Buscar

615 entendendo medos 27072017

Prévia do material em texto

Entendendo 
Medos e Fobias
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
ead.sestsenat.org.br 
CDU 616.89-008.441
34 p. :il. – (EaD)
Curso on-line – Entendendo Medos e Fobias – Brasília: 
SEST/SENAT, 2017.
1. Medo . 2. Comportamento humano. I. Serviço 
Social do Transporte. II. Serviço Nacional de 
Aprendizagem do Transporte. III. Título.
3
Sumário
Apresentação 4
Unidade 1 | Entendendo o Que É Medo e Fobia 5
Glossário 9
Atividades 10
Referências 11
Unidade 2 | Caracterizando Medos e Fobias 12
1 Introdução 13
1.1 Os Principais Tipos de Fobias 14
1.2 Medos e Fobias em Crianças 19
Glossário 21
Atividades 22
Referências 23
Unidade 3 | O Tratamento das Fobias 24
1 Introdução 25
1.1 Transtornos de Ansiedade 26
1.2 Rede de Atendimento 27
1.3 Mitos e Verdades 27
Atividades 31
Referências 32
Gabarito 33
4
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao curso Entendendo Medos e Fobias!
Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de 
cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, 
você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e 
ajudar na compreensão do conteúdo.
Este curso possui carga horária total de 10 horas e foi organizado em 3 unidades, 
conforme a tabela a seguir.
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas 
“Aulas Interativas”;
b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;
c) responder à “Avaliação de Reação”; e
d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.
Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de 
dúvidas, entre em contato através do e-mail suporteead@sestsenat.org.br.
Bons estudos!
Unidades Carga Horária
Unidade 1 | Entendendo o Que É Medo e Fobia 2h
Unidade 2 | Caracterizando Medos e Fobias 5h
Unidade 3 | O Tratamento das Fobias 3h
5
UNIDADE 1 | ENTENDENDO O 
QUE É MEDO E FOBIA
6
Unidade 1 | Entendendo o Que É Medo e Fobia
É muito importante conhecer os conceitos corretos para não classificar, ou melhor, não 
julgar as pessoas de forma preconceituosa.
Medo é a reação natural diante de uma situação inesperada, que 
cause insegurança, de uma ameaça ou um perigo iminente, de 
impotência diante do desconhecido e de risco à integridade 
física.
O medo desencadeia uma série de 
reações fisiológicas e comportamentais. 
Veja as mais comuns:
• descarga de adrenalina;
• dilatação das pupilas;
• aumento do tônus muscular;
• irregularidade dos movimentos 
respiratórios;
• aceleração dos batimentos cardíacos;
• tremores;
• empalidecimento da pele;
• olhos arregalados;
• estado de alerta.
7
Todas essas reações que ocorrem no organismo são uma preparação para uma eventual 
necessidade de fuga ou reação rápida do perigo. O estômago costuma doer, pois no 
momento do medo há o aumento na produção de acetilcolina, que acelera o processo 
de digestão e transforma rapidamente os alimentos em energia. As pupilas se dilatam 
para aumentar o poder de visão, inclusive com pouca claridade. O coração acelera 
devido ao aumento de adrenalina, que deixa a pessoa mais ágil e alerta. Da mesma 
forma, ocorre uma série de reações no cérebro para deixar o organismo pronto para 
se proteger.
O medo é uma reação de autopreservação que não deve ser tratado, pois é desejável 
para nossa sobrevivência. No entanto, quando se torna persistente e exagerado, 
causando ansiedade frequente e comprometimento à qualidade de vida do indivíduo, 
é chamado de fobia. Assim, pode-se dizer também que é o medo excessivo e 
incontrolável, com motivações irracionais e desproporcionais.
Medo Fobia
Comportamento natural e importante 
para nossa autopreservação 
(saudável).
Comportamento considerado 
patológico (transtorno), por trazer 
muito sofrimento ao indivíduo.
Reações comportamentais e 
fisiológicas alteradas.
Reações comportamentais e 
fisiológicas alteradas e muito intensas.
O medo preserva. A fobia pode isolar.
Reação normal diante de um perigo 
real.
Medo irracional.
É superado quando a situação que 
provocou o medo acaba.
Medo persistente.
Não afeta de maneira relevante ou 
significativa a vida da pessoa.
Limita e chega a comprometer as 
relações pessoais e profissionais.
Não necessita de tratamento.
Dependendo da intensidade e da 
circunstância em que se desencadeia, 
deve ser tratado.
