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• O fígado é o maior órgão do corpo humano, pesando entre 1300 e 1800g. Tem oito segmentos autônomos com irrigação sanguínea e drenagem biliar independentes • Sua circulação é feita através da artéria hepática e da veia porta – vasos aferentes; e também pelas veias hepáticas – vasos eferentes • O fígado é composto por vários lóbulos. No centro desse lóbulo encontra-se um vaso (veia centro-lobular) e na periferia encontra-se o sistema porta (ducto biliar + ramo da veia porta + ramo da artéria hepática). Entre o centro e a periferia encontram-se os capilares sinusoides (não possuem membrana basal, se relacionam diretamente o que facilita as suas trocas) que se encaminham até a veia centro-lobular • A função principal do fígado é metabolizar substâncias. Mas também age na excreção • A unidade funcional do fígado é o ácino, composta por três zonas. A zona 1 é a mais oxigenada e a primeira a receber sangue, a zona 2 é intermediária e realiza uma pouco de cada processo e a zona 3 é a menos oxigenada. A zona 1 é responsável por fazer a gliconeogênese. A zona 3 faz lipogênese, biotransformação e excreta pigmentos (bilirrubina) • A bile é produzida pelos hepatócitos • É lançada nos canalículos biliares e depois é encaminhada aos canais de Hering. Depois desse processo, ela é encaminhada aos ductos segmentares e depois para os ductos lobares direito e esquerdo. Esses ductos desembocam no ducto hepático comum, que recebe o ducto cístico e se transforma em ducto colédoco. Através desse ducto a bile é encaminhada finalmente para a papila duodenal juntamente com a secreção pancreática • As células de Kupffer são responsáveis pela defesa do fígado. Se encontram nos sinusoides e atuam como macrófagos hepáticos • Os canalículos biliares tem origem na diferenciação da membrana citoplasmática de cada hepatócito. É possível sua visualização apenas quando estão repletos de bile Fígado CÉLULAS DO FÍGADO DRENAGEM DA BILE • A placa limitante é a interface entre o espaço porta (tecido conjuntivo, fibroblastos e vasos) e o parênquima hepático. Os processos inflamatórios que saem do espaço porta e comprometem o lóbulo hepático são chamados de hepatite de interface • O Espaço de Disse possui fibras colágenas delicadas que não são possíveis de serem observadas na microscopia óptica normal. Nessa região encontram-se as Células de Itto. A única importância dessa região é na cirosse, que são destruídas • Biópsia hepática – valioso instrumento diagnóstico, avaliação prognóstica e monitoramento terapêutico em doenças hepaticas. Podem ser feitas por biópsia cirúrgica, por agulha (via percutânea intercostal com ou sem ultrassom, via laparoscópica ou via transjugular) o Contraindicado em casos de distúrbios da coagulação sanguínea e ascite volumosa o Indicado para diagnóstico, divergência clínica e exames laboratoriais, doenças metabólicas, graduação e estadiamento de certas doenças • Avaliação da integridade dos hepatócitos – deve-se dosar as enzimas hepatocelulares citosólicas → AST (aspartato aminotransferase), ALT (alanina aminotransferase) e DHL (desidrogenase láctica) • Avaliação da função excretora biliar – deve-se dosar a bilirrubina sérica (total, indireta e delta) e a fosfatase alcalina sérica • Avaliação da função dos hepatócitos – deve-se dosar as proteínas secretadas no sangue, como é o caso da albumina sérica e tempo de protrombina (fatores V, VII, X, protrombina e fibrinogênio) • Tumefação/degeneração hidrópica/balonização – ocorre por conta de um acúmulo de água, essa lesão leva a morte do hepatócito se não for tratada • Esteatose – é um processo degenerativo causado pelo acúmulo de triglicerídeos no fígado, o que leva à formação de vacúolos de gordura • Acúmulo de glicogênio – decorrente de problemas enzimáticos • Acúmulo de pigmentos – pode haver acúmulo de bilirrubina (colestase), cobre (doença de Wilson) e hemossiderina (hemocromatose) EXAMES LESÕES HEPÁTICAS REVERSÍVEIS PLACA LIMITANTE CÉLULAS DE KUPFFER • Corpúsculo hialino de Mallory – também chamado de degeneração