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EXERCÍCIOS DE INDICADORES DE SAÚDE Prof. Evelise Moraes Berlezi SITUAÇÃO PROBLEMA 1 Desde 2000 a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde vem implantando, em conjunto com as secretarias estaduais e municipais de saúde, o Sistema Nacional de Vigilância da Influenza. Com o objetivo principal de monitorar os atendimentos por Síndrome Gripal e a circulação dos principais vírus responsáveis por infecções agudas do sistema respiratório na comunidade. O BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO (BE) do Ministério da Saúde (MS) volume 50 de setembro de 2019 publicou dados das Semanas Epidemiológicas (SEs) 1 a 32 de 2019 com objetivo de disseminar as recomendações do MS para subsidiar as ações de vigilância, prevenção e controle das doenças. Abaixo a representação gráfica do comportamento da Influenza da 1 a 32 SEs. Foram confirmados da 1 a 32 SEs 4.911 casos de influenza entre os 22.870 de amostras processadas (exames laboratoriais: cultura viral e o real time-PCR). Nesse período ocorreram 29.978 casos notificados de síndrome respiratória aguda (SRAG) que atingiu indivíduos com mediana de idade de 30 anos, variando de 0 a 99 anos. Destes casos 4.911 foram classificadas como SRAG por influenza e 5.978 foram classificadas como SRAG por outros vírus respiratórios. Dentre os casos de influenza 2.610 eram influenza A (H1N1), 1.296 influenza A não subtipado, 394 influenza B e 611 influenza A(H3N2). Foram notificados 3.514 óbitos por SRAG. Do total de óbitos notificados 917 foram confirmados para vírus influenza, 589 decorrentes de influenza A(H1N1), 188 de influenza A não subtipado, 53 de influenza B e 87 de influenza A(H3N2). O coeficiente de mortalidade por influenza no Brasil está em 0,4/100 mil habitantes. 1) Qual a frequência de casos confirmados de influenza entre os casos notificados com SRAG? 2) Qual é a incidência de influenza no período de 1 a 32 SEs? 3) Calcule a incidência de influenza por tipo e subtipo e interprete os resultados. 4) Realize uma análise de letalidade por tipo e subtipo da influenza e interprete os resultados. a)Qual a frequência (medida de frequencia) de casos confirmados de influenza entre os casos notificados com SRAG? I = casos confirmados de influenza casos notificados SRAG I = 4911 = 0,16 X 100 = 16,3% 2978 b) Qual é a incidência de influenza no período de 1 a 32 SEs? I= N° de novos casos de uma doença n° de pessoas expostas ao risco I= 4911 = 0,214 x 100 = 21,47% 22870 C) Calcule a incidência de influenza por tipo e subtipo e interprete os resultados. INFLUENZA A H1N1 CI= N° de novos casos de uma doença == 2610 x 100 = 53,14% n° de pessoas expostas ao risco 4911 INFLUENZA A NÃO SUBTIPADO CI= N° de novos casos de uma doença == 1296 x 100 = 26,38% n° de pessoas expostas ao risco 4911 INFLUENZA B CI= N° de novos casos de uma doença == 394 x 100 = 8% n° de pessoas expostas ao risco 4911 INFLUENZA H3N2 CI= N° de novos casos de uma doença == 611 x 100 = 12,44% n° de pessoas expostas ao risco 4911 Os dados mostram que a influenza H1N1 é o ttipo de influenza de maior incidências na população nessas 32SEs Realize uma análise de letalidade por tipo e subtipo da influenza e interprete os resultados. INFLUENZA A H1N1 CL = N° óbitos por determinada doença == 589 X 100 = 22,5% N° de casos da