8
 e
Uma pessoa com fobia costuma apresentar reações fisiológicas 
e comportamentais idênticas às de uma pessoa em situação de 
medo. A diferenciação entre ambas as situações é a intensidade 
do sentimento. O primeiro caso pode, inclusive, levar ao 
engasgo, à sensação de sufocamento e até ao desmaio.
A palavra fobia vem do grego phobos ou Fobos. Fobos é filho de Ares (Deus da Guerra) 
e Afrodite (Deusa do Amor). A simbologia é a personificação do medo e do terror.
É comum também confundir o conceito de fobia com transtorno de pânico ou com 
estresse pós-traumático, pois todos estão estreitamente relacionados à ansiedade 
intensa.
Crise ou ataque de pânico é o nome dado ao momento 
em que a pessoa tem sintomas semelhantes aos de 
um ataque cardíaco. No entanto, quando o acometido 
vai ao hospital e é constatado que não se trata disso 
ou quando os sintomas persistem num período maior 
de seis meses, a suspeita será de uma crise de pânico.
Já o estresse pós-traumático é o medo e a ansiedade 
intensos, despertados recorrentemente após uma 
situação vivida geradora de um trauma como, por 
exemplo, um acidente sério, um assalto ou um 
sequestro, ocasionando sensações intensas e ruins, 
semelhantes às do momento do incidente traumático. O estresse pós-traumático 
também pode ocorrer com alguém que não vivenciou, mas esteve intimamente ligado 
a um fato traumático.
É importante salientar que apenas os profissionais da saúde podem diagnosticar e 
tratar adequadamente a pessoa que sofre com esses sintomas, mas a responsabilidade 
por perceber a necessidade de buscar essa ajuda profissional é do indivíduo que está 
em sofrimento.
9
 e
Os profissionais de transporte, como caminhoneiros e motoristas 
de ônibus e táxis, por estarem diariamente no trânsito das 
cidades e nas estradas, estão mais sujeitos a acidentes 
automobilísticos e a perigos como assaltos e sequestros. Caso 
ocorra algum destes incidentes ou um acidente grave que cause 
traumas impeditivos de retorno às atividades, não se pode 
hesitar em buscar apoio profissional, para um diagnóstico e 
tratamento adequados. Quem já se envolveu em um acidente 
de grande porte sabe que nem sempre a força de vontade sem 
acompanhamento é suficiente para superar o trauma.
Glossário
Acetilcolina: é uma molécula neurotransmissora largamente distribuída no sistema 
nervoso central e em determinadas regiões cerebrais.
Empalidecimento: que se tornou pálido, que perdeu a cor.
10
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. A fobia é um comportamento 
natural muito importante para nossa autopreservação. É, 
portanto, considerado saudável. Enquanto o medo é 
considerado patológico, uma vez que ocasiona muito 
sofrimento ao indivíduo. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Denomina-se estresse pós-
traumático o momento em que a pessoa tem sintomas 
semelhantes aos de um ataque cardíaco. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
11
Referências
APA. Highlights of changes from DSM-IV-TR to DSM-5. 2013.
BALLONE. G. J. Medos, Fobias & Outros Bichos, site: PsiqWeb. Revisto em 2005. 
Disponível em http://www.psiqweb.med.br/.Acessado em julho de 2013.
_______.Transtornos Fóbico-Ansiosos. Site PsiqWeb, Internet. Disponível em http://
www.psiqweb.med.br/. Revisto em 2007. Acessado em julho de 2013.
BARROS NETO, T. P Sem medo de ter medo. São Paulo: CasadoPsicólogo.
CPEM - Centro de Psicologia Especializado em Medos. Medos e Fobias. Disponível em 
http://www.medos.eom.br/medos-e-fobias/. Acessado em julho de 2012.
FREUD, S. Obsessões e fobias (1895). Edição Standard Brasileira. Rio de Janeiro: 
Imago, 1976, v.3.
GURFINKEL. Aline C. Fobia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001.
LOWENKRON. Theodor. A clínica psicanalítica atual: obsessão, compulsão, fobia e 
pânico. Revista Brasileira Psicanálise, São Paulo, v. 43, n. 3, set. 2009. Disponível em 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?scrispct1=_ arttext&pid=S0486-641X200900030
0014&1ng=pt&nrm=iso. Acessado em agosto de 2013.
MESTRE. M e CORASSA, N. Da Ansiedade à Fobia. Revista Psicologia Argumento. ISSN 
0103-7013. Ano XVIII, No XXVI. Abril 2000. Pp. 105-126.
