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Reclamação Trabalhista contra Conservadora LTDA e Condomínio Art Noveau

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Prévia do material em texto

EXMO. Sr. Dr. JUIZ DO TRABALHO DA ___ VARA DO TRABALHO DO RIO 
DE JANEIRO/RJ 
Yolanda, brasileira, função, inscrito no CPF xxxxx, residente e domiciliada à Rua 
xxxxx, bairro xxxx, CEP xxxxx, e empresa xxxxx inscrita no CNPJ xxxxx, com sede na 
Rodovia xxxxx, nº xxxx, bairro xxxx, município de xxxxx, CEP xxxxxx, por intermédio das 
respectivas representantes infra-assinadas, respeitosamente, vem à presença de V. Exa., com 
fulcro no Art. 840 da CLT, propor: 
 RECLAMAÇÃO TRABALHISTA pelo procedimento ORDINÁRIO, em face de: 
 1ª Reclamada: Conservadora LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no 
CNPJ através do Nº 00.000.000/0001-00, endereço eletrônico, situada na (endereço completo 
com CEP) – Cidade/UF; 
 2ª Reclamada: Condominio Art Noveau, pessoa jurídica de direito privado, inscrita 
no CNPJ através do Nº 00.000.000/0001-00, endereço eletrônico, situada na (endereço 
completo com CEP) – Cidade/UF; pelos fatos e fundamentos expostos a seguir: 
 I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA O Reclamante requer o benefício da 
gratuidade de justiça assegurado no Art. 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal e 
disciplinado nos Artigos 98 e seguintes da Lei 13.105/15 (CPC), inclusive para efeito de 
possível recurso, tendo em vista estar impossibilitado de arcar com as despesas processuais 
sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência em 
anexo. 
DOS FATOS 
Yolanda no ano de 2012 foi contratada pela empresa Conservadora Novo Lar Ltda. para 
trabalhar como auxiliar de serviços gerais, recebendo um salário mínimo da convenção 
coletiva, trabalhando a jornada padrão e realizando os serviços de faxina e limpeza em geral. 
Em 25/11/2019 a empresa perdeu o contrato com o Condomínio Art Noveau, onde Yolanda 
prestava serviços, sendo então rescindido o contrato de trabalho, sendo demitida sem receber 
acertos devidos da rescisão, especialmente férias vencidas e FGTS depositados irregularmente 
a menor. Já em 12/12/2019 Yolanda passou a trabalhar diretamente para o Condomínio Art 
Noveau, realizando a mesma atividade, contudo trabalhando apenas 04 (quatro) dias por 
semana, por 06 horas ininterruptas diárias, sem CTPS assinada e percebendo o equivalente a 
50% do salário mínimo nacional vigente à época. 
II – DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E/OU SUBSIDIÁRIA 
A Reclamante foi contratado pela 1ª Reclamada em xx/xx/2012 para exercer a 
função de auxiliar de serviços gerais, cujos serviços eram prestados sob o acompanhamento da 
2ª Reclamada, neste caso caracterizada como a Tomadora dos Serviços. A prestação dos 
serviços sob a égide da 2ª Reclamada ficou caracterizada através do controle de atividades, 
fornecido pela Sindica do condomínio (documento em anexo) . Neste sentido, cabe a Tomadora 
dos Serviços guardar o dever de eleger com critério, a empresa de terceirização e, ainda, 
acompanhar o desenrolar da prestação dos serviços, verificando a existência ou não de algum 
tipo de prática lesiva ao empregado contratado pela empresa eleita para participar da 
terceirização. Tal dever afigura-se inerente a essa modalidade de contratação, ficando a 
empresa de terceirização, neste aspecto, sujeita ao exame da Tomadora com a qual guarda uma 
vinculação jurídica contratual. É de responsabilidade, portanto, da Tomadora de Serviços o 
inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte da empresa empregadora uma vez que a 
mesma também se beneficiou diretamente dos serviços prestados de todo o período pelo 
empregado. Sendo assim, fica evidenciada à obrigatoriedade da 2ª Reclamada em arcar com os 
prejuízos suportados pelo Reclamante. Ressaltando ainda que isso não deverá se dar de forma 
alternativa, pois tanto uma quanto a outra devem responder diretamente pelas verbas devidas. 
