Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO Talha Elétrica F&F Standart 10T Número de Série: Pe001-15 - Predmix Fôrma & Fórma Indústria Metalúrgica Ltda. Rua Bruno Kitzberger, 30 - Água Verde CEP 89.254-420 - Jaraguá do Sul - SC Fone / Fax (047) 3375-5100 www.formaeforma.com.br e-mail: formaeforma@formaeforma.com.br 2 ÍNDICE 1 I N T R O D U Ç Ã O ......................................................................................................................... 04 1.1 OBJETIVOS DO MANUAL......................................................................................................................... ........................................................................................................ 04 2 CARACTERÍSTICA TÉCNICAS................................................................................................... 05 2.1 CUIDADOS E RECOMENDAÇÕES............................................................................................ 05 2.2 DESCRITIVO TÉCNICO............................................................................................................. 05 2.2.1 Cj. Trole.................................................................................................................................. 07 2.2.2 Cj. Carcaça............................................................................................................................. 08 2.2.3 Cj. Guincho................. ............................................................................................................ 09 2.2.4 Cj. Moitão Duplo..................................................................................................................... 10 2.2.5 Cj. Suporte do Painel.............................................................................................................. ................................................................................................................. 11 2.2.6 Cj. Painel Elétrico.................................................................................................................... 12 2.2.7 Cj. Guia de Cabo.................................................................................................................... 13 3 MONTAGEM E INSTALAÇÕES.................................................................................................. 14 3.1 MONTAGEM................................................................................................................................ 14 3.2 SEGURANÇA DO TRABALHO NR11.......................................................................................... 14 3.3 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS..................................................................................................... 14 4 CRITÉRIOS DE UTILIZAÇÃO...................................................................................................... 15 4.1 OPERAÇÃO............................................................................................................................... 15 4.1.1 Operadores............................................................................................................................. 15 4.1.2 Qualificação............................................................................................................................ 15 4.2 PRÁTICAS OPERACIONAIS...................................................................................................... 15 4.3 MANIPULAÇÃO DA CARGA..................................................................................................... 15 4.3.1 Capacidade.............................................................................................................................. 16 4.3.2 Fixação..................................................................................................................................... 16 4.3.3 Movimentação.......................................................................................................................... 16 3 5 M ANUTENÇÃO ......................................................................................................................... 17 5.1 MANUTENÇÃO PREVENTIVA ................................................................................................ 17 5.2 INSPEÇÕES............................................................................................................................. 