PORTO, Patrícia. Orientação de pais de crianças com fobia social. Revista Brasileira 
de Terapia Cognitiva. Rio de Janeiro, v. 1. n. 1, 1un 2005. Disponível em <http://pepsic.
bvsalud.org/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S1808-56872005000100012&1ng=pt
&nrm=iso>. Acessado em agosto de 2013.
UFRS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Fobias Orientações para Pacientes 
e Familiares, disponível em http://www.ufrgs.br/psiq/ fobOOl.html. Acessado em 
julho de 2013.
12
UNIDADE 2 | CARACTERIZANDO 
MEDOS E FOBIAS
13
Unidade 2 | Caracterizando Medos e Fobias
1 Introdução
Os motivos que ocasionam medos e fobias nem sempre são os mesmos para todas as 
pessoas e nem sempre são identificados facilmente.
Os medos surgem de situações de perigo ou frente ao desconhecido, e são reações 
naturais suscitadas nessas circunstâncias.
Já a fobia pode ter raízes na infância, desenvolvendo-se a 
partir de uma situação desagradável vivida.
Quando criança, uma pessoa pode ter ouvido uma história 
triste de um acidente aéreo em que muitas pessoas morreram 
e isso a deixou assustada ou, ainda, uma barata pode ter 
subido em suas pernas, deixando-a apavorada. Há também 
a possibilidade de se associar uma situação negativa vivida 
a outro fator, como: no dia em que recebeu a notícia de 
falecimento dos pais chovia muito e, desde então, passou a 
desenvolver uma fobia a tempestades.
Outra questão também observada é que a fobia pode ser “aprendida”. Uma mãe que 
sempre teve pavor de um determinado animal pode “passar” esse medo para o filho, 
que pode, ainda, desenvolvê-lo de forma mais intensa.
Ainda sobre as fobias em crianças, os pais, mesmo não tendo qualquer tipo de medo ou 
fobia, podem assustar as crianças com frequência, podendo desencadear um estado 
fóbico. Alguns exemplos comuns são: “não saia daqui de perto, senão o bicho papão vai 
pegar você”, “não brinque na rua, o homem do saco está à solta e adora crianças”, “não 
vá para o escuro, porque é perigoso”, entre outros.
14
1.1 Os Principais Tipos de Fobias
a) Fobia Social
Em uma análise superficial, a fobia social pode ser confundida com timidez. No entanto, 
trata-se de um quadro mais complexo, o qual ocasiona muito sofrimento ao indivíduo. 
As consequências da fobia social interferem no dia a dia da pessoa, nas suas relações 
interpessoais e também em suas atividades profissionais.
O Principal Medo
A pessoa com fobia social é sempre 
exposta à avaliação e ao julgamento 
dos outros. Ser o centro das atenções, 
mesmo por um breve momento, pode 
ser considerada uma tragédia para o 
fóbico. Nos casos mais graves, atividades 
aparentemente simples, como comer em 
um restaurante ou utilizar um banheiro 
público, tornam-se motivos de ansiedade 
e embaraço para a pessoa, podendo levá-
la inclusive ao isolamento.
A fobia social não tem idade para começar, mas comumente tem sua origem na infância 
ou na adolescência. A criança bem pequena já pode apresentar comportamento 
relacionado ao desconforto ao realizar brincadeiras com outras crianças, em que se 
sente humilhada ou muito envergonhada. Os sintomas podem se agravar quando ela 
entra na escola e tende a se isolar, evitar se dirigir aos professores e outros funcionários 
e falar em público.
A situação pode até piorar se essa criança passa a sofrer bullying em função de sua 
timidez. Decerto, a situação inversa também pode ocorrer, ou seja, a criança vítima do 
bullying pode desenvolver fobia social pelo receio de ter contato com seus agressores.
Ressalta-se, portanto, que a dificuldade em situações sociais durante a infância e a 
adolescência pode influenciar no desenvolvimento de habilidades necessárias para o 
seu posterior desempenho acadêmico, social e profissional.
15
Bullying vem da palavra a inglesa bully, que significa valentão. 
Refere-se à forma de violência repetitiva sobre uma vítima, com 
objetivo de agredi-la e intimidá-la sem qualquer razão, levando-a 
a um processo de angústia e sofrimento.
A ansiedade é permanente na fobia 
social e pode ser antecipatória a um 
determinado evento. A título de exemplo, 
ao saber que terá de participar de uma 
reunião na semana seguinte, o indivíduo 
já começa a sentir alguns sintomas, como: 
palpitações, desconforto gastrintestinal 
e tensão muscular dias antes. No 
momento da reunião, pode ainda ter 
outras reações, como rubor facial, 
tremores, diarreia e sudorese.
