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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS A. C. SIMÕES BACHARELADO EM ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA FORÇAS ATUANDO SOBRE CONDUTORES COM CORRENTE Amanda Constantino Monteiro MACEIÓ 2022 FORÇAS ATUANDO SOBRE CONDUTORES COM CORRENTE Amanda Constantino Monteiro 1- INTRODUÇÃO Na física, a força de Lorentz é resultado da superposição da força elétrica proveniente de um campo elétrico com a força magnética devida a um campo magnético atuando sobre uma partícula carregada eletricamente que se move no espaço. Mas, para que a superposição ocorra é necessário que a partícula possua uma carga elétrica líquida não nula e esteja em movimento em uma região do espaço onde haja um campo magnético. Analisando apenas as forças de caráter elétrico, se a velocidade for nula, a partícula estará somente sob influência da força elétrica. No experimento a seguir, buscamos avaliar as caracteristicas e aplicações da força de Lorentz através espiras de material condutor onde estas estão conectadas a uma balança de precisão onde poderemos deduzir por meio da interação com o campo gravitacional a força magnética atuante nas placas. 2- RESULTADOS Com o objetivo de obter o valor do Campo Magnético do ímã permanente através das medidas da força atuante sobre o condutor (força de Lorentz) imerso em um campo magnético uniforme, quando este for percorrido por corrente elétrica, realizamos as medições e contagens. Inicialmente utilizamos a esfira de 12,5 mm e medimos a massa desta, conforme o aumento da corrente (feita acrescentando a cada vez 0,5A). Os dados estão dispostos na Tabela 1. i (A) m (g) Δm (g) Fm (mN) 0,0 29,83 0,00 0,00 0,5 29,88 0,05 0,49 1,0 29,93 0,05 0,49 1,5 30,00 0,07 0,69 2,0 30,06 0,06 0,59 2,5 30,12 0,06 0,59 3,0 30,17 0,05 0,49 3,5 30,23 0,06 0,59 4,0 30,27 0,04 0,39 Tabela 1 - Dados para a Espira de 12,5 mm. O mesmo foi feito com as espiras seguintes; para a espira de 25 mm, temos os seguintes resultados de corrente, massa e força: i (A) m (g) Δm (g) Fm (mN) 0,0 30,07 0,00 0,00 0,5 30,16 0,09 0,88 1,0 30,24 0,08 0,78 1,5 30,34 0,10 0,98 2,0 30,50 0,16 1,57 2,5 30,55 0,05 0,49 3,0 30,63 0,08 0,78 3,5 30,73 0,10 0,98 4,0 30,84 0,11 1,08 Tabela 2 - Dados para a Espira de 25 mm. Para a espira de 50 mm, temos os seguintes dados de corrente, massa e força: i (A) m (g) Δm (g) Fm (mN) 0,0 35,70 0,00 0,00 0,5 35,87 0,17 1,67 1,0 36,07 0,20 1,96 1,5 36,24 0,17 1,67 2,0 36,45 0,21 2,06 2,5 36,62 0,17 1,67 3,0 36,83 0,21 2,06 3,5 37,02 0,19 1,86 4,0 37,18 0,16 1,57 Tabela 3 - Dados para a Espira de 50 mm. Para a espira de 100 mm, temos os seguintes dados de corrente, massa e força: i (A) m (g) Δm (g) Fm (mN) 0,0 37,60 0,00 0,00 0,5 37,95 0,35 3,43 1,0 38,30 0,35 3,43 1,5 38,68 0,38 3,72 2,0 39,17 0,49 4,80 2,5 39,44 0,27 2,65 3,0 39,78 0,34 3,33 3,5 40,13 0,35 3,43 4,0 40,54 0,41 4,02 Tabela 4 - Dados para a Espira de 100 mm. A seguir, foram feitos gráficos relacionando os valores da força com a corrente em questão. Para a espira de 12,5 mm temos o seguinte gráfico: Gráfico 1 – Força versus corrente na espira de 12,5 mm. Para a espira de 25 mm, temos: Gráfico 2 – Força versus corrente na espira de 25 mm. Na espira de 50 mm: y = 0,0588x + 0,3615 R² = 0,1642 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 F m ( lm N ) i (A) Gráfico 1 – Espira de 12,5 mm y = 0,1372x + 0,564 R² = 0,1931 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 F m ( lm N ) i (A) Gráfico 2 – Espira de 25 mm Gráfico 3 – Força versus corrente na espira de 50 mm. E por fim, a espira de 100 mm: Gráfico 4 – Força versus corrente na espira de 100 mm. Foi feito também o gráfico da relação força versus deslocamento: y = 0,2352x + 1,1412 R² = 0,2601 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 F m ( lm N ) i (A) Gráfico 3 – Espira de 50 mm y = 0,4933x + 2,2148 R² = 0,2564 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 F m ( lm N ) i (A) Gráfico 4 – Espira de 100 mm Gráfico 5 – Relação força pelo deslocamento. A partir do gráfico 5, podemos perceber que a força magnética cresce a medida que o comprimento da placa também aumenta, sendo, portanto, grandezas diretamente proporcionais. Além disso, a partir dos gráficos da relação força versus a corrente, foi possível encontrar o coeficiente angular da reta linear presente neste. Por meio do valor do coeficiente angular e através da Equação 1, foi calculado os possíveis valores para o campo magnético B. Os dados estão dispostos na Tabela 5. 𝐵 = 𝛼 𝐿 (𝑇) (1) Espira (mm) Campo Magnético B (T) 12,50 0,004704 25,00 0,005488 50,00 0,004704 100,00 0,004933 Tabela 5 - Dados dos valores do Campo Magnético calculado. Dessa forma podemos estimar que o campo magnético médio equivale a 0,0048185 T. 3. CONCLUSÃO A partir dos experimentos realizados e dos conhecimentos referentes a teoria acerca da força de Lorentz, podemos concluir através deste experimento que foi possível observar o comportamento da corrente elétrica e do campos magnéticos existentes através das interações, e também podemos validar a teoria acerca do tema e de seu funcionamento. Por fim, foi possível complementar nossos conhecimentos acerca da força de Lorentz, confirmando portanto, que os conceitos acerca de seu fucionamento é valido tanto na teoria quanto na prática. 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 0 20 40 60 80 100 120 Gráfico 5 – Força versus Comprimento 4. REFERÊNCIAS WALKER, J.; HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos de física volume 3: Eletromagnetismo. [S.l.]: Rio De Janeiro LTC, 2013.
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