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02/04/2022 1 1 CURSO DE NOÇÕES PRÁTICAS DE DIREITO IMOBILIÁRIO Documentação Cartorária Jordana Sales Especialista em Direito Imobiliário Especialista em Direito Notarial e Registral Especialista em Direito Processual Civil LEGISLAÇÃO Código Civil; Lei 6015/73; Provimento 08/2014 CGJ-TJCE. 2 02/04/2022 2 3 INFORMAÇÕES SOBRE OS CARTÓRIOS DO ESTADO DO CEARÁ 4 https://corregedoria.tjce.jus.br/extrajudicial/ 02/04/2022 3 Delimitação legal das seis zonas imobiliárias de Fortaleza/CE 5 LEI ESTADUAL Nº 12.342, DE 28.07.94 (D.O DE 03.08.94) REPUBLICADA – D.O 09.08.94 LIVRO II – TÍTULO V – SUBTÍTULO III – CAPÍTULO IV – DO REGISTRO DE IMÓVEIS Art. 405 – Haverá na Comarca de Fortaleza seis (06) Ofícios de Registro de Imóveis, com as denominações de primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto e sexto. Parágrafo único – Os Oficiais de Registro de Imóveis exercerão suas funções dentro dos limites de suas respectivas zonas, as quais possuem as seguintes delimitações: a) Primeira Zona – Constitui parte do Leste da cidade de Fortaleza, iniciando na Foz do Rio Cocó, seguindo por esse rio lados nascente e sul até encontrar a BR 116. Prossegue por essa BR na direção Sul até alcançar o limite de Fortaleza, seguindo essa linha divisória até a barra do Rio Pacotí; b) Segunda Zona – Tem início no Norte da cidade à partir da orla marítima, seguindo pela Avenida Barão de Studart, lado poente até encontrar a Rua Coronel Alves Teixeira, segue por essa rua no sentido oeste até a Avenida Visconde do Rio Branco e por essa avenida lado do poente prossegue até alcançar a BR 116, dobrando à direita no trevo que dá acesso à Avenida Paulino Rocha; Segue pelas Avenidas Paulino Rocha, Dedé Brasil e Rua Carlos Amora, dobrando à direita na Rua 7 de Setembro seguindo pelas Avenidas João Pessoa, Universidade e Rua General Sampaio lado leste até encontrar a orla marítima; Delimitação legal das seis zonas imobiliárias de Fortaleza/CE 6 c) Terceira Zona – Constitui parte do poente da cidade de Fortaleza, começando na orla marítima seguindo pela Rua General Sampaio, Avenida da Universidade, Avenida João Pessoa e Rua 7 de Setembro, lado oeste até à Rua Gomes Brasil, dobrando nessa rua no sentido oeste até encontrar a Av. José Bastos (Av. Augusto dos Anjos), por onde segue numa reta até encontrar o limite sul da cidade; d) Quarta Zona – Inicia na orla marítima seguindo pela Av. Barão de Studart, lado do nascente até encontrar a rua Coronel Alves Teixeira; Segue por essa rua na direção oeste até a Avenida Visconde do Rio Branco e por essa Avenida lado do nascente até encontrar a estrada de Ferro que liga Parangaba ao Porto do Mucuripe, seguindo por essa via férrea lados norte e oeste até a orla marítima; e) Quinta Zona – Tem início na Foz do Rio Cocó seguindo esse rio lados oeste e norte até encontrar a BR 116; Segue pela BR 116 na direção norte, seguindo pela Avenida Visconde do Rio Branco lado leste até encontrar a Estrada de Ferro Parangaba-Porto do Mucuripe, seguindo por essa via férrea lados sul e leste até a orla marítima; f) Sexta Zona – Inicia no limite sul de Fortaleza seguindo pela BR 116 lado oeste até o trevo que dá acesso à Avenida Paulino Rocha; Segue por essa Avenida e pela Avenida Dedé Brasil e Rua Carlos Amora lado sul até a Rua 7 de Setembro, dobrando nessa rua na direção sul até a rua Gomes Brasil, por onde segue dobrando nessa rua até encontrar a Avenida José Bastos (Avenida Augusto dos Anjos) lado leste, por onde segue até encontrar o limite sul da cidade. 02/04/2022 4 7 cartórios de notas; cartórios de protesto; cartórios de registro de imóveis; cartórios de registro de títulos e documentos; cartórios de registro civil das pessoas jurídicas; cartórios de registro civil das pessoas naturais e de interdições e tutelas; oficiais de registro de distribuição. TIPOS DE CARTÓRIOS 02/04/2022 5 Atos Cartorários AUTENTICAÇÃO É o ato por meio do qual o tabelião certifica que um a determinada cópia reproduz fielmente o documento original apresentado. Somente serão autenticadas cópias de documentos originais, proibido expressamente à autenticação de reprodução reprográfica de cópia. 