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Resposta Imune Humoral e Resposta aos patógenos

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1 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP 
Resposta Imune Humoral e Resposta aos patógenos 
A imunidade humoral é mediada por anticorpos 
secretados, produzidos pelas células B. 
Visão geral da resposta imune humoral 
As principais características da ativação das células B 
e da produção de anticorpos são: 
- A ativação de células B resulta em sua proliferação, o 
que leva à expansão clonal, seguida por 
diferenciação, culminando na geração de 
plasmócitos secretores de anticorpos e células B de 
memoria: o antígeno se liga as imunoglobulinas M e D 
presentes nas membranas das células B virgens e as 
ativa. A ativação leva a proliferação de células 
específicas para os antígenos e a sua diferenciação, 
gerando plasmócitos secretores de anticorpos e 
células B de memoria. Algumas células B ativadas 
passam a produzir outros tipos de anticorpos, além do 
IGM e do IGD, em um processo chamado de troca de 
isotipo de cadeia pesada. Os anticorpos se ligam a 
antígenos com afinidade crescente e passam a 
dominar a resposta, em um processo chamado 
maturação de afinidade; 
 
- O tipo e a quantidade de anticorpos produzidos 
variam de acordo com o tipo de antígeno que induz a 
resposta imune, o envolvimento de células T, exposição 
previa ao antígeno e o local anatômico qual ocorre a 
ativação; 
- As respostas de anticorpos a antígenos proteicos 
requerem que o antígeno seja internalizado por células 
B especificas, processados e seus peptídeos 
apresentados aos linfócitos T auxiliares CD4, que por 
sua vez ativam as células B: por essa razão, as 
proteinas são classificadas como antígenos T 
dependentes; 
- As respostas de anticorpos para antígenos 
multivalentes não proteicos com determinantes 
repetitivos, tais como polissacarídeos, alguns lipídios e 
ácidos nucleicos, não requerem a participação de 
linfócitos T auxiliares antígeno-específicos: eles são 
chamados de antígenos T independentes; 
- As células B ativadas se diferenciam em plasmócitos 
secretores de anticorpos; 
- Algumas linhagens de células B ativadas de forma T 
dependente podem se diferenciar em células de 
memoria: essas células B de memoria sobrevivem em 
um estado de repouso, sem secretar anticorpos; 
- A troca do isotipo e a maturação da afinidade são 
caracteristicamente observadas em respostas imunes 
humorais T dependentes a antígenos proteicos; 
- As respostas humorais primárias e secundárias contra 
antígenos proteicos diferem qualitativamente e 
quantitativamente: as respostas imunes primárias 
resultam da ativação de células B imaturas, enquanto 
a secundaria ocorrem após a estimulação dos clones 
expandidos de células B de memoria. Logo, a resposta 
secundária se desenvolve mais rapidamente e com 
quantidades maiores de anticorpos; 
 
- Subpopulações distintas de células B respondem 
preferencialmente a diferentes tipos de antígenos. 
Reconhecimento do antígeno e ativação da célula B 
induzida pelo antígeno 
Para iniciar as respostas de anticorpos, os antígenos 
precisam ser capturados e transportados para áreas 
onde ficam as células B nos órgãos linfoides. Os 
antígenos, então, iniciam o processo de ativação das 
células B. 
Captura do antígeno e apresentação para a célula B: 
A maior parte dos linfócitos B virgens maduros são 
células foliculares que recirculam continuamente no 
sangue e migram de um órgão linfoide secundário 
para o seguinte em busca de antígeno. Eles entram 
nos tecidos linfoides secundários (baços, linfonodos, 
tecidos linfoides da mucosa) através de vasos 
sanguíneos localizados nas zonas das células T e, em 
seguida, migram para os folículos, zonas de células B 
desses tecidos. 
Os antígenos que entram atravessando uma barreira 
epitelial e aqueles que se encontram na circulação 
são coletados e levados para os folículos por diversos 
mecanismos: 
- Transportados para os linfonodos por vasos linfáticos 
aferentes; 
 