No entanto, se não for do entendimento desse Juízo que no caso em tela encontra-se 
caracterizada a Responsabilidade Solidária da 2ª Reclamada, é digno de destaque, então, a 
Responsabilidade Subsidiária estabelecida na Súmula 331, inciso IV, do TST. In verbis: TST 
- Súmula 331- inciso IV. “O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do 
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas 
obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título 
executivo judicial”. Salienta-se ainda, que a responsabilidade da 2ª Reclamada decorre da culpa 
in eligendo, em virtude da ausência de fiscalização e da má escolha na contratação da empresa 
prestadora de serviços, no caso em questão a 1ª Reclamada. Razão pela qual a 2ª Reclamada 
deverá fazer parte do polo passivo da presente demanda. No tocante ao assunto, nossos 
Tribunais não têm trilhado outro caminho, se não o da responsabilização também da tomadora 
dos serviços. Vejamos: TST - RECURSO DE REVISTA RR 1454120115050023 (TST) Data 
de publicação: 08/05/2015 Ementa: RECURSO DE REVISTA RESPONSABILIDADE 
SUBSIDIÁRIA DO TOMADOR DE SERVIÇOS. LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO. Nos 
termos da Súmula nº 331, VI, do TST, a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços 
abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral, 
inclusive os débitos de natureza fiscal (imposto de renda). Recurso de revista conhecido e 
provido. TST - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA AIRR 
107991620135180101 (TST) Data de publicação: 13/11/2015 Ementa: AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA.TERCEIRIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE 
SUBSIDIÁRIA DO TOMADOR DE SERVIÇOS. O Tribunal Regional concluiu pela 
responsabilidade subsidiária do tomador de serviços, nos termos do item IV da Súmula 331 do 
TST. Diante de todo o exposto requer que Vossa Excelência se digne em declarar a 
solidariedade e/ou subsidiariedade da 2ª Reclamada, fazendo assim que a mesma, passe a fazer 
parte do polo passivo da presente demanda, assegurando assim o que é de legítimo direito da 
Reclamante. 
DA DECLARAÇÃO DE RETIFICAÇÃO DA DATA DE INÍCIO DO 
CONTRATO DE TRABALHO – ANOTAÇÃO NA CTPS. 
Em flagrante desrespeito aos preceitos consolidados, a 2ª Reclamada não procedeu 
com a anotação do contrato de trabalho na CTPS do Reclamante a partir da data de contratação, 
como pode ser observada nos diálogos com a contadora do condomínio (doc em anexo) bem 
como na própria CTPS anexada aos autos. A Reclamante por diversas vezes solicitou a 
anotação em sua Carteira de Trabalho, sempre ocorrendo a negativa da 2ª Reclamada em anotar 
o devido contrato de trabalho, informando que o faria oportunamente. Dessa maneira, 
passaram-se mais de 27 meses de trabalho sem a devida anotação. O fato da 1ª Reclamada não 
anotar a CTPS do Reclamante na data do início efetivo do contrato de trabalho evidenciou 
flagrante desrespeito ao estatuído no Art. 29 da CLT, vejamos: Art. 29 - A Carteira do Trabalho 
e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao 
empregador que o admitir, o qual terá o prazo de 48 horas para anotar, especificadamente, a 
data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção 
de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo 
Ministério do Trabalho. § 1º - As anotações concernentes à remuneração devem especificar o 
salário, qualquer que seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem 
como a estimativa da gorjeta. § 2º - As anotações na Carteira do Trabalho e Previdência Social 
serão feitas: a) na data-base; b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador; c) no caso de 
rescisão contratual; ou d) necessidade de comprovação perante a Previdência Social. § 3º - A 
falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretará a lavratura do auto 
de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, comunicar a falta de anotação ao 
órgão competente, para o fim de instaurar o processo de anotação. § 4º - É vedado ao 
empregador efetuaranotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de 
Trabalho e Previdência Social. § 5º - O descumprimento do disposto no § 4º deste artigo 
submeterá o empregador ao pagamento de multa prevista no art. 52 deste Capítulo. Sendo 
assim, não resta dúvida que essa postura deliberada da 1ª Reclamada prejudicou 
demasiadamente o Reclamante, sobretudo no que tange a contagem do período para sua 
aposentadoria. Diante do exposto, requer a Declaração Judicial de Retificação da data de início 
do vínculo empregatício, alterando-se o mesmo para 12/12/2019, anotando-se a retificação do 
Contrato de Trabalho na CTPS do Reclamante, assim como a inclusão do referido período no 
cálculo das verbas rescisórias. 
