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Diagnóstico por Imagem - Fraturas e Consolidação Óssea

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Fraturas e consolidação óssea
Regiões ósseas
Regiões de ossos longos divididas em
- Epífise (proximal e distal);
- Metáfase > seguida da epífise (proximal e distal);
- Diáfise > maior parte do osso longo, mais central.
· Dividida em três terços: inicial, terço médio e final.
Animal em crescimento:
- Região radiolucente = placa epifiseal, fise ou placa de crescimento;
- Região de fora do osso = periósteo;
- Região interna do osso = córtex;
- Região mais interna do osso = endósteo > importante na cicatrização do osso quando houver fratura.
Crescimento ósseo
- Animal jovem > muito tecido em forma de cartilagem;
- Ossificação > cartilagens só permanecem nas regiões articulares.
Diferenciação óssea
Animal jovem:
Cotovelo.
- Placas de crescimento;
- Cuidado para não confundir com fraturas.
Animal adulto:
Cotovelo.
- Não possui placa de crescimento.
Classificação de fraturas
Integridade de partes moles
- Aberta > exposição do osso para o meio ambiente > rompimento das partes moles.
- Fechada > integridade das partes moles > não rompeu pele.
- Para a radiologia não é tão importante;
- É importante para a cirurgia > área aberta é contaminada.
Extensão do foco de fratura
Incompleta:
- Linha radiolucente que atravessa um córtex do osso;
- Galho verde = linha radiolucente convexa;
- Tórus = linha radiolucente côncava.
Galho verde x Tórus.
Fratura em Tórus. Região cortical íntegra.
Fratura em Galho Verde. 
Completa:
- Simples = presença de 1 linha;
- Dupla ou segmentar = presença de 2 linhas;
- Cominutiva = presença de 3 ou mais linhas.
Completa simples:
- Oblíqua > linha de fratura com ângulo de 30°;
- Transversa > ângulo de 180°;
- Espiral > linha de fratura que rotacionou no osso longo.
Laudo radiográfico
Extensão:
- Completa > ver o número;
- Incompleta > pula direto para a localização.
Número:
- Simples > subdivide transversa, oblíqua e espiral.
- Dupla;
- Cominutiva.
Direção:
- Transversa;
- Oblíqua;
- Espiral.
Localização:
- Epífise;
- Metáfase;
- Diáfise.
Qual osso:
- Úmero;
- Fêmur;
- Tíbia;
- Fíbula.
Lado:
- Esquerdo;
- Direito.
Fratura completa, cominutiva, no terço médio da diáfise do úmero direito ou esquerdo.
Fratura completa, dupla, no terço proximal da diáfise do fêmur direito ou esquerdo.
Fratura completa e oblíqua no terço distal da diáfise da tíbia direita ou esquerda.
Fraturas completas:
- Compressão = fragmentos sobrepostos;
- Patológica = enfraquecimento ósseo;
- Avulsão ou lascada = inserção ligamento margem articular.
Fratura compressiva do corpo da terceira vértebra lombar.
Fratura patológica da epífise e da metáfise proximal do úmero direito ou esquerdo.
Fratura completa por avulsão da tuberosidade da tíbia direita ou esquerda.
Classificação de fraturas fisárias
Classificação de Salter-Harris:
- Animais jovens.
Tipo 1:
- Linha de fratura percorre a placa de crescimento.
Tipo 2:
- Linha de fratura percorre a placa de crescimento e a metáfase.
Tipo 3:
- Linha de fratura percorre a placa de crescimento e a epífise.
Tipo 4:
- Linha de fratura percorre a placa de crescimento, a metáfase e a epífise.
Tipo 5:
- Ocorre o esmagamento da placa de crescimento da placa de crescimento.
Salter-Harris tipo 1.
Salter-Harris tipo 2.
Salter-Harris tipo 3.
Salter-Harris tipo 4.
- Tipo 2 é a que mais ocorre;
- Tipo 5 é o pior prognóstico.
Complicações:
- Distúrbio de crescimento;
- Anormalidades articulares (subluxações, desvios de membros).
Consolidação de fraturas
- Primária = tratamento cirúrgico;
- Secundária = tratamento conservador > talas, gesso.
7 a 10 dias:
- Reabsorção da região em que ocorreu a fratura;
- Criação de um hematoma se houver vascularização.
15 a 20 dias:
- Reação periosteal mais evidente e leve;
- Início da mineralização do calo ósseo;
- Ainda se vê a linha de fratura.
30 a 60 dias:
- Calo ósseo preenche a linha de fratura;
- Forma pontes;
- Região fica mais espessa no local da fratura.
60 a 90 dias:
- Ação osteoclástica;
- Calo remodelado (padrão trabeculado);
- Tenta voltar à espessura normal.
Dia 60-90.
Fatores que influenciam
- Idade > animais jovens possuem consolidação mais rápida;
- Integridade vascular > se não chega sangue, não há colocação de osteoblastos na linha de fratura > não há formação do calo ósseo;
- Movimento do foco > se movimentar o foco de fratura, as células não se unem e não forma o calo ósseo;
- Condições metabólicas;
- Tratamento com corticosteroides e/ou agentes antineoplásicos;
- Assepsia;
- Local:
· Fraturas em metáfase se consolidam de forma mais rápida;
· Em diáfise, se consolidam de forma mais atrasada, principalmente se for distal de radio e ulna e distal de tíbia.
- Configuração da fratura:
· Espiral e oblíqua consolidam de forma mais rápida;
· Transversa e cominutiva se consolidam de forma mais atrasada.
- Método de imobilização:
· Método rígido consolida de forma mais rápida do que de do método intramedular.
Complicações
- Atraso na consolidação;
- Não união;
- Má união;
- Infecção.
Atraso na consolidação:
- Falha dos ossos se unirem dentro do tempo esperado (6-8 semanas).
Sinais radiográficos:
- Persistência de uma linha radiolucente de fratura;
- Reação periosteal mínima sem ou pouca formação de calo ósseo.
Radiografia em região de rádio e ulna. Atraso na consolidação > tem formação do calo ósseo, mas ainda tem linha de fratura. 2 meses.
Não união:
- Cessão da consolidação óssea.
Sinais radiográficos:
- As bordas dos fragmentos tornam-se lisas, arredondadas e escleróticas sem evidência de calo ou pouca formação de calo;
- O canal medular do local de fratura é fechado com uma margem óssea esclerótica;
- Desenvolvimento de pseudoartrose (formação de falsa articulação na região).
Não união com a formação de calo ósseo x não união sem formação de calo ósseo (provavelmente sem vascularização).
Não união sem consolidação óssea x não união sem regiões unidas.
Má união:
- União com deformidade angular ou rotatória.
Sinais radiográficos:
- O osso aparece consolidado com boa formação de calo;
- Mal alinhado, rotacionado ou desvio do eixo ósseo.
Má união em região de tíbia e fíbula. Angulação. Consolidação de forma errada.
Consolidação óssea de forma errada no fêmur. Má união.

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