Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Cinesiologia do Assoalho Pélvico 1 � Cinesiologia do Assoalho Pélvico Property JOÃO SANTOS Morfologia Pelve é a parte do tronco que fica abaixo e atrás do abdômen, é o espaço de transição entre o tronco com os membros inferiores. Ílio, ísquio e púbis se fundem para formar o quadril, no meio desses ossos é perceptível um anel, que é justamente a pelve – A pelve possui uma base maior e outra menor. 💡 Na mulher, a pelve é mais larga e achatada, é mais larga justamente pela passagem e acomodação do bebê durante o parto e a masculina é maior e mais estreita. Essa estrutura é formada basicamente por ligamentos, músculos e fáscias. O papel da fáscia e dos ligamentos é o fortalecimento e suporte dos órgãos, onde os ligamentos servem como pontos de ligação entre os ossos e os músculos. Cinesiologia do Assoalho Pélvico 2 Os ligamentos, alguns deles se destacam, porque participam ativamente no suporte visceral pélvico e a falta de integridade destes ligamentos pode induzir condições patológicas de algumas disfunções pélvicas. Funções Deve suportar os órgãos pélvicos e abdominais; Responde ao aumento da pressão intra-abdominal durante as situações de esforço (ex: tosse, espirro, risada); Além disso, promove a continência urinária, fecal e de flatos e ser apto para realizar as funções de micção, de evacuação, de função sexual e o do parto, no caso de mulheres. Disfunções Existem vários tipos de prolapso que podem ser especificados de acordo com a estrutura que decai ou pelo grau de descida. Cistocele: A bexiga urinária aparece na face anterior da parede vaginal. Retocele: O reto desce sobre a face vaginal posterior. Enterocele: Descida do útero para o canal vaginal. Prolapso uterino: é a descida do útero pelo interior da vagina. A gravidade de cada complicação é avaliada e classificada em tipos de graus: 1° Grau – Ligeiro: o órgão pélvico desce pelo interior da vagina; 2° Grau – Moderado: descida do órgão até a entrada da vagina; 3° Grau – Grave: órgão ultrapassa a entrada da vagina notando o aparecimento do caroço ao fazer esforço; 4° Grau – Total: o órgão se encontra totalmente de fora do canal da vagina. Cinesiologia do Assoalho Pélvico 3 Características Fisiopatológicas A ruptura ou disfunção do músculo levantador do ânus e dos ligamentos do tecido conjuntivo pode levar à instabilidade de suporte dos órgãos pélvicos e, por isso, a um eventual prolapso. Incontinência urinária é uma disfunção que se manifesta por qualquer perda involuntária de urina. A incontinência fecal (IF) caracteriza-se pela incapacidade de controlar a libertação de gases ou fezes. As mulheres apresentam uma maior predisposição para desenvolverem incontinência fecal (cerca de 60% dos casos). Análise Cinesiológica Abertura e fecho da uretra: É determinada pela capacidade de contrair e relaxar do músculo pubococcígeno; Os ligamentos pulbouretrais permitem a sustentação da uretra; Permite que o músculo levantador do ânus e o transverso profundo exerça uma força de extensão para manter a uretra proximal fechada; Levantador do ânus e o proximal transverso vão manter, durante o esforço, a força de atuação permitindo a abertura do orifício. Fechada durante relaxamento: A vagina distal é sujeita a tensões causadas pela parteanterior do músculo pubococcígeno; A proximal do músculo levantador do ânuse a região longitudinal do músculo transverso profundo; Fechada durante o esforço: A vagina a uretra movimentam-se de forma posterior à ação do músculo pubococcígeno; Cinesiologia do Assoalho Pélvico 4 Transverso profundo irá atuar; Direta contra os ligamentos uterosacrais e a força do pubococcígeno e do levantador do ânus irão atuar contra os ligamentos pubouretrais. Aberto durante a micção: Receptores de micção poderão determinar a inexistência da força; Permite que a força do levantador do ânus e do transverso profundo façam a abertura do trato urinário. Abertura e fecho anorretal: No processo de abertura e fecho retal estão envolvidas quatro forças direcionais resultantes da ação do músculo puborretal, dos ligamentos pubouretrais, dos ligamentos uterosacrais e do músculo levantador do ânus. Exercícios Os métodos fisioterapêuticos utilizados baseiam-se na contração voluntária dos músculos perineais para reeducar o assoalho pélvico e aumentar seu tônus muscular. O fortalecimento da musculatura pélvica está fundamentado no preceito de que movimentos voluntários repetidos proporcionam aumento da força muscular. Dessa forma, os exercícios perineais são benéficos por acarretar o fortalecimento dos elementos de sustentação e por melhorar a resistência uretral. Os cones vaginais buscam efetividade por propiciar um ganho de força e resistência muscular por meio do estímulo para recrutamento das musculaturas pubococcígea e auxiliar periférica, que devem reter os cones cada vez mais pesados.
Compartilhar