias segmentares terciárias Duas veias pulmonares de cada lado, uma veia pulmonar superior e uma veia pulmonar inferior, conduzem sangue rico em oxigênio (“arterial”) dos lobos correspondentes de cada pulmão para o átrio esquerdo do coração . As artérias bronquiais levam sangue para a nutrição das estruturas que formam a raiz dos pulmões, os tecidos de sustentação dos pulmões e a pleura visceral. As duas artérias bronquiais esquerdas geralmente originam-se diretamente da parte torácica da aorta. A artéria bronquial direita, única, pode originar-se diretamente da aorta; contudo, geralmente a origem é indireta,. As veias bronquiais drenam apenas parte do sangue levado aos pulmões pelas artérias bronquiais, principalmente o sangue distribuído para a parte mais proximal das raízes dos pulmões ou para a região próxima. O restante do sangue é drenado pelas veias pulmonares, especificamente aquele que retorna da pleura visceral, das regiões mais periféricas do pulmão e dos componentes distais da raiz do pulmão Os plexos linfáticos pulmonares comunicam-se livremente . O plexo linfático superficial/subpleural situa-se profundamente à pleura visceral e drena o parênquima (tecido) pulmonar e a pleura visceral. Os vasos linfáticos desse plexo superficial drenam para os linfonodos broncopulmonares no hilo do pulmão. O plexo linfático profundo está localizado na submucosa dos brônquios e no tecido conectivo peribrônquico. Sua principal função é a drenagem das estruturas que formam a raiz do pulmão Mecanica da respiração A diferença de pressão entre o meio interno – pulmões – e o meio externo – meio ambiente é o que permite as trocas gasosas. Para que ocorra a inspiração, a pressão dentro dos pulmões (intrapulmonar) precisa descer a valores abaixo da pressão barométrica. Já para que ocorra a expiração, a diferença de pressão tem que ser inversa a da inspiração. Então para estas pressões ocorram, na inspiração é necessário que ocorra um aumento do volume pulmonar e na expiração, o volume pulmonar deve diminuir. Na inspiração ocorre contração do diafragma e dos músculos intercostais, estes movimentos proporcionam uma elevação das costelas, um abaixamento da margem inferior da cavidade torácica, aumentando assim o diâmetro dos pulmões proporcionando a expansão pulmonar. Quando, na expiração, os músculos relaxam, ocorre uma retração passiva dos pulmões. O diafragma é o principal músculo da respiração. Ventilação e Perfusão pulmonar A ventilação pulmonar é a renovação do ar que vai pelas vias de condução até os pulmões, mais especificamente aos alvéolos. •Este processo envolve o centro de controle da respiração, o tempo de inspiração e de expiração, os músculos da respiração, complacência pulmonar, volume corrente e volume minuto, além de outros. A perfusão é a passagem do sangue pelo capilar pulmonar, carreando o oxigênio para nutrição tecidual. •Ela depende do débito cardíaco, da frequência cardíaca, do retorno venoso e da resistência vascular periférica. •A ventilação pulmonar e a perfusão são desiguais nos pulmões. •A ventilação depende das posturas adotadas pelos indivíduos, depende da ação da gravidade ou de patologias pulmonares associadas, que podem reduzir a capacidade da ventilação. •Quanto a perfusão pulmonar, as bases dos pulmões são mais ricas em capilares pulmonares, então terão maior perfusão. Existe uma inter-relação direta entre a ventilação e a perfusão. O resultado da relação ventilação/perfusão (V/Q) fisiológico é igual a 0,8. Em análises obtiveram que há uma relação melhor nas bases pulmonares. Na prática, o desequilíbrio desta relação gera uma hipoxemia no indivíduo, em algumas situações como: efeito shunt e efeito espaço morto. O efeito shunt trata-se de um capilar perfundido, mas sem ventilação pulmonar, ou seja, há sangue em contato com os alvéolos, mas por algum motivo, o ar não está chegando aos mesmos. A outra situação é o efeito espaço morto, no qual o alvéolo está sendo ventilado, mas não há perfusão adequada no capilar alveolar. Difusão e Transporte de gases (HEMATOSE) O transporte do oxigênio ocorre pelas hemoglobinas, que são proteínas presentes nas hemáceas. Cada molécula de hemoglobina combina-se com quatro moléculas de oxigênio, formando então a oxi-hemoglobina. Por difusão o gás oxigênio passa doa alvéolos para a corrente sanguínea, da mesma forma ocorre com o gás oxigênio, mas em sentido inverso. Conduzido pelo sangue o oxigênio chega às células e possibilita a oxidação do material orgânico, transformando energias indispensáveis às células. A combustão do material produz CO2, água e energia. Este CO2 é eliminado pelos pulmões. 