Em casos mais graves da fobia, a pessoa pode, por exemplo, abandonar o curso 
universitário ou a especialização, pois sabe que ao final precisará realizar uma 
apresentação oral para uma banca examinadora. Outro exemplo excessivo é o pedido 
de demissão, diante da imposição da chefia para fazer uma apresentação para uma 
plateia.
Com base nessas situações que podem acometer o fóbico social, é perceptível o nível 
de sofrimento envolvido.
 e
Exceto para pessoas muito habituadas a falar em público, é 
normal sentir algum tipo de ansiedade e receio. Entretanto, isso 
não deve ser confundido com fobia social, que tem os seus 
sintomas bem acentuados e persistentes, com um grande grau 
de sofrimento.
16
Como identificar a fobia social:
• medo excessivo e irracional em determinadas situações sociais;
• timidez em grau extremo;
• pavor desproporcional ao desafio a ser enfrentado;
• desconforto (crise de ansiedade) durante a situação social não passa até 
que ela se acabe;
• estado de pavor em situações em que há necessidade de interagir com outras 
pessoas;
• grande ansiedade diante de situações de exposição.
Assim, o fóbico:
• concorda com tudo para evitar expor seu ponto de vista, passando a impressão 
de ser submisso;
• acaba interferindo no próprio dia a dia, atrapalhando o desenvolvimento de 
atividades corriqueiras e profissionais;
• evita sair de casa e participar de eventos que envolvam pessoas que não sejam 
seus familiares e amigos muito próximos.
b)	 Fobia	Específica
A fobia específica é o pavor diante de uma situação ou algo particular, que diante de 
sua exposição desencadeia uma série de sintomas físicos e comportamentais.
Ao se imaginar entrando em uma 
aeronave, uma pessoa que tem fobia de 
viajar de avião já começa a sentir mal-
estar, sudorese fria e tremedeira. Ou, 
ainda, a pessoa com fobia de aranha, 
diante de uma simples imagem real ou de 
um desenho já sente arrepios e angústia.
17
Ao conversar com essas pessoas, observa-se o entendimento delas acerca de um medo 
sem qualquer justificativa, mas, ainda assim, há uma dificuldade absurda em superá-lo. 
Nos mesmos exemplos: a pessoa que tem fobia de avião compreende que é um dos 
meios de transportes mais seguros que existe. Assim como a pessoa que tem fobia de 
aranha tambémsabe que não deveria ter medo da imagem da aranha, por exemplo.
Nesses casos não se trata de ignorância e, sim, de uma manifestação do sofrimento, 
impedindo o sujeito de superar o pavor e gerando uma sensação de total impotência.
A exposição do fóbico à circunstância ou ao objeto pode, em alguns casos, levá-lo a 
um ataque de pânico – um estado de alta ansiedade provocado pelo pavor sentido 
– ocasionando total descontrole por alguns minutos. Apesar de desencadear uma 
série de reações (taquicardia, falta de ar, forte sudorese, tremores, náuseas), não há 
evidência de danos físicos.
18
Conheça agora alguns exemplos de fobias específicas e os nomes dados.
Como	identificar	a	fobia	específica:
• medo excessivo e irracional de algum objeto, animal ou situação, e estado de 
pavor ou descontrole ao ter contato com quaisquer dos exemplos mencionados;
• interferência no dia a dia, atrapalhando o desenvolvimento das atividades 
corriqueiras e profissionais;
• perda de oportunidades somente para não haver o risco de vivenciar a situação 
causadora do pavor.
Fobia Medo excessivo de:
Acrofobia Altura
Agorafobia
Locais onde seria muito difícil ou embaraçoso sair. Envolve medo 
excessivo de ter um mal-estar em um local de difícil identificação da 
saída
Aicmofobia Agulhas e objetos pontiagudos
Aracnofobia Aranhas
Brontofobia Relâmpago e temporais
Catsandafobia Baratas
Coulrofobia Palhaços
Claustrofobia Lugares pequenos e confinados
Hemotobia Sangue
Hidrofobia Água
lnsectofobia Insetos
Necrofobia Morte ou coisas mortas
Nictofobia Escuro
Odontofobia Dentista
Ofidiofobia Cobras e serpentes
Ptesiofobia Viajar de avião
Zoofobia Animais
19
Várias pessoas conseguem driblar a ansiedade e o medo fazendo uso de substâncias 
inadequadas para enfrentar a situação responsável pela ansiedade e pelo medo. 
