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LITERATURA COMPARADA AULA 1

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- -1
LITERATURA COMPARADA
PRIMEIROS PASSOS
- -2
Olá!
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Verificar o quanto o ato de comparar é importante. Tanto em nosso cotidiano, como na construção do saber
acadêmico, e em que medida pode nos auxiliar no aprofundamento de nossa compreensão sobre os textos
literários;
2. Reconhecer o caráter múltiplo e transdisciplinar da Literatura Comparada, bem como sua utilidade para
expandir nossa capacidade de compreensão dos mais variados tipos de texto, para além de fronteiras nacionais e
culturais, tendo em vista o mundo globalizado em que vivemos.
Hoje em dia, pode-se dizer que a Literatura Comparada é um campo de estudos, bem mais do que apenas uma
disciplina. Isto porque seu objeto de estudo se mantém em diálogo com uma quantidade grande de saberes,
agregando contribuições de várias disciplinas diferentes.
A Linguística, a Semiótica, a História, a Sociologia, a Psicanálise, a Filosofia, entre outras, são chamadas a
contribuir em nosso esforço para uma compreensão mais profunda de nossos objetos de estudo, os textos
literários.
Portanto, estudar Literatura Comparada equivale a abrir um cofre de múltiplas possibilidades. Impossível dizer
tudo no decorrer de um único semestre. Neste caso, apresentaremos algumas ferramentas importantes para que
os alunos interessados no assunto possam seguir viagem por conta própria. Ao longo de nossas aulas,
trabalharemos alguns fundamentos, para que cada estudante possa, depois disso, explorar novos caminhos,
realizar pesquisas que aprofundem mais o domínio sobre a matéria.
Antes de entrar no objeto de nosso estudo em si, cumpre destacar um aspecto: estudar Literatura Comparada é
algo que não precisa ser um processo complicado, mas não tem como deixar de ser complexo. No senso comum,
vemos as pessoas confundirem as duas coisas com muita frequência. A diferença está no fato de que a 
 reside na riqueza de detalhes, no emaranhado de diferentes informações, a serem processadascomplexidade
por nosso cérebro. Então, a vida humana é complexa e nada podemos fazer para evitar isso.
Mergulhar a fundo na compreensão dos fenômenos humanos implica em aceitar o convite de conviver com a
complexidade. Nada disso tem a ver com a complicação, que consiste na dificuldade de alguém com dificuldade
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de se fazer entender por seus ouvintes ou leitores. Por mais complexo que seja um assunto, ele pode ser
explicado de modo claro acessível. Por outro lado, as coisas mais simples podem se tornar um tormento se forem
explicadas sem clareza.
Devemos, então, partir do princípio de que todo processo de construção de conhecimento, em área ou ciência, é
complexo. Assim, nossas explicações sempre buscarão serem acessíveis a iniciantes. Lidaremos com a
complexidade buscando evitar que nosso conteúdo seja complicado. Mas, por outro lado, ressaltamos o fato de
que é extremamente necessário que os alunos não confundam a clareza das explicações com o empobrecimento
de uma disciplina que sempre envolve múltiplos aspectos.
Outro aspecto a ser considerado é que o conceito de “Literatura Comparada” está sujeito à constante ação do
tempo. Ou seja, não é possível dizer o que é nossa disciplina de modo pronto e acabado, pois a compreensão que
temos a respeito dela evolui com o passar dos anos, seguindo os rumos do processo histórico. O mesmo se dá
com todos os demais conceitos elaborados pelo cérebro humano para compreender o mundo ao seu redor.
Portanto, não espere uma resposta pronta para a pergunta “o que é literatura comparada?” Foi por isso mesmo
que evitamos usar este questionamento como ponto de partida de nossas reflexões neste capítulo. As respostas a
que chegaremos ao longo de nossos estudos são provisórias, são parte de uma construção coletiva, que os
homens vêm realizando ao longo do tempo, em particular dos últimos dois séculos.
As comparações no cotidiano
A comparação como método de compreensão dos fatos da vida tem sido usada pelos homens há milhares de
anos. É um recurso usado e aplicado aos mais diversos aspectos da vida. Os motivos para isso podem ser
compreendidos sem dificuldade. Diante de uma informação nova, as pessoas buscam uma referência em algo que
já conhecem para facilitar o ato de compreender o que antes não conheciam.