02 Explicar os tipos de circulação pulmonar. (anatomia fisiológica do sistema circulatório sistema pulmonar, pressões do sistema pulmonar e como ocorre o fluxo de sangue pelos pulmões) Aspectos Gerais O pulmão tem duas circulações: •uma circulação de baixo fluxo e alta pressão •e uma circulação de alto fluxo e baixa pressão. A circulação de alta pressão e fluxo baixo supre a traqueia, a árvore brônquica, incluindo os bronquíolos terminais, os tecidos de sustentação do pulmão e as camadas externas (adventícia) dos vasos sanguíneos, artérias e veias, com sangue arterial sistêmico. As artérias brônquicas, ramos da aorta torácica, suprem a maior parte de sangue arterial sistêmico, com pressão que é apenas ligeiramente inferior à pressão aórtica. A circulação de baixa pressão e fluxo eleva, do que leva sangue venoso de todas as partes do corpo para os capilares alveolares, onde ganha oxigênio (O2) e perde dióxido de carbono (CO2). A artéria pulmonar, que recebe sangue do ventrículo direito, e seus ramos arteriais levam sangue para os capilares alveolares, onde ocorrem as trocas gasosas, e então, as veias pulmonares devolvem o sangue para o átrio esquerdo, para ser bombeado pelo ventrículo esquerdo para toda a circulação sistêmica. Esse mecanismo é regulado de acordo com a disponibilidade de fluxo sanguíneo e pela relação de pressão entre os alvéolos e o capilar pulmonar. Quando a pressão dos capilares é maior do que nos alvéolos, o fluxo é contínuo, ao passo que quando o inversoacontece (pressão alveolar>pressão capilar) o fluxo para. Circulação Pulmonar ou Pequena circulação é a designação dada à parte da circulação sanguínea na qual o sangue é bombeado para os pulmões e retorna rico em oxigênio de volta ao coração. O sangue, pobre em oxigênio (venoso), entra no ventrículo direito e é bombeado para as artérias pulmonares dirigindo-se para os pulmões. Nestes, percorre as arteríolas pulmonares e capilares pulmonares, onde ocorre o processo de trocas gasosas que eliminam o gás carbônico do sangue e o tornam rico em oxigênio. O sangue, rico em oxigênio (arterial), passa pelas vênulas pulmonares, para as veias pulmonares e retorna para o coração entrando no átrio esquerdo. Resumidamente, a circulação pulmonar é composta por: átrio direito - ventrículo direito - artéria pulmonar - pulmão - veias pulmonares - átrio esquerdo - ventrículo esquerdo. A partir daí o sangue passa para a artéria aorta dando início à grande circulação. https://pt.wikipedia.org/wiki/Circula%C3%A7%C3%A3o_sangu%C3%ADnea https://pt.wikipedia.org/wiki/Circula%C3%A7%C3%A3o_sangu%C3%ADnea https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue https://pt.wikipedia.org/wiki/Pulm%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio https://pt.wikipedia.org/wiki/Ventr%C3%ADculo_direito https://pt.wikipedia.org/wiki/Tronco_da_art%C3%A9ria_pulmonar https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1s_carb%C3%B4nico https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1s_carb%C3%B4nico https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_pulmonar https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_pulmonar https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81trio_esquerdo https://pt.wikipedia.org/wiki/Ventr%C3%ADculo_esquerdo https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_circula%C3%A7%C3%A3o 1. anatomia fisiológica do sistema circulatório sistema pulmonar Vasos Pulmonares. •artéria pulmonar - só se estende por 5 centímetros além do ápice do ventrículo direito, dividindo-se nos ramos principais direito e esquerdo, que suprem os dois respectivos pulmões. - espessura de parede igual a um terço da aorta . - ramos são curtos, e todas as artérias do pulmão, mesmo as