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CAMILA QUEVEDO propedêutica ginecológica MOTIVOS PARA CONSULTA GINECOLÓGICA · Alterações na parte externa da genitália (vermelhidão, dor, corrimento, presença de massa pélvica); · Gravidez; · Rastreamento para CA de mama e de colo uterino; · ISTs. SEQUÊNCIA DO EXAME 1º EXAME DAS MAMAS 2º EXAME GINECOLÓGICO · Palpação do abdome (principalmente hipogastro). · Inspeção da genitália externa. · Coleta do Papanicolau. · Toque vaginal. · Toque do espaço retovaginal. Toque vaginal e toque do espaço retovaginal só são realizados diante de queixas específicas. exame ginecológico · Lavagem das mãos, separar os materiais (luvas, foco de luz, espéculo, escova endocervical, espátula de Ayres, lâmina e fixador) e conferir se tudo está funcionando. · Orientar que a pcte esvazie a bexiga, pois quando cheia dificulta a passagem do espéculo e incomoda a pcte, e que vista o avental. · Perguntar se ela deseja que o/a acompanhante fique com ela no momento do exame, pois isso deixa a pcte mais confortável e pode evitar conflitos. · Orientar: deitar na mesa e descer até que as nádegas encostem no final da mesa, relaxar as nádegas e manter os joelhos abertos (abdução das pernas). Tudo isso evita desconforto no exame especular. · inspeção · Observar grandes lábios, pequenos lábios, clitóris, uretra, fúrcula vaginal, região perineal e ânus e avaliar a presença de lesões. · Afastar os grandes lábios para analisar os pequenos lábios, início do canal vaginal e presença de lesões. EXAME DA GLÂNDULA DE BATHOLIN · Tem a função de lubrificar a região vaginal. · Quando a pcte apresenta queixa de “caroço” na região da glândula, deve-se realizar a compressão dessa estrutura. · Bartholinite: glândula aumentada, dolorida. Pode ter apenas secreção hialina e ser indolor. Também pode chegar a obstruir o canal entre a glândula e a vagina. · Compressão: feita com os dedos indicador e polegar. Introduz o dedo indicador na vagina enquanto o polegar fica na região externa, fazendo uma pinça na glândula. · As glândulas de Skene são mais difíceis de palpar e geralmente não são acometidas por patologias ou obstruções. · LÍQUEN ESCLEROSO · Lesões em placas esbranquiçadas nos pequenos lábios; · Dermatite comum em idosas, tem relação com a diminuição de hormônios femininos (hipoestrogenismo). DERMATITE VULVAR · Comum em idosas com incontinência urinária e usam fralda. ÚLCERAS NOS PEQUENOS LÁBIOS · Suspeita de IST. CONDILOMA (doença HPV induzida): lesões verrucoides. VARIZES VULVARES · Comuns na gestação e desaparecem após o puerpério. exame do colo uterino (papanicolau) · Exame de rastreio para CA de colo uterino, capaz de visualizar lesões pré-malignas a olho nu e histologicamente na coleta. · O rastreamento diminui o risco de morte por CA de colo uterino. · No Brasil, a OMS recomenda realização do exame a partir de 25 anos de idade. · A sociedade americana recomenda realização do exame após a 1ª relação sexual e depois disso ser realizado anualmente. · Após os 30 anos, se a pcte apresentar 3 exames sem alterações consecutivos, parceiro sexual fixo e ausência de imunodeficiência, o exame passa a ser feito a cada 3 anos. · Em casos de histerectomia parcial (retira o corpo e mantém o colo uterino) o exame deve continuar sendo feito normalmente. · Histerectomia total (retira colo e corpo do útero): não faz o exame se ovários foram retirados e ausência de causa maligna. - Se histerectomia total, mas manteve os ovários ou a histerectomia ocorreu por causa maligna: continuar fazendo o exame de Papanicolau no fundo da vagina. · Antes da histerectomia a mulher precisa realizar um exame de Papanicolau normal. · Mulheres de baixo risco: 65 anos ou + que não tenham parceiro ou que tenham parceiro fixo o Papanicolau pode ser