Um retirado do cotidiano poderá esclarecer melhor.exemplo
Vamos supor que dois amigos entrem juntos numa concessionária de veículos. João conhece bem os novos
lançamentos de automóveis e tenta explicar algumas novidades a seu amigo Mário. A certa altura dos
acontecimentos, ele comenta: “O modelo Sedan 2010 é tão forte quanto o anterior, porém economiza mais
combustível”. Esta frase tem sua eficácia garantida na medida em que João parte do pressuposto de que seu
amigo conhece bem o modelo Sedan mais antigo. Sendo assim, fornece duas informações sobre o modelo mais
novo:
• ele é tão forte quando o outro;
• ele é mais econômico
•
•
- -4
De posse dessas duas informações, Mário tem a oportunidade de começar a entender o novo modelo do
automóvel em questão. Isso o ajudará a efetuar uma avaliação mais completa sobre o assunto, mesmo que ele
não se limite a confiar na palavra do amigo.
O recurso a comparações tem um papel importante na cultura humana, em geral. De tal modo que grande parte
dos ditos populares, que reúnem a sabedoria popular, acumulada ao longo de séculos, se constrói por meio de
comparações.
Veja o exemplo de duas estudantes comentando uma prova que tenham considerado particularmente difícil...
“Menina, que desastre... Fiquei perdida que nem cego em tiroteio”.
Bem, temos certeza de que uma situação como esta jamais afetará os nossos alunos, tendo em vista que eles
sempre estudam com afinco e aproveitam ao máximo os conselhos e orientações contidos em nossas aulas. Mas
também existem os ditados populares em que o elemento lúdico, a brincadeira e a ironia conferem riqueza aos
textos nos quais se encaixem. Veja alguns exemplos:
1) O beijo é como cigarro: não sustenta, mas vicia.
2) O chifre é como consórcio. Quando você menos espera, é contemplado.
3) Sogra é como onça: todos temos que preservar, mas ninguém quer ter em casa.
Analisando estes exemplos, é possível verificar que todos eles se constroem em dois momentos: num primeiro,
faz-se a comparação, que deixa no ar uma certa dose de mistério; num segundo, tudo se elucida, e o instrumento
para se chegar a isso é uma frase sucinta, que se oferece como a solução para o mistério. Por mais que não
concordemos com o teor das associações de ideias aí realizadas, temos que concordar que os ditos populares são
eficazes por transmitir uma mensagem de modo ligeiro e direto.
Sua eficácia discursiva depende desta agilidade, bem como da capacidade de se adaptar aos mais diversos
contextos. Por conta desta capacidade de adaptação é que eles vivem sendo lembrados em nosso dia a dia.
A comparação como instrumento de análise e aprendizado
Creio que o que expusemos até aqui deixou claro como a comparação é um processo que se apresenta de modo
constante em variados aspectos de nossa vida. Ela tem sido sempre usada como um modo de facilitar nossa
compreensão do mundo. Agora, estamos preparados para mergulhar um pouco mais na consideração da
importância da comparação como instrumento de construção do conhecimento acadêmico.
Comparar textos sempre foi um recurso utilizado por professores e ensaístas para levar seus alunos e leitores a
uma melhor compreensão dos fatos. Mas quando tomamos a comparação como um método, um hábito
constante, como um instrumento de trabalho nos estudos literários, aí sim, estaremos praticando Literatura
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. Como diz Tânia Carvalhal, a comparação nunca é um fim em si, mas um meio que visa a uma melhorComparada
compreensão de nosso objeto de estudo.
Outra importante observação, da mesma autora, é que nossa disciplina não é a única a trabalhar a partir de
comparações, mas a diferença é que fazemos isso de modo sistemático, constante e visando elucidarquestionamentos levantados pelo estudiosos ao longo de sua investigação.
Para dar uma noção do trabalho que temos pela frente, podemos considerar o seguinte fragmento da canção “Os
 de Caetano Veloso. Para visualizar O conteúdo, acesse a biblioteca virtual disponível naargonautas”,
plataforma.
Para uma plena compreensão da mensagem transmitida no texto, vale considerar o andamento lento, quase
melancólico da música. Aliás, nunca considere a análise do texto de uma canção ignorando o fato de ter sido
criada em intima associação com a música. Evite retirar a letra da canção do ambiente em que nasceu. Não há
dúvidas sobre a riqueza poética do texto apresentado, ele não foi concebido para leitura silenciosa, mas para a
audição, ou mesmo para a leitura em voz alta, para ser cantado. Não é à toa que, com frequência, quando nos
deparamos com letras de canções que conhecemos, nos pomos a cantar silenciosamente, ao invés de ler,
simplesmente.