2 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP 
- Macrófagos capturam grandes microrganismos e 
complexos antígenos-anticorpos e os apresentam nos 
folículos; 
- Antígenos de imunocomplexos podem se ligar aos 
receptores do complemente em células B e estas 
células podem transferir os antígenos para as células B 
foliculares; 
- Podem se ligar ao receptor de complemento nas 
células dendríticas e assim serem apresentados às 
células B antígeno-específicas; 
- Patógenos transportados pelo sangue podem ser 
capturados por células dendríticas e transportados 
para o baço; 
- Antígenos de polissacarídeos podem ser capturados 
por macrófagos e apresentados ou transferidos para as 
células B. 
Em todos esses casos, o antígeno que é apresentado 
às células B está em sua conformação nativa, intacta 
e não é processado por células apresentadoras de 
antígenos. Isso é uma das diferenças mais importantes 
entre as formas de reconhecimento de antígenos por 
linfócitos B e T. 
Ativação da célula B por antígenos e outros sinais: O 
antígeno e as citocinas desempenham um papel 
importante na sobrevivência das células B imaturas. 
A ativação dos linfócitos B antígeno-específicos é 
iniciada pela ligação dos antígenos às moléculas de Ig 
de membrana que, em conjunto comas proteinas 
associadas IG alfa e beta, constituem o complexo 
receptor de antígeno de células B maduras: 
- A ligação do antígeno ao receptor libera sinais 
bioquímicos às células B, que iniciam o processo de 
ativação; 
- Segundo, o receptor internaliza o antígeno ligado e, 
vesículas endossomais e, se o antígeno for uma 
proteína, ele é processado em peptídeos que podem 
ser apresentados na superfície da célula B para o 
reconhecimento por células T auxiliares. 
A ativação da célula B é facilitada pelo correceptor 
CR/CD21 em células B que reconhece fragmentos de 
complemento covalentemente ligados ao antígeno ou 
que fazem parte dos imunocomplexos contendo 
antígenos. 
Os produtos microbianos, por sua vez, se acoplam aos 
receptores do tipo Toll nas células B, o que aumenta a 
ativação da célula B. 
Respostas funcionais das células B a antígenos: A 
ligação cruzada do receptor do antígeno pode 
estimular diversas alterações nas células B. 
- Em resposta a antígenos multivalentes, as células que 
se encontravam em repouso entram no estagio G1 do 
ciclo celular, gerando aumento do tamanho celular, 
do RNA citoplasmático e na biossíntese de organelas; 
- Aumento da expressão de MHC; 
- A expressão de receptores para várias citocinas fica 
aumentada, o que permite que linfócitos B estimulados 
pelos antígenos respondam às citocinas secretadas 
pelas células T auxiliares. 
Respostas de anticorpos dependentes de células T 
auxiliares a antígenos proteicos 
Sequencia de eventos durante a resposta de 
anticorpos dependente de células T: Antígenos 
proteicos são reconhecidos por linfócitos B e T 
específicos nos órgãos linfoides periféricos e as 
populações de células ativadas se reúnem nesses 
órgãos para iniciar as respostas imunes humorais: 
- A interação entre as células T auxiliares e os linfócitos 
B é iniciada pelo reconhecimento do mesmo antígeno 
proteico pelos dois tipos celulares; 
- As células T CD4 imaturas são ativadas pelo antígeno, 
por meio da apresentação de células dendríticas e 
então se diferenciam em células T auxiliares; 
- As células B imaturas são ativadas pelo mesmo 
antígeno que foi transportado para lá; 
- As células T auxiliares e as células B ativadas migram 
em direção uma à outra e interagem nas bordas dos 
folículos, onde a resposta inicial de anticorpo se 
desenvolve; 
- Algumas células migram para formar centros 
germinativos, nos quais uma resposta de anticorpos 
mais especializada é montada. 
 
Ativação inicial e migração de células B e T auxiliares: 
A ativação de células B e T específicas para o mesmo 
antígeno é essencial para a interação funcional entre 
essas duas células e as aproxima para aumentar a 
probabilidade de encontro entreelas. Isso é regulado 
após o reconhecimento do antígeno. 
 
3 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP 
- As células T auxiliares regulam negativamente o 
receptor quimioquina CCR7 e aumentam a expressão 
de CXCR5 e como resultado deixa a zona da célula T e 
migram para o folículo; 
OBS: CXCR5 atrai células T auxiliares ativadas para o 
folículo; 
- O resultado final dessas alterações é a atração mútua 
dos linfócitos B ativados e T pelo antígeno. 
 