doença/período 2610 INFLUENZA A NÃO SUBTIPADO CL = N° óbitos por determinada doença == 188 X 100 = 14,5% N° de casos da doença/período 1296 INFLUENZA B CL = N° óbitos por determinada doença == 53 X 100 = 13,4% N° de casos da doença/período 394 H3N2 CL = N° óbitos por determinada doença == 87 X 100 = 14,2% N° de casos da doença/período 611 Os dados mostram que a influenza do tipo A (H1N1) apresenta uma alta letalidade (proporção entre o número de mortes por uma doença), ou seja, o indivíduo que contrair esse tipo viral tem um risco de morte de 22,5% A Mortalidade Infantil é um problema que afeta grande parte da população, sobretudo nos países mais pobres. Visto que a mortalidade infantil ainda é realidade em muitos locais no mundo, fica claro que um dos grandes objetivos do milênio é reduzir esse número (composto pelo número de nascidos e a morte de crianças num local e tempo específico), por meio da implementação de políticas públicas em prol da saúde das mulheres e dos bebês, desde o período de gestação, parto, pós-parto e ainda, que priorizem o desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de vida. Os estudos sobre a taxa de Mortalidade Infantil são essenciais para medir e avaliar a qualidade de vida de determinada população, uma vez que reflete, de certo modo, as condições socioeconômicas de uma população. Nesse contexto, o grau de instrução da mãe é um fator de risco de mortalidade infantil. Com base nos dados abaixo calcule a mortalidade infantil segundo o grau de instrução materna e interprete os resultados. SITUAÇÃO PROBLEMA 2 Instrução da mãe Nascim_p/resid.mãe Óbitos < 1 ano TM. infantil Nenhuma 193 24 124,3/1000 1 a 3 anos 1415 40 28,2/1000 4 a 7 anos 22186 290 13,0/1000 8 a 11 anos 82760 660 7,9/1000 12 anos e mais 34657 218 6,2/1000 Total 141211 1232 8,7/1000 CÁLCULO DA QUESTÃO INFANTIL TMI = 24 x 1000 = 124,3% 193 TMI = 40 X 1000 = 28,2% 1415 TMI = 290 X 1000 = 13,0% 22186 TMI = 660 x 1000 = 7,9% 82760 TMI = 218 x 1000 = 6,2% 34657 TMI = 1232 x 1000 = 8,7% 141211 TMI = óbitos menores de 1 ano x 1000 total de nascidos vivos SITUAÇÃO PROBLEMA 3 O infarto agudo do miocárdio (IAM) é primeira causa de morte no País, de acordo com a base de dados do DATASUS do Departamento de Informática do SUS, que registra cerca de 100 mil óbitos anuais devidos à doença. O RS no ano de 2018 tinha uma população 10.770.603 e teve 88.618 mortes (47.700 homens e 40.855 mulheres). Do total dos óbitos morreram por IAM 5294 (3125 homens e 2166 mulheres) Demais informações estão nas tabelas. POPULAÇÃO DO RS POR SEXO E FAIXA ETÁRIA 1)Calcule o coeficiente de MORTALIDADE GERAL da população do RS MG = N° de óbitos x 1000 == 88618 x 1000= 8,2% para cada 1000 habitantes (risco de morte no RS população geral 10.770.603 2) Calcule o coeficiente de MORTALIDADE POR CAUSA ESPECÍFICA (infarto agudo do miocárdio) TME= N° de óbitos pela causa x 1000 == 5294 x 10000 = 4,9% para cada 10000 habitantes população sob risco para causa 10770.603 Ou seja, mais da metade das morte são por IAM considerando o período e as condições do momento) 3) Calcule o coeficiente de MORTALIDADE ESPECÍFICO POR CAUSA ESPECÍFICA (IAM) para cada sexo MASCULINO TME = N° de obitos de sexo x 1000 == 3125 X 10000 = 5,9 para cada 10000 hab população total desse sexo 5242658 FEMININO TME =N° de óbitos de sexo x 1000 == 2166 x 10000 = 3,9 para