Mais adiante, teremos oportunidade de trabalhar melhor com à riqueza do diálogo entre O texto poético e outras
artes, como à música. Por enquanto; vamos nos limitar a essas observações» por serem indispensáveis para uma
melhor apreciação do texto em análise. Outra questão importante para uma plena compreensão do texto de
Caetano Veloso é prestar atenção aos elementos que ele busca em outros textos. Em primeiro lugar, O título da
canção remete diretamente ao mito grego dos argonautas» um grupo de heróis que percorre os mares com à
finalidade de cumprir uma missão extremamente difícil: achar o velocino de ouro, objeto raro e sagrado, um
talismã que garantia poder à quem o conquistasse- Nesta busca, sobreviver era menos importante que atingir o
triunfo.
A leitura do texto da canção se enriquece ainda mais se for levado em conta que seu refrão cita um dos textos
mais conhecidos da obra do poeta português Fernando Pessoa, do qual transcrevemos um fragmento:
Palavras de Pórtico
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: "Navegar é preciso; viver não é preciso.”.
Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para casar com o que sou: Viver não é
preciso; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso
tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) e lenha desse fogo.
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Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha.
(In; PESSOA, Fernando. O eu profundo e os outros eus. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, p. 15.).
Assim, podemos perceber que, por todo o tempo estivemos considerando um texto que não fala apenas das
aventuras dos marinheiros, de um modo geral, sua fome por aventuras, seu destemor diante dos perigos, mas, de
modo mais específico, das aventuras dos marinheiros portugueses da época das grandes navegações, para quem
o chamado do mar era mais forte do que a própria necessidade de garantir a sobrevivência.
Mesmo enfrentando os maiores perigos, insinua o texto de Fernando Pessoa, esses marinheiros realizaram
façanhas de que toda a humanidade pode se orgulhar. Entre estas, destaca-se o processo de ocupação e posterior
colonização do Brasil, a começar pelo nosso descobrimento, obra da frota de Cabral, em 1500.
Desta forma, percebemos como a canção de Caetano é um tributo aos valentes navegantes lusos, sem os quais
não estaríamos aqui para continuar a tarefa de construir uma nova nação. Além disso, numa leitura paralela dos
textos de Pessoa e Caetano, fica-nos a clara sugestão de que nós, brasileiros, assim como nossos irmãos
portugueses, somos importantes para o conjunto da espécie humana, para além de fronteiras nacionais.
Além disso, podemos aplicar ao conceito de “navegar” um sentido que se aplica ao cotidiano de cada um de nós, a
qualquer momento. Assim, torna-se possível uma nova leitura de ambos os textos, tanto o de Pessoa, como o de
Caetano, menos comprometido com o conhecimento da história de nossa formação social.
O verbo “navegar” pode ser interpretado por seu potencial metafórico, como algo relativo à coragem de
enfrentar os desafios da existência. Por outro lado, “viver” seria passar pela existência sem aceitar tais desafios,
ter uma postura mais acanhada e calma, ainda que menos interessante.
Se olharmos ao nosso redor, podemos verificar que bem poucas são as pessoas dispostas a deixar o aconchego
seguro do “viver”, em busca do incerto e apaixonante “navegar”. Desta forma, o chamado contido na frase
“navegar é preciso, viver não é preciso” representaria uma tentativa de romper a mesmice do cotidiano,
convidando cada um de nós a aproveitar a vida ao máximo. Como resultado da comparação que fizemos entre os
dois textos, destaca-se o fato de que o dilema entre “navegar” ou simplesmente “viver” ultrapassa os limites do
tempo e se manifesta nas mais variadas épocas. O tempo passa, mas o ser humano continua diante dos mesmos
desafios de sempre.
Bem, fica bem claro que nada disso teria sido percebido se considerássemos como objeto de análise apenas o
texto de Caetano. Nossa compreensão sobre o seu trabalho ficaria incompleta sem levarmos em conta o diálogo
que ela estabelece com outros textos. Mas a canção estabelece este diálogo de modo bem explicito.