Apresentação de antígeno pelas células B e o efeito 
carreador de Haptenos: Antígenos proteicos que são 
reconhecidos por receptores antigênicos específicos 
da célula B são endocitados e processados para gerar 
peptídeos que se ligam a moléculas de MHC classe II e 
são apresentadas às células T CD4. 
- Os peptídeos apresentados pela célula B a uma 
célula T auxiliar são os mesmo peptídeos que ativaram 
inicialmente o precursor virgem das células CD4 
quando foram apresentados pelas células dendríticas. 
Assim, um antígeno proteico que provoca uma 
resposta T dependente da célula B utiliza pelo menos 
dois epítopo na superfície para a ativação das células 
B: 
 Um epítopo de alta especificidade por uma 
célula B; 
 Um epítopo de peptídeo linear interno que é 
posteriormente liberado ligando-se a 
moléculas de MHC de classe II e é 
reconhecido pelas células T auxiliares. 
Os princípios delineados para a colaboração entre as 
células T e B ajudam a explicar um fenômeno 
conhecido como efeito Hapteno-carreador. 
- Hapteno são pequenas substâncias químicas que 
podem ser ligadas por anticorpos específicos, mas não 
são imunogênicas por si mesmas. Se, no entanto, os 
Haptenos forem acoplados a proteinas, que servem 
como carreadores, os conjugados são capazes de 
induzir respostas de anticorpos contra Haptenos. 
Existem 3 características importantes de respostas de 
anticorpos anti-haptenos: 
 Essas respostas requerem a existência de 
células B específicas para o Hapteno e, 
simultaneamente, células T auxiliares 
específicas para a proteína (carreador). 
 Para estimular uma resposta, as porções do 
Hapteno e do carreador precisam estar 
fisicamente ligadas e não podem ser 
administradas separadamente. 
 A interação é restrita ao MHC de classe II, ou 
seja, as células T auxiliares cooperam apenas 
com os linfócitos B que expressam moléculas 
de MHC classe II. 
OBS: O Hapteno é responsável pela internalização 
eficiente da proteína carreadora para dentro da 
célula B. 
Papel do CD40L: Na ativação, as células T auxiliares 
expressam o ligante de CD40 (CD40L), o qual se 
acopla ao seu receptor CD40 em células B estimuladas 
por antígenos e induz a proliferação e diferenciação 
da célula B. O mecanismo é propiciado por uma 
cascata enzimática, que gera ativação e a 
translocação nuclear de fatores de transcrição, 
gerando um aumento da síntese e de secreção de Ig. 
Além disso, a ativação de células B pelo CD40L em 
células T auxiliares, estas células secretam citocinas 
que contribuem para as respostas das células B. Após a 
interação inicial entre as células B e T auxiliares na 
interface entre folículo e a zona de célula T, a ativação 
subsequente das células B pode ocorrer em um foco 
extrafolicular ou no centro germinativo. 
- Ativação de células B extrafoliculares: fornece uma 
resposta precoce de anticorpos a antígenos proteicos 
e ajusta-se à formação da resposta do centro 
germinativo, a qual é desenvolvida mais lentamente, 
mas também é mais eficiente. 
 Há uma produção de anticorpos de baixa 
afinidade que podem circular e limitar a 
propagação de uma infecção. Algumas 
células B ativadas pelo antígeno no foco 
extrafolicular também podem retornar ao 
folículo e participar na formação do centro 
germinativo. 
- Reação no centro germinativo: os eventos 
característicos de respostas humorais dependentes das 
células T auxiliares, incluindo a maturação da 
afinidade, troca do isotipo e a geração de plasmócitos 
e células B de memoria de vida longa, ocorrem 
principalmente em estruturas organizadas 
denominadas centros germinativos, que são criados 
dentro dos folículos linfoides durante as respostas 
imunes T dependentes. 
 Alguns dias depois do inicio da resposta T 
dependente, algumas células B que são 
ativadas em focos extrafoliculares migram de 
volta para o folículo e começar a se proliferar 
rapidamente, formando uma região distinta do 
folículo. Cada centro contém células 
derivadas de um único clone ou de poucos, 
de células B específicas para o antígeno. 
 
4 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP 
 A arquitetura dos folículos linfoides e a reação 
do centro germinativo no interior dos folículos 
dependem da presença de células dendríticas 
foliculares, as quais estão envolvidas na 
apresentação de antígenos para a seleção de 
células B do centro germinativo. 
 Processo: as células B em proliferação 
acumulam-se na zona escura do centro 
germinativo, onde não há células dendríticas 
foliculares e nem células T; pequena 
quantidade de células B migra para a zona 
clara, onde entram em contato com células T. 
 
Indução de células T auxiliares foliculares: Após alguns 
dias da exposição ao antígeno, as células B ativadas 
específicas para o antígeno induzem algumas células T 
previamente ativadas para que se diferenciem em 
células T capazes de expressar altos níveis do receptor 
de quimiocina CXCR5. 
OBS: A opção entre diferenciação para TH1, TH2 ou 
TH17 por um lado ou para TFH por outro, depende, em 
parte, da força da interação inicial entre o complexo 
peptídeo- MHC de classe II sobre as células dendríticas 
e do receptor de células T em células T CD4 imaturas. A 
forte ativação do TCR por células dendríticas induz a 
expressão do repressor transcricional BCL6 e baixos 
níveis de cadeia alfa do receptor de IL2, o que inibe a 
aquisição de um fenótipo TH1, TH2 ou TH17. A citocina 
que define a diferenciação das células TFH é a IL21. 
Troca de isotipo (classe) da cadeia pesada: Em 
respostas T dependentes algumas células das 
progênies de células B ativadas expressam IGM e IGD 
sofrem troca do isotipo (classe) da cadeia pesada e 
produzem anticorpos com cadeias pesadas de 
diferentes classes, tais como y, alfa e u. Esse 
mecanismo ocorre frequentemente nos centro 
germinativos sob influência das células TFH. 
OBS: A troca do isotipos dos anticorpos alteram as 
cadeias pesadas, mas a especificidade dos anticorpos 
permanece inalterada. 
OBS1: Estrutura do anticorpo: 
 