menores artérias e arteríolas, têm diâmetros maiores do que suas correspondentes na circulação sistêmica. - Vasos são finos e distensíveis. - grande complacência permite que as artérias pulmonares acomodem o volume sistólico do ventrículo direito. •veias pulmonares - também são curtas - drenam imediatamente seu sangue efluente no átrio esquerdo, sangue este que é bombeado pelo lado esquerdo do coração para toda a circulação sistêmica. Vasos Brônquicos. - O sangue também flui para os pulmões pelas pequenas artérias brônquicas originárias na circulação sistêmica, sendo responsável por 1% a 2% do débito cardíaco total. - Esse sangue da artéria brônquica é sangue oxigenado, em contraste com o sangue parcialmente desoxigenado encontrado nas artérias pulmonares. - Ele supre os tecidos de suporte dos pulmões, incluindo o tecido conjuntivo, os septos e os grandes e pequenos brônquios. - Depois que esse sangue brônquico e arterial passa pelos tecidos de suporte, ele é drenado para as veias pulmonares e entra no átrio esquerdo, em vez de voltar para o átrio direito. Vasos Linfáticos. - estão em todo o tecido de suporte do pulmão, começando nos espaços de tecido conjuntivo que circundam os bronquíolos terminais, cursando para o hilo do pulmão e, desse ponto, principalmente para o ducto linfático torácico direito. - Partículas que chegam aos alvéolos são parcialmente removidas por meio desses canais, e a proteína plasmática, que escapa dos capilares pulmonares, também é removida dos tecidos pulmonares, ajudando a prevenir um edema pulmonar. 2. pressões do sistema pulmonar É necessário compreender 3 diferentes pressões, no que diz respeito à mecânica da respiração: •Pressão alveolarÉ a pressão encontrada dentro dos alvéolos. Para que o ar entre nos pulmões, a pressão alveolar deve diminuir, exercendo uma força que impulsiona o ar para dentro (lembre que um flúido, como o ar, tende a se deslocar do local onde a pressão é maior para o local onde a pressão é menor). •Pressão intrapleural É a pressão encontrada na cavidade pleural. Essa pressão é negativa; isso causa a aderência entre as pleuras. Quando essa pressão se torna mais negativa, o pulmão tende a se expandir. Quando essa pressão se torna menos negativa (mais ainda assim negativa) o pulmão tende a se retrair. •Pressão transpulmonar É a diferença entre as duas pressões acima, ou seja, é a diferença de pressão entre o interior dos alvéolos e a superfície do pulmão. Portanto, quanto maior a pressão transpulmonar maior a quantidade de ar que entra nos pulmões. - A complacência descreve a capacidade de distensão do sistema. -. Assim, a complacência pulmonar descreve a alteração do volume pulmonar para dada variação na pressão. - Quanto maior a quantidade de tecido elástico, maior a tendência para “se retrair”, e maior a força de retração elástica, mas com menor complacência. -Medir a complacência pulmonar envolve o registro simultâneo da pressão e do volume pulmonar. -Variação de volume dos pulmões é diretamente proporcional à intensidade da PRESSÃO GERADA PELOS MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS - Relação entre elasticidade e complacência é INVERSA Maior elasticidade Maior retração elástica Menor complacência Menor distensão 3. como ocorre o fluxo de sangue pelos pulmões O fluxo de sangue pelos pulmões é, essencialmente, igual ao débito cardíaco. Na maioria das condições, os vasos pulmonares atuam como tubos distensíveis que se dilatam com o aumento da pressão e se estreitam com a diminuição da pressão. Essa distribuição é produzida por meio do seguinte mecanismo: •A Diminuição do Oxigênio Alveolar Reduz o Fluxo Sanguíneo Alveolar Local e Regula a Distribuição do Fluxo Sanguíneo Pulmonar. Quando a concentração de O2 no ar dos alvéolos cai abaixo do normal os vasos sanguíneos adjacentes se contraem, com a resistência vascular aumentando por mais de cinco vezes nos níveis de O2 extremamente baixos. Esse efeito é o oposto ao efeito observado nos vasos sistêmicos, que se dilatam. O aumento na resistência vascular pulmonar, como consequência de uma baixa concentração de O2, tem uma função importante de distribuição do fluxo sanguíneo para onde ele for