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Dispneia, espirometria, DPOC e ASMA

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Maria Eduarda Carvalho T15 
 
DISPNEIA, ESPIROMETRIA, DPOC E ASMA 
 
 Doença obstrutiva das grandes 
vias aéreas 
Doença obstrutiva das pequenas 
vias aéreas 
Doença pulmonar restritiva 
VEF1 ⬇ Preservado ⬇ 
CVF Preservada Preservado ⬇ 
CPT ⬆ ------- ⬇ 
RELAÇÃO VEF1/CVF ⬇ ⬇ Normal ou ⬆ 
FEF 25-75% ------- ⬇ ------ 
VEF1 >60 - LEVE VEF1 40-60 – MODERADO VEF1 < 40 – GRAVE 
 
INTRODUÇÃO ESPIROMETRIA 
Anatomia: nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões 
Pleura visceral: superfície dos pulmões 
Pleura parietal: mediastino, diafragma e parede torácica 
Definição: Um traçado da relação entre o fluxo expiratório máximo e o tempo 
Função: Avaliar função pulmonar basal, avaliação diagnostica preliminar, 
monitorar tratamento, investigar dispneia, avaliação perioperatória 
Atividade muscular -> mudança no volume da cavidade torácica -> mudanças nas 
pressões intrapulmonar e intrapleural -> movimentação do ar de região de alta 
pressão para região de baixa pressão 
Transporte 
O2: Dissolvido no plasma ou ligado a hemoglobina 
CO2: Dissolvido no plasma, ligado com hemoglobina ou ions bicarbonato 
Técnica: Paciente sentado respirando calmamente várias vezes em volume 
corrente, então realiza uma inspiração máxima, seguida de uma expiração 
forçada (mantida por pelo menos seis segundos ou mais) com esforço vigoroso 
continuado (capacidade vital forçada [CVF]), e completada por uma inspiração 
completa vigorosa (capacidade vital inspiratória). 
*Reproduzir o teste pelo menos 3 vezes 
Resistencia das vias áreas -> baixa 
Distensibilidade pulmonar -> alta 
Respiração externa -> trocas gasosas pulmonares 
Respiração interna -> respiração mitocondrial 
 
 
Capacidade Vital Forçada (CVF em litros): volume máximo de ar exalado com 
esforço máximo, a partir do ponto de máxima inspiração 
Volume expiratório forçado no primeiro segundo da expiração (VEF1) 
Relação entre o VEF1 e a CVF 
Capacidade pulmonar total (CPT): insuflação máxima do pulmão 
Fluxo expiratório forçado no meio da expiração (FEF) 
Volume residual (VR): ar que “sobra” para não colabar 
Volume corrente (VC): respiração normal em repouso 
Volume residual inspiratório (VRI): volume gerado na inspiração profunda 
Volume residual expiratório (VRE): volume perdido na expiração profunda 
VC + VRI = Capacidade inspiratória 
VC + VRI + VRE = Capacidade ventilatória 
VR + VC + VRI + VRE = CPT 
Maria Eduarda Carvalho T15 
 
 
Parâmetros da espirometria 
CVF >= 80% 
VEF1 >= 80% 
VEF1/ CVF >= 70% 
Maria Eduarda Carvalho T15 
 
ASMA DPOC 
Definição 
Inflamação crônica das vias aéreas, com limitação variável ao fluxo aéreo 
expiratório, marcada por sua reversibilidade, parcial ou total (espontaneamente ou 
com o tratamento) 
Definição 
Obstrução crônica do fluxo aéreo que não é totalmente reversível 
Progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões 
*Tabagista 
Fisiopatologia 
- Resposta precoce (1-2h) e resposta tardia (hiper- responsividade e inflamação das 
vias aéreas) 
- Ativação dos mastócitos induzida pelo alérgeno, mediada por IgE e linfócitos T - 
Contração da musculatura lisa, aumento da permeabilidade vascular e acúmulo de 
eosinófilos e mastócitos 
- Inflamação crônica -> fibrose e hipertrofia muscular lisa 
Fisiopatologia 
Bronquite crônica: tosse crônica produtiva por pelo menos 3 meses, por 2 anos 
consecutivos, excluídas outras causas de tosse crônica. 
Enfisema pulmonar: destruição das paredes dos espaços aéreos distais ao 
bronquíolo terminal 
 
