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Resumo Direito Empresarial - Sociedade em Nome Coletivo

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Direito Empresarial 
Sociedade em nome coletivo 
 
Neste tipo societário, todos os 
sócios respondem ilimitadamente 
pelas obrigações sociais – portanto 
todos devem ser pessoas 
naturais. 
Qualquer sócio pode ser nomeado 
administrador da sociedade e ter 
seu nome civil aproveitado na 
composição do nome empresarial. 
(se não contiver o nome de todos 
os sócios, deverá acrescentar ao 
nome empresarial a expressão “e 
companhia”, ou sua abreviatura – 
art. 1.157, CC) 
 
Se no contrato social existir 
cláusula expressa que autorize o 
sucessor do sócio falecido a 
ingressar na sociedade, mesmo que 
os sócios sobreviventes não 
queiram, o sucessor terá direito 
de ingressar na sociedade. 
 
 
 Por causa do princípio da 
saisine, tendo o sócio 
falecido a quota passa 
automaticamente para seu 
sucessor. Em uma sociedade 
de pessoas, os demais sócios 
possuem poder de veto, 
podendo impedir que este 
sucessor entre, sendo 
necessária então a 
dissolução da sociedade. 
 
 A N/C é uma sociedade de 
pessoas, por isso, havendo 
morte de sócio não haverá 
ingresso automático do 
sucessor por conta do 
direito de veto dos sócios. 
Porém, se houver cláusula 
expressa autorizando o 
ingresso de sucessor, os 
sócios não poderão negar. 
 
 Se não houver cláusula, 
haverá liquidação das quotas 
do extinto. (art. 1028, 
CC). 
 
Arts. 1039 a 1044, CC. 
 
Art. 1.039. Somente pessoas físicas 
podem tomar parte na sociedade 
em nome coletivo, respondendo 
todos os sócios, solidária e 
ilimitadamente, pelas obrigações 
sociais. 
Parágrafo único. Sem prejuízo da 
responsabilidade perante terceiros, 
podem os sócios, no ato constitutivo, 
ou por unânime convenção 
posterior, limitar entre si a 
responsabilidade de cada um. 
 
 Perante terceiros: 
solidariedade ilimitada 
 Entre si: solidariedade 
limitada 
 
Ex: A sociedade contrai uma 
dívida de R$1.000.000,00, porém 
seu patrimônio é de apenas 
R$500.000,00. 
O sócio A, possui R$500.000,00 
de patrimônio e quita a dívida, e se 
volta em regresso contra os sócios 
B e C, pois seu limite era de 
R$10.000,00, tendo o direito de 
receber R$490.000,00. 
 
 
 
 
 
 
Art. 1.041. O contrato deve 
mencionar, além das indicações 
referidas no art. 997, a firma social. 
Art. 997. A sociedade constitui-se 
mediante contrato escrito, 
particular ou público, que, além 
de cláusulas estipuladas pelas 
partes, mencionará: 
I - nome, nacionalidade, estado 
civil, profissão e residência dos 
sócios, se pessoas naturais, e a firma 
ou a denominação, nacionalidade e 
sede dos sócios, se jurídicas; 
II - denominação, objeto, sede e 
prazo da sociedade; 
III - capital da sociedade, expresso 
em moeda corrente, podendo 
compreender qualquer espécie de 
bens, suscetíveis de avaliação 
pecuniária; 
IV - a quota de cada sócio no capital 
social, e o modo de realizá-la; V – 
(...) 
VI - as pessoas naturais incumbidas 
da administração da sociedade, e 
seus poderes e atribuições; 
(...) 
 
Art. 1.042. A administração da 
sociedade compete exclusivamente 
a sócios, sendo o uso da firma, nos 
limites do contrato, privativo dos 
que tenham os necessários poderes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O uso da firma é privativo 
dos que tenham os 
necessários poderes. 
 