mais eficiente. pressão arterial nos pés de uma pessoa na posição ereta pode chegar a 90 mmHg ou mais do que a pressão no nível do coração. a pressão arterial pulmonar na porção mais superior do pulmão da pessoa em pé é aproximadamente 15 mmHg menor do que a pressão da artéria pulmonar no nível do coração, e a pressão na porção mais inferior dos pulmões é em torno de 8 mmHg maior. Tais diferenças de pressão têm efeitos profundos sobre o fluxo de sangue, pelas diferentes áreas dos pulmões. posição ereta em repouso, existe pouco fluxo no topo do pulmão, mas um fluxo aproximadamentecinco vezes maior na porção inferior. em geral se descreve o pulmão dividido em três zonas, como mostrado na Em cada zona, os padrões de fluxo de sangue são bastante diferentes. Zona 1 de west (apical): Presão Alveolar (PA) > Presão Arteriolar (Pa) (Pressão Capilar Pulmonar PCP) > Pressão Venulosa (Pv). Muito bem ventilado e mal perfundido. Ausência de fluxo sanguíneo, durante todas as partes do ciclo cardíaco. Zona 2 de west (meio): PA>Pa>Pv Fluxo sanguíneo intermitente Zona 3 de west (basal): Muito bem perfundido e mal ventilado. Pa>Pv>PA Fluxo sanguíneo contínuo, 03 Compreender a dinâmica de troca de líquido na cavidade pleural enfatizando as causas fisiopatológicas do derrame pleural. 1. Líquido na cavidade pleural Quando os pulmões se expandem e se contraem, durante a respiração normal,eles deslizam para frente e para trás, dentro da cavidade pleural. Para facilitar esse deslizamento, existe uma fina camada de líquido mucoide entre as pleuras parietal e visceral. A membrana pleural é membrana serosa, porosa e mesenquimal, da qual transudam, continuamente, pequenas quantidades de líquido intersticial para o espaço pleural. Esses líquidos carreiam proteínas teciduais, dando ao líquido pleural sua aparência mucoide, que é o fator que permite o fácil deslizamento dos pulmões em movimento. A quantidade total de líquido em cada cavidade pleural normalmente é pequena, de somente alguns mililitros. Sempre que essa quantidade de líquido aumenta e começa a fluir para a cavidade pleural, o excesso de líquido é bombeado para fora pelos vasos linfáticos que se abrem diretamente da cavidade pleural para: • (1) o mediastino; •(2) a superfície superior do diafragma; • (3) as superfícies laterais da pleura parietal. Portanto, o espaço pleural — o espaço entre as pleuras parietal e visceral — é considerado espaço potencial. Força negativa, gerada fora dos pulmões, sempre é necessária para mantê- los expandidos. Essa força é gerada pela pressão negativa no espaço pleural normal. A causa básica dessa pressão negativa é o bombeamento de líquido do espaço pelos vasos linfáticos (que também é base da pressão negativa encontrada na maioria dos espaços teciduais do corpo). Como a tendência normal de colapso dos pulmões é de aproximadamente - 4 mmHg, a pressão do líquido pleural deve ser, no mínimo, de -4 mmHg, para manter os pulmões expandidos. a negatividade da pressão do líquido pleural mantém os pulmões tracionados contra a pleura parietal da cavidade torácica, exceto por camada extremamente fina de líquido mucoide que atua como lubrificante. 1.1. pressão negativa do líquido pleural O derrame pleural é definido como o acúmulo anormal de líquido no espaço pleural. é análogo ao líquido do edema nos tecidos, e pode ser chamado “edema da cavidade pleural”. Normalmente, existe de 0,1 a 0,2 mL/kg de líquido entre as pleuras visceral e parietal, com produção e reabsorção contínuas, mantendo uma dinâmica equilibrada. Normalmente, o fluido entra no espaço pleural pelos capilares da pleura parietal e removido pelos linfáticos da própria pleura parietal. Os fluidos em menor monta podem também entrar via espaços intersticiais na pleura visceral e pela cavidade peritoneal via diafragma. Os linfáticos têm capacidade de absorver 20 vezes a quantidade de líquido que normalmente perpassa pelo espaço pleural. 