interrompido. REALIZAÇÃO DO EXAME · Segurar o espéculo com a mão dominante e afastar os pequenos lábios com a mão não dominante. · Inserir o espéculo com a angulação voltada para baixo 4-5cm, tracionar um pouco e abrir para observar o colo uterino. · Coleta na região da junção escamo-colunar (JEC escamoso por fora e colunar/glandular por dentro). · Retirar o espéculo: tracionar delicadamente e ir puxando e rodando a borboleta simultaneamente até retirá-lo fechado. · Orientar a pcte que é comum ter pequeno sangramento após o Papanicolau. CORRIMENTO · pH vaginal: ácido 3,8-4,2 · Através da análise do pH pode-se distinguir muco de corrimento (leucorreia). Dependendo do pH do corrimento, suspeita-se de alguns agentes etiológicos específicos. · Teste das aminas: material coletado + hidróxido de potássio. Se infecção por anaeróbios (vaginose bacteriana) o resultado da reação é odor de peixe podre. · Queixa de corrimento e suspeita de IST (principalmente clamídia e gonorreia): esfregaço com cotonete no fundo vaginal. - As ISTs podem gerar cervicites. - No caso de tricomoníase e candidíase é possível observar o agente etiológico no microscópio. toque vaginal bimanual · Não é realizado de rotina. · Deve ser realizado após a coleta do Papanicolau. · Realizar em pctes com: queixa de dor nas relações sexuais + corrimento (doença inflamatória pélvica, endometrite, etc) ou investigação de massa pélvica, gravidez ectópica, gestantes com contrações e sangramentos para avaliar o colo uterino. · Muito utilizado na obsetrícia, na ginecologia usa-se para avaliar coisas que a USG oferece informações mais precisas. DIP é uma das suspeitas em que se faz o toque na ginecologia, no toque a pcte sentirá muita dor e fica diagnosticado DIP. · Também pode ser realizado em grávidas que já tiveram parto prematuro p/ avaliar o colo uterino e o risco de prematuridade novamente. REALIZAÇÃO DO EXAME · Introduzir o 2º e 3º dedos da mão D na vagina da pcte, e com a mão E, palpar a pelve ao mesmo tempo. · Tentar encontrar a mão D com a mão E para avaliar os órgãos (útero, canal vaginal, ovários, etc.). · OBS: na presença de alguma alteração descrever o achado. anamnese ginecológica identificação · Nome · Idade · Profissão · Estado civil · Naturalidade · Cidade atual qd · Principal motivo que levou a pcte a procurar o médico (de preferência com as palavras da pcte. HPMA ANTECEDENTES PESSOAIS · Problemas de saúde, cirurgias prévias, uso de medicamentos e último Papanicolau. antecedentes familiares · História familiar de CA - Órgão; - Idade: quanto mais jovem o familiar foi acometido, mais risco a pcte tem); - Grau de parentesco; - Presença de 2 parentes de 1º grau (irmãos, pais ou filhos) com histórico de CA de mama ou ovário: indicação de oferecer para a pcte teste genético o RNM. · Malformações · DCV · Eventos tromboembólicos · HA · DM · Problemas de tireoide antecedentes menstruais · Menarca - Fisiológica 8-14 anos. - Menarca precoce e menopausa tardia estão relacionados a maior quantidade de ovulações, mantendo relação com câncer de mama e ovários. · DUM · Se o ciclo menstrual é regular ou não: perguntar se menstrual todo mês, caso sim, infere-se que ela tem ciclos ovulatórios e portanto pode engravidar. - Pctes que tem ciclos menstruais muito curtos ou muito longos é mais provável que ela tenha ciclos anuovulatórios. · Quanto tempo dura a menstruação, quantidade do fluxo. · Questionar dismenorreia (cólica – pode ser causada por endometriose, adenomiose, etc.); antecedentes sexuais · Menarca · Dispareunia (dor na relação sexual) · Número de parceiros · Métodos contraceptivos · Orientar sobre contracepção e ISTs leucorreia/corrimentos · São secreções vaginais não fisiológicas. Fisiológico: secreção vaginal incolor e sem odor. · Tempo de início · Cor