Assim, elas acabam esquecendo que têm fobias específicas. Ressalta-se, entretanto, 
a importância de buscar ajuda profissional, pois atitudes como esta prejudicam-nas 
consideravelmente, uma vez que apenas mascaram o problema e não o resolvem.
1.2 Medos e Fobias em Crianças
É imprescindível saber diferenciar o que é ou não natural e esperado quando os medos 
e as fobias estão relacionados às crianças. A tolerância sempre deve ser maior, uma vez 
que elas ainda estão em fase de formação de sua racionalidade. O mundo imaginário 
e o real, muitas vezes, se misturam e podem causar alguns quadros aparentemente 
fóbicos, porém não passam de fantasias naturais da idade, que vão sumindo conforme 
a criança cresce.
Uma criança de dois anos pode 
apresentar forte medo quando escuta 
fogos de artifício. É natural que se 
assuste e chore, sinalizando tremores 
e disparo do coração. Conforme 
ela vai crescendo, certamente, tais 
reações vão desaparecendo. Todavia, 
se o medo excessivo persistir até o 
início de adolescência, por exemplo, 
provavelmente haverá um diagnóstico 
de fobia.
 h
Salienta-se a importância de os pais não esperarem das crianças 
as mesmas reações de um adulto. Isso é válido tanto para 
meninas quanto para meninos. A bem da verdade, nossa cultura 
pode exigir, por exemplo, que um menino de seis anos não se 
expresse em relação a algum animal ou inseto.
20
Em alguns casos, solicita-se que o menino não chore, pois deve ser corajoso. Uma fala 
recorrente: “Aja como um homem valente, menino!”.
A ridicularização do medo em nada contribuirá para a superação dele. Transmitir 
segurança para a criança, explicando-lhe sobre a importância de se estar atento aos 
riscos apresentados por determinado animal, objeto ou situação, caso existam, é a 
melhor solução. Além disso, não é indicada a superproteção, visto que a criança tem de 
aprender a lidar com as diversificadas situações enfrentadas durante a infância.
O medo provavelmente irá sumir de maneira gradual. Caso isso não ocorra, torna-se 
necessária a ajuda dos profissionais de saúde. Ao ser consultado, o pediatra saberá 
avaliar a necessidade ou não de encaminhamento a um especialista.
Em síntese, os pais e educadores têm um papel essencial no apoio às crianças que 
enfrentam medos ao auxiliá-las a ter uma infância com a saúde mental preservada.
A seguir estão outras dicas que podem ajudar nas crises de medo das crianças:
• Paciência é fundamental, dado 
que o sentimento de medo não é 
nada confortável para a criança. 
Não adianta dar uma bronca e 
falar que monstros não existem, 
se ela realmente acredita na 
existência de algo embaixo da 
cama ou dentro do guarda-
roupa, por exemplo.
• Respeito e entendimento são fundamentais para ajudar a criança a compreender 
a situação, fazendo-a perceber que entendem e respeitam o sentimento de 
medo dela e estão prontos para auxiliá-la na superação.
• Não é aconselhável forçá-la a enfrentar uma determinada situação, acreditando 
que a frequência, por si só, irá eliminar o medo. Também não é recomendável 
evitar sempre o contato com o causador da aversão. Assim, a criança não 
reforçará a ideia de que deve sempre afugentar-se do que a aflige.
21
• Proteção e incentivo são imprescindíveis no momento da crise de medo. A 
criança deve sempre se sentir protegida. Dessa maneira, aos poucos, é possível 
incentivá-la a resolver o problema e enfrentar os medos, evitando a esquiva 
daquilo que a amedronta.
Não há prevenção para fobias, mas, como visto anteriormente, elas costumam ter 
origem na infância ou na adolescência. Nesse sentido, a criação dos filhos dentro de 
uma boa estrutura de desenvolvimento, fundamentada no amor e no cuidado, será 
basilar para uma infância menos sujeita a problemas de ordem psicológica, inclusive 
os relacionados aos medos exagerados e às fobias.
Glossário
Basilar: básico; fundamental.
Sudorese: secreção de suor; transpiração.
Tremedeira: tremor; tremura.
22
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Agorafobia consiste no medo 
excessivo	de	lugares	pequenos	e	confinados.	 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Ser o centro das atenções, 
mesmo por um breve momento, pode ser considerada uma 
tragédia para o fóbico. Em casos extremos, algumas 
atividades que podemos considerar simples, como comer em 
um restaurante ou utilizar um banheiro público, tornam-se 
motivos de ansiedade e embaraço para a pessoa acometida 
pela fobia social, podendo levá-la, inclusive, ao isolamento. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
23
Referências
APA. Highlights of changes from DSM-IV-TR to DSM-5. 2013.