02/04/2022 6 RECONHECIMENTO DE FIRMA • O reconhecimento de firma é o ato pelo qual o tabelião de notas, que tem fé pública, atesta que a assinatura constante de um documento corresponde àquela da pessoa que a lançou. • É uma declaração pela qual o tabelião confirma a autenticidade ou semelhança da assinatura de determinada pessoa em um documento. Não se refere ao teor do documento, mas tão somente à autenticidade da assinatura. RECONHECIMENTO DE FIRMA POR SEMELHANÇA O reconhecimento de assinatura é realizado por semelhança quando o tabelião de notas certifica que a assinatura aposta no documento confere com a assinatura depositada em seu banco de dados (em seus livros ou cartões de autógrafos). Ou seja, o reconhecimento é feito por meio da comparação da assinatura constante no documento com a assinatura depositada na ficha do usuário, não sendo necessário o seu comparecimento pessoal para o ato de reconhecimento de firma. 02/04/2022 7 RECONHECIMENTO DE FIRMA POR AUTENTICIDADE • Ato de reconhecimento de assinatura em que o usuário comprova, pessoalmente, que é signatário do documento apresentado para o reconhecimento de firma. No momento do comparecimento deverá o comparecente assinar, além do documento, um termo em livro próprio do cartório. RECONHECIMENTO DE FIRMA POR AUTENTICIDADE Art. 496, §5º, Provimento 08/2014: Impõem-se o reconhecimento autêntico de firma nos contratos ou documentos de natureza econômica de valor apreciável, inclusive na transferência de veículos automotores. 02/04/2022 8 PROCURAÇÃO • A procuração é o documento pelo qual uma pessoa (outorgante) autoriza outra (outorgada) para representá-la legalmente em determinada situação. • À exceção dos incapazes e dos relativamente incapazes, que dependem da assistência ou da representação de seus tutores, curadores ou pais para firmar uma procuração pública, qualquer pessoa está apta para conceder procurações. PROCURAÇÃO PARTICULAR • A representação para a prática de atos que a lei não exige escritura pública pode ser feita por procuração particular, com firma reconhecida em cartório. • A procuração particular pode ser redigida e assinada por qualquer pessoa, em um papel comum, contendo apenas a qualificação das partes, o seu objetivo e a assinatura do outorgante. 02/04/2022 9 PROCURAÇÃO PÚBLICA • Ato solene e formal deve ser praticado por um cartório de notas, devidamente registradas em um livro. • A manifestação de vontade das partes é traduzida em linguagem jurídica e apenas o outorgante assina o ato. • Dispensa o reconhecimento de firma da assinatura no documento. • A procuração, salvo cláusula expressa, não tem prazo de validade. PROCURAÇÃO PÚBLICA EM CAUSA PRÓPRIA • A procuração em causa própria configura um contrato preliminar e irrevogável de transmissão de direitos sobre bens móveis ou imóveis, que permite ao mandatário transferir o bem para si. • Deve conter os mesmos requisitos da compra e venda (a coisa, o preço e o consentimento). • De acordo com o artigo 685 do Código Civil, conferido a procuração com a cláusula "em causa própria", a sua revogação não terá eficácia, nem se extinguirá pela morte de qualquer das partes, ficando o mandatário dispensado de prestar contas, e podendo transferir para si os bens móveis ou imóveis objeto do mandato, obedecidas as formalidades legais. • Para a lavratura da procuração em causa própria será recolhido o imposto de transmissão, bem como é necessário apresentar as certidões fiscais inerentes ao ato. 02/04/2022 10 REVOGAÇÃO DA PROCURAÇÃO • A revogação é o ato que torna sem efeito uma procuração anteriormente feita, por vontade do mandante. • A procuração pode ser revogada a qualquer tempo, se não mais convier ao outorgante que o procuradorcontinue exercendo atos em seu nome. • A revogação do mandato depende da mera manifestação de vontade do mandante nesse sentido, por quaisquer dos meios admitidos em direito, salvo quando se tratar de mandato irrevogável em causa própria, ou vinculado a negócio jurídico, hipótese em que a revogação dependerá de ordem judicial. • Nos demais casos, a anotação deverá ser efetuada desde logo, incumbindo ao tabelião advertir o mandante, por escrito, de que a oponibilidade da revogação ao mandatário só se dará após a sua notificação por quaisquer dos meios em direito admitidos. União Estável Casamentoversus Não altera o estado civil x Altera o estado civil 02/04/2022 11 COMUNHÃO PARCIAL DE BENS COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS 02/04/2022 12 SEPARAÇÃO DE BENS SEPARAÇÃO LEGAL DE BENS Não se confunde com o regime da separação total de bens; É uma imposição legal; Quando um dos noivos tenha idade igual ou superior a 70 (setenta) anos. Súmula de nº 377: no regime da separação obrigatória de