17 5.2.1 Inspeções diárias .................................................................................................................. 17 5.2.2 Inspeções Periódicas............................................................................................................. 18 5.3 PRECAUÇÕES......................................................................................................................... 19 5.4 AJUSTES E REPAROS............................................................................................................ 20 5.5 ENSAIOS OPERACIONAIS ..................................................................................................... 20 5.5.1 Ensaios em vazio .................................................................................................................. 20 5.5.2 Ensaios com carga ............................................................................................................... 21 5.6 LUBRIFICAÇÃO ...................................................................................................................... 22 5.6.1 Lubrificação dos Redutores................................................................................................... 22 5.7 MANUTENÇÃO DO FREIO ..................................................................................................... 23 5.7.1 Ajustagem do entreferro ....................................................................................................... 23 5.8 INSPEÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E MANUTENÇÃO DO CABO DE AÇO.................................... 23 5.8.1 Inspeção ............................................................................................................................... 23 5.8.2 Substituição .......................................................................................................................... 25 5.8.3 Manutenção do cabo............................................................................................................. 27 5.9 PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA............................................................................. 28 6 ESQUEMAS ELÉTRICOS.......................................................................................................... 28 6 4 1. INTRODUÇÃO 1.1. OBJETIVOS DO MANUAL Este manual de operação e manutenção tem por finalidade: • Informar quais os critérios de utilização do equipamento, conforme seus limites técnicos de projeto e Normas vigentes; • Evitar defeitos e prejuízos decorrentes do mau uso ou da falta das manutenções preventivas; Prevenir acidentes de trabalho observando as Normas de Segurança • Expor as recomendações dos fabricantes dos componentes integrantes do equipamento. Nota 1: A F&F se reserva ao direito de alterar este manual sem aviso prévio. A última versão revisada do manual estará disponível para os usuários na Assistência Técnica F&F 5 2 . CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS 2.1. CUIDADOS E RECOMENDAÇÕES Recomendamos a leitura deste manual antes do início da utilização do equipamento. Informações sobre o funcionamento,condições de operação, segurança, manutenções preventivas e inspeções estão contidas neste documento. Além do manual desenvolvido pela F&F, os manuais dos fabricantes dos componentes que integram o equipamento, como por exemplo, motores elétricos, redutores e inversores de frequência são fornecidos. Todos os documentos técnicos referentes ao fornecimento, tais como manuais, esquemas elétricos, desenhos e listas de peças devem ser criteriosamente analisados e as instruções nelas contidas rigorosamente observadas pelos usuários, visando garantir o funcionamento do equipamento e a segurança do pessoal envolvido, assim como manter o direito a garantia do equipamento, conforme estipulado pela F&F. É de extrema importância armazenar esta documentação em local de fácil acesso, pois, baseado nela é que se executam manutenções eficientes conforme as instruções dos fabricantes. Os planos de manutenção deverão ser executados por técnicos especializados devido à responsabilidade envolvida durante a operação do equipamento. Quando realizada de maneira inadequada, os riscos de defeitos e quebras aumentam, comprometendo desta maneira a segurança e estabilidade durante utilização do equipamento. A Assistência Técnica F&F dispõe de um programa de manutenção preventiva que pode ser executado mediante solicitação e agendamento. Nota 2: É responsabilidade do CLIENTE as manutenções de rotina do equipamento. Para evitar a perda da garantia dos seus componentes, é de extrema importância gerenciar e executar o plano de manutenção conforme as instruções da F&F e dos fabricantes dos componentes como motores elétricos, redutores, cabo de aço, componentes elétricos e de automação entre outros. 