BALLONE. G. J. Medos, Fobias & Outros Bichos, site: PsiqWeb. Revisto em 2005. 
Disponível em http://www.psiqweb.med.br/. Acessado em julho de 2013.
_______.Transtornos Fóbico-Ansiosos. Site PsiqWeb, Internet. Disponível em http://
www.psiqweb.med.br/. Revisto em 2007. Acessado em julho de 2013.
BARROS NETO, T. P Sem medo de ter medo. São Paulo: CasadoPsicólogo.
CPEM - Centro de Psicologia Especializado em Medos. Medos e Fobias. Disponível em 
http://www.medos.eom.br/medos-e-fobias/. Acessado em julho de 2012.
FREUD, S. Obsessões e fobias (1895). Edição Standard Brasileira. Rio de Janeiro: 
Imago, 1976, v.3.
GURFINKEL. Aline C. Fobia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001.
LOWENKRON. Theodor. A clínica psicanalítica atual: obsessão, compulsão, fobia e 
pânico. Revista Brasileira Psicanálise, São Paulo, v. 43, n. 3, set. 2009. Disponível em 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?scrispct1=_ arttext&pid=S0486-641X200900030
0014&1ng=pt&nrm=iso. Acessado em agosto de 2013.
MESTRE. M e CORASSA, N. Da Ansiedade à Fobia. Revista Psicologia Argumento. ISSN 
0103-7013. Ano XVIII, No XXVI. Abril 2000. Pp. 105-126.
PORTO, Patrícia. Orientação de pais de crianças com fobia social. Revista Brasileira 
de Terapia Cognitiva. Rio deJaneiro, v. 1. n. 1, 1un 2005. Disponível em <http://pepsic.
bvsalud.org/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S1808-56872005000100012&1ng=pt
&nrm=iso>. Acessado em agosto de 2013.
UFRS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Fobias Orientações para Pacientes 
e Familiares, disponível em http://www.ufrgs.br/psiq/ fobOOl.html. Acessado em 
julho de 2013.
24
UNIDADE 3 | O TRATAMENTO 
DAS FOBIAS
25
Unidade 3 | O Tratamento das Fobias
1 Introdução
A terapia comportamental é uma dentre outros tipos de tratamento de fobias 
específicas. O psicoterapeuta é o responsável por detectar junto ao paciente o que 
desencadeia e o que reforça sua fobia. O tratamento terá embasamento na construção 
de medidas comportamentais com a finalidade de extinguir a aversão ou, em 
determinados casos, amenizá-la.
Uma das técnicas utilizadas é a denominada dessensibilização, em que o terapeuta 
leva o paciente a ter contato com o objeto ou a situação causadora de sua fobia. Esse 
contato se dará de forma gradual, porém crescente, com objetivo de diminuir a reação 
de pavor até a sua extinção.
O tratamento cognitivo é um forte aliado da terapia comportamental. Ele atuará na 
modificação do pensamento das pessoas com fobia. Nesse contexto, o terapeuta 
conduzirá conversas com o paciente para conhecer seus medos de modo a buscar a 
razão deles. Durante o processo, o paciente vai se tornando apto a desconstruir os 
motivos de sua fobia até, finalmente, superá-la.
A psicanálise e a psicoterapia psicodinâmica 
são outras abordagens terapêuticas 
utilizadas nos tratamentos das fobias. 
Ambas utilizam conceitos e métodos da 
psicanálise, a fim de orientar o paciente a 
discursar a respeito das vivências da infância 
as quais, na maior parte das vezes, estão 
associadas à fobia atual. Busca-se com esta 
técnica, a conscientização dos motivos que 
o levaram a ter determinados sintomas ou 
comportamentos e a ressignificação de suas 
causas para, enfim, conquistar a superação.
26
Há também terapias que se utilizam de técnicas de relaxamento ou de hipnose para 
auxiliar no tratamento das fobias.
Quando o tratamento psicológico se mostra insuficiente, é possível realizá-lo com o 
auxílio de um tratamento farmacológico (medicamentoso), o que pode aumentar as 
chances de melhora ou cura.
 e
Somente um médico especializado em psiquiatria poderá 
prescrever medicações que auxiliam no tratamento da fobia e, 
ainda assim, é necessário sempre discutir o tratamento que será 
realizado, bem como os benefícios, a duração e as reações que 
podem ocorrer.
1.1 Transtornos de Ansiedade
As fobias específicas, a fobia social, as crises e os ataques de pânico estão dentro de 
um assunto que a psiquiatria nomeou de transtornos de ansiedade.