- Processo responsável pela mudança: 
 A troca do isotipo em resposta a diferentes 
microrganismos é regulada por citocinas 
produzidas pelas células T auxiliares ativadas 
por esses microrganismos: o INF-gama induz a 
troca para a classe IGG em células B e a IL4 
induz à troca para IGE. Além disso, as células B 
em diferentes locais anatômicos mudam para 
diferentes isotipos, em parte por causa das 
citocinas localmente produzidas; 
 
 Os sinais do CD40 trabalham em conjunto cm 
citocinas para induzir a troca de isotipo; 
 O mecanismo molecular da troca é um 
processo chamado de recombinação de 
troca, na qual o DNA da cadeia pesada de IG 
em células B é cortado e recombinado de 
modo que um éxon previamente formado que 
codifica domínio V é posto em uma posição 
adjacente a uma região C subsequente e o 
DNA intercalado entre essas regiões é 
excluído. 
 A enzima necessária para a troca de isotipo é 
a deaminase induzida por ativação (AID). 
OBS: Maturação de afinidade: É o processo que 
conduz a um aumento da afinidade de anticorpos a 
um determinado antígeno, conforme progride a 
resposta humoral T dependente e é resultado da 
mutação somática dos genes IG seguida pela 
sobrevivência seletiva das células B produtoras de 
anticorpos com maior afinidade. Em células B no 
centro germinativo em proliferação presente na zona 
escura, os genes V de Ig sofrem mutações pontuais em 
umataxa extremamente elevada. Porém, muitas 
mutações podem gerar diminuição ou até mesmo 
perda da capacidade de ligação ao antígeno. Por 
isso, o próximo passo é a seleção das células B de alta 
afinidade. 
 
5 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP 
 As células B de alta afinidade terão 
preferencia na endocitose a apresentação do 
antígeno assim, também terão preferencia na 
interação com o limitado numero de células 
TFH no centro germinativo. 
 As células B de alta afinidade podem ativar 
inibidores de Fas, ficando protegidas da morte 
por apoptose. 
 Quanto mais anticorpos são produzidos, mais 
antígeno é eliminado e, portanto, menos 
disponível no centro germinativo. Logo, as 
células B precisam ser capazes de se ligar com 
alta afinidade. 
 A mutação somática ocorre na zona escura 
basal dos centros, as quais possuem AID 
nuclear. 
 As quebras de DNA associadas à 
hipermutação somática e à troca de isotipo 
definem o cenário para translocações de 
genes, produzindo tumores de células B 
(linfomas). 
 
Diferenciação da célula B em Plasmócitos secretores 
de anticorpos: Os plasmócitos são células B 
terminalmente diferenciadas, morfologicamente 
distintas, comprometidas com a produção de 
anticorpos. Elas são geradas após a ativação de 
células B, por meio de sinais do BCR, CD40, TLRS e 
outros receptores, incluindo os receptores de citocinas. 
- Os plasmócitos de vida curta são gerados durante as 
respostas T independentes e no inicio das respostas T 
dependentes. 
- Os plasmócitos de vida longa são gerados em 
respostas T dependentes a antígenos proteicos nos 
centro germinativos. Os sinais do receptor de antígeno 
das células B e a IL21 cooperam na geração de 
plasmócitos e de seus precursores, chamados 
plasmoblastos. Eles são gerados no centro germinativo 
e entram na circulação e são direcionados para 
medula óssea, onde se diferenciam em plasmócitos de 
vida longa. 
A diferenciação das células B em plasmócitos 
secretores de anticorpos envolve grandes alterações 
estruturais nos componentes do RE e da via secretora, 
além do aumento da produção de IG e uma 
alteração nas cadeias pesadas de IG e na forma 
ligada à membrana para a forma secretada. 
- A célula aumenta de tamanho; 
- O RE torna-se proeminente e a célula é transformada 
em célula secretora. 
- A mudança na produção de IG da forma de 
membrana (característica de célula B) para a forma 
secretada (nos plasmócitos) é o resultado de 
modificações na extremidade caboxiterminal da 
cadeia pesada de IG. 
Geração de células B de memoria: As células B de 
memoria são geradas durante a reação do centro 
germinativo e são capazes de fazer respostas rápidas à 
introdução subsequente do antígeno. 
Como as células de memoria são geradas 
principalmente em centros germinativos, elas são 
observadas em respostas imunes T dependentes. 
Essas células de memoria expressam altos níveis de 
proteína antiapoptótica BCL2, o que contribui para seu 
período de vida longa. 
OBS: Vacinas eficazes contra microrganismos e toxinas 
microbianas devem induzir tanto a maturação de 
afinidade quanto a formação de células B de memória 
e esses eventos só ocorrem se as vacinas forem 
capazes de ativar as células T auxiliares. 
 As vacinas conjugadas são aquelas que o 
polissacarídeo é ligado covalentemente a 
uma proteína estranha para formar o 
equivalente a um conjugado Hapteno-
carreador e assim serem capazes de ativar as 
células T auxiliares. 
Papel dos regulares transcricionais na determinação 
do destino das células B ativadas: O resultado da 
diferenciação de células B é regulado pela indução e 
ativação de diferentes fatores de transcrição. Fica 
claro que as células B ativadas podem seguir vários 
destinos: 
- Se desenvolver como plasmócitos de vida curta ou 
longa, as quais produzem anticorpos; 
- Células de memoria de vida longa, as quais não 
secretam anticorpos, mas sobrevivem por períodos 
prolongados e respondem rapidamente ao antígeno. 
Os principais fatores envolvidos na determinação do 
destino das células B do centro germinativos são: 
- BCL6: funciona como um repressor transcricional para 
manter a reação do centro germinativo, 
particularmente a proliferação massiva das células B. 
Além disso, o BLC6 reprime a expressão de inibidores 
da quinase dependentes de ciclinas, inibe a P53. 
 