hialina que leva à precipitação de proteínas (como ubiquitina e ceratinas). Pode ocorrer na hepatite alcoólica, esteato-hepatite não alcoólica e no câncer hepatocelular • Apoptose – caracteriza-se pela presença de corpos acidofílicos, que também são chamados de corpos de Councilman ou de Rocha Lima • Necrose – a necrose pode ser focal (com padrão lítico – quando uma célul a sofre cariopicnose, cariólise e cariorrexe; com padrão spotty necrosis ou com padrão descartada – quando os hepatócitos saem das trabéculas), pode ser confluente (subdividida em lobular, submaciça e maciça) ou pode ser necrose em saca-bocados (como acontece na hepatite de interface – perca da placa limitante) • Spill over – é o transbordamento do infiltrado inflamatório para o parênquima hepático periportal *Marcador da atividade da hepatite e marcador de uma evolução ruim da doença! • Esteato-hepatite – pode ser alcoólica ou não alcoólica e ambas tem o mesmo padrão, em que ocorre um infiltrado com predomínio de neutrófilos. Na infecção por parasitas ou lesão por medicamentos há infiltração com predomínio de eosinófilos. Além disso, podem ser formados granulomas que são marcadores histológicos de doenças infecciosas e parasitárias, afecções por medicamentos e cirrose biliar primária o Folículos linfoides portais são úteis na caracterização da cirrose biliar primária, hepatite autoimune e hepatite crônica pelo vírus da hepatite C • Formação de septos fibrosos no fígado, o que ocorre em diferentes doenças e, dependendo da extensão e distribuição, podem comprometer a estrutura e o funcionamento do órgão. LESÕES HEPÁTICAS IRREVERSÍVEIS INFILTRADO INFLAMATÓRIO NEOFORMAÇÃO CONJUNTIVA • Sobre a produção de colágeno, sabe-se que os fibroblastos ficam localizados no espaço porta, mas não nos lóbulos hepáticos. Então, as células estreladas/de Ito são as responsáveis pela produção de colágenos nos lóbulos, pois elas se transformam em miofibroblastos em quadros de inflamação • Os septos fibrosos podem ser passivos (quando há necrose confluente e colapso de reticulina) ou ativos (quando há deposição de colágeno e proliferação fibroblástica) • É um fenômeno irreversível, uma vez que a ação de metaloproteases pode levar à regressão do processo • Sabe-se que essa fibrose pode ser restrita ao interior dos lóbulos, pode afetar somente os espaços portais ou ambos • Células progenitoras (alto potencial de proliferação – células-tronco) e células maduras participam da recomposição do órgão • Nas lesões discretas ou moderadas a resposta regenerativa se dá a partir de células maduras • Nas lesões graves, como acontece na hepatite fulminante, a regeneração é feita pelas células progenitoras, que também são comprometidas e podem se diferenciar em hepatócitos ou células do ducto biliar. Nesses casos, a ativação de células progenitoras comuns podem levar à proliferação de células hepatobiliares intermediárias, formando cordões ou agregados irregulares sem lume, o que é chamado de reação ductular • Nas reações agudas (como ocorre na hepatite A e B) pode haver restabelecimento da arquitetura e retorno á função normal do órgão, enquanto nas agressões crônicas ocorre capilarização e cirrose e, consequente, perda funcional • Conjunto de lesões necróticas e inflamatórias que acometem o fígado de modo difuso e heterogêneo, o que se expressa de forma clínica e/ou laboratorial • Podem ser virais, tóxico-medicamentosa, distúrbios autoimunes ou distúrbios metabólicos • Podem ser agudas (anictéricas, ictéricas ou fulminantes) ou crônicas (com ou sem progressão para cirrose) • Causado pelo vírus HVA, que tem fita única de RNA • É transmitida via fecal-oral• As manifestações são agudas, podendo ser oligo ou assintomáticas e autolimitadas • A hepatite A raramente evolui para hepatite crônica ou hepatite fulminante • O diagnóstico é sorológico, detectado através de IgM anti-HAV • Causada pelo vírus HBV, que tem uma fita dupla de DNA • Transmitido por via parenteral (sangue, sexual e vertical) • A maioria dos casos é oligossintomático e sem icterícia • A hepatite