2. Derrame Pleural Desta forma, qualquer doença que modifique essa dinâmica pode promover a formação de derrame pleural, conforme os mecanismos demonstrados abaixo. Inúmeras doenças, sistêmicas ou restritas ao aparelho respiratório, podem ter esse derrame como manifestação clínica. São MECANISMOS do derrame pleural: • Aumento da pressão hidrostática capilar pulmonar – insuficiência cardíaca; • Redução da pressão coloidosmótica do plasma – hipoalbuminemia grave, síndrome nefrótica; • Aumento da permeabilidade vascular pleural – processos inflamatórios; • Negativação excessiva da pressão intrapleural – atelectasias grandes; • Passagem de líquido da cavidade peritoneal – hidrotórax hepático Brasil, existe uma incidência considerável de tuberculose pleural. 2. Derrame Pleural Em uma visão simplista, a principal diferenciação entre os tipos de derrame pleural é feita avaliando o grau de inflamação do fluido, classificando-os como transudatos – pouca inflamação – ou exsudatos. Esta diferenciação pode ser equivocada em até 25% dos casos. Uma regra fácil para sua diferenciação é que os transudatos decorrem de alguma doença sistêmica que se manifesta com acúmulo de líquido no tórax, ou seja, que gere mudança da dinâmica da pleura, seja formação ou absorção do líquido pleural. A principal causa de derrame pleural transudativo, insuficiência cardíaca congestiva, ilustra bem esse processo, já que o volume de líquido entrando pelos espaços intersticiais da pleura visceral supera e muito a capacidade de absorção linfática. Os exsudatos são causados por uma doença que está acontecendo ativamente na pleura. Ou seja, fatores locais influenciam diretamente na alteração da formação e absorção de líquido pleural. Transudatos: • Insuficiência cardíaca; • Cirrose hepática; • Síndrome nefrótica; • Síndrome da veia cava superior; • Mixedema; • Diálise peritoneal; • Embolia pulmonar; • Urinotórax; • Hipoalbuminemia grave. Exsudatos: • Pneumonia; • Tuberculose; • Neoplasia – primária ou metastática; • Embolia pulmonar; • Colagenoses; • Pancreatite; • Hemotórax; • Quilotórax; • Síndrome de Meigs – fibroma ovariano; 2.1. Classificação das principais causas de derrame pleural: O objetivo principal da análise do líquido pleural é a diferenciação entre exsudato e transudato. Há mais de 30 anos, Richard Light validou critérios aceitos até hoje como extremamente acurados para o diagnóstico diferencial, utilizando, basicamente a dosagem de proteínas e de desidrogenase láctica (DHL) no líquido pleural e no sangue do paciente. A lógica destes marcadores serem utilizados, é o fato destes estarem associados à inflamação quando elevados. Critérios de ligth Critério para o diagnóstico de exsudatos pleurais. Os líquidos pleurais deveriam contemplar ao menos um dos seguintes parâmetros para ser classificado como tal: 1. dosagem de Desidrogenase Lática (DHL) acima de 200 UI/L no líquido pleural ou maior do que 2/3 do limite superior normal para o método no soro; 2. relação de proteínas totais no líquido pleural/soro maior do que 0,5; 3. relação de Desidrogenase Lática (DHL) no líquido pleural/soro maior do que 0,6. • Derrame parapneumônico: associado a infecção pulmonar, sobretudo, pneumonia bacteriana; • Empiema: pus na cavidade pleural; • Hemotórax: acúmulo de sangue no espaço pleural, geralmente de origem traumática; • Quilotórax: acúmulo de linfa na cavidade pleural; • Urinotórax: acúmulo de urina, geralmente por nefropatia obstrutiva; • Hidrotórax hepático: acúmulo de líquido proveniente da cavidade peritoneal. 2.2. Conceitos importantes relacionados ao derrame pleural observar o aspecto “em parábola” da opacidade nopulmão esquerdo, característico da doença. 04 Descrever a regulação da respiração (controle nervoso da respiração e controle químico da respiração) O sistema nervoso normalmente ajusta a intensidade da ventilação alveolar de forma quase precisa às exigências corporais, de modo que as pressões parciais do oxigênio (Po2) e do dióxido de carbono (Pco2) no sangue arterial pouco se alterem, mesmo durante atividade física intensa e muitos outros tipos de estresse respiratório. Tem como finalidade gerar um padrão respiratório adequado às necessidades do organismo. Interação entre mecanismos automáticos e voluntários de controle. Variável de manutenção: ventilação 1. Controle da respiração O volume de ar inspirado e expirado, por unidade de tempo, é estritamente regulado, tanto com relação à