DA DIFERENÇA SALARIAL 
Diante dos fatos colacionados pela Reclamante acima, em todo o seu período 
contratual não teve sua CTPS assinada, devo informar que esta é uma prática que em nada 
contribui para o desenvolvimento de nosso país, pois a Constituição Federal garante que o 
salário mínimo de ser unificado em todo país de acordo com artigo 5º, inciso IV da CF/88. A 
saber: “Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, 
capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, 
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com 
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para 
qualquer fim”. Tendo em vista que em todo período contratual não houve pagamento de forma 
regular do salário da trabalhadora, a mesma requer a diferença dos últimos 27 meses devendo 
essa ser paga com todos os acréscimos e reflexos legais. 
DO SALDO DE SALÁRIO 
O último salário percebido pelo Reclamante foi o correspondente ao mês de 
mes/ano. Em virtude do mesmo ter sido dispensado em 22/02/2022, tem direito ao recebimento 
do saldo de salário correspondente aos 22 dias laborados , assim como os seus reflexos. Desse 
modo, as Reclamadas deverão pagar ao Reclamante o respectivo saldo de salário, perfazendo 
o total de R$ xxxx(quatrocentos e oitenta reais e oitenta e cinco centavos), devidamente 
acrescidos de juros e correção monetária. 
 DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO 
Tendo em vista a inexistência de justa causa para a rescisão do contrato de trabalho, 
surge para o Reclamante o direito ao Aviso Prévio indenizado, prorrogando o término do 
contrato para o mês de Março/2022, uma vez que o § 1º do Art. 487 da CLT, estabelece que a 
não concessão do aviso prévio pelo empregador dá direito ao empregado o recebimento dos 
salários correspondentes ao prazo do aviso. Eis o dispositivo, in verbis: CLT - Art. 487 - Não 
havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato, deverá 
avisar a outra da sua resolução, com a antecedência mínima de 30 dias. (...) § 1º - A falta do 
aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes 
ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. Diante 
disso e consoante ao Art. 1º, parágrafo único, da Lei 12.506/11 o Reclamante faz jus, portanto, 
ao aviso prévio indenizado correspondente a 33 (trinta e três) dias de tempo de serviço, assim 
como os seus reflexos. Sendo assim, as Reclamadas devem pagar ao Reclamante o valor de R$ 
3.173,61 (três mil, cento e setenta e três reais e sessenta e um centavos), devidamente corrigido 
monetariamente e acrescido de juros legais. 
DAS FÉRIAS + 1/3 CONSTITUCIONAL 
O Reclamante tem férias vencidas as quais faz jus, referente ao período aquisitivo 
de 25/11/2019 a 02/02/2022. Com o acréscimo do 1/3 constitucional as Reclamadas deverão 
pagar ao Reclamante o correspondente a R$ xxxxxxx 
DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS + 1/3 CONSTITUCIONAL 
 O Reclamante tem direito a receber o período incompleto de férias, acrescido do 
terço constitucional, em conformidade com o Art. 146, parágrafo único da CLT e Art. 7º, inciso 
XVII da CRFB/88. CLT - Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a 
sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, 
correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido. Parágrafo único - Na cessação 
do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja 
sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de 
férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou 
fração superior a 14 (quatorze) dias. CRFB/88 - Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos 
e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XVII - gozo de férias 
anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; Observa-se 
que o parágrafo único do Art. 146 da CLT, prevê o direito do empregado ao período incompleto 
de férias na proporção de 1/12 por mês trabalhado ou fração superior a 14 (quatorze dias). 