bens, comunicam-se aqueles adquiridos durante o casamento. (STJ: apenas quando puder ser comprovado o esforço comum das partes na aquisição de ditos bens) 02/04/2022 13 PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTOS Aquestos: são os bens adquiridos por qualquer dos cônjuges, na vigência da sociedade conjugal, e que passam a integrar a comunhão, ou seja, são os bens adquiridos em conjunto pelo casal, integrando patrimônio comum. PACTO ANTENUPCIAL 26 O pacto tem o objetivo de estipular o regime de bens entre os cônjuges quando optarem por regime diverso do legalmente estabelecido. É um ato solene, vez que é nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento. A escritura pública é condição necessária e imprescindível para a formalização do pacto ou convenção antenupcial e, no ato de seu registro, é obrigatória a apresentação da certidão de casamento, cuja efetiva celebração condiciona a eficácia do contrato (Livro 3 – Auxiliar); As convenções antenupciais não terão efeito perante terceiros senão depois de registradas, em livro especial, pelo oficial do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges. 02/04/2022 14 PACTO ANTENUPCIAL 27 O registro será feito no Livro 3 – Auxiliar, tomando por base o endereço residencial de qualquer um dos nubentes. Poderá um dos nubentes apresentar declaração de residência para o registro do pacto antenupcial, com firma reconhecida, diferente do endereço constante na escritura pública, desde que corresponda ao seu atual domicílio, que identificará o Cartório Imobiliário competente onde será registrada a escritura apresentada. REGISTRO DE IMÓVEIS 28 No Cartório de Registro de Imóveis são praticados os seguintes atos: a) Abertura de matrículas, as quais são obrigatórias a partir da Lei n. 6015/73; b) Realização de registros; c) Realização de averbações. Legislação: Código Civil; Lei 6015/73; Provimento 08/2014 CGJ/TJ/CE; Etc. 02/04/2022 15 MATRÍCULA 29 A matrícula constitui-se em documento que individualiza a propriedade imobiliária e confere ao bem caráter cadastral. Todos os atos relativos ao imóvel serão registrados e averbados na sua matrícula. Cada matrícula possui um número, na qual é descrito o imóvel com todas as suas características e serão efetuados em ordem crescente todos os registros e averbações relativos àquele imóvel. Matrícula: Uma ficha cadastral numerada que contém as informações relativas ao imóvel e ao seu titular. É o documento que contém a descrição do bem e do proprietário. Para cada imóvel deve ser aberta uma única matrícula. TRANSCRIÇÃO X MATRÍCULA Título anterior à Lei nº. 6015/73; Em uma transcrição, pode constar mais de uma imóvel; Quando um imóvel sofria uma alteração de proprietários, um novo número de transcrição era gerado, sendo o número de transcrição anterior finalizado. Título posterior à Lei nº. 6015/73; Para cada imóvel deve ser aberta uma única matrícula. Todos os atos relativos ao imóvel serão registrados e averbados na sua matrícula. Requisitos: Art. 176, Lei nº. 6015/73. 30 02/04/2022 16 REGISTRO X AVERBAÇÃO Ato realizado na matrícula referente à transmissão da propriedade, ou seja, mudança de titularidade de um direito real. Nenhum registro poderá ser feito sem que o imóvel esteja matriculado; Ainda que o imóvel esteja matriculado, não se fará registro que dependa da apresentação de título anterior, a fim de que se preserve a continuidade do registro. Rol dos atos que podem ser submetidos a registro: Art. 167, I, da Lei 6015/73 c/c Art. 707, Provimento 08/2014. Tem por finalidade inserir na matrícula as alterações ocorridas no bem registrado ou ao seu titular. É uma “anotação”. Rol dos atos que podem ser submetidos à averbação: Art. 167, II, da Lei 6015/73 c/c Art. 780 do Provimento 08/2014; 31 32 O meu cliente quer vender/comprar um imóvel. E agora, por onde começar a análise da documentação? 02/04/2022 17 1. Solicitar os documentos relativos ao imóvel; 33 34 E se não tiver registro (inscrição/transcrição/matrícula)? Solicitar a documentação comprobatória da posse. 02/04/2022 18 2. Solicitar os documentos da parte vendedora; 35 3. Analisar os documentos/a situação do imóvel; 36 02/04/2022 19 4. Analisar a situação fiscal da parte vendedora; 37 5. Instrumento particular ou escritura? 