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CAE e MAEDI-VISNA

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Lentiviroses de pequenos ruminantes (CAE e MAEDI-VISNA)
Doenças crônicas que acometem pequenos ruminantes.
Etiologia: 
Pertencem a família: Retroviridae, do gênero: Lentivirus
Vírus Maedi Visna – VMV
Vírus da Artrite Encefalite Caprina – VAEC
RNA vírus – não oncogênicos
Complexo mecanismo de evasão viral - Infecção persistente, envelopados, muitas variantes
antigênicas.
Epidemiologia:
Tem maior prevalência em rebanhos leiteiros
Mortalidade: baixa. É mais comum em animais mais velhos
Sensibilidade do vírus: calor, solventes lipídicos, condições ambientais, 56°C/1h
NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA OIE
Transmissão:
Forma direta: principal = colostro/leite, intrauterina, lambedura da cria, sêmen, contato com
humores orgânicos: sangue, saliva, secreções respiratórias.
Forma indireta: ordenha mecânica, mãos do manejador, ambiente pouco ventilado, objetos
contaminados (agulhas, instrumentos cirúrgicos, equipamento de descorna).
Pode ocorrer transmissão interespecífica
Importância econômica: 
Doenças crônicas = redutoras de produtividade.
Cai vida produtiva, cai desenvolvimento das crias, aumenta mortalidade das crias, aumenta
predisposição a infecções secundárias, cai valorização comercial do rebanho, cai aproveitamento do
potencial genético.
Patogenia:
Soroconversão tardia: (2 a 8 semanas). Alguns animais permanecem assintomáticos.
A indução da resposta imunológica é variável e não protege contra a infecção.
Lentivírus no organismo > Adsorção/Penetração nos macrófagos e monócitos > RNA viral no
citoplasma > DNA fita dupla > DNA integrado ao da célula – DNA proviral/Provírus > produção de
RNA viral > intensa reposta inflamatória (não contém a disseminação) > disseminação (m.o –
infecção latente, pulmões, SNC, articulações, glândula mamária). 
Sinais clínicos: 
Animais sintomáticos (35% dos infectados) e assintomáticos.
• Artrite (claudicação, reflexo de sensibilidade dolorosa em estação), alopecia
(hiperqueratinização), perda de peso.
• Mastite: agudo – endurecimento das mamas, redução abrupta da produção ou agalaxia,
aumento persistente dos linfonodos supramamários. 
• Mastite: crônico – assimetria e endurecimento da mama. Perda progressiva da produção,
aumento persistente dos linfonodos supramamários. Pode não ser aparente.
• Pneumonia: mais comum em ovinos, se desenvolve de forma insidiosa, frequentemente um
achado post mortem.
Perda de peso, tosse, congestão pulmonar, dificuldade respiratória (aumento FR), intolerância a
exercícios.
• Encefalite: ocorrência: animais de 1 a 4 meses. Curso clínico: 1 a 2 semanas. Apresentações
clínicas: cerebral (encefalomielite) ou espinal.
Cerebral: andar em círculos, desvio lateral da cabeça, ataxia.
Espinal: Paralisia progressiva dos membros posteriores (tetraparesia / tetraplegia), tremores, desvio
lateral da cabeça, paralisia facial, cegueira.
Diagnóstico:
Achados epidemiológicos
Exame clínico: Artrite, mastite, pneumonia, encefalite
PCR
Microscopia eletrônica
Testes sorológicos – a parir dos 6 meses
ELISA, IDGA (indicado pela OIE, rápido e econômico)
Tratamento:
Não recomendado (infecção persistente)
Animais positivos devem ser retirados do rebanho.
Profilaxia:
Separar crias de fêmeas positivas ao nascer, utilizar colostro/leite de fêmeas negativas, colostro
artificial, não compartilhar agulhas, seringas ou material cirúrgico sem prévia desinfecção, realizar
testes com intervalos pré-determinados.
Animais positivos: separados > descartados.
Sem vacina comercial disponível

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