fulminante é rara e a maioria dos pacientes evolui para a cura, mas pode evoluir para formas crônicas, cirrose e carcinoma hepatocelular • É um tipo de hepatite que tem vacina, seu anticorpo é o anti HBs • A proteína X se expressa nas fases avançadas, interferindo na expressão dos genes p53 • O vírus da hepatite D (delta) depende do envoltório do vírus B para replicação e expressão. Podem ser transmitido concomitantemente a indivíduos suscetíveis (coinfecção). A superinfecção ocorre quando o VHD infecta um portador doente assintomático REGENERAÇÃO HEPÁTICA Hepatites HEPATITE B HEPATITE A • Causada pelo vírus HCV, que tem uma fita única de RNA • É transmitido por via parenteral • Esse vírus tem um genoma instável, o que dificulta a produção de vacinas • A maior parte dos casos são assintomáticos e a infecção aguda geralmente não é detectada, o que faz com que a cronificação da doença ocorra na maioria dos casos e a progressão para cirrose • É considerada a principal causa de hepatite crônica em todo o mundo, porém, a hepatite fulminante é rara • O tratamento pode ser feito através dos inibidores das antiproteases NS3 e NS4 e da antipolimerase NS5 *As lesões necróticas e inflamatórias predominam no lóbulo! Hepatite aguda: • Na hepatite aguda há predomínio de lesões necróticas e inflamatórias no lóbulo hepático (parênquima). Então, as alterações comumente encontradas são: • Balonização: também chamada de degeneração hidrópica, a balonização corresponde à entrada de água nos hepatócitos, o que pode levar à sua morte • Necrose focal: os hepatócitos balonizados se rompem e isso leva ao recrutamento de agregados de macrófagos e linfócitos (raramente há neutrófilos) • Corpúsculo de Councilman: é decorrente da apoptose mediada por linfócitos T citotóxicos - Esses corpúsculos têm o citoplasma celular bem eosinofílico (róseo) e o núcleo com cromatina condensada (isso impede a transcrição gênica) - eles também são vistos em quadros de febre amarela • Hiperplasia de células de Kupffer: ocorre por conta da liberação de citocinas, as quais ativam os macrófagos • Colestase intra-hepatocítica, canalicular e reação ductular: são achados histológicos mais comuns nas hepatites agudas graves, em que há destruição dos canalículos biliares. A presença de um hepatócito trinucleado, com nucléolos grandes, cromatina granulosa e em regeneração - também podem ser vistos processos de colestase e balonização; • Necrose em ponte: indica uma hepatite muito grave, uma vez que se caracteriza pela confluência de necroses focais que conectam lóbulos adjacentes (união vascular do espaço porta e espaço centro-lobular = anastomose portossistêmica intra-hepática) ↳ Em resumo: a hepatite viral aguda pode provocar necrose confluente de hepatócitos, com infiltrado mononuclear, desaparecimento de hepatócitos e colapso de fibras reticulares HEPATITE C GRAU DA HEPATITE Hepatite fulminante: • A hepatite fulminante pode ser definida como sendo a insuficiência hepática aguda com encefalopatia até 2 semanas após icterícia; essa encefalopatia é decorrente da metabolização inadequada da ureia pelo fígado, o que resulta em aumento de seus níveis sanguíneos - a ureia, então, atravessa a barreia hemato-encefálica e provoca alterações no SNC. • É uma doença rara e imprevisível, que tem alta taxa de mortalidade se não for feito o transplante. Quanto à etiologia, a hepatite fulminante pode ser causada por vírus (em até 50% dos casos), principalmente pelo HBV, mas também pode ser causada por HAV, HEV, EBV, CMV e VZV; por drogas (em até 25% dos casos), principalmente pelo medicamento acetominofeno (Tylenol®), mas também pode ocorrer por CCl4, isoniazida, halotano, micotoxinas, etc; ou pode ser idiopática (em até 20% dos casos) Observa-se uma necrose submaciça e maciça, além de estarem presentes reações ductulares e focos de hemorragia Hepatite crônica: • A hepatite crônica pode ser definida como a persistência da elevação sérica de transaminases ou de marcadores de replicação viral por pelo menos 6 meses (= hepatite com duração maior que 6 meses). Nesses casos há um predomínio das lesões no espaço porta e ao seu redor (lesões portais e periportais). • Além disso, antes de iniciar o tratamento é fundamental a realização da biópsia, com a finalidade de confirmar o diagnóstico e avaliar o estadio e a atividade da doença - com base nisso é possível definir a melhor estratégia de terapia para o paciente BALONIZAÇÃO NECROSE FOCAL CORPÚSCULO DE COUNCILMAN HIPERPLASIA DAS CÉLULAS DE KUPFFER COLESTASE NECROSE EM PONTE INFLAMAÇÃO PORTAL NECROSE EM SACA-BOCADOS FIBROSE Hepatite autoimune: • A hepatite autoimune é uma hepatite crônica que está associada à presença de autoanticorpos séricos (ex: ANA, SMA e LKM- 1), manifestações sistêmicas (artrite e vasculite) e hipergamaglobulinemia. Em relação à epidemiologia, esse tipo de hepatite é raro, já que corresponde a 10% das hepatites crônicas, e tem predomínio em mulheres (80% dos casos) • Caracteriza-se por um infiltrado portal linfo-plasmocitário com intensa atividade inflamatória ao diagnóstico e intensa regeneração Hepatite tóxico-medicamentosa: • Entre as mais comuns reações adversas a drogas está a hepatite medicamentosa, que é principalmente aguda e acomete com maior frequência os idosos. Histologicamente, esse tipo de hepatite é indistinguível da hepatite viral; além disso, os quadros clínico e morfológico são variados e similares a outras doenças mais comuns. É subestimada e deve sempre entrar como diagnóstico diferencial. ↳ Principais drogas associadas: amoxacilina + clavulanato (antibiótico), nitrofurantoína (diurético), sulfametoxazol + trimetoprim, minociclina, ciprofloxacino, agentes anabolizantes, azitromicina e levofloxacino. • Hepatite B – caracteriza-se por hepatócitos em vidro fosco e anisocariose (núcleos com diferentes tamanhos e volumes) • Hepatite C – caracteriza-se por agregados linfoides portais, esteatose macrovesicular e agressão de ductos biliares • A doença gordurosa hepática é definida como um conjunto de lesões representadas por esteatose e graus variados de inflamação e necrose hepatocelular • Pode ser causada por álcool, obesidade, diabetes mellitus e dislipidemias • A doença pode evoluir para cirrose. Lembrando que um indivíduo com TGO e TGP normais • O diagnóstico definitivo e o monitoramento das esteato-hepatites devem ser feitos através da biópsia hepática • É caracterizada por uma alteração gordurosa e com fibrose perivenular, mas isso é um processo reversível. Se a exposição ao fator causal for contínua, pode evoluir para hepatite (com necrose hepatocelular, inflamação, corpúsculos de Mallory e alteração gordurosa) Etilismo: • Fatores de risco relacionados ao álcool: incluem o sexo feminino (menor tamanho do fígado, menor massa corporal e menor metabolismo), hepatites virais, má nutrição e predisposição genética • Patogenia: o fígado é capaz de metabolizar o álcool através de três vias, porém, quando a exposição ao álcool é contínua, prolongada e excessiva, ocorre um aumento dos radicais livres, MARCADORES ETIOLÓGICOS Outras doenças hepáticas DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA aumento de acetil-CoA, aumento de acetaldeído, redução de NAD e desnutrição. Tudo isso favorece o acúmulo de triglicérides no fígado Na microscopia observa-sevacúolos de gordura, esteatose micro e macrovascular, com degeneração gordurosa dos hepatócitos, principalmente os centrolobulares. Também é possível observar corpúsculos de Mallory, infiltrado lobular neutrofílico e presença de fibrose Nota-se presença de esteatose (“bolas brancas”), degeneração hidrópica (hepatócitos aumentados) e corpúsculo de Mallory (degeneração hialina de citoesqueleto) • É assintomática e detectada através de exames laboratoriais bioquímicos • É histologicamente idêntica à esteato-hepatite alcoólica (“tela em galinheiro”) • Caracteriza-se pela substituição difusa da estrutura hepática normal por nódulos com hepatócitos em regeneração circundados por tecido fibroso → lembrar que cirrose é igual a necrose hepatocelular + fibrose (neoformação vascular) + regeneração de hepatócitos • Nesses casos, há comprotimento da arquitetura, com colapso da trama de reticulina, neoformação de colágenos e alterações nos fluxos vascular e biliar. É o estágio final comum de várias doenças • Alterações no leito vascular: sabe-se que a hipertensão portal é decorrente da capilarização dos sinusoides e da pressão dos nódulos sobre o sistema nervoso eferente. Com isso, são formadas anastomoses nos septos fibrosos intralobulares, de modo que ocorre uma ligação entre os espaços porta e veias centro-lobulares. Dessa forma, há um aumento do fluxo sanguíneo arterial e obstrução dos ramos venosos pela fibrose portal, o que agrava mais ainda a hipertensão portal. Além disso, os curto-circuitos portossistêmicos intra-hepáticos impedem a depuração de substâncias tóxicas e antigênicas, o que implica em desvios sistêmicos extra-hepáticos ESTEATO-HEPATITE NÃO ALCOÓLICA CIRROSE HEPÁTICA • Etiologia: pode ser causada por vírus hepatotrópicos (VHB e VHC), autoimunidade, substâncias tóxicas, obstrução biliar, doenças metabólicas congênitas, lesões vasculares e miscelânea • A biópsia tem indicação formal para que se possa fazer o estadiamento, determinar o grau de atividade de estabelecer a etiologia Complicações da cirrose: • Insuficiência hepática – caracteriza-se pela perda de 80-90% da capacidade funcional do fígado, com capilarização dos sinusoides e curtos-circuitos septais o Manifestações clínicas: icterícia com prurido, coagulopatias com hemorragia, hipoalbuminemia com edema, hiperestrogenismo (ginecomastia, atrofia testicular, telangiectasias e eritema palmar) e encefalopatias. Também existe a síndrome hepatorrenal, implicando em alterações hemodinâmicas por conta da redução da filtração e ativação do SRAA o Hipertensão portal: caracterizado pelo gradiente de pressão porta-hepática maior ou igual a 6 mmHg, com capilarização dos sinusoides e fibrose portal e perivenular. Os problemas mais graves decorrentes disso são as varizes esofágicas, esplenomegalia, ascite e curto-circuitos portossistêmicos o Carcinoma hepatocelular: caracteriza-se pela alta taxa de proliferação celular e maior instabilidade genômica PONTOS IMPORTANTES PARA A PROVA! Placa limitante É a interface entre o espaço porta (com tecido conjuntivo, fibroblastos e vasos) e o parênquima hepático (sem fibroblasto). Os processos inflamatórios que saem do espaço porta e comprometem o lóbulo hepático são chamados de hepatite de interface Colestase intracanalicular É uma condição que leva ao preenchimento dos canalículos biliares por bile, o que torna essas estruturas visíveis na microscopia óptica Fibras reticulares São formadas por colégeno tipo IV e são responsáveis pelo posicionamento dos hepatócitos Células de Ito São responsáveis pela produção de colágeno nos lóbulos hepáticos. Elas transformam em miofibroblastos em quadros de inflamação Regeneração hepática Sabe-se que os hepatócitos tem a maior capacidade de regeneração do organismo – o problema é eles se depositarem durante essa regeneração. As células progenitoras e todos os tipos de células maduras participam da recomposição do fígado. Então, nas lesões discretas ou moderadas a resposta regenetiva se dá a partir de células maduras, enquanto nas lesões graves (como acontece na hepatite fulminante) a regeneração é feita pelas células progenitoras, que também são comprometidas e podem se diferenciar em hepatócitos ou células do ducto biliar (nesses casos, a ativação de células progenitoras comuns podem levar à proliferação de células hepatobiliares intermediárias, formando cordões ou agregados irregulares sem lume, o que é chamado de reação ductular). Nas agressões agudas pode haver restabelecimento da arquitetura e retorno à função normal do órgão, enquanto nas lesões crônicas ocorre capilarização e cirrose e consequente perda funcional Esteatose hepática É um processo reversível que não é sinônimo de hepatite! Hepatite aguda Há predomínio de lesões necróticas e inflamatórias no lóbulo hepático (parênquima). A presença de lesões no Espaço Porta sugere hepatite crônica
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