Tomemos, agora, outro exemplo. Em Dom Casmurro, Machado de Assis nos chama a atenção para a
predisposição de Bentinho ao ciúme com uma referência à peça Otelo, de Shakespeare, famosa por também
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abordar como tema central o ciúme doentio de um homem, que se torna, mesmo, capaz de matar sua esposa,
Desdêmona. Tomemos um trecho do romance de Machado. No capítulo LXI, Bentinho perguntara a José Dias,
antigo amigo da família, como Capitu ia passando, já que não a via fazia algum tempo. A resposta virá no capítulo
seguinte, intitulado “Uma ponta de lago”. Para visualizar o conteúdo, acesse a biblioteca virtual disponível na
plataforma.
Tal observação se justifica na medida em que corremos o risco de considerar as obras de Machado ou de Caetano
menores, na medida em retomam temas ou motivos já trabalhados antes, respectivamente, por Shakespeare e
Fernando Pessoa. Nada mais falso e apressado do que considerar os fatos desta forma. Ao atualizar um tema já
tocado por outra mente genial no passado, um autor mais recente pode ou não fazer um trabalho de qualidade
inquestionável. Eles estão pagando um tributo à tradição, mas também enriquecendo esta mesma tradição, na
medida em que suas obras oferecem um novo olhar sobre os antigos temas.
Ademais, não são esses os únicos textos literários que têm no ciúme o mote central. Muito pelo contrário. A
prosa de ficção de todos os povos é pródiga de exemplos do tipo. Ou seja, a referência a Shakespeare pode ajudar-
nos a entender muitas dessas obras, mas também não é obrigatória. Tudo depende do contexto. Para o caso do
romance que citamos, devemos lembrar que foi o próprio Machado quem nos sugeriu tal associação, pela escolha
do título do capítulo.
A única referência direta à tragédia de Shakespeare se encontra no título do capítulo. Iago cumpre um papel
decisivo na peça, ao inocular nos ouvidos de Otelo o veneno do ciúme. A partir daí, o fragmento que citamos
trabalha a maneira como este veneno age no coração de Bentinho, de tal modo a se tornar uma obsessão para
ele, a ponto de corroer sua alma pelo resto da vida. José Dias faz o papel de Iago, no texto machadiano. Porém, é
preciso ter cuidado, pois existem nítidas diferenças entre os dois personagens. Enquanto na peça, lago se
desdobra em repetir suas suspeitas até levar o valente Otelo ao crime, no romance José Dias é bem mais sutil.
Tendo lançado pequena dose do veneno, retira-se de cena. O que se vê a seguir é um Bentinho que sucumbe à
sua própria fraqueza.
Nem sempre os paralelos entre diferentes textos literários poderão se estabelecer com a mesma facilidade. Na
sequência de nosso trabalho, teremos oportunidade de verificar o quanto pode se tornar interessante e
desafiadora a tarefa de um comparatista.Tudo virá a seu tempo.
Bem, o que tivemos até aqui foram pequenos exemplos de como podem render os estudos comparatistas. Sem
demonstrar ainda uma grande preocupação com a questão do método, procuramos deixar claros alguns
princípios que norteiam nossa atividade. Por enquanto, o importante é deixar estabelecida a importância do
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comparatismo como recurso indispensável para aprimorar nossa capacidade de conhecimento e de análise sobre
Literatura. Ao longo de nossas aulas, teremos oportunidade de verificar como a comparação entre textos
literários diferentes é um recurso precioso para uma leitura mais apurada de cada um dos textos considerados.
Ao longo das próximas aulas, teremos oportunidade de verificar o quanto a construção de um método
comparativo depende de nossa capacidade de fazer uso da comparação de modo sistemático e constante,
guiando métodos de pesquisa consistentes, que se podem valer de metodologias variadas.
O que vem na próxima aula
• Estudará as principais etapas da história da Literatura Comparada, desde o começo de sua afirmação 
como disciplina acadêmica, na França do início do século XIX;
• Compreenderá que a evolução dos estudos comparatistas acompanhou, em linhas gerais, a evolução da 
Teoria da Literatura, com a proposição dos mais diversos métodos de análise.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Verificou o quanto o ato de comparar é importante, tanto em nosso cotidiano, como na construção do 
saber acadêmico, e em que medida pode nos auxiliar no aprofundamento de nossa compreensão sobre os 
textos literários;
• Reconheceu o caráter múltiplo e transdisciplinar da Literatura Comparada, bem como sua utilidade para 
expandir nossa capacidade de compreensão dos mais variados tipos de texto, para além de fronteiras 
nacionais e culturais, tendo em vista o mundo globalizado em que vivemos.
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	Olá!
	
	As comparações no cotidiano
	A comparação como instrumento de análise e aprendizado
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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