38 02/04/2022 20 INSTRUMENTO PARTICULAR X ESCRITURA PÚBLICA X REGISTRO 39 INSTRUMENTO PARTICULAR DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA 40 A promessa de compra e venda é um contrato preliminar que contempla a obrigação das partes de celebrar o documento hábil para transferir a propriedade do imóvel. Desde que não tenha sido pactuado direito de arrependimento, o registro do contrato no Registro de Imóveis confere ao promitente comprador direito real de aquisição, oponível erga omnes. É assegurada ao promitente comprador a obtenção da escritura pública de compra e venda por meio da Ação de Adjudicação compulsória. 02/04/2022 21 TIPOS DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEIS VENDA AD MENSURAM • O preço da venda é estipulado conforme as dimensões no imóvel. • Se a medição posterior apurar divergência da medida informada em contrato, poderá o comprador exigir a complementação, e não sendo possível, poderá resolver o contrato, ou abatimento ao preço. • Artigo 500, Código Civil. TIPOS DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEIS VENDA AD CORPUS • O imóvel é adquirido como um todo, como um corpo certo e determinado, caracterizado pelas confrontações, sendo irrelevante as dimensões para fixação do preço. • Se a medição posterior apurar divergência da medida informada em contrato, não há o que o comprador reclamar. • Artigo 500, §3º do Código Civil. 02/04/2022 22 ELEMENTOS ESSENCIAIS À ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO PARTICULAR • É importante ficar atento no que diz respeito ao regime de bens do casamento da parte vendedora, pois o artigo 1.647, inciso I, do Código Civil, proíbe que um cônjuge possa, sem autorização do outro, alienar ou gravar de ônus reais (hipoteca, por exemplo) os bens imóveis, salvo no regime de separação absoluta de bens. As partes poderão ser representadas por procuradores, desde que por instrumento público. ELEMENTOS ESSENCIAIS À ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO PARTICULAR OBJETO: • Descrição do imóvel; • Se é objeto de matrícula ou transcrição; • Número de inscrição de IPTU ou ITR; • Número do RIP (Registro Imobiliário Patrimonial), se imóvel de domínio da União. 02/04/2022 23 ELEMENTOS ESSENCIAIS À ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO PARTICULAR PREÇO: • Valor da negociação; • Forma de pagamento; • Atualização; • Incidência de multa e/ou juros. ELEMENTOS ESSENCIAIS À ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO PARTICULAR FORO: • Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. (Artigo 47, CPC) CONSENTIMENTO: • A vontade que é a manifestação de consentimento das partes para a realizaçãodo negócio jurídico. 02/04/2022 24 OUTROS ELEMENTOS • PENALIDADES EM CASO DE DESCUMPRIMENTO; • PRAZOS; • RUBRICA EM TODAS AS PÁGINAS; • NÃO DEIXAR AS ASSINATURAS ISOLADAS EM UMA PÁGINA; • NUMERAR AS PÁGINAS; • TESTEMUNHAS; - O documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas é título executivo extrajudicial (artigo 784, III, CPC) • RECONHECIMENTO DE FIRMA. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA A ANÁLISE DE RISCO • Certidão atualizada do imóvel, se tiver transcrição ou matrícula; • Certidão negativa IPTU ou ITR; • Negativa de débitos condominiais, se for unidade autônoma; • Certidões negativas fiscais; • Certidões negativas judiciais; • Certidão negativa de protesto ou consulta SPC/SERASA; • Consulta de dados cadastrais de imóvel da União; • Declaração de domínio de imóvel da União (para identificar se o imóvel é de domínio da União). 02/04/2022 25 ESCRITURAS PÚBLICAS 49 De acordo com o art. 215 do Código Civil a escritura lavrada pelo tabelião, "é documento dotado de fé pública, fazendo prova plena". Dependendo do valor do negócio, e do tipo do ato, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos, como prevê o art. 108 do Código Civil. A principal atribuição do notário é lavrar escrituras públicas, tornando-as um documento que é considerado verdadeiro para todos os efeitos, ou seja, com presunção relativa de veracidade. A escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a 30 vezes o salário mínimo. ESCRITURAS PÚBLICAS 50 Art. 215 do Código Civil: A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé pública, fazendo prova plena. § 1 o Salvo quando exigidos por lei outros requisitos, a escritura pública deve conter: I - data e local de sua realização; II - reconhecimento da identidade e capacidade das partes e de quantos hajam comparecido ao ato, por si, como representantes, intervenientes ou testemunhas; III - nome, nacionalidade, estado civil, profissão, domicílio e residência das partes e demais comparecentes, com