Inicialmente, cabe esclarecer que, assim como o medo, a ansiedade é natural do ser 
humano. Ela torna-se patológica quando é exagerada, desproporcional e leva a pessoa 
a desenvolver outros transtornos de ordem psíquica.
Como visto anteriormente, na fobia 
social a pessoa sente ansiedade em 
grau elevado quando imagina estar 
em uma situação de exposição. Em 
consequência, ela começa a sofrer medo, 
angústia, apreensão e um desagradável 
sentimento de vazio. Isso pode acarretar, 
ainda, sintomas, como: dificuldade para 
dormir; dores musculares em função da 
tensão; entre outras consequências que 
podem ser refletidas no organismo.
27
Vale enfatizar que as pessoas acometidas por transtornos de ansiedade podem 
prevenir ou minimizar seus efeitos. Se tal disfunção não incapacita ou não gera um 
sofrimento muito intenso, é possível lidar com ela ao aplicar alguns recursos, como: 
caminhadas ao ar livre, yoga, acupuntura, trabalhos manuais e artísticos, ou qualquer 
outra maneira estimulante ao relaxamento.
Em contrapartida, caso ocorra o sentimento de impotência diante da situação de 
ansiedade, o melhor a ser feito é buscar auxílio de um profissional de saúde para avaliar 
a necessidade de um tratamento mais específico.
1.2 Rede de Atendimento
Para um primeiro diagnóstico, visando inclusive eliminar outros problemas de saúde, 
é essencial buscar os centros de atendimento na rede básica de saúde. Se houver 
necessidade, o médico do posto poderá fazer o encaminhamento ao especialista.
Também é possível procurar os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) – instituições 
de saúde mental – as quais oferecem atendimento médico e psicológico.
1.3 Mitos e Verdades
Quando se trata de algum assunto 
relacionado à saúde mental, é 
comum que as pessoas o associem, 
naturalmente, a fraquezas. Todavia, os 
transtornos psicológicos são uma reação 
a algo que não está funcionando de 
maneira satisfatória, podendo acometer 
qualquer indivíduo, independentemente 
da condição social, econômica, etária ou 
religiosa.
28
No quadro a seguir é possível visualizar alguns mitos e inverdades que necessitam ser 
corrigidos definitivamente, para não haver o risco de repetir frases prontas e 
equivocadas, baseadas em atitudes preconceituosas e desrespeitosas.
Mito A realidade
Psiquiatra é médico de loucos.
A psiquiatria é uma especialidade médica 
que trata dos transtornos de pensamento, 
comportamento e emoções. Os pacientes 
são pessoas que sofrem com depressão, 
dependência química, transtornos de 
ansiedade, fobias, alucinações, bipolaridade, 
entre outros problemas. Não é certo rotular 
as pessoas que buscam um psiquiatra, 
chamando-as de loucas. Como já foi dito, esses 
sofrimentos podem ocorrer com qualquer 
pessoa, em qualquer momento da vida.
O tratamento psicológico 
substitui a necessidade de um 
psiquiatra.
São duas áreas distintas, com formas de 
atuação também distintas. Ambas podem 
atuar em conjunto para um objetivo único: a 
saúde mental do paciente. O psiquiatra irá 
diagnosticar, por meio de exames e avaliações, 
e prescrever o tratamento adequado, seja 
terapêutico ou farmacológico (só ele poderá 
prescrever medicações). O psicólogo irá atuar 
na condução das psicoterapias.
A atuação dos dois profissionais é fundamental 
para o êxito do tratamento.
Medicamentos de uso 
psiquiátrico causam 
dependência.
O problema aqui é o risco de generalização. 
De fato, alguns medicamentos podem 
causar dependência de acordo com a forma 
como são utilizados, mas, mesmo assim, são 
reversíveis. O maior problema dos remédios 
chamados psicofármacos é o cuidado em sua 
administração. Por esse motivo, devem ser 
acompanhados de perto por um psiquiatra.
29
Resumindo 
 
Muitas vezes, as cobranças sociais desencadeiam uma série de sofrimentos 
nos indivíduos e geram um sentimento de impotência e de incapacidade. 
 
Ao limitarem a capacidade de ação, tanto psicológica como física, as fobias 
causam diversos infortúnios no dia a dia das pessoas acometidas por elas. 
Atualmente, diversas personalidades das mais variadas áreas de atuação 
expõem o que as amedrontam. Assim, ao colocar luz sobre o assunto, a 
doença deixa de ser um tabu e torna possível a busca por soluções. 
