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Principais classes de anticorpos e mecanismos imunológicos envolvidos

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Principais classes de anticorpos e mecanismos imunológicos envolvidos 1
Principais classes de anticorpos 
e mecanismos imunológicos 
envolvidos
Imunoglobulina é PROTEÍNA formada por 4 cadeias polipeptídicas, não célula, e é 
formada por PLASMÓCITOS (Linfócitos B após diferenciação).
4 cadeias = 2 grandes e pesadas + 2 pequenas e leves
grandes - não mudam (são constantes)
pequenas - são variáveis e determinam o tipo de imunoglobulina
O anticorpo pode ter um ou mais efeitos sobre o patógeno, mas a maioria das 
interações de anticorpos não mata diretamente o microrganismo. Muitos anticorpos 
bloqueiam as interações entre os patógenos ou seus produtos e as células 
hospedeiras.
IgG
Mais encontrados (75%)
Tem 4 tipos
Participa de reações inflamatórias
Combate toxinas liberadas pelo 
antígeno
Atravessa a placenta e chega no 
feto
Anticorpo tardio = aparece no 
final da infecção
Faz parte da resposta secundária
Ativam o sistema complemento
IgM
Faz parte da resposta primária
Se o exame sorológico der 
positivo, significa que o agente 
patogênico ainda está ativo no 
corpo
Resposta aos antígenos do grupo 
sanguíneo ABO
IgE IgA IgD
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Pequenas 
quantidades no 
soro
Aparece em 
processos 
alérgicos, 
verminosos e 
protozooses
Se liga aos 
basófilos e 
mastócitos 
(alergia)
Atrai complemento 
e células 
fagocíticas
Encontrado em 
secreções 
corporais (saliva, 
muco, lágrimas, 
leite materno e 
fluidos nasais)
Protege contra 
invasão viral e 
bacteriana via 
mucosa
Quantidade muito 
pequena
Fica na membrana 
dos linfócitos B
Ajuda na 
diferenciação deles 
em plasmócitos 
induzida por 
antígenos
📢 Se altas concentrações de IgM contra um patógeno são detectadas em um 
paciente, provavelmente a doença observada é causada por aquele 
patógeno. A detecção de IgG, que é de vida relativamente longa, deve 
indicar apenas que a imunidade contra um patógeno em particular foi 
adquirida há mais tempo.
A resposta humoral (mediada por anticorpos) é realizada pelos anticorpos. Os 
anticorpos são produzidos por um grupo especial de linfócitos, chamados de células B. 
O processo que induz a produção de anticorpos se inicia quando as células B são 
expostas a antígenos livres, ou extracelulares.
1. Quando uma célula B inativa encontra um antígeno que pode se ligar ao seu 
receptor de superfície em particular, ela o interioriza e o processa, apresentando os 
fragmentos antigênicos ligados às moléculas de MHC classe II. Isso, por sua vez, 
atrai células T auxiliares até as células B.
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2. A célula T auxiliar entra em contato com o fragmento antigênico apresentado na 
superfície da célula B e inicia a produção de citocinas, que ativam a célula B.
3. A célula B prolifera-se em um grande clone de células. Algumas dessas células se 
diferenciam em plasmócitos produtores de anticorpos. Outros clones se tornam 
células de memória de vida longa.
O conjunto de células B do organismo não apresenta muitas células que reagem de 
forma nociva contra os tecidos do hospedeiro ou contra tecidos próprios. Essas células 
normalmente são eliminadas no estágio de linfócito imaturo pelo processo de deleção 
clonal.
A ligação de um anticorpo a um antígeno protege o hospedeiro ao marcar células e 
moléculas estranhas para a destruição por fagócitos e pelo complemento. A molécula 
de anticorpo em si não é prejudicial ao antígeno. Organismos e toxinas exógenas são 
neutralizados por apenas alguns mecanismos. Esses mecanismos são aglutinação, 
opsonização, neutralização, citotoxicidade celular dependente de anticorpo e ativação 
do complemento, levando à opsonização, à inflamação e à lise celular.
Na aglutinação, os anticorpos induzem a agregação dos antígenos.
Na opsonização, um antígeno, como uma bactéria, é revestido por anticorpos, ou 
proteínas do complemento, que intensificam a sua ingestão e lise pelas células 
fagocíticas.
A citotoxicidade mediada por célula dependente de anticorpo assemelha-se à 
opsonização no fato de que o organismo-alvo é revestido por anticorpos; 
entretanto, a célula-alvo é destruída pelas células do sistema imune que 
permanecem externas a ela.
Na neutralização, anticorpos IgG inativam os micróbios através do bloqueio de sua 
adesão às células hospedeiras, e neutralizam toxinas de maneira similar.
Por fim, anticorpos IgG ou IgM podem desencadear a ativação do sistema 
complemento. Por exemplo, a inflamação é causada por uma infecção ou um 
dano ao tecido. Um aspecto da inflamação é que ela frequentemente provoca o 
revestimento dos micróbios localizados na área inflamada por determinadas 
proteínas. Por sua vez, isso leva à fixação do micróbio ao complexo complemento-
anticorpo. Esse complexo desintegra o micróbio, que, então, atrai os fagócitos e 
outras células defensivas do sistema imune àquela área.
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As proteínas do complemento ligam-se a superfície do patógeno, atraídas por 
anticorpos IgM ou IgG ligados a ele. As proteínas do complemento, concentradas 
na superfície celular pelo anticorpo, podem provocar dois efeitos possíveis no 
patógeno. Primeiro, as proteínas do complemento podem formar um poro na 
membrana citoplasmática do patógeno, lisando diretamente a célu-la. Essa 
interação complemento-anticorpo afeta apenas aque-las células patogênicas com 
anticorpos ligados.
O segundo efeito da ligação do complemento é a estimulação da fagocitose. As 
proteínas do complemento associadas ao patógeno são reconhecidas por 
receptores do complemento denominados receptores de C3 (C3R) encontrados na 
superfície de fagócitos, como neutrófilos e macrófagos. Essa interação resulta na 
opsonização e fagocitose de células sensibilizadas por anticorpos e complemento.
Referências:
TORTORA, G. J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. 12ª ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2016.
MADIGAN, M.T.; MARTINKO, J.M.; BENDER, K.L. Microbiologia de Brock. 14ª ed. 
Artmed, 2016.

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