2.2. DESCRITIVO TÉCNICO DO EQUIPAMENTO O descritivo técnico deste MANUAL fornecido pela F&F, deve ser lido pelo CLIENTE atentamente e relacionar as características técnicas descritas com os componentes do equipamento que adquiriu. As Figuras que ilustram os produtos a seguir, servem apenas como ilustração e variam conforme aplicação e especificação do CLIENTE. 6 CARACTERÍSTICAS: Equipamentos conforme NBR 8400 / NR 12 Capacidade: 10 Toneladas Tensão de entrada: 380 v Tensão de comando: 24 v Veloc. elevação da talha: 2,5-5,0 m/min Veloc. Direção da Ponte: 20-40 m/min Classificação FEM: 1Am Tensão do freio: 220 v Veloc. translação da talha: 7,5-15,0 m/min Altura Elevação: 8 m * Outras velocidades sob consulta A disposição básica dos mecanismos da TALHA F&F Standart é a seguinte: 7 2.2.1. Cj. Trole A estrutura que possibilita o deslocamento (translação) da talha ao longo da viga principal da Ponte/Pórtico Rolante chama-se Trole. Seus principais componentes são: • Motores Elétricos: Motor de indução com ventilação externa, grau de proteção IP55. • Redutores: Macopema tipo côroa e rosca sem-fim, lubrificado em banho de óleo. • Rodas: Aço carbono 8 2.2.2. Cj. Carcaça Fixada aos eixos de sustentação do Cj. Trole, serve como apoio para o Cj. Guincho, roldana de retorno, roldana de trava e motor da elevação da talha. Na sua lateral estão os rasgos para fixação dos sensores de fim-de-curso que servem para regulagem das alturas tanto superior quanto inferior do Cj. Moitão. 9 2.2.3. Cj. Guincho Os movimentos de subida e descida da carga são executados pelo motofreio acoplado ao redutor que rotaciona o tambor ranhurado. Este, por sua vez, acomoda o cabo de aço. O sistema de polias e cabo movimenta o gancho que está alocado no moitão. Sensores fim de curso acionados pelo Guia de cabo definem os limites inferior e superior dos movimentos de descida e subida do gancho. Seus principais componentes são: • Motofreio Elétrico: Motor de indução com ventilação externa, acoplado a um freio eletromagnético monodisco dupla face. Grau de proteção IP55. • Redutor: Brevini tipo planetário, lubrificado em banho de óleo. • Tambor ranhurado ou Carretel: Tubo metálico com ranhuras usinadas para acomodação do cabo de aço. • Sensores Indutivos: Acionados pelo Guia-de-Cabo, limitam as elevações máxima e mínima do gancho de içamento da carga. 10 2.2.4. Conjunto Moitão Duplo Conjunto formado por roldanas e gancho giratório que tem a finalidade de içar a carga. 11 2.2.5. Conjunto Suporte do Painel Elétrico 12 2.2.6. Conjunto Painel Elétrico A talha F&F Standart de 10 Ton. é fornecida com a seguinte configuração padrão: - 6 Velocidades: Onde todos os movimentos ou seja: Direção (ponte rolante), Elevação e Translação (transversal da Talha) são duplos e reguláveis através de inversores de frequência. Desta forma, as partidas e paradas são suavizadas por rampas de aceleração e desaceleração respectivamente. O controle dos seis movimentos é realizado por botoeira pendente ou rádio controle. Através dos inversores no acionamento, as teclas possuem dois estágios que possibilitam ao operador selecionar a velocidade entre baixa e alta. Os inversores de frequência e componentes eletroeletrônicos são montados no painel de comando, que é uma caixa metálica com proteção IP54. De acordo com a solicitação do CLIENTE, o equipamento pode ser fornecido com cabine de comando. Mais detalhes no ítem 6. ESQUEMAS ELÉTRICOS. 13 2.2.7. Conjunto Guia de Cabo Tem como finalidade guiar o cabo e evitar que o mesmo se desenrole sobre o tambor quando o moitão se apóie sobre algo. 14 3. MONTAGEM E INSTALAÇÕES 3.1. MONTAGEM A montagem do equipamento é um processo importante e de extrema responsabilidade. Deverá ser executado por técnico especializado, treinado ou orientado pela F&F. 3.2. SEGURANÇA DO TRABALHO NR11 e NR12 O CLIENTE deve adotar todas as medidas necessárias para prevenção de acidentes no local de trabalho, conforme as orientações contidas neste manual e as referidas normas de segurança, dentre elas a NR11 e NR12. Os técnicos responsáveis pela execução dos serviços de montagem, manutenção ou operação, devem utilizar os equipamentos de proteção individual EPI s, conforme as orientações das Normas de Segurança vigentes. O local de trabalho deve estar sinalizado com as devidas placas de advertência, conforme orientações da CIPA ou Engenharia de Segurança. 