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A Cultura da Midia - CAPÍTULO II e III

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CAPÍTULO II – Cultura da mídia, política e ideologia: de Reagan a Rambo
“Segundo Reagan definiu o “senso comum”, produzindo uma retórica política que vigora durante a era Clinton:” o governo deve ser limitado, e os impostos devem ser reduzidos; os negócios devem ser fortalecidos... ”( CAPÍTULO II – Cultura da mídia, política e ideologia: de Reagan a Rambo, p.80).
Portanto, o feminismo e a crítica do racismo fazem parte integrante de um estudo cultural multicultural. O sexismo, racismo e classismo são ideologias que legitimam a superioridade dos homens sobre as mulheres ou do capitalismo sobre outros sistemas sociais.
Ao observar o primeiro filme da série Rambo apresenta um conjunto de imagens que atribuíam a responsabilidade de sua situação às forças sociais e mostravam que aquilo o impeliam a violência. Já no segundo filme, Rambo foi transformado num guerreiro super-homem que resgata prisioneiros de guerra americanos que estavam no Vietnã. Em geral, a mídia cria um sistema de cultura organizado segundo uma variedade de indústrias, tipos, gêneros, subgêneros e ciclos de gênero.
Contudo, Douglas Kellner em seu ensaio Guerra entre teorias e estudos culturais faz recortes históricos para os interlocutores fomentar discussões a respeito das teorias e estudos culturais que sofrem diversas interpretações no contexto histórico-político-econômico numa sociedade. Os estudiosos sobre as teorias e culturas discutem sobre as mesmas- travavam reflexões para que houvesse mudanças sobre as teorias antigas para dar lugar ao pós-moderno.
CAPÍTULO III – Por um estudo cultural, multicultural e multiperspectívico
Aqui, o autor aborda os principais pontos para desenvolvimento de uma crítica perspectívica:
- Formação de um ponto de vista que articule a constituição social (englobando os conceitos de classe social, etnia, raça, sexo...).
- Representação de fenômenos sociais produzindo um processo de identificação nas sociedades contemporâneas
- Interpretação da cultura e da sociedade em termos de relações de poder, dominação e resistência (articulando as várias formas de opressão em dada sociedade por meio de perspectivas multiculturais)
- Desenvolvimento de posturas normativas nas quais possa se abordar criticamente textos culturais.
-Desenvolvimento de uma crítica teórica da sociedade na qual se possa fundamentar a análise e a crítica cultural (esta, faz uma crítica dos sistemas existentes de dominação, mostrando as forças de resistência e as possibilidades de transformação social radical, interpreta os textos da cultura da mídia no seu contexto, procurando ver como eles se relacionam com estruturas de dominação e com as forças de resistência, bem como as posições ideológicas que solapam no contexto dos debates e das lutas sociais em andamento). 
Esse estudo cultural crítico adota normas e valores com os quais critica textos, produções e condições que façam promover qualquer tipo de opressão e/ou dominação. Também valoriza positivamente alguns fenômenos que promovam à liberdade humana, a democracia, a individualidade e outros valores que, por ele adotados, são defendidos e valorizados em estudos e situações concretas. Porém, o estudo crítico da cultura da mídia também pretende relacionar suas teorias com a prática, desenvolvendo uma política de contestação que vise a imprimir rumos ao progresso cultural, favorecendo a sociedade contemporânea, e contribuindo para desenvolver uma contra-hegemonia um tanto quanto conservadora dos últimos anos.
Ademais, o estudo crítico da cultura e da sociedade deve estar sempre analisando seus próprios métodos, posições, pressupostos e intervenções, questionando-os, revisando-o e desenvolvendo-os constantemente. Desse modo, estará sempre aberto, será flexível, não dogmático nem rígido- o autor reconhece que a sociedade e a cultura contemporâneas constituem um terreno de lutas, as teorias críticas tendem por teorias contestadoras e não tem medo de adotar material oriundo destas, de rejeitar aspectos problemáticos de suas próprias teorias, ou de questionar seus próprios pressupostos ou valores caso mostrem-se questionáveis.
Como foi possível detectar na articulação das idéias do autor,uma perspectiva crítica encara seriamente a conjunção de classe,raça,etnia,sexo,preferência sexual e outros que determinam a identidade como componentes importantes da cultura que devem ser cuidadosamente examinados e analisados a fim de detectar certas tendências sexistas,racistas,homofobias e outras capazes de ´´fomentar´´dominação e opressão. O multiculturalismo também reconhece que há muitos componentes culturais da identidade, e o estudo cultural crítico indica o modo como a cultura fornece material e recursos para se construir identidades e como as produções culturais são acatadas e usadas no processo de formação de identidades individuais no dia-a-dia.
Ao estudo cultural crítico alia-se, pois, um multiculturalismo insurgente que dá apoio ás lutas dos oprimidos contra a dominação e a subordinação, pondo-se ao lado dos que lutam contra a desigualdade, a injustiça e a opressão geradora de desavenças. Ademais valoriza as representações que auxiliem a promoção a luta dos oprimidos contra a dominação, enquanto ataca as representações que tornam legítimas, e que justifiquem a dominação. Portanto, o multiculturalismo insurgente faz parte da´´pedagogia dos oprimidos´, ajudando o oprimido a ver sua própria opressão, dando nome a seus opressores e articulando os objetivos e as práticas de libertação.
Rumo a um estudo cultural multi perspectívico 
Em linhas simples, um estudo cultural multiperspectívico utiliza uma ampla gama de estratégias textuais e críticas para interpretar,criticar e desconstruir as produções culturais em xeque. O conceito inspira-se no perspectivismo de ´´Nietzsche´´- na qual toda interpretação é necessariamente mediada pela perspectiva de quem a faz,trazendo,portanto,em sua bagagem,pressupostos,valores,pré-conceitos e limitações. A fim de evitar a unilateralidade e a parcialidade, devemos aprender ´´como empregar várias perspectivas e interpretações a serviço do conhecimento.
Aplicando essas noções À interpretação cultural,conforme o autor do texto,poderíamos argumentar que,quanto mais perspectivas de interpretação utilizarmos numa produção cultural,mais abrangente e rica será essa leitura.
Ao contrário das perspectivas do estudo cultural crítico da sociedade,neste caso,precisa-se-segundo Kelner- combinar críticas marxista,feminista,estruturalista,pós-estruturalista,psicanalista e outras possibilitará uma leitura mais completa e potencialmente mais sólida.
Para ele,apenas uma leitura única - seja ela qual for, pode render conclusões mais brilhantes no estudo de alguns fenômenos do que a combinação de várias leituras perspectívicas:´´mais não é necessariamente melhor´´.Porém,o emprego de várias perspectivas críticas de um modo proficiente e revelador tem mais probabilidade de possibilitar uma leitura mais consciente e precisa. Ainda segundo as suas idéias, um texto pode não se situa adequadamente ao seu contexto histórico (o que precisaria enquadrá-lo nesse contexto em que vive,extraindo as melhores compreensões desse texto e reformulá-lo de acordo com as críticas postas em evidência ).Portanto,um estudo cultural crítico demonstra de que modo os textos culturais produzem identidades sociais e posições pessoais,comparando com posições opostas. Um estudo cultural contextual

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