a indicação, quando necessário, do regime de bens do casamento, nome do outro cônjuge e filiação; IV - manifestação clara da vontade das partes e dos intervenientes; V - referência ao cumprimento das exigências legais e fiscais inerentes à legitimidade do ato; 02/04/2022 26 ESCRITURAS PÚBLICAS 51 VI - declaração de ter sido lida na presença das partes e demais comparecentes, ou de que todos a leram; VII - assinatura das partes e dos demais comparecentes, bem como a do tabelião ou seu substituto legal, encerrando o ato. § 2 o Se algum comparecente não puder ou não souber escrever, outra pessoa capaz assinará por ele, a seu rogo. § 3 o A escritura será redigida na língua nacional. § 4 o Se qualquer dos comparecentes não souber a língua nacional e o tabelião não entender o idioma em que se expressa, deverá comparecer tradutor público para servir de intérprete, ou, não o havendo na localidade, outra pessoa capaz que, a juízo do tabelião, tenha idoneidade e conhecimento bastantes. § 5 o Se algum dos comparecentes não for conhecido do tabelião, nem puder identificar-se por documento, deverão participar do ato pelo menos duas testemunhas que o conheçam e atestem sua identidade. ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA DE BENS IMÓVEIS 52 De acordo com o artigo 496 do Código Civil, é anulável a venda de ascendente a descendente, caso os demais descendentes e o cônjuge do alienante não houverem expressamente consentido com a realização do negócio, salvo, no caso do cônjuge, se casado sob o regime de separação obrigatória. Dessa forma, no caso de venda de ascendente a descendente, todos os demais descendentes deveram firmar a escritura pública, bem como o cônjuge do vendedor, quando for o caso. 02/04/2022 27 ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA 53 A escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a 30 vezes o salário mínimo. (Art. 108 do Código Civil) É o documento hábil para transferir a propriedade do imóvel, com o seu devido registro. ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA 54 É importante ficar atento no que diz respeito ao regime de bens do casamento do vendedor, pois o artigo 1.647, inciso I, do Código Civil, proíbe que um cônjuge possa, sem autorização do outro, alienar ou gravar de ônus reais (hipoteca, por exemplo) os bens imóveis, salvo no regime de separação absoluta de bens. Assim, como regra, deverá haver outorga do cônjuge para realizar a venda do imóvel. 02/04/2022 28 ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA 55 De acordo com o artigo 496 do Código Civil, é anulável a venda de ascendente a descendente, caso os demais descendentes e o cônjuge do alienante não houverem expressamente consentido com a realização do negócio, salvo, no caso do cônjuge, se casado sob o regime de separação obrigatória. Dessa forma, no caso de venda de ascendente a descendente, todos os demais descendentes deveram firmar a escritura pública, bem como o cônjuge do vendedor, quando for o caso. ESCRITURA X LOTEAMENTO 56 Exceção ao art. 108 do Código Civil: Independentemente do valor do lote, se o mesmo for adquirido diretamente da loteadora ou por meio de uma cessão, não é necessário a escritura, conforme estabelece o § 6º do artigo 26 da 6.766/79. “Os compromissos de compra e venda, as cessões e as promessas de cessão valerão como título para o registro da propriedade do lote adquirido, quando acompanhados da respectiva prova de quitação.” 02/04/2022 29 REGISTRO 57 Após a lavratura no Cartório de Notas, a escritura pública (título translativo) deverá ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis que, além de dar publicidade, transfere de fato a propriedade ao comprador. IMPOSTOS DE TRANSMISSÃO 58 ITBI (IMPOSTO DE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS) SEFIN: https://www.sefin.fortaleza.ce.gov.br ALÍQUOTAS Imóvel financiado pelo SFH Sobre o valor financiado (Até o limite de R$ 200.000,00) 0,5% Sobre o valor não-financiado 2,0% Nas demais transmissões Antecipado à escritura 2,0% No registro 3,0% 02/04/2022 30 • ITCMD (IMPOSTO DE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO) IMPOSTOS DE TRANSMISSÃO MORTIS DOAÇÃO 2% ATÉ 10 MIL UFIR = até R$ 51.862,50 ATÉ 25 MIL UFIR = até R$ 129.656,25 4% DE 10 A 20 MIL UFIR = até R$ 103.725,00 DE 25 A 150 MIL UFIR = até R$ 777.937,50 6% DE 20 A 40 MIL UFIR = até R$ 207.450,00 DE 150 A 250 MIL UFIR = até R$ 1.296.562,50 8% ACIMA DE 40 MIL = acima de R$ 207.450,00 ACIMA