Art. 1.043. O credor particular de 
sócio não pode, antes de dissolver-se 
a sociedade, pretender a liquidação 
da quota do devedor. 
 Prazo determinado: não 
pode enquanto não vencer. 
Se, venceu e extinguiram, pode 
cobrar a dívida. 
Se, venceu e não extinguiram: 
Parágrafo único. Poderá fazê-lo 
quando: 
I - a sociedade houver sido 
prorrogada tacitamente; 
II - tendo ocorrido prorrogação 
contratual, for acolhida 
judicialmente oposição do credor, 
levantada no prazo de noventa 
dias, contado da publicação do ato 
dilatório. 
 
Há dois tipos de exclusão de sócio 
de pleno direito 
(automaticamente): 
1. Falência 
2. Credores particulares do 
sócio, pedir a liquidação da 
quota do sócio para saldar 
sua dívida. 
 
EX: Em uma N/C há os sócios A, B 
e C em que A contraiu uma dívida 
com J. 
Quando o credor J vai cobrar A, 
percebe que ele nada tem em seu 
patrimônio a não ser, sua 
participação societária. 
J não pode pedir ao Juiz para 
penhorar esta participação 
societária, sendo ela impenhorável, 
já que trata-se de sociedade de 
pessoas. 
A solução é pedir o juiz que 
determine a liquidação dessa 
quota, sendo o sócio A expulso por 
um requerimento do credor 
particular em relação à liquidação 
de sua quota. 
 
 
Para ser administrador é preciso ter 
responsabilidade ilimitada ➡ Todos os 
sócios tem responsabilidade ilimitada 
na N/C ➡ Todos são Pessoas Naturais, 
porque para ter responsabilidade 
ilimitada não pode ser PJ 
 
 Parece que o art. 1.043 
entra em contradição com isto, 
mas na verdade é que: 
Se for N/C com prazo de duração 
não é justo que o credor particular 
do sócio o tire antes da hora, pois 
afetaria em demasia os demais 
sócios. 
Portanto, o artigo quer dizer que 
o credor particular não pode 
tirar o sócio antes de seu fim 
(prazo). 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 1.044. A sociedade se dissolve 
de pleno direito por qualquer das 
causas enumeradas no art. 1.033 e, 
se empresária, também pela 
declaração da falência. 
Art. 983. A sociedade empresária 
deve constituir-se segundo um dos 
tipos regulados nos arts. 1.039 a 
1.092; a sociedade simples pode 
constituir-se de conformidade com 
um desses tipos, e, não o fazendo, 
subordina-se às normas que lhe são 
próprias. 
 Sociedade simples simples. 
A N/C foi concebida na lei para 
ser uma sociedade empresária. No 
capítulo da sociedade simples foi 
incluído um trecho dizendo que ela 
pode se quiser, buscar em outro 
tipo societário forma jurídica para 
si – ou seja, ela pode buscar uma 
roupagem para si, tipo uma 
empresária. Portanto, a sociedade 
simples pode se reger pelas regras 
da sociedade simples, ou mesmo 
sendo simples, se reger pelas 
regras da sociedade empresária, 
desde que seja apenas para fazer 
uma roupagem. 
 
Então, eu posso ter uma sociedade 
simples de nome coletivo, pois ela 
fez essa opção. (art. 983, CC) 
A Sociedade Simples Nome 
Coletivo é aquela sociedade que é 
civil, mas escolheu usar estes 
artigos que estamos trabalhando – 
para isso ela tem que colocar no 
contrato social. 
Se a Sociedade em Nome Coletivo 
for empresária a falência é uma 
forma de extinção - falência não 
extingue sociedade simples e sim, 
insolvência civil. 
 Falência é um estado de 
insolvência.
 
Sociedade com prazo de duração: o 
sócio não pode sair antes da hora, só 
provando judicialmente justa causa. 
Sem prazo de duração: sócio pode 
sair a qualquer momento, desde que 
justifique com 60 dias de 
antecedência.

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