3.3. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS É de responsabilidade do CLIENTE: • Fornecer o ponto de energia elétrica até o local de instalação do equipamento, dimensionado conforme as Normas vigentes. • Quadro elétrico com disjuntores corretamente dimensionados para a potência instalada próximo ao equipamento. • Verificar se a tensão do equipamento fornecido é compatível com a alimentação disponível no local de instalação. • Malha de aterramento elétrico do painel deverá estar conectada através do barramento de força à fonte de alimentação. • A malha de aterramento da estrutura do equipamento deverá estar aterrada independentemente a uma haste coperweld. Conforme orientação da ABNT, o aterramento deverá ter a resistência máxima de 10 Ω . (As duas malhas não poderão estar conectadas entre si). NOTA 3: O CLIENTE deve consultar a Norma NBR5410 da ABNT, antes de executar o aterramento do equipamento. 15 4. CRITÉRIOS DE UTILIZAÇÃO Os critérios de utilização deste equipamento estão baseados na Norma ABNT NBR 10146,que fixa as condições mínimas exigíveis para a inspeção, instalação, ensaios operacionais, manutenção e operação de talhas de cabo com acionamento motorizado. Desta maneira, visa garantir a segurança na sua utilização e fornecer aos usuários informações gerais sobre as características e cuidados a dispensar a estes equipamentos. 4.1. OPERAÇÃO 4.1.1 Operadores As talhas devem ser operadas somente pelas seguintes pessoas: a) operadores especificamente designados e treinados para tais tarefas; b) pessoal de manutenção e testes desde que treinados para tais tarefas; c) inspetores. 4.1.2. Qualificação Os operadores selecionados devem ter alto grau de responsabilidade e bom entendimento de equipamentos mecânicos. Cabe observar que o trabalho com Pontes Rolantes e equipamentos similares pode acarretar situações de perigo para pessoas e equipamento, que somente podem ser evitadas através de uma operação cuidadosa e responsável pelos operadores de tais equipamentos. 4.2. PRÁTICAS OPERACIONAIS Na operação do equipamento as seguintes práticas gerais devem ser observadas: a) o operador deve evitar que, durante a operação da talha, sua atenção seja desviada por outras tarefas ou motivos; b) caso tenham sido colocadas no equipamento placas indicativas de que o mesmo se encontra em reparos, ajustes, etc., o operador não deve operá-lo até que as pessoas responsáveis tenham terminado o serviço e retirado as placas indicativas; c) antes de comandar qualquer movimento do equipamento o operador deve certificar-se que a operação não coloca em perigo pessoas que estão na área; d) o operador deve familiarizar-se com o equipamento e com o cuidado que deve lhe dar. Caso ajustes ou reparos tornem-se necessários, ou que danos lhe sejam conhecidos ou suspeitados, deve comunicá-lo prontamente às pessoas pertinentes. Em caso de troca de turno deve ser informada ao novo operador qualquer anomalia; e) todos os controles devem ser testados pelo operador antes de iniciar a jornada. Caso algum controle não esteja funcionando satisfatoriamente, este deve ser ajustado ou reparado antes de iniciar o serviço; f) antes de operar a talha o operador deve assegurar-se que as mãos estejam longe das partes em movimento. 4.3. MANIPULAÇÃO DA CARGA Na manipulação da carga, devem ser observadas no mínimo, as práticas e restrições de 4.3.1 a 4.3.3 16 4.3.1. Capacidade Durante a operação da talha, não é permitido o içamento de carga acima da sua capacidade nominal, exceto para efeito de testes devidamente autorizados. 4.3.2. Fixação O cabo de aço da talha não pode ser enrolado na carga. A carga deve ser fixada ao gancho da talha, através de laços ou outros meios adequados ao seu manuseio cuidando-se para que não haja possibilidade de deslizamento mesmo quando a carga oscilar nas partidas e paradas. 