DE 250 MIL = acima de R$ 1.296.562,50 UFIRCE/2022 (Unidade fiscal de referência do Estado): R$ 5,18625 SEFAZ: http://www.sefaz.ce.gov.br/ ART / RRT/TRT 60 A Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, o Registro de Responsabilidade Técnica – RRT e o Termo de Responsabilidade Técnica –TRT serão exigidos sempre que haja tarefas executadas pelos profissionais habilitados (engenheiro, arquitetos, agrônomo e demais profissionais da área), para os trabalhos incluídos em expedientes específicos do Registro Imobiliário. É considerado profissional habilitado para elaborar a planta e o memorial descritivo todo aquele que apresentar a prova de ART no competente Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA, de RRT no competente Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU e de TRT no Conselho Federal Técnico - CFT. 02/04/2022 31 RETIFICAÇÃO IMOBILIÁRIA 61 Arts. 212 e 213 da Lei 6015/73 c/c Art. 954 e seguintes do Provimento 08/2014; Se o registro ou a averbação for omissa, imprecisa ou não exprimir a verdade, a retificação será feita pelo Oficial do Registro de Imóveis competente, a requerimento do interessado, por meio do procedimento administrativo previsto no art. 213, facultado ao interessado requerer a retificação por meio de procedimento judicial;RETIFICAÇÃO IMOBILIÁRIA 62 A opção pelo procedimento administrativo não exclui a prestação jurisdicional, no entanto, não poderá ocorrer solicitação simultânea mesmo a requerimento da parte interessada; A retificação de ofício ocorrerá independentemente de requerimento, quando o próprio Registrador identificar o erro ou, ainda, quando o interessado detectar o erro e apontar ao Registrador, requerendo–lhe a necessária correção; 02/04/2022 32 RETIFICAÇÃO IMOBILIÁRIA 63 Quando as retificações versarem exclusivamente sobre a atualização de limites, não ocorrendo alteração das medidas lineares e/ou da área total do imóvel, não precisa da anuência dos confinantes, basta apresentar somente a postulação assinada pelo requerente com firma reconhecida, memorial descritivo e planta assinado por profissional habilitado, com o seu número do CREA/CAU/CFT e firma reconhecida; RETIFICAÇÃO IMOBILIÁRIA 64 A Legislação Civil que atribuiu a possibilidade de retificação de área no âmbito administrativo (Lei n° 10.931/2004) foi silente no que pertine a aplicação do % (percentual) máximo que o Oficial Registrador deverá adotar para que possa ser possível a retificação na esfera administrativa. Nesta oportunidade, o Provimento 08/2014/CGJTJCE atribuiu o percentual máximo de 30% (trinta por cento) a ser acrescido após a retificação pretendida, qualquer percentual acima do indicado ficará a exclusivo critério do Oficial Registrador. 02/04/2022 33 1. Requerimento Identificação da parte interessada. DECLARAÇÃO: Declaro para todos os fins e efeitos de direito que o levantamento topográfico respeitou as divisas consolidadas e o alinhamento do logradouro público, importando sujeitar–se ao que dispõe o § 14, do artigo 213, da LRP. Verificado a qualquer tempo não serem verdadeiras os fatos constantes do memorial descritivo, responderá(ão) o(a–s) o(s) requerente(s) e o profissional que o elaborou pelos prejuízos causados, independentemente das sanções disciplinares e penais. Declaração de que não foi interposto procedimento judicial. 2. Memorial Descritivo e planta de situação DECLARAÇÃO: Declaro para todos os fins e efeitos de direito que o levantamento topográfico respeitou as divisas consolidadas e o alinhamento do logradouro público, importando sujeitar–se ao que dispõe o § 14, do artigo 213, da LRP. Verificado a qualquer tempo não serem verdadeiras os fatos constantes do memorial descritivo, responderá(ão) o(a–s) o(s) requerente(s) e o profissional que o elaborou pelos prejuízos causados, independentemente das sanções disciplinares e penais. Constar o número do CREA/CAU/CFT e firma reconhecida; A identificação dos imóveis confrontantes com seu respectivo n° da matrícula, transcrição ou inscrição do registro imobiliário ou n° da inscrição no cadastro de IPTU, quando se tratar de imóvel não registrado. REQUISITOS *Art. 955, III c/c 961 c/c 965, h, Prov. 08/2014/CGJCE ATUALIZAÇÃO DE CONFINANTES Art. 966 do Prov.08/2014: Quando as retificações versarem exclusivamente sobre a atualização de limites, não ocorrendo alteração das medidas lineares e/ou da área total do imóvel, basta apresentar somente a postulação assinada pelo requerente com firma