cada 10000 hab população total desse sexo 5.527.945 4) Calcule a mortalidade proporcional por IAM no RS na população acima de 40 anos MP = N° total de óbitos em ≥ 40 anos idade x 100 == 5208 x 100 = 6,4% para cada 100 mortes ocorridas total de óbitos 80579 5) Calcule a mortalidade proporcional por IAM no RS por sexo da população com mais de 40 anos MASCULINO TMPsexo = N° de óbitos em 50 anos idade == 3063 x 100 = 7 para cada 100 mortes masculinas 7 são por total de óbitos 42101 FEMININO TMPsexo = N° de óbitos em 50 anos idade == 2145 x 100 = 5 para cada 100 mortes femininas 5 são por IAM total de óbitos 384786,4 são por IAM nessa faixa nessa faixa etária IAM nessa faixa etária 6) Calcule a mortalidade proporcional por infarto agudo do miocárdio no RS para cada faixa etária acima de 40 anos. 40 a 49 anos ISU = N° total de óbitos em ≥ 50 anos idade x 100 == 264 x 100 = 5,6% total de óbitos 4673 50 a 59 anos ISU = N° total de óbitos em ≥ 50 anos idade x 100 == 692x 100 = 7% total de óbitos 9838 60 a 69 anos ISU = N° total de óbitos em ≥ 50 anos idade x 100 == 1244 x 100 = 7,4% total de óbitos 16612 70 a 79 anos ISU = N° total de óbitos em ≥ 50 anos idade x 100 == 1451 x 100 = 7,09% total de óbitos 20453 80 anos o + ISU = N° total de óbitos em ≥ 50 anos idade x 100 == 1557x 100 = 5,3% total de óbitos 29003 SITUAÇÃO PROBLEMA 6 As informações abaixo referem-se aos municípios de Ijuí com base neles calcule o que se pede e interprete: a) Coeficiente de mortalidade geral b) Taxa de mortalidade específica para o sexo feminino e masculino c) Coeficiente de mortalidade infantil d) Coeficiente de mortalidade infantil pós-neonatal e) Coeficiente de mortalidade infantil neonatal f) Coeficiente de mortalidade infantil por causas perinatais g) Mortalidade proporcional por causas externas h) Mortalidade proporcional por neoplasias i) Índice de Swaroop-Uemura a) Coeficiente de mortalidade geral TMG = N° de óbitos x 1000 == 5467 x 1000 = 62, 98 população geral 86798 b) Mortalidade específica por sexo Não pode ser calculada sem o numero de óbitos femininos e masculinos c) Coeficiente de mortalidade infantil TMI = óbitos menores de 1 ano x 1000 == 229 X 1000 = 16,62 total de nascidos vivos 13772 d) Coeficiente de mortalidade infantil pós-neonatal (27 até 364 dias TMInnt = n° de óbitos de 27 a 364 dias completos 1000== 229 - 27 X1000=14,72 total de nascidos vivos 13772 e) Coeficiente de mortalidade infantil neonatal TMInn = n° de óbitos de 0 a 27 dias completos x 1000 == 27 x 1000 = 1,9 total nascidos vivo 13772 f) Coeficiente de mortalidade infantil por causas perinatais (óbito com 22 semanas de gestação até 6 dias de vida/ nascimentos totais – vivos+ óbitos fetais. Não é possível calcular por falta de informações, por não conter o (óbito com 22 semanas de gestação até 6 dias de vida/ nascimentos totais – vivos + óbitos fetais). g) Mortalidade proporcional por causas externas Mortalidade proporcional Ijuí = 927/5467*100 = 169,56 h) Mortalidade proporcional por neoplasias Mortalidade proporcional Ijuí = 706/5467*100 = 129,13 i) Índice de Swaroop-Uemura ISU = N° total de óbitos em ≥ 50 anos idade x 100 == 3057 x 100 = 55,91% total de óbitos 5467 Esse percentual categoriza o nível de desenvolvimento de Ijuí no 2° nível (50 a 74% de mortes acima de 50 anos).
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