6 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP 
Como resultado, os centros podem tolerar danos ao 
DNA acompanhados com hipermutação somática e a 
troca de isotipo e não entram em apoptose. Por fim, o 
BCL6 antagoniza um repressor transcrional, o qual é 
requerido para o desenvolvimento de plasmócitos, o 
que evita que as células do centro germinativo se 
diferenciem em plasmócitos durante a proliferação 
maciça, característica da reação do centro 
germinativo. 
- Blimp-1 e IRF4: o blimp-1 é um repressor de transcrição 
e o IRF4 é um ativador de transcrição. Logo, o Blimp-1 é 
permissivo para o desenvolvimento dos plasmócitos. 
Respostas de anticorpos a antígenos T independentes 
Muitos antígenos não proteicos, tais como 
polissacarídeos e lipídios, estimulam a produção de 
anticorpos na ausência de células T auxiliares e esses 
antígenos e as respostas que eles produzem são 
denominadas timo-independentes ou T 
independentes. Os anticorpos produzidos por esses 
mecanismos geralmente: 
- Baixa afinidade; 
- Consistem principalmente de IGM, com troca limitada 
para IGG e IGA. 
As respostas de anticorpos T independentes podem ser 
iniciadas no baço, medula óssea, cavidade peritoneal 
e mucosa. 
Mecanismo de respostas de anticorpos T 
independentes: Antígenos T independentes são 
capazes de estimular a proliferação e a diferenciação 
das células B na ausência de células T auxiliares. 
- Os antígenos T1 são os mais importantes, os quais não 
podem ser processados e apresentados em 
associação a moléculas de MHC e, portanto, não 
podem ser reconhecidos pelas células T auxiliares CD4. 
Esses antígenos induzem ligação cruzada através do 
BCR em células B especificas, levando a ativação sem 
necessidade de células T auxiliares. Além disso, muitos 
polissacarídeos presentes nesses antígenos ativam o 
sistema complemente via alternativa, gerando C3D, 
que se liga ao antígeno e é reconhecido por CR2, 
aumentando assim a ativação de células B. 
Proteção mediada por anticorpos T independentes: O 
significado prático de antígenos T1 é que muitos 
polissacarídeos da parede celular bacteriana 
pertencem a esta categoria e a imunidade humoral é 
o principal mecanismo de defesa do hospedeiro 
contra infecções por essas bactérias encapsuladas. 
Além disso, antígenos T1 também contribuem para a 
geração de anticorpos naturais, que se encontram 
presentes na circulação de indivíduos normais e são 
aparentemente produzidos sem exposição ostensiva a 
patógenos. 
Retroalimentação de anticorpos: regulação da 
resposta imune humoral por receptores FC 
Os anticorpos secretados inibem a continuidade da 
ativação de células B através da formação de 
complexos antígeno-anticorpos que simultaneamente 
se ligam aos receptores de antígeno e receptores FCY 
inibitórios em células B específicas ao antígeno. 
Mecanismos efetores da Imunidade Humoral 
A imunidade humoral é mediada por anticorpos 
secretados e sua função fisiológica é a defesa contra 
microrganismos extracelulares e toxinas microbianas. 
Esse tipo de imunidade contrasta com a imunidade 
mediada por células, que é o outro braço efetor da 
imunidade adaptativa, a qual é mediada por linfócitos 
T e a função é a eliminação de microrganismos que 
infectam as células hospedeiras e nelas vivem. 
- A imunidade humoral pode ser transferida através do 
soro. 
- Os microrganismos combatidos são: bactérias 
extracelulares, vírus, fungos. 
 
Visão geral da imunidade humoral: 
- As principais funções dos anticorpos são neutralizar e 
eliminar microrganismosinfecciosos e toxinas 
microbianas; 
- Os anticorpos são produzidos por plasmócitos nos 
órgãos linfoides secundários e na medula óssea e 
realizam suas funções efetoras em locais distantes de 
onde são produzidos; 
- Os anticorpos que medeiam a imunidade protetora 
podem ser derivadas de plasmócitos produtores de 
anticorpos de vida curta ou longa: a primeira 
exposição ao antígeno leva à ativação de linfócitos B 
virgens e sua diferenciação em plasmócitos secretores 
de anticorpos e células de memoria. 
 