 
Conhecer a verdadeira razão dos medos, com a ajuda de profissionais 
capacitados e métodos reconhecidamente eficazes, certamente 
proporcionará à pessoa uma melhor qualidade de vida. Ademais, acreditar 
que mudar é possível faz toda a diferença para que o tratamento tenha 
êxito.
Sofrer com fobias é um ato de 
fraqueza.
Vimos que as fobias são sofrimentos intensos e 
complexos, geralmente, originadas na infância 
e agravadas ao longo do tempo. As pessoas 
que sofrem com o problema, na maior parte 
das vezes, necessitam de auxílio profissional 
justamente por ser algo muito difícil de lidar, 
e isso não as torna fracas ou desprovidas de 
força devontade.
Fobia não tem cura.
As fobias podem, sim, ter cura. O que não há 
como prever é o tempo de tratamento. Pode 
durar alguns meses, mas também pode durar 
alguns anos. O importante é conseguir, mesmo 
que gradualmente, a melhora das reações 
diante da situação fóbica, permitindo o retorno 
às suas atividades e ao convívio social.
30
Com este curso, o SEST SENAT contribui para que cada vez mais pessoas 
possam ter acesso às informações necessárias para uma boa saúde e 
busquem, caso necessário, o tratamento adequado, possibilitando uma 
vida mais saudável e feliz. O objetivo é que este curso ajude a promover 
uma melhor qualidade de vida a todos. 
 
Não tenha medo de melhorar. Lembre-se: buscar ajuda é um ato de 
coragem!
31
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. As fobias são tratadas somente 
por intermédio de um psiquiatra com a inserção de 
medicamentos. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. As pessoas acometidas por 
transtornos de ansiedade não podem prevenir ou minimizar 
seus efeitos, já que eles só podem ser tratados e(ou) 
amenizados por especialistas. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
32
Referências
APA. Highlights of changes from DSM-IV-TR to DSM-5. 2013.
BALLONE. G. J. Medos, Fobias & Outros Bichos, site: PsiqWeb. Revisto em 2005. 
Disponível em http://www.psiqweb.med.br/. Acessado em julho de 2013.
_______.Transtornos Fóbico-Ansiosos. Site PsiqWeb, Internet. Disponível em http://
www.psiqweb.med.br/. Revisto em 2007. Acessado em julho de 2013.
BARROS NETO, T. P Sem medo de ter medo. São Paulo: CasadoPsicólogo.
CPEM - Centro de Psicologia Especializado em Medos. Medos e Fobias. Disponível em 
http://www.medos.eom.br/medos-e-fobias/. Acessado em julho de 2012.
FREUD, S. Obsessões e fobias (1895). Edição Standard Brasileira. Rio de Janeiro: 
Imago, 1976, v.3.
GURFINKEL. Aline C. Fobia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001.
LOWENKRON. Theodor. A clínica psicanalítica atual: obsessão, compulsão, fobia e 
pânico. Revista Brasileira Psicanálise, São Paulo, v. 43, n. 3, set. 2009. Disponível em 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?scrispct1=_ arttext&pid=S0486-641X200900030
0014&1ng=pt&nrm=iso. Acessado em agosto de 2013.
MESTRE. M e CORASSA, N. Da Ansiedade à Fobia. Revista Psicologia Argumento. ISSN 
0103-7013. Ano XVIII, No XXVI. Abril 2000. Pp. 105-126.
PORTO, Patrícia. Orientação de pais de crianças com fobia social. Revista Brasileira 
de Terapia Cognitiva. Rio de Janeiro, v. 1. n. 1, 1un 2005. Disponível em <http://pepsic.
bvsalud.org/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S1808-56872005000100012&1ng=pt
&nrm=iso>. Acessado em agosto de 2013.
UFRS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Fobias Orientações para Pacientes 
e Familiares, disponível em http://www.ufrgs.br/psiq/ fobOOl.html. Acessado em 
julho de 2013.
33
Gabarito
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 F F
Unidade 2 F V
Unidade 3 F F
	Apresentação
	Unidade 1 | Entendendo o Que É Medo e Fobia
	Glossário
	Atividades
	Referências
	Unidade 2 | Caracterizando Medos e Fobias
	1 Introdução
	1.1 Os Principais Tipos de Fobias
	1.2 Medos e Fobias em Crianças
	Glossário
	Atividades
	Referências
	Unidade 3 | O Tratamento das Fobias
	1 Introdução
	1.1 Transtornos de Ansiedade
	1.2 Rede de Atendimento
	1.3 Mitos e Verdades
	Atividades
	Referências
	Gabarito

Continue navegando