frequência de respirações quanto ao volume corrente. A respiração é controlada por centros no tronco encefálico. Existem quatro componentes desse SISTEMA DE CONTROLE: •(1) quimiorreceptores para O2, CO2 ou pH; •(2) mecanorreceptores, nos pulmões e articulações; •(3) centros de controle para a respiração no tronco encefálico (bulbo e ponte); • (4) músculos respiratórios, cuja atividade é controlada por centros no tronco encefálico. Respirar é um processo involuntário que é controlado pelo bulbo e pela ponte no tronco encefálico. A frequência da respiração normal e involuntária é controlada por três grupos de neurônios ou centros do tronco encefálico: •o centro respiratório bulbar, •o centro apnêustico • centro pneumotáxico. 2. Controle da respiração pelo tronco encefálico O centro respiratório do bulbo está localizado na formação reticular e é composto por dois grupos de neurônios, diferenciados por sua localização anatômica: •o centroinspiratório (grupo respiratório dorsal, GRD) • o centro expiratório (grupo respiratório ventral, GRV). 2.1. centros respiratórios do Bulbo A. O centro inspiratório. DORSAL-GRD Controla o ritmo básico para a respiração pelo ajuste da frequência da inspiração. Esse grupo de neurônios recebe aferência sensorial dos quimiorreceptores periféricos, pelos nervos glossofaríngeo (NC IX) e vago (NC X) e, também, de mecanorreceptores, no pulmão, por meio do nervo vago. Recebe aferências sensoriais das vísceras torácicas e abdominais A inspiração pode ser encurtada por inibição do centro inspiratório, via centro pneumotáxico B. O centro expiratório. VENTRAL-GRV é responsável, primariamente, pela expiração. Já que a expiração é, normalmente, processo passivo, esses neurônios estão inativos durante a respiração calma. Contém neurônios motores que inervam faringe e laringe durante o exercício, quando a expiração se torna ativa, esse centro é ativado. Apneuse é o padrão de respiração anormal, produzido por inspirações arfantes prolongadas, seguidas por breve movimento expiratório. A estimulação do centro apnêustico produz esse padrão em experimentos. A estimulação desses neurônios, aparentemente, excita o centro inspiratório no bulbo, produzindo longo período de potenciais de ação no nervo frênico, e prolongamento acentuado da contração do diafragma. 2.2. centro apnêustico O centro pneumotáxico desliga a inspiração, limitando a salva de potenciais de ação, no nervo frênico. Com efeito, o centro pneumotáxico, localizado nos níveis mais altos da PONTE, limita o volume corrente e regula, secundariamente, a frequência respiratória. Ritmo normal da respiração persiste na ausência desse centro. 2.3. centro pneumotáxico O tronco encefálico controla a respiração pelo processamento da informação sensorial •(aferente) e enviando informação motora •(eferente) ao diafragma. •Da informação sensorial que chega ao tronco encefálico, a mais importante é a que concerne PaO2 , e o pH arterial. 3. Quimiorreceptores localizados no tronco encefálico, são os mais importantes para o controle, minuto a minuto, da respiração. estão localizados na superfície ventral do bulbo, próximo ao ponto de saída dos nervos glossofaríngeo (NC IX) e vago (NC X) e, apenas, a curta distância do centro inspiratório (GRD)no bulbo. quimiorreceptores centrais se comunicam diretamente com o centro inspiratório. 3.1. quimiorreceptores centrais são, especificamente, sensíveis às: •mudanças do pH do líquido cerebrospinal (LCE). • Baixas do pH do LCE produzem aumento na frequência respiratória (hiperventilação), •e as elevações do pH do LCE produzem reduções na frequência de respiração (hipoventilação). Os quimiorreceptores bulbares respondem, diretamente, às mudanças do pH do LCE e, indiretamente, às mudanças da Pco2. Sensibilidade dos Quimiorreceptores Centrais •Fonte primária de informações para controle do drive respiratório em sujeitos saudáveis •Aumento da PCO2 •Redução do pH Existem quimiorreceptores periféricos para O2, CO2 e H+ nos corpos carotídeos localizados na bifurcação das artérias carótidas comuns e nos corpos aórticos acima e abaixo dos arcos aórticos. A informação sobre a Po2, o Pco2 e o pH arterial é transmitida aos centros inspiratórios bulbares via NC IX e NC X, que orquestram a variação apropriada da frequência respiratória. Sensibilidade dos Quimiorreceptores Periféricos • Redução da PO2 eles respondem quando a Po2 cai a menos de 60 mmHg. Assim, se a Po2 arterial estiver entre 100 mmHg e 60 mmHg, a frequência respiratória fica, virtualmente, constante. No entanto, se a Po2 arterial cair para menos de 60 mmHg, a frequência respiratória aumenta de modo acentuado e linear. 