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Técnica Cirúrgica Veterinária - Princípios da assepsia cirúrgica, preparação da equipe e do paciente cirúrgico, esterilização e desinfecção

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Princípios da assepsia cirúrgica, preparação da equipe e do paciente cirúrgico, esterilização e desinfecção
Princípios da assepsia cirúrgica
- Regras, leis, que evitam a contaminação por microrganismos em uma cirurgia;
- Preparação apropriada das instalações e ambiente, do local cirúrgico, da equipe cirúrgica, e do equipamento cirúrgico;
- Integridade dérmica interrompida;
- MO ganham acesso a tecidos internos;
- Flora endógena, ambiente, funcionários.
Meta
- É impossível eliminar todos os patógenos, mas é possível reduzir a carga a ponto de não causar dano ao paciente.
Sucesso na cirurgia:
- Técnica asséptica + técnica cirúrgica.
Conceitos fundamentais
Infecção cirúrgica:
- Aquelas que se desenvolvem na área operada dentro de 30 dias;
- Em caso de implantes, até 1 ano.
Técnica asséptica:
- Métodos e práticas que previnem a contaminação cruzada na cirurgia;
- Envolve a preparação adequada do ambiente cirúrgico, instalações, sítio cirúrgico, equipamentos e equipe cirúrgica.
Assepsia:
- Termo de origem grega: a (negação) + séptico > ausência de patógenos;
- Métodos que impedem a contaminação por MO.
Esterilização:
- Destruição de todas as formas de vida microbiana mediante aplicação de agentes físicos ou químicos;
- Usados em materiais cirúrgicos, vidrarias e tecidos.
Antissepsia:
- Eliminação, redução ou inibição do crescimento de microrganismos patogênicos;
- Método aplicado sobre tecidos vivos.
Desinfecção:
- Eliminação, redução ou inibição do crescimento de microrganismos patogênicos;
- Método aplicado sobre objetos.
Técnica asséptica – prevenção da infecção
3 determinantes de uma infecção em uma cirurgia:
- Defesa do hospedeiro, distúrbio fisiológico e bactérias com risco de contaminação na cirurgia.
Métodos de controle:
- Práticas cirúrgicas assépticas;
- Identificação do paciente de alto risco;
- Correção de desequilíbrios sistêmicos antes da cirurgia;
- Uso adequado de antibióticos.
Regras de técnica asséptica:
- Membros da equipe devem permanecer dentro da área estéril;
- Conversas e movimentação reduzidas;
- Materiais utilizados sempre estéreis;
- Membros paramentados devem ficar menos voltados uns para os outros e para a mesa estéril, mãos sempre suspensas;
- Se a cirurgia começar sentado, a equipe terminará sentada;
- Pessoal paramentado manuseia somente material estéril, pessoal não paramentado manuseia materiais não estéreis;
- Jamais deve-se usar um item se não tiver certeza de que o mesmo está estéril (contaminar na retirada do instrumental ou encostar em algum ponto, embalagem danificada);
- Mesas são estéreis apenas na face dorsal;
- Os campos estéreis que cobrem a mesa e o paciente devem ser impermeáveis.
Prevenção da infecção cirúrgica:
- Preprarar corretamente o paciente e a equipe cirúrgica;
- Esterilização do equipamento cirúrgico;
- Preparação das instalações cirúrgicas.
Profilaxia antibiótica:
- A eficácia dos antibióticos profiláticos é conhecida desde a década de 1950;
- Recomenda-se atualmente a aplicação de um antibiótico de amplo espectro por via sistêmica antes da indução anestésica;
- Esta profilaxia jamais deve ser substituída pelas regras de técnica asséptica;
- Grandes animais > profilaxia antitetânica.
Ambiente cirúrgico e seus componentes
Área cirúrgica
- Próxima a cuidados intensivos, diagnóstico por imagem, laboratórios;
- Longe de enfermaria e ambulatórios.
Área limpa, mista e contaminada
Limpas:
- Sala de cirurgia e sala de materiais esterilizados.
Mistas:
- Corredores entre as salas, salas de serviço, pias de escarificação.
Sujas:
- Sala de MPA;
- Vestiários;
- Consultórios;
- Enfermarias.
- A circulação na área limpa deve ser feita com trajes cirúrgicos apropriados.
Vestiários:
- Pias de escarificação > torneira ativada por pé ou com sensor, longa.
Sala de cirurgia:
- Pisos lisos, não porosos, sem superfícies que deixem acumular sujidades;
- As quinas devem ter acabamento circular.