7 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP 
 Os plasmócitos gerados em uma resposta 
imune ou aqueles provenientes de células B da 
zona marginal ou células B-1 em respostas 
imunes T independentes tendem a ser 
plasmócitos de vida curta; 
 Plasmócitos secretores de anticorpos de alta 
afinidade, que sofreram mudança de classe e 
são produzidos no centro germinativo durante 
as respostas T dependentes tendem a ser 
plasmócitos de vida longa. 
- Muitas das funções efetoras dos anticorpos são 
mediadas pelas regiões constantes da cadeia pesada 
das moléculas de IG, e os diferentes isotipos de cadeia 
pesada possuem distintas funções efetoras; 
 
- Apesar de muitas funções efetoras dos anticorpos 
serem mediadas pelas regiões constantes da cadeia 
pesada Ig, todas elas são desencadeadas pela 
ligação do antígeno às regiões variáveis. 
Neutralização de microrganismos e toxinas 
microbianas: os anticorpos contra microrganismos e 
toxinas microbianas bloqueiam a ligação desses 
agentes e suas toxinas aos receptores celulares. Dessa 
maneira, os anticorpos inibem ou neutralizam a 
infectividade de microrganismos, bem como os 
potenciais efeitos lesivos das toxinas. Em alguns casos, 
os anticorpos podem se ligar aos microrganismos e 
induzir alterações conformacionais em moléculas de 
superfície que impedem a interação dos agentes com 
receptores celulares. 
Opsonização e fagocitose mediada por anticorpos: Os 
anticorpos IGg cobrem (opsonizam) os microrganismos 
e promovem sua fagocitose por meio da ligação de 
receptores FC nos fagócitos. 
Receptores FC em leucócitos: os leucócitos expressam 
receptores FC que se ligam às regiões constantes de 
anticorpos e, assim, promovem a fagocitose de 
partículas cobertas de IG e liberam sinais que regulam 
as atividades dos leucócitos, além de outros receptores 
de FC mediarem o transporte de anticorpos para 
diversos locais. 
- A ligação dos receptores FC em fagócitos a 
partículas multivalentes revestidas de anticorpos leva à 
internalização dessas partículas e à ativação de 
fagócitos. 
OBS: O receptor FCyRIIB é um receptor inibitório de FC, 
está expresso em macrófagos, mastócitos, células 
dendríticas e neutrófilos e pode exercer papel na 
regulação das respostas dessas células. 
Citotoxicidade mediada por células dependente de 
anticorpos: as células NK e outros leucócitos se ligam a 
células revestidas com anticorpos pelos receptores e 
FC e as destroem. 
Eliminação de Helmintos mediada por anticorpo: 
alguns parasitas helmínticos são eliminados pela ação 
conjunta de anticorpos, eosinófilos e mastócitos, que 
medeiam a morte e a expulsão desses parasitas. Os 
helmintos são muito grandes para serem internalizados 
por fagócitos. Eles podem, no entanto, serem mortos 
por uma proteína conhecida como proteína básica 
principal, presente nos grânulos dos eosinófilos. 
Anticorpos IGE e, em menor extensão, anticorpos IGG 
e IGA que revestem os helmintos podem se ligar a 
receptores FC em eosinófilos e provocar 
desgranulação dessas células. Além disso, os 
anticorpos que reconhecem antígenos sobre a 
superfície dos helmintos podem iniciar a 
desgranulação dos mastócitos locais, levando a uma 
bronconstrição e aumento da motilidade local, 
contribuindo para a expulsão de vermes de locais 
como VA e TGI. 
 
Imunidade aos microrganismos: 
Visão geral: O sistema imune inato fornece a defesa 
inicial e o sistema imune adaptativo proporciona uma 
resposta mais forte e sustentada. Esse sistema imune 
responde de maneira especializada e distinta a 
diferentes tipos de microrganismos, a fim de combater 
da maneira mais eficaz possível. 
A sobrevivência e a patogenicidade dos 
microrganismos em um hospedeiro são criticamente 
influenciadas pelas capacidades os microrganismos 
para evadir-se ou resistir aos mecanismos efetores da 
imunidade. 
 