3.2. quimiorreceptores periféricos •Aumento da PCO2 •Redução do pH na acidose metabólica, em que ocorre redução do pH arterial, os quimiorreceptores são estimulados, diretamente, para aumentar a frequência ventilatória 3.3. outros receptores 05 Definir insuficiência respiratória aguda e crônica e suas causas inabilidade dos pulmões em suprir as demandas metabólicas do organismo. Isso pode ser uma consequência da insuficiência da oxigenação tissular e/ou falência da homeostase do CO2. Respiração é a troca gasosa entre o organismo e o meio ambiente A funçaõ do sistema respiratório é transferir o O2 da atmoafera para o sangue e mover o CO2 do sangue. O diagnóstico e o tratamento da maioria dos distúrbios respiratórios dependem muito da compreensão dos princípios fisiológicos básicos da respiração e das trocas gasosas. . A terapia, em geral, é completamente diferente para cada uma dessas doenças, de maneira que não é mais satisfatório o simples diagnóstico de “insuficiência respiratória” 1. Aspectos gerais: A respiração consiste no processo de realizar a troca gasosa entre o ambiente e o organismo, resultando em um conjunto de mecanismos que garantem o adequado fornecimento de oxigênio aos tecidos, assim como a remoção do dióxido de carbono (ou seja, da troca gasosa), garantido a oxigenação do sangue e dos tecidos. O processo respiratório está definido em dois momentos distintos, um físico e outro químico. • No primeiro, por meio de diferencial de pressões entre o meio e o tórax, sendo, assim, gerada uma pressão torácica negativa que possibilita a movimentação e distribuição de gases desde as vias respiratórias superiores até os alvéolos mediante um mecanismo chamado de ventilação. • No segundo momento, químico, ocorrem trocas gasosas pela difusão de O2 e CO2 através da membranaalveolocapilar e perfusão pela passagem do sangue venoso através dos capilares alveolares. A insuficiência respiratória aguda (IRA) pode ser classificada em dois tipos: •IRA hipoxêmica (tipo 1) provocada por prejuízo na oxigenação e traduzida pela redução da pressão de oxigênio no sangue arterial (PaO2) < 60 mmHg; • IRA hipercápnica (tipo 2) com prejuízo na eliminação do CO2 (acima de 45 mmHg) e redução na PaO2. Diagnóstico •o diagnóstico laboratorial gasométrico de hipoxemia, ou seja, PaO2 arterial inferior a 60 mmHg, na presença ou mesmo ausência de hipercapnia, que, por sua vez, está definida laboratorialmente por PaCO2 superior a 45 mmHg. 2. Insuficiência respiratória aguda: 2.1. mecanismos e causas de IRA hipoxêmica 2.2. mecanismos e causas de IRA hipercápnica 2.3. sintomas de IRA Doenças respiratórias crônicas (DRC) são doenças crônicas tanto das vias aéreas superiores como das inferiores. •A asma, •a rinite alérgica e DRC mais comuns. •a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) Representam um dos maiores problemas de saúde mundialmente 3. Insuficiência crônica: A definição clássica de sintomático respiratório é o indivíduo que apresenta tosse, associada ou não a outra alteração respiratória, por algumas semanas. Esse conceito se aplica tanto a adolescentes quanto a adultos. Recomenda-se a realização de baciloscopia direta do escarro para confirmar ou excluir tuberculose pulmonar nas pessoas que tossem por mais de três semanas, se não têm justificativa clara para o sintoma. 3.1. Como identificar um paciente com sintomas respiratórios crônicos? Nas crianças, para as quais não há consenso sobre a definição de sintomático respiratório, a presença de tosse por três meses e/ou sibilância (uma semana/mês) e/ou com radiografia de tórax com alteração persistente é sugestiva de doença respiratória crônica. 