Sendo assim, tendo o período aquisitivo iniciado em 02/01/2016 e o término efetivo do contrato 
de trabalho ocorrendo em 05/02/2016, o Reclamante faz jus às férias proporcionais de 1/12 
acrescidas do terço constitucional. Diante disso, as Reclamadas deverão pagar ao Reclamante 
o correspondente a R$ 320,56 (trezentos e vinte reais e cinquenta e seis centavos), valor esse 
que deverá ser acrescidos de juros e correção monetária. 
 DO 13º SALÁRIO 
Nos exatos termos do Art. 7º, inciso VIII, da Constituição Federal de 1988 o 13º 
salário é devido a todos os empregados urbanos, rurais e domésticos. Cumpre-nos informar que 
o Reclamante não recebeu o 13º salário relativo ao ano de 2015. Nesse sentido, as Reclamadas 
devem ser condenadas ao pagamento de R$ 2.885,00 (dois mil, oitocentos e oitenta e cinco 
reais) em favor do Reclamante, referente ao 13º salário do período acima citado. Valor esse 
que deverá ser corrigido monetariamente e acrescido de juros legais. 
DOS DEPÓSITOS DO FGTS 
O Art. 15 da Lei 8.036/90 estabelece que todo empregador deverá depositar até o 
dia 7 de cada mês na conta vinculada do empregado a importância correspondente a 8% de sua 
remuneração devida no mês anterior. in verbis: Lei 8.036/90 - Art. 15. Para os fins previstos 
nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, 
em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração 
paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de 
que tratam os artigos 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, 
de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965. Até a 
presente data não consta nos registros na Caixa Econômica Federal os depósitos do FGTS que 
deveriam ter sido efetuados pela 1ª Reclamada em favor do Reclamante. Nesse sentido, o 
Reclamante faz jus ao valor correspondente aos depósitos mensais do período trabalhado, 
perfazendo um total de R$ 3.000,40 (três mil reais e quarenta centavos), que deverá ser pago 
pelas Reclamadas devidamente corrigido monetariamente e acrescido de juros legais. 
DA MULTA DE 40% 
 Em virtude de se tratar de uma rescisão sem justa causa do contrato de trabalho, 
deverá ser paga uma multa, em favor do Reclamante, de 40% sobre o valor total do saldo do 
FGTS, de acordo com o § 1º do Art. 18 da Lei 8.036/90 c/c Art. 7º, inciso I, da CRFB/88. Cabe 
então, em favor do Reclamante o correspondente a R$ 1.200,16 (um mil, duzentos reais e 
dezesseis centavos). Valor este que deverá ser pago pelas Reclamadas devidamente corrigido 
monetariamente e acrescido de juros legais. 
DA MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT 
No prazo estabelecido no Art. 477, § 6º, da CLT, não houve o pagamento das 
verbas rescisórias acima elencadas.Neste sentido se impõe em favor do Reclamante uma multa 
equivalente a um mês de salário revertida em seu favor, conforme consubstancia o § 8º do 
mesmo artigo da CLT acima citado. 
DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT 
A Reclamada deverá pagar ao Reclamante, no ato da audiência, todas as verbas 
incontroversas, sob pena de acréscimo de 50%, conforme Art. 467 da CLT, transcrito a seguir: 
CLT - Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o 
montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do 
comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-
las acrescidas de cinquenta por cento. Desta forma, protesta o Reclamante pelo pagamento de 
todas as parcelas incontroversas na primeira audiência. 
DO DANO MORAL 
Nos exatos termos do Art. 114 da Constituição Federal, a Justiça do Trabalho é 
competente para julgar, também, o pedido de indenização por danos morais, quando este advém 
da relação de emprego. No transcorrer de liame contratual é evidente que o reclamante foi 
vítima de danos morais praticado pelas reclamadas que constantemente atrasavam os salários. 