Quadro clinico 
- Tosse, sibilos, dispneia (piora noturna) 
- Taquipneia, taquicardia, cianose 
 - MV diminuídos ou abolidos 
- História familiar ou pessoal de atopia 
Quadro clinico 
Tríade: tosse crônica, expectoração e dispneia 
Cor pulmonale (Insuficiência cardíaca) 
Sibilância, taquipneia e comprometimento respiratório (dificuldade de falar devido 
a esforço respiratório, uso de musculatura acessória e movimentos torácicos ou 
abdominais paradoxais) 
Estase jugular, sinal de Kussmaul, pulso paradoxal e hepatomegalia 
Exames 
- Espirometria: a cada 3-6 meses 
- Exames laboratoriais: eosinofilia/IgE 
Exames 
- Anamnese + exame físico 
- Espirometria: padrão obstrutivo e sem resposta a broncodilatadores 
- Exacerbação leve: avaliação clínica, saturação de oxigênio com oximetria de pulso 
e radiografia de tórax. 
 
Tratamento 
Corticoide inalatório +/ ou não beta 2 agonista de longa duração (LABA) 
Asma grave: Tiotrópico (anticolinérgico de longa ação), Omalizumabe 
imunoterapia inespecífica anti -IgE), Mepolizumabe (anti -IL5: um anticorpo 
monoclonal humanizado - IgG1, kappa - que tem como alvo a interleucina 5 
humana), Dupilumabe (anti -IL4 e IL13: funciona inibindo a sinalização da 
interleucina -4 e interleucina -13, proteínas importantes na resposta alérgica), 
Corticoide oral em doses baixas 
Tratamento 
Beta2 agonistas de curta e longa ação (LABA), anticolinérgicos de curta e longa 
ação (LAMA), corticoide, metilxantinas e roflumilaste 
Exacerbação leve: tratada apenas com broncodilatadores de curta duração. 
Exacerbação moderada: tratada com broncodilatadores de curta duração e 
antibióticos e/ou glicocorticoides. 
Exacerbação grave: necessidade de hospitalização ou paciente com insuficiência 
respiratória. 
Exacerbação 
Oxigenoterapia, Broncodilatadores de curta duração (Fenoterol), Glicocorticoides 
(Prednisolona por 5 dias), Sulfato de magnésio (crises muito graves) e VMI (se 
necessário) 
Critérios de Anthoniesen 
1. aumento da dispneia 2. aumento no volume do escarro 3. Mudança na cor 
do escarro *Exacerbação -> apenas 1 dos critérios 
 
Maria Eduarda Carvalho T15 
 
ASMA – CLASSIFICAÇÃO 
 
 
CLASSIFICACAO DAS EXACERBAÇOES DO DPOC 
 
 
 INTERMITENTE LEVE PERSISTENTE 
MODERADA 
GRAVE 
SINTOMAS Raros Semanais Diários Diários 
DESPERTARES NOTURNOS Raros Mensais Semanais Quase diários 
NECESSIDADE DE BETA 2 Rara Eventual Diária Diária 
LIMITAÇÃO DE ATIVIDADES Nenhuma Nas exacerbações Nas exacerbações Continua 
EXACERBAÇÃO Raras Sim Sim Frequentes 
VEF1 >= 80% >= 80% 60 – 80% <= 60% 
GRUPO A GRUPO B GRUPO C GRUPO D 
Poucos sintomas e baixo risco de 
exacerbação 
Mais sintomas e baixo risco de 
exacerbação 
Poucos sintomas e maior risco de 
exacerbação 
Mais sintomas e maior risco de 
exacerbação 
 
Maria Eduarda Carvalho T15

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