Fluxo cirúrgico
- Preparo do paciente na sala de medicação pré-anestésica > é passado através de uma janela para a equipe cirúrgica;
- Ideal é que a sala tenha todos os equipamentos para fazer o preparo.
Consciência cirúrgica
- Mesmo a campo, se trabalha da forma correta.
Preparação da equipe e do paciente cirúrgico
Paramentação cirúrgica:
- A equipe cirúrgica é a principal causa de contaminação microbiana durante a cirurgia;
- Toda a equipe deve ser preparada para a entrada no centro cirúrgico, mesmo os circulantes e observadores;
- Quanto menor o número de pessoas, melhor.
Preparação da equipe cirúrgica para o ato operatório:
- Função de diminuir e impedir a contaminação cruzada em uma cirurgia.
Vestuário cirúrgico:
- Gorro, máscara, sapatos emborrachados.
Lavagem das mãos:
- Remoção mecânica de sujeira e gordura;
- Diminuição da população bacteriana cutânea;
- Até 50% das luvas apresentam buracos no final da cirurgia.
Método de escovação tradicional x soluções que não necessitam de escovação 
Pias de inox.
Colocação do avental cirúrgico
Mão sempre suspensa.
Precauções
- Mãos sempre suspensas;
- Não se deve chacoalhas as mãos;
- Mãos paradas para evitar a contaminação;
- Não irritar a pele com a escarificação.
Colocação de luvas:
- Dupla função;
- Método aberto;
- Método fechado.
Preparo do paciente:
- Tricotomia.
- Ideal que o paciente esteja sondado para evitar que caia urina na região da cirurgia.
Antissepsia
“Antisséptico: sustância com ação letal antimicrobiana, causticidade e alergenicidade baixas, destinadas a aplicações em pele e mucosas.”
- Antissepsia > tecidos vivos;
- Desinfecção > superfícies inanimadas.
Antisseptico ideal
- Amplo espectro de ação antimicrobiana;
- Ação rápida;
- Efeito residual cumulativo;
- Ausência de ação irritativa sobre pele e mucosas;
- Baixo custo.
Agentes antissépticos
Soluções alcóolicas:
- Álcool 70%.
Iodóforos: 
- Polivinilpirrolidona PVPI;
- Degermante;
- Alcoólico: aplicação em pele íntegra;
- Veículo aquoso: aplicação em curativos e mucosas;
- Efeito residual maior que outros antissépticos.
Clorexidina:
- Aplicação sobre pele e mucosas;
- Inatividade sobre formas esporuladas;
- Ação bactericida imediata: 15 segundos;
- Efeito residual prolongado: até 6 horas.
Desinfecção
Desinfetante ideal
- Rápida ação;
- Amplo espectro antimicrobiano;
- Não ser corrosivo para metais, borracha ou plásticos e equipamentos ópticos;
- Baixa toxicidade;
- Não ser irritante para pele e mucosas;
- Ter ação residual;
- Fácil uso e baixo custo.
Agentes desinfetantes
Aldeídos: 
- Germicidas de alto nível;
- Glutaraldeído 2% > mais utilizado por não danificar materiais;
- Formaldeído (formalina – solução aquosa 10% ou alcoólica 8%) > tempo prolongado de exposição;
- Paraformaldeído (polímero sólido do formaldeído) > materiais termo sensíveis.
Desinfecção por Glutaraldeído:
Vantagens:
- Rápido: 20-30 minutos;
- Monitoração da concentração;
- Compatibilidade com uma grande gama de materiais;
- Custo aceitável.
Desvantagens:
- Processo manual;
- Enxágue difícil;
- Toxicidade (inalação);
- Fixa sujidade residual;
- Odor pungente.
Iodo:
- Interrupção da síntese de proteínas e ácidos nucleicos;
- Álcool iodado 0,5%;
- Álcool etílico a 77% com 1% de iodo livre.
Álcool:
- Desinfecção de nível médio através da desnaturação de proteínas;
- Sem atividade esporocida;
- Álcool etílico a 70%;
- Álcool isopropílico a 92%.
Esterilização
- Eliminação de todos os microrganismos;
- Métodos físicos ou químicos.
Tipos de esterilização
Calor úmido:
- Autoclaves;
- Alta pressão e temperatura;
- Borracha e tecidos;
- Secagem;
- Mais utilizada em hospitais.
Vapor saturado sob pressão:
- Nas autoclaves, os microrganismos são destruídos pela ação combinada do calor, da pressão e da umidade, que promovem a termocoagulação e a desnaturação das proteínas da estrutura genética celular.
Métodos de esterilização físicos:
- Industrial > radiação ionizante;
- Hospitalar > calor úmido (autoclave) > imbatível para artigos termorresistentes.

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