Cabendo ainda destacar, como agravante, o fato de que sequer adimpliram as verbas rescisórias 
e saldo de salários. É de extrema nitidez que o Reclamante foi submetido a situação de 
humilhação, constrangimento e desprestígio, expondo-a ao ridículo e a uma condição de 
penúria que não pode ser tolerada por este M.M. Juízo. Diante do exposto pugna-se pela 
condenação das Reclamadas ao pagamento de indenização por danos morais. Em que pese o 
grau de subjetivismo que envolve o tema da fixação da reparação, uma vez que não existem 
critérios determinados e fixos para a quantificação do dano moral, a reparação do dano há de 
ser fixada em montante que desestimule o ofensor a repetir o cometimento do ilícito. Diante 
disso acreditamos que o valor correspondente a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) esteja dentro do 
que preconiza o Princípio da Razoabilidade. 
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS O 
Art. 133 da Constituição Federal de 1988, norma cogente, de interesse público, das 
partes e jurisdicional, tornou o advogado indispensável à administração da justiça. Em que pese 
existir, no âmbito da Justiça do Trabalho, o Princípio jus postulandi, sabe-se que, caso um 
Reclamante comece um litígio sem auxílio de um advogado, este poderá ser seriamente 
prejudicado, em virtude de geralmente não possuir o conhecimento técnico adequado para 
litigar em juízo. Além disso, é sabido que as empresas Reclamadas, por serem detentoras de 
poder econômico avantajado, certamente estarão sempre acompanhadas por operadores do 
direito altamente qualificados, o que, somado ao jus postulandi do Empregado, tornaria o 
trabalhador ainda mais hipossuficiente na busca por seus próprios direitos. Dessa forma, na 
busca de uma igualdade material dentro de uma demanda, se faz necessária, sim, a presença do 
advogado em juízo, acompanhando o Reclamante. Nada mais justo e coerente, portanto, do que 
o deferimento de honorários advocatícios por força do Princípio da Sucumbência, estabelecido 
nos termos do Art. 85 do CPC. 
DOS PEDIDOS 
Diante de todo o exposto Requer: 
1 – O benefício da gratuidade de justiça assegurado no Art. 5º, inciso LXXIV da 
Constituição Federal e disciplinado nos Artigos 98 e seguintes da Lei 13.105/15 (CPC); 
2 – A Notificação das reclamadas, para que compareçam em audiência, e, 
querendo, contestem a presente ação, sob pena de, não o fazendo, incidirem os efeitos da 
revelia; 
3 - Que seja declarada a solidariedade e/ou subsidiariedade da 2ª Reclamada, 
fazendo assim com que a mesma faça parte do polo passivo da presente demanda, assegurando 
o que é de legítimo direito do Reclamante; 
 4 – A Declaração Judicial de Retificação da data de início do vínculo empregatício, 
alterando-se o mesmo para 25/11/2019, anotando-se a retificação do Contrato de Trabalho na 
CTPS do Reclamante, assim como a inclusão do referido período no cálculo das verbas 
rescisórias; 
5 - Que os valores referentes a diferença salarial sejam integrados a remuneração 
do Reclamante, assim como a observação dos seus reflexos nas demais verbas contratuais e 
rescisórias; 
6 - A condenação das reclamadas ao pagamento das verbas expostas , acrescidas 
de juros e correção monetária, na forma apurada em liquidação de sentença; 
7 - A condenação das Reclamadas ao pagamento de custas e demais despesas 
processuais, inclusive em honorários advocatícios, estes arbitrados em 20% (vinte por cento); 
 8 - A intimação das reclamadas para juntarem aos autos todos os documentos 
referentes à contratação e ao período laborado pelo Reclamante, em especial as folhas de ponto, 
os registros de entrada e saída das dependências da 2ª Reclamada, além dos comprovantes de 
pagamento dos salários e das férias, sob pena de confissão dos pedidos alegados; 
9 - A PROCEDÊNCIA TOTAL da presente Reclamação Trabalhista, com o 
deferimento de todos os pedidos. 
Por fim, requer a produção de todos os meios de provas admitidas em direito, em 
especial depoimento pessoal da Reclamante e oitiva de testemunhas, além dos depoimentos 
pessoais dos representantes legais das Reclamadas. 
Dá-se a causa o valor de R$ xxxxxx 
. Termos em que, 
Pede deferimento. 
Local, data 
Advogado OAB/UF – Nº 000.000 
Lucas Rodrigues Oliveira 
Leandro Candido Sobrinho

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