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peça civil - 03-12

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Zilda Duarte, professora, solteira, era correntista do Banco do Valor desde o ano de 2015; no entanto, a conta corrente de sua titularidade era utilizada apenas
para o recebimento de seu salário. Acontece que, num belo dia, Zilda, como fazia todos os meses, acessou o serviço de Internet Banking para transferir seu
salário para outra conta bancária de sua titularidade, ocasião em que descobriu que alguns valores haviam sido retirados desta conta que possuía no Banco
Valor. Verificando o que poderia ter ocorrido, detectou que havia sido contratado um empréstimo em seu nome, que ela desconhecia por completo, e pelo
fato de ter ficado inadimplente com relação às parcelas deste empréstimo contraído, o banco foi efetuando os descontos em sua conta para saldar esse
débito. Nessa oportunidade, Zilda notou que seu prejuízo totalizava 15.000,00 (quinze mil reais). 
Como não conseguiu resolver sua situação extrajudicialmente, pois o Banco Valor não atendeu Zilda de maneira satisfatória, fazendo com que ela se dirigisse várias vezes à ouvidoria, mediante o envio de cartas explicativas de sua situação, sem nenhuma resposta após 3 meses do ocorrido, além de não ter fornecido as gravações dos atendimentos realizados e solicitados, Zilda moveu, em face do Banco Valor, Ação declaratória de inexistência do empréstimo realizado,
cumulada com pedido de indenização por danos materiais e morais, no qual solicitou a devolução do valor que havia retirado de sua conta, ação que
tramitou perante o Juízo da 5ª Vara Cível da Comarca de Auriflama/SP.
Em contestação, o Banco Valor alegou que as operações foram realizadas pelo Internet Banking, via computador cadastrado, com uso de login e senha de
acesso  da conta, dados estes que somente o titular da conta deve possuir, sendo esta questão de sua inteira responsabilidade, não tendo, inclusive, o
sistema de segurança detectado irregularidades, não havendo, portanto, nenhuma responsabilidade de sua parte, pois o ato foi praticado mediante culpa
exclusiva do cliente.
Pelo fato de o processo estar todo instruído por documentos, não havendo a necessidade de outras provas a serem produzidas, o juiz prolatou sentença de
julgamento antecipado do mérito, nos termos do artigo 355 do CPC, julgando improcedentes os pedidos formulados pela autora, levando em consideração, em
sua fundamentação, as alegações feitas pela ré em sua contestação, deixando claro em sua motivação que se não há erro por parte da Instituição Ré, não há
que se falar em indenização ou em qualquer tipo de responsabilidade.
Na qualidade de advogado (a) de Zilda, elabore a peça processual adequada à tutela integral do seu direito, visando o questionamento da decisão proferida,
excluindo-se a hipótese de embargos de declaração. Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à
pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.

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