8 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP 
Temos que, muitos microrganismos estabelecem 
infecções latentes ou persistentes, nas quais a resposta 
imune controla, mas não elimina esse microrganismo. 
- Nas infecções virais latentes, o DNA viral pode ser 
integrado ao DNA de células infectadas, mas nenhum 
vírus infectante é produzido. 
- Nas infecções bacterianas persistentes, tuberculose, 
por exemplo, as bactérias podem sobreviver dentro 
das vesículas endossomais das células infectadas. Se o 
sistema imune se torna deficiente, o microrganismo 
latente pode ser reativado resultando em infecção. 
OBS: Defeitos hereditários e adquiridos na imunidade 
inata e adaptativa são importantes causas de 
susceptibilidade a infecções. 
Imunidade contra bactérias extracelulares: 
As bactérias extracelulares são capazes de se replicar 
fora das células hospedeiras: no sangue e os espaços 
residuais. Muitas são patogênicas e a doença pode ser 
causada por 2 mecanismos principais: 
- Induzem a inflamação  lesão tecidual; 
- Produzem toxinas: endotoxinas (componentes da 
parede) e exotoxinas (produzidas pela bactéria). 
Imunidade inata contra bactérias extracelulares: 
- Os peptideoglicanos na parede celular das bactérias 
gram-positivas e o LPS em gram-negativas ativam o 
sistema complemento pela via alternativa. (Caso a 
bactéria apresente manose, ativa o sistema completo 
por via lectina). 
- Há opsonização e fagocitose das bactérias. O 
complexo de ataque à membrana (MAC) gerado pela 
ativação do complemento leva à lise de bactérias e os 
subprodutos do complemento estimulam resposta 
inflamatória, recrutando e ativando leucócitos. 
- Há ativação dos fagócitos (macrófagos e neutrófilos) 
que utilizam: de receptores de superfície, receptores 
FC e receptores de complemento. 
Imunidade adaptativa contra bactérias extracelulares: 
há produção de anticorpos, em que os mecanismos 
efetores desses são: 
 Neutralização; 
 Opsonização e fagocitose mediada por 
receptores FC; 
 Ativação do complemento via clássica. 
 
Além disso, há a ativação das células T CD4 que levam 
a: 
- Produção de citocinas  inflamação; 
- Produção de IFN-y  ativação de macrófagos  
fagocitose e destruição bacteriana e viral; 
- Outras citocinas que estimulam a produção de 
anticorpos. 
 
OBS: Efeitos prejudiciais: as principais consequências 
são inflamação e choque séptico. As mesmas reações 
de neutrófilos e macrófagos que agem para erradicar 
a infecção também causam danos teciduais, através 
da produção local da ERO e enzimas lisossomais. Já o 
choque séptico é uma consequência patológica 
grave da infecção disseminada por algumas bactérias. 
Sua fase inicial é causada por citocinas produzidas por 
macrófagos, os quais são ativados pelos componentes 
da parede celular bacteriana. 
OBS1: Evasão da resposta imune por bactérias 
extracelulares: bactérias com capsulas ricas em 
polissacarídeos resistem à fagocitose e são, por 
conseguinte, muito mais virulentas do que cepas 
homólogas que não possuem a capsula. Um 
mecanismo utilizado por bactérias para evadir da 
imunidade humoral é a variação de antígenos de 
superfície. 
Imunidade contra bactérias intracelulares (BICS) 
Uma característica das bactérias intracelulares 
facultativas é a sua capacidade de sobreviver e até 
mesmo de se replicar dentro de fagócitos. Uma vez 
que esses microrganismos são capazes de encontrar 
um nicho onde eles são inacessíveis a anticorpos 
circulantes, sua eliminação requer mecanismos de 
imunidadecelular. 
Imunidade inata contra bactérias intracelulares: a 
resposta imune inata contra bactérias intracelulares é 
 
9 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP 
mediada principalmente por fagócitos e células NK. As 
BICS ainda ativam células NK por induzir a expressão 
de ligantes de ativação de células NK em células 
infectadas e pela estimulação da produção de IL12 e 
IL15, pelas células dendríticas e macrófagos. As células 
NK, por sua vez, produzem IFN-y, que ativa macrófagos 
e promove a morte da bactéria fagocitadas. Assim, as 
células NK proporcionam uma defesa inicial contra 
esses microrganismos. No entanto, ela não erradica 
essas infecções, a qual é necessária a imunidade 
adaptativa mediada por células. 
 
Imunidade adaptativa celular contra bactérias 
intracelulares: a principal resposta protetora contra 
bactérias intracelulares é o recrutamento e ativação 
de fagócitos mediados por células T. As células T CD4 
ativam fagócitos, através das ações dos ligantes CD40 
e IFN-y, induzindo a produção de substâncias como 
espécies reativas de oxigênio, NO e enzimas 
lisossomais. 
- Caso os antígenos bacterianos sejam transportados a 
partir de fagossomos para o citosol ou se as bactérias 
escaparem dos fagossomos e entrarem no citoplasma 
de células infectadas, esses microrganismos não será 
mais susceptíveis a ação dos fagócitos e para a 
erradicação da infecção, as células infectadas devem 
ser destruídas por linfócitos T citotóxicos. 
- Linfócitos T CD4 imaturos podem se diferenciar em 
células TH1 que ativam os fagócitos para destruir 
microrganismos ingeridos e células TH2 que inibem esta 
via clássica de ativação dos macrófagos. 
 
OBS: Efeitos Prejudiciais: devido à evolução das BICS 
para resistir à destruição dentro dos fagócitos, elas 
muitas vezes persistem por longos períodos e causam 
estimulação antigênica crônica e a ativação de 
células T e de macrófagos, o que pode resultar na 
formação de granulomas em torno dos 
microrganismos, a qual geralmente leva a necrose do 
tecido e fibrose. 
OBS1: Evasão das respostas imune por bactérias 
intracelulares: as bactérias intracelulares 
desenvolveram várias estratégias para resistir à 
eliminação pelos fagócitos. Isso inclui a inibição da 
fusão do fagolisossomo ou escapar para o citosol. 
Imunidade contra fungos 
As infecções fungicas também podem ser chamadas 
de micoses. Diferentes fungos infectam os seres 
humanos e podem viver em tecidos extracelulares e 
dentro de fagócitos. 
Imunidade inata e adaptativa contra fungos: os 
principais mediadores da imunidade inata contra 
fungos são neutrófilos e macrófagos, sendo que os 
primeiros liberam substâncias fungicidas e fagocitam os 
fungos para morte celular. Já a imunidade adaptativa 
celular é o principal mecanismo contra infecções 
fungicas. 
Imunidade contra vírus 
Os vírus são microrganismos intracelulares obrigatórios 
que utilizam os componentes do ácido nucleico e 
maquinaria de síntese de proteinas do hospedeiro para 
se replicar e se espalhar. 
Os vírus tipicamente infectam diversos tipos de células, 
utilizando moléculas de superfície de células normais 
como receptores para sua entrada. 
Imunidade inata contra vírus: os interferon tipo I (alfa e 
beta) são produzidos por células infectadas por vírus. 
Os interferon acabam ligando-se aos receptores de 
interferon de células não infectadas próximas e ativam 
as vias de sinalização que induzem a expressão de 
diversas enzimas que interferem na replicação viral. As 
células NK destroem outras células infectadas e é um 
importante mecanismo de imunidade contra vírus no 
início do curso da infecção. 
OBS: A expressão de MHC de classe I é muitas vezes 
desligada nas células infectadas por vírus, como 
mecanismos de fuga das células T citotóxicas. Isso 
permite que as células NK destruam as células 
infectadas por ausência da molécula de classe I. 
Imunidade adaptativa contra vírus: mediada por 
anticorpos e linfócitos T citotóxicos. Em que os 
anticorpos são eficazes contra vírus apenas durante a 
fase extracelular, ou seja, no inicio do curso da 
infecção ou quando as células infectadas morrem. 
- Os anticorpos se ligam ao envelope viral ou aos 
antígenos do capsídeo e funcionam principalmente 
como anticorpos neutralizantes para impedir a fixação 
e a entrada do vírus nas células. Assim, os anticorpos 
evitam tanto a infecção inicial como a disseminação. 
Além disso, podem opsonizar partículas virais e 
promover sua depuração por fagócitos ou ainda 
 
10 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP 
ativarem o complemento. Já a eliminação do vírus que 
residem dentro das células é mediada por linfócitos T 
citotóxicos que matam as células infectadas. 
OBS: A diferenciação completa dos linfócitos T 
citotóxicos CD8 muitas vezes requer citocinas 
produzidas pelas células T CD4 auxiliares. Logo, os 
linfócitos T citotóxicos podem controlar, mas não 
erradicar a infecção. Como resultado, o vírus persiste 
nas células e quando há uma depleção do sistema 
imune há uma reativação da infecção latente. 
 
OBS: Evasão da resposta imune por vírus: os vírus 
podem alterar seus antígenos e, portanto deixarem de 
serem alvos da resposta imune. Além disso, eles 
produzem várias proteinas que bloqueiam diferentes 
etapas do processo, transporte e apresentação do 
antígeno. 
Imunidade contra parasitas 
Infecção parasitária refere-se à infecção com 
parasitas de animais, tais como protozoários, helmintos 
e ectoparasitas. A maioria das infecções parasitárias 
são crônicas, devido a fraca imunidade inata e a 
capacidade dos parasitas para fugir e resistir à 
eliminação por respostas imunes adaptativas. 
Imunidade inata contra parasitas: diferentes agentes 
parasitários ativam diferentes mecanismos da 
imunidade inata. A principal resposta é a fagocitose, 
além da secreção de substâncias microbicidas para 
matar organismos que são muito grandes para serem 
fagocitados. 
Imunidade adaptativa contra parasitas: alguns 
protozoários patogênicos evoluíram para sobreviver no 
interior das células hospedeiras. Com isso, o principal 
mecanismo de defesa contra eles é a resposta imune 
mediada por células, em particular a ativação de 
macrófagos por citocinas derivadas de células TH1. 
- Em contrapartidas, os helmintos sobrevivem em 
tecidos extracelulares e sua eliminação é dependente 
da ativação das células TH1, o que resulta na 
produção de anticorpos IGE e ativação de eosinófilos. 
OBS: Evasão da resposta imune por parasitas: os 
parasitas escapam da imunidade protetora reduzindo 
sua Imunogenicidade e pela inibição das respostas 
imunes do hospedeiro. Além de alterarem seus 
antígenos de superfície durante o ciclo de vida.

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