reconhecida, memorial descritivo e planta assinado por profissional habilitado, com o seu número do CREA/CAU/CFT e firma reconhecida, defeso, portanto, o Oficial Registrador exigir certidão específica da Secretaria Regional (PMF) ou overlay da PMF. 02/04/2022 34 DOCUMENTOS NECESSÁRIOS Requerimento, assinado e com firma reconhecida indicando o nº do título onde deverá ser realizado o pedido (nome completo da(s) parte(s) sem a utilização de abreviatura(s), nacionalidade, estado civil, existência de união estável, filiação, profissão, CPF/CNPJ, domicílio e residência, endereço eletrônico, tudo conforme Provimento 61 do CNJ); Memorial descritivo e Planta, cujos documentos devem ser assinados pelo proprietário ou seu representante legal e pelo profissional legalmente habilitado no CREA/CAU/CFT com firma reconhecida; ART/RRT/TRT com firma reconhecida do interessado e do profissional contratado. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS **Certidão municipal expedida pela autoridade competente, com firmas reconhecidas dos funcionários signatários. Em Fortaleza, a Certidão de Confinantes pode ser emitida através do site https://portal.seuma.fortaleza.ce.gov.br/fortalezaonline/portal/arear estrita/certidoesonlinev2/requerimentoscertidoesonline.jsf 02/04/2022 35 DECLARAÇÃO Em procedimento de atualização de limites (Art. 967, Prov. 08/2014): No memorial descritivo e planta o profissional habilitado, com o seu número do CREA/CAU, deverá declarar expressamente o seguinte: DECLARAÇÃO: Declaro para todos os fins e efeitos de direito que o levantamento topográfico foi realizado exclusivamente para comprovar a atualização dos limites do imóvel em questão. Verificado a qualquer tempo não serem verdadeiras os fatos constantes do memorial descritivo e planta, responderá(ão) o(a–s) o(s) requerente(s) e o profissional que o elaborou pelos prejuízos causados, independentemente das sanções disciplinares e penais. INCLUSÃO DE ÁREA Constar que se trata de inserção que resulte de mero cálculo matemático, feito a partir das medidas perimetrais constantes do registro. Requerimento, assinado e com firma reconhecida indicando o nº do título onde deverá ser realizado o pedido (nome completo da(s) parte(s) sem a utilização de abreviatura(s), nacionalidade, estado civil, existência de união estável, filiação, profissão, CPF/CNPJ, domicílio e residência, endereço eletrônico, tudo conforme Provimento 61 do CNJ); Memorial descritivo e Planta, cujos documentos devem ser assinados pelo proprietário ou seu representante legal e pelo profissional legalmente habilitado no CREA/CAU/CFT com firma reconhecida; ART/RRT/TRT com firma reconhecida do interessado e do profissional contratado. 02/04/2022 36 AVERBAÇÃO DE CONSTRUÇÃO Art. 808 e seguintes do Provimento 08/2014; A averbação de obra de construção civil (construção tipo geminada ou qualquer outro tipo de construção, reconstrução, demolição, reforma ou ampliação de prédios ou outra benfeitoria agregada ao solo ou subsolo) será feita a requerimento do interessado, com firma reconhecida, na qual se declare ciente da necessidade de quitação de eventuais tributos na forma da legislação fiscal, instruído com documento comprobatório fornecido pela Prefeitura Municipal, a saber, “Habite– se” ou Certidão para fins de Averbação. AVERBAÇÃO DE CONSTRUÇÃO Em se tratando de imóveis tipo geminados, é necessário a apresentação de memorial descritivo e planta, com a identificação da fração ideal e se existe área comum aos imóveis geminados. 02/04/2022 37 AVERBAÇÃO DE CONSTRUÇÃO No caso de condomínio edilício: Apresentar memorial descritivo do edifício, incluindo, entre outras informações essenciais, a identificação (numeração) de cada apartamento, sua localização nos respectivos pavimentos, as vagas de garagem associadas a cada apartamento (numeração e localização – subsolo, pilotis, etc.), as vagas de garagem autônomas (numeração e localização) – se houver, além das respectivas áreas e frações ideais das unidades, o total das áreas e das frações ideais, incluindo a área total construída (que deve coincidir com a constante do CND do INSS), identificação o endereço do edifício e o número da matrícula do CRI de Imóveis competente. AVERBAÇÃO DE CONSTRUÇÃO A CND do INSS referente à construção ao ser apresentada poderá vir com a área de construção maior que a área total construída, nunca inferior; Opcionalmente, caso os dados já constem no registro da incorporação do edifício, pode a parte interessada fazer constar no requerimento que ficam ratificadas as características do referido imóvel, indicando o registro da incorporação na respectiva matrícula. 02/04/2022 38 AVERBAÇÃO DE CONSTRUÇÃO Pedido de dispensa de certidão do INSS: Que seja dispensada a apresentação da Certidãodo INSS para fins de construção, declarando estar ciente da necessidade de quitação de eventuais tributos na forma da legislação fiscal. (art. 808, Prov. 08/2014) Instrução normativa 2021/2021 Se o imóvel tiver área construída maior que a área do terreno, faz-se necessário apresentar declaração da prefeitura acerca da quantidade de pavimentos. SUSCITAÇÃO DE DÚVIDA 76 O rito do processo de dúvida estabelecido na Lei nº 6.015/73 é o procedimento legal pelo qual se submetem à apreciação judicial as exigências formuladas pelos oficiais registradores e notários nos títulos apresentados a registro, quando o interessado se recusa ou se julga impossibilitado de satisfazê–las. Art. 198 e seguintes da Lei nº. 6015/73 c/c Arts. 640 e seguintes do Provimento nº. 08/2014 02/04/2022 39 SUSCITAÇÃO DE DÚVIDA 77 A dúvida será suscitada a requerimento do interessado. O oficial anotará no protocolo, à margem da prenotação, a ocorrência de dúvida. Após certificar, no título, a prenotação e a suscitação da dúvida, rubricará todas as suas folhas. O registrador dará ciência dos termos da dúvida ao apresentante, fornecendo–lhe cópia da suscitação e notificando–o para impugná–la, perante o juízo competente, no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias. O juízo competente será o da Vara de Registros Públicos, exceto nas comarcas onde não houver Varas especializadas, sendo, nestas, competente o(a) juiz(a) titular ou substituto(a), a quem compete conhecer da matéria. SUSCITAÇÃO DE DÚVIDA 78 � A dúvida deverá ser pelo Oficial Registrador ao Juiz para que este se pronuncie sobre a legalidade da exigência feita pelo oficial e a conveniência ou não do registro. � É obrigação do oficial suscitar a dúvida com clareza e precisão, expondo os motivos jurídicos e de fato justificativos de sua oposição, não sendo suficiente a alegação de que a dúvida suscitada decorreu da omissão de requisito legal, quando essa indicação por si só não puder exprimir nada. � Se a dúvida for julgada procedente, as custas serão pagas pelo interessado; caso contrário não haverá custas a recolher. 02/04/2022 40 ATA NOTARIAL X ESCRITURA 79 Ata notarial é a narração objetiva, fiel e detalhada de fatos presenciados ou verificados pessoalmente pelo Tabelião de Notas. (Art. 465 do Provimento 08/2014). Ata notarial para fins de usucapião extrajudicial (Art. 466 e seguintes do Provimento 08/2014). - A ata notarial poderá ser lavrada independentemente do preenchimento dos requisitos da usucapião extrajudicial, devendo consignar que as partes foram cientificadas de que a ata notarial não tem valor como confirmação ou estabelecimento de propriedade, servindo apenas para a instrução de requerimento extrajudicial de usucapião, que poderá tramitar em juízo na falta de requisitos do processamento perante o Registro de Imóveis. ATA NOTARIAL PARA FINS DE USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL 80 Art. 466 e seguintes do Provimento 08/2014. - A ata notarial poderá ser lavrada independentemente do preenchimento dos requisitos da usucapião extrajudicial, devendo consignar que as partes foram cientificadas de que a ata notarial não tem valor como confirmação ou estabelecimento de propriedade, servindo apenas para a instrução de requerimento extrajudicial de usucapião, que poderá tramitar em juízo na falta de requisitos do processamento perante o Registro de Imóveis. - Para a lavratura da ata notarial para fins de reconhecimento extrajudicial de usucapião, o tabelião deverá deslocar-se até o imóvel usucapiendo e verificar a exteriorização da posse, constatar fatos, examinar documentos e ouvir testemunhas. 02/04/2022 41 OUTROS PROCEDIMENTOS 81 Pedido de registro Pedido de averbação Adjudicação compulsória Artigo 1.418 do Código Civil: O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor, ou de terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e venda, conforme o disposto no instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel.” 82 “Faça o seu melhor, na condição que você tem, enquanto você não tem condições melhores para fazer melhor ainda.” (Autor desconhecido) Obrigada!
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