3.2. sinais Rinite é a inflamação aguda ou crônica, infecciosa, alérgica ou irritativa da mucosa nasal. os casos agudos, em sua maioria, causada por vírus, ao passo que os casos crônicos ou recidivantes são geralmente determinados pela rinite alérgica, induzida pela exposição a alérgenos, que, após sensibilização, desencadeiam resposta inflamatória mediada por imunoglobulina E (IgE). Os sintomas mais comuns são rinorreia aquosa, obstrução ou prurido nasal e espirros em salvas. Muitas vezes acompanham sintomas oculares como prurido, hiperemia conjuntival e lacrimejamento. Esses sintomas podem melhorar espontaneamente. Nos casos crônicos, pode ocorrer perda do paladar e do olfato. 3.3. rinite alérgica Os principais alérgenos ambientais desencadeantes e/ou agravantes da rinite são os • ácaros da poeira domiciliar, barata, os fungos, epitélio, urina e saliva de animais (cão e gato). Os principais irritantes inespecíficos são a fumaça do cigarro e compostos voláteis utilizados em produtos de limpeza e construção, desencadeando os sintomas por mecanismos não imunológicos. Doença inflamatória crônica, caracterizada por hiper-responsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo. reversível espontaneamente ou com tratamento. É uma condição multifatorial determinada pela interação de fatores genéticos e ambientais. Na patogenia da asma, está envolvida uma variedade de células e mediadores inflamatórios que atuam sobre a via aérea e levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas 3.4. asma DPOC é uma doença com repercussões sistêmicas, prevenível e tratável. caracterizada por limitação do fluxo aéreo pulmonar, parcialmente reversível e geralmente progressiva. Essa limitação é causada por uma associação entre doença de pequenos brônquios (bronquite crônica obstrutiva) e destruição de parênquima (enfisema). 3.5. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) A bronquite crônica é definida clinicamente pela presença de tosse e expectoração na maioria dos dias por no mínimo três meses/ano durante dois anos consecutivos. O enfisema pulmonar é definido anatomicamente como aumento dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, com destruição das paredes alveolares. Fatores de risco: •Tabagismo: responsável por 80 a 90% das causas determináveis da DPOC. • Poluição domiciliar (fumaça de lenha, querosene). • Exposição ocupacional a poeiras e produtos químicos ocupacionais. • Infecções respiratórias recorrentes na infância. • Suscetibilidade individual. • Desnutrição na infância. • Deficiências genéticas (responsáveis por menos de 1% dos casos), como de alfa1 antitripsina. BÔNUS PADRÕES RESPIRATÓRIOS RESOLVENDO O CASO CLÍNICO TERMOS DESCONHECIDOS são usados para suprimir rejeição em receptores de transplante de órgãos e para tratar uma variedade de doenças inflamatórias e imunopatias. Quatro classes principais desses fármacos imunossupressores compreendem: glicocorticoides, inibidores da calcineurina, agentes antiproliferativos e antimetabólitos, e os anticorpos. imunossupressores. é o sintoma mais comum no derrame pleural. Ela indica acometimento da pleura parietal, visto que a visceral não é inervada, e geralmente ocorre nos exsudatos. dor torácica do tipo pleurítica. é o exame das vibrações percebidas pela mão do examinador, encostada na parede torácica, quando o paciente emite algum som. frêmito tóraco-vocal (FTV) também chamada de tosse cheia, é um tipo de tosse que é caracterizada pela produção de secreção nas vias respiratórias (muco ou catarro). tosse produtiva toracocentese Aumento da sonoridade vocal ou dos ruídos cardíacos, revelado à ausculta. hiperfonese é aspiração por agulha de líquidos de um derrame pleural. Pode ser feita para diagnóstico e/ou tratamento. REFERÊNCIAS ● Anatomia-Orientada-Para-a-Clínica-Moore-7ª-Ed ● Guyton & Hall - Tratado de fisiologia médica - 13 Ed - 2017 AUTHOR (YEAR). Title of the publication. Publisher ● Fisiologia - Linda S. Costanzo - 5ª edição - 2014 AUTHOR (YEAR). Title of the publication. Publisher ● caderno_atencao_primaria_25_doenças respiratórias crônicas ● Fisiologia respitatória aplicada- Rocco, Patrícia Rieken Macêdo - Zin, Walter Araújo @dasleisprojaleco
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