4.3.3. Movimentação Na movimentação da carga deve ser observado: a) a carga não deve ser elevada mais que uns poucos centímetros, até se constatar que está devidamente balanceada nos laços ou nos meios de manuseio da carga; b) deve-se cuidar durante o içamento, para que: • O cabo de aço não esteja dobrado ou retorcido e no caso de vários ramais de cabo estes não estejam enrolados entre si; • A carga não esteja impedida por qualquer obstrução; c) a talha deve estar centralizada acima da carga de tal forma que o içamento seja feito verticalmente, sem arrastes que podem danificar a talha. Somente em casos excepcionais e após verificar que tanto a talha como as suas fixações não sofrerão danos, pode tolerar-se um desvio desta regra; d) talhas não devem ser utilizadas para o transporte de pessoas a menos que esteja especificamente autorizado pelo fabricante, e o sistema seja devidamente aprovado pelas autoridades competentes; e) o operador não deve passar com cargas acima de pessoas. No caso de serem utilizados dispositivos pega de carga tais como eletroímãs, sistema de vácuo e similares, esta proibição é absoluta e extensiva a uma faixa de segurança a ser determinada em cada caso; f) caso a talha opere regularmente com cargas pequenas com relação à sua capacidade nominal, o operador deve testar os freios cada vez que operar com uma carga próxima da capacidade nominal, levantando a carga um pouco acima do piso ou do suporte da carga, e verificando a ação do freio. Somente depois de constatado o bom funcionamento do freio pode ser procedido o içamento da carga; g) o operador deve evitar acionamentos desnecessárias do(s) motor(es) da talha a fim de evitar eventuais danos por excesso de manobras do(s) motor(es); h) o operador não deve abandonar a carga suspensa pela talha a menos que sejam tomadas as devidas precauções; i) os meios de comando (ex.: botoeira, rádio controle) deve estar sempre ao alcance da mão do operador quando estiver manipulando carga; 17 j) as chaves-limite e/ou dispositivos limitadores do percurso do gancho da talha não devem ser utilizados pelo operador para limitar o percurso do gancho; l) o operador não deve utilizar o botão de emergência rotineiramente para realizar paradas bruscas nos movimentos da talha, salvo quando existir a necessidade real de interromper o movimento por motivo de emergência, quebra ou risco de acidente. 5. MANUTENÇÃO 5.1. MANUTENÇÃO PREVENTIVA Deve ser estabelecido e seguido pelo USUÁRIO, um programa de manutenção preventiva, baseado nas recomendações do fabricante. Nota 4: Antes de executar qualquer serviço de manutenção no equipamento e seus componentes agregados, é necessário consultar os manuais de manutenção dos fabricantes enviados em anexo a este documento, onde constam de forma integral os cuidados e recomendações a serem tomados. 5.2. INSPEÇÕES Inspeções frequentes e periódicas do equipamento inserem-se nos programas de manutenção, tanto no sentido de fornecer subsídios, como de evitar que falhas ou defeitos não detectados nas manutenções, venham a se converter em fatores de riscos mais graves. Os intervalos usuais das inspeções permitem distingui-las como diárias e periódicas. 5.2.1. Inspeções diárias As inspeções diárias devem cobrir, no mínimo: a) a constatação do correto funcionamento dos sistemas: • de freios, • de fins de curso • do comando e de eventuais dispositivos de proteção; b) o exame visual do estado de conservação: • dos meios de carga, em especial do cabo de aço; • dos ganchos, moitões e/ou dispositivos de carga, verificando a inexistência de deformações, ou outros danos. 18 As deficiências devem ser cuidadosamente examinadas e corrigidas, e eliminadas as suas causas. Deformações excessivas do gancho, por exemplo, geralmente indicam que o sistema foi operado de forma imprópria, o que pode ter induzido danos em outros componentes. 5.2.2. Inspeções Periódicas As inspeções periódicas da talha devem ser completas, realizadas em intervalos definidos, dependendo da severidade do serviço, das condições ambientais e das condições específicas do fabricante. Além das indicadas em seção 5.2.1, as inspeções periódicas devem abranger, no mínimo, as partes do equipamento, indicadas a seguir, constatando: a) fixação e aperto de parafusos (Ver Tabela 1); Importante: Aplicar nos parafusos cola trava rosca conforme indicação abaixo: • Até M20: loctite 242 torque médio; • Acima de M20: loctite 275 torque alto. 19 b) desgaste de tambores e polias; c) desgaste excessivo, corrosão, deformação ou ruptura de elementos tais como: rolamentos, eixos, engrenagens, pinos, grampos; d) desgaste excessivo dos componentes do mecanismo de freio; e) desgaste excessivo, corrosão, deformação, ou rupturas parciais do cabo de aço; f) estado do gancho: pelo menos uma vez por ano o gancho deve ser inspecionado com líquido penetrante, ou outro meio apropriado, visandodeterminar a inexistência de trincas ou descontinuidades; g) estado da porca ou trava do gancho e dos elementos do moitão, tais como: fixação, anéis de retenção, pinos, soldas ou rebites; h) reapertos, desgastes anormais ou deterioração dos componentes elétricos, em especial contatores, chaves fim de curso, botoeira de comando (rádio controle) e inversores de frequência; i) estado do trole, em especial das rodas, eixos, parafusos de fixação e/ou fechamento, anéis e mecanismos de acionamentos. j) estado das estruturas suporte, ponte rolante, pórtico rolante, monovia e seus complementos e dos elementos de fixação; k) estado das linhas de alimentação e do que possa influir na operacionalidade do equipamento e na segurança do pessoal, tais como a limpeza geral e, em especial das botoeiras e demais mecanismos de controle, mantendo os símbolos legíveis. As deficiências devem ser cuidadosamente examinadas e corrigidas, e eliminadas as suas causas. Protocolos mensais das inspeções efetuadas, com destaque para as partes críticas relacionadas com a segurança, tais como freios, gancho e cabo de aço, devem ser elaborados assinados pelos responsáveis, ficando facilmente acessíveis. 5.3. PRECAUÇÕES Antes do início dos reparos ou ajustes no equipamento, devem ser tomadas as seguintes precauções: • O circuito elétrico deve ser desenergizado através da chave seccionadora do suprimento de força do equipamento, sendo que a dita chave deve ser bloqueada na posição desligada através de cadeados ou similares; • Placas contendo indicações de: em reparo , manutenção , ou similares devem ser colocadas próximo ao equipamento de tal forma que fique claramente indicado que o mesmo não pode ser utilizado. • Após o término dos reparos e ajustes, o equipamento não deve ser posto em funcionamento antes que todas as proteções tenham sido reinstaladas, os dispositivos de segurança reativados e todos os equipamentos de manutenção removidos. 20 5.4. AJUSTES E REPAROS Qualquer condição de insegurança determinada pelas inspeções deve ser corrigida antes de colocar a talha novamente em funcionamento. Ajustes devem ser efetuados visando garantir a boa operação dos mecanismos, tais como: a) freios; b) chaves fim de curso e outros dispositivos limitadores; c) sistema de controle; Reparos ou substituições devem ser efetuados oportunamente conforme requerido para o funcionamento correto. Devem ser substituídas todas as peças vitais que apresentem desgaste excessivo ou estejam deformadas, quebradas ou apresentem fissuras. Os elementos de contato nos componentes elétricos que estejam gastos ou apresentem erosão excessiva devem ser substituídos e sempre em jogos completos. 5.5. ENSAIOS OPERACIONAIS Tanto as talhas novas como as que tenham sido reparadas ou modificadas, bem como as que tenham permanecido inoperantes por mais de 30 (trinta) dias, devem ser ensaiadas sob a orientação de pessoa devidamente qualificada, antes do início ou reinício da sua operação. Nota 5: A F&F sugere efetuar a movimentação do gancho, carro guincho/trole e ponte/pórtico rolante a cada 15 (quinze) dias. Seguindo os itens 5.2.1. e 5.5.1. deste MANUAL. 5.5.1. Ensaios em vazio São efetuados para constatação de funcionamento e regularidade de atuação de todos os comandos e funções, devendo ser ensaiados, no mínimo, os seguintes itens: a) os movimentos de subida e descida do gancho, de deslocamento do carro guincho e ponte rolante, além da atuação do botão de emergência. b) a atuação dos freios; c) a atuação dos dispositivos limitadores e de segurança. Com relação aos dispositivos limitadores e de segurança deve-se, antes de sua regulagem final e confirmação da correta atuação, executar os movimentos de forma lenta e visualmente controlada. Os dispositivos devem atuar com reserva de curso suficiente para, a plena velocidade, garantir a parada da talha sem danos para qualquer das suas partes. O fim de curso inferior deve garantir a parada da talha com, no mínimo, duas espiras de cabo de aço ainda acomodadas no tambor. 21 5.5.2. Ensaios com carga Os ensaios com carga, tanto nas talhas novas como nas reparadas e cujos meios de levantamento tenham sido substituídos ou alterados, devem atender ao prescrito na NBR 9596, NBR9974 e NBR10145 ou ISO 4310: 1981. Devem ser tomados, durante os ensaios, todos os cuidados exigidos em operação normal, acrescidos de cautela de içar inicialmente a carga na menor altura possível, elevando-a somente após constatação da correta atuação dos freios. Em talhas com dispositivos que impedem o levantamento de sobrecarga, os ensaios devem ser efetuados com carga nominal e com sobrecarga, mantendo-se os dispositivos bloqueados; posteriormente, deve ser ensaiada a atuação dos dispositivos. No momento da realização dos testes com carga, deve-se dispor no local de um alicate multímetro para registro dos dados de alimentação. a) Ensaio dinâmico Com carga nominal Carregar a talha com uma massa igual a sua capacidade nominal. Acionar a talha subindo e descendo a carga percorrendo uma distância prefixada. Executar os 04 (quatro) movimentos de translação do carro guincho e ponte/ pórtico rolante. Repetir o ensaio 03 (três) vezes em cada sentido. Simular mais de um movimento simultaneamente. Deve-se estar atento a possíveis vibrações ou ruídos anormais no equipamento. Durante o ensaio, devem-se registrar os valores da alimentação de energia elétrica (tensão, corrente) e constatar que tais valores coincidem com os nominais. b) Ensaio estático Com sobrecarga (25%) Posicionar o gancho na posição central do vão da ponte/pórtico rolante (pior condição). Adicionar a carga de ensaio gradualmente sem efetuar movimento de elevação pelo mecanismo da talha. Manter a carga suspensa por um período de 10 (dez) minutos. Registrar a ausência de escorregamento de carga e avaliar visualmente se não houve deformações nos elementos da talha. c) Ensaio dinâmico Com sobrecarga (10%) Carregar a talha com uma massa igual a sua capacidade nominal mais uma sobrecarga de 10%. 22 Executar todos os 06 (seis) movimentos da ponte rolante - translações e subida e descida da carga nas velocidades máximas. Simular mais de um movimento simultaneamente. Deve-se estar atento a possíveis vibrações ou ruídos anormais no equipamento. Durante o ensaio, deve-se registrar os valores da alimentação de energia elétrica (tensão, corrente) e constatar que tais valores coincidem com os nominais. 5.6. LUBRIFICAÇÃO Todas as partes móveis do equipamento para as quais esteja especificada uma lubrificação devem ser lubrificadas periodicamente, nos intervalos indicados pelo fabricante. Os pontos que devem ser lubrificados, assim como o tipo e quantidade de lubrificante devem seguir indicações do fabricante. Devem ser tomadas precauções equivalentes às descritas em 5.3, quando os mecanismos do equipamento estejam sendo lubrificados. Pontos para engraxar da talha Graxa MARFAK MP-2 TEXACO ou LUBRAX GMA-2 5.6.1. Lubrificação dos Redutores A F&F aplica atualmente nos seus equipamentos dois modelos de redutor que variam conforme especificações de projeto ou solicitação do CLIENTE. a) Redutor Planetário: Fabricante: Brevini. Tipo: Planetário. Lubrificação: Banho de óleo. Aplicação: Guincho. Acionamento: Motofreio Elétrico. Pontos de lubrificação e periodicidade de trocas conforme Manual Brevini que acompanha este manual. 23 b) Redutor Côroa e Sem-fim: Fabricante: Macopema. Tipo: Côroa e Sem-fim. Lubrificação: Banho de óleo. Aplicação: Trole. Acionamento: Motor Elétrico. Pontos de lubrificação e periodicidade de trocas conforme Manual Macopema que acompanha este manual. 5.7. MANUTENÇÃO DO FREIO O motofreio consiste de um motor de indução acoplado a um freio monodisco. A dupla face do monodisco constituído deduas pastilhas forma uma grande superfície de atrito, que proporciona pequena pressão sobre as mesmas, baixo aquecimento e mínimo desgaste. Além disso, o freio é resfriado pela própria ventilação do motor. Por serem de construção simples, os motofreios praticamente dispensam manutenção, a não ser a ajustagem periódica do entreferro, principalmente no motofreio aplicado na talha, onde a responsabilidade deste mecanismo é maior. Recomenda-se realizar uma limpeza interna, quando houver penetração de água, poeiras, etc., ou por ocasião da manutenção periódica do motor. 5.7.1. Ajustagem do entreferro Os moto freios aplicados nos equipamento F&F são fabricados pela WEG. Para ajuste do entreferro consultar manual da WEG que acompanha este manual: 5.8. INSPEÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E MANUTENÇÃO DO CABO DE AÇO 5.8.1. Inspeção a) Todos os cabos em movimento da talha devem ser inspecionados visualmente a cada jornada de trabalho pelo operador ou outra pessoa especialmente indicada para esta tarefa. Uma inspeção detalhada deve ser efetuada pelo menos uma vez por mês. Os intervalos de inspeção devem ser determinados considerando-se as condições específicas de serviço, de tal forma que eventuais danos sejam detectados oportunamente, e as respectivas medidas de correção possam ser tomadas a tempo. b) Os intervalos de inspeção devem ser mais curtos nas primeiras semanas 24 de utilização e após a constatação das primeiras rupturas dos arames do cabo. Um relatório escrito, datado e assinado, indicando os resultados da inspeção deve ser elaborado e devidamente arquivado. c) No caso de solicitações anormais, ou caso haja suspeita de um dano oculto, os intervalos de inspeção devem ser encurtados. Devem ainda ser inspecionados antes de serem novamente utilizados, os cabos que permanecerem sem utilização por um período de um mês ou mais, ou no caso da remoção da talha para outros locais de operação assim como no caso de algum acidente, ou dano que tenha ocorrido no sistema de acionamento dos cabos da talha. d) Qualquer deterioração que resulte em uma perda apreciável da capacidade de carga original, deve ser cuidadosamente analisada e deve ser definido se o cabo pode continuar em operação sem representar perigo. e) A inspeção deve ser efetuada em especial nas partes do cabo que correm nas polias, ou que ficam próximas à polia de compensação e da fixação ou suspensão do cabo. f) A inspeção pode ser efetuada analisando-se os seguintes aspectos: • Diminuição no diâmetro do cabo (Ver Fig. abaixo); • Tipo e número de arames rompidos; • Localização dos arames rompidos; • Período do aparecimento de ruptura nos arames; • Corrosão externa e interna; • Abrasão e calor; • Deformação; • Tempo de utilização. Verificação do diâmetro do cabo de aço 25 5.8.2. Substituição a) Não é possível o estabelecimento de regras que determinem o momento exato no qual deve ser substituído o cabo, dado as múltiplas variáveis envolvidas. b) A segurança oferecida pelo sistema de cabos da talha depende, portanto, em grande parte do bom julgamento da pessoa responsável em determinar a capacidade de carga do cabo, da qual depende a segurança. c) Baseados nos parâmetros indicados em 5.8.1. relaciona-se os graus de danificação do cabo que constituem fator suficiente para a substituição. O CLIENTE deve estar atento a importantes procedimentos antes de executar a substituição do cabo de aço. Os itens a seguir devem ser levados em conta para não prejudicar o seu desempenho ou mesmo condenar sua aplicação na talha: a) Manuseio do cabo de aço: O principal cuidado que deve-se ter é de não provocar torções no cabo quando é desenrolado (Ver Fig. abaixo) Manuseio do cabo de aço 26 Manuseio do cabo de aço b) Instalação tambor ranhurado simples Ao passar o cabo de aço de uma bobina para outra, ou de uma bobina para o tambor ranhurado da talha, deve-se tomar os seguintes cuidados: • Manter o sentido da curvatura, ou seja, se o cabo sai por cima, faça que entre por cima, e vice-versa; • Manter o cabo de aço sob tensão, contendo suavemente a bobina que fornece o cabo ao sistema; Sentido de enrolamento 27 5.8.3. Manutenção do cabo O cabo de aço deve estar sempre bem lubrificado. O lubrificante utilizado deve ser compatível com o originalmente utilizado e deve estar de acordo com o especificado pelo fabricante. Em ambiente abrasivo, o cabo deve ser limpo e relubrificado com maior frequência. As características que um bom lubrificante deve possuir são: • resistência à jatos de água; • coloração translúcida; • base de óleo sintético; • evitar aderência de partículas abrasivas; • boa aderência na superfície do cabo; • boa penetração no núcleo do cabo; • Não agredir o meio ambiente. A F&F indica os seguintes fornecedores/ tipos de lubrificantes para cabos de aço: Fabricante Produto Cor Interlubri Lubrificantes Especiais WR401 Amarela Translúcida Grax Lubrificantes Especiais ONIBAS CAB 14 P Branca NOTA 7: Para não influenciar negativamente no desempenho da graxa, o CLIENTE não deve misturar ou diluir a mesma com outros lubrificantes 28 5.9. PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA NOTA 8: O plano de manutenção preventiva apresentado neste manual é uma sugestão e deve ser aperfeiçoado pelo CLIENTE em função da frequência e intensidade de utilização do equipamento e da análise dos dados registrados obtidos das preventivas anteriores 6. ESQUEMAS ELÉTRICOS 6.1 – O Esquema elétrico acompanha a talha no interior do painel. Caso seja necessário, a F&F poderá disponibilizá-lo digitalmente bastando entrar em contato.
Compartilhar