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Carbúnculo SINTOMÁTICO RESUMO

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CARBÚNCULO SINTOMÁTICO
Definição
Doença infectocontagiosa que provoca mionecrose e possui alta mortalidade. Conhecida como
Manqueira. Tem importância econômica e difícil tratamento. É uma clostridiose.
Etiologia
Clostridium chauvoei, bacila g+, formadora de esporos, anaeróbica. Encontrada na maior parte dos
ambientes. São resistentes a desinfetantes, calor. Permanecem na pastagem por anos. A letalidade
pode chegar a 100%.
Epidemiologia:
Os hospedeiros mais acometidos são os bovinos, depois ovinos, e raramente suínos
Geralmente, em bovinos ocorre sem histórico de traumas, ou seja, subitamente. 
Há surtos de carbúnculo sintomático em bovinos após escavações do solo, sugerindo que a sua
manipulação pode expor e ativar esporos latentes. As bactérias, em geral, penetram no organismo
através de escoriações e pequenos ferimentos produzidos por espinhos ou arame farpado, chifradas
ou outros acidentes. A morte geralmente ocorre depois de 12 a 36 horas após o aparecimento dos
primeiros sintomas da enfermidade.
Patogenia
Ingestão de esporos da bactéria que ficam circulantes e latentes em músculos e órgãos por várias
semanas. Há diversos fatores que podem desencadear uma infecção, como trauma, cirurgias,
isquemias, tumores e infecções. Estas lesões formam um ambiente anaeróbico pela falta de
oxigenação tecidual, formando um ambiente ideal para esporos latentes nos vasos locais se
oportunizarem, germinando-se e produzindo toxinas. As grandes massas musculares dos membros,
do dorso e do pescoço são as mais afetadas. A toxina liberada causa uma celulite gangrenosa e
miosite que rapidamente levam a óbito.
Sinais clínicos
Doença aguda que causa morte em 12-36 horas, motivo pelo qual em muitas ocasiões, encontram-se
os animais mortos. Observa-se depressão, anorexia, hipertermia e, na maioria das vezes, severa
claudicação. Os músculos dos membros e de outras regiões anatômicas podem estar aumentados de
volume e apresentar crepitação em consequência da produção de gás.
Diagnóstico
Suspeita em morte aguda. 
CLÍNICO: Nos casos típicos de carbúnculo sintomático, um diagnóstico definitivo pode ser feito
com base nos sinais clínicos 
Diagnóstico laboratorial compreende a identificação do Clostridium chauvoei do músculo lesionado
ou sangue cardíaco, através de esfregaço. No laboratório, a diferenciação entre o Clostridium
septicum e o Clostridium chauvoei se dá pelas características morfológicas e pela
imunofluorescência. Em esfregaços de tecidos infectados se podem identificar bastonetes
esporulados, através da IF. Imunofluorescência Direta 
PCR
Bacteriologia: presença do bacilo. Teste de gram giemsa
Nos casos típicos de carbúnculo sintomático, um diagnóstico pode ser dado pelos achados de
necropsia. Necropsia verifica-se inchaço e alteração da cor dos músculos, de vermelho escuro a
preto e hemorragias no músculos afetados. 
Diferencial: Edema Maligno, Antraz, Hemoglobinúria Bacilar, outras causas de morte súbita
inesperada 
Tratamento
Tratamento é desapontador muitas vezes, embora o C. chauvei seja sensível a Penicilina G,
ampicilina e tetraciclina. A penicilina deve ser administrada inicialmente pela via endovenosa,
seguida de reposição intramuscular, se possível no local afetado. 
O tratamento é prolongado, bem como a recuperação do animal, cujos ferimentos deteriorados
demoram para cicatrizar. 
Ineficaz devido à rápida evolução da doença, causando uma mortalidade de 100% dos animais
acometidos. Nas áreas com mionecrose foram realizadas limpezas internas com água oxigenada e
na sequência utilização de sedenhos embebecidos com iodo 2%. Sendo que os animais submetidos a
este tratamento receberam alta em 6 meses. 
Profilaxia
Medidas adequadas de manejo e vacinação sistemática do rebanho. A segunda dose é fundamental,
pois o antígeno vai estimular as células de memória dos animais primovacinados, o que permite
obter uma resposta imunitária maior e de longa duração. 
Revacinação ocorra anualmente em todo o rebanho em dose única. A primeira dose deve ser
aplicada aos 60 dias após o nascimento, a segunda quatro semanas antes do desmame ou no período
do desmame. Após a segunda dose deve fazer o reforço anualmente. A via de aplicação
recomendada é a subcutânea. Em casos de surtos animais devem ser vacinados ou revacinados.
Carcaças devem ser incineradas para prevenir a disseminação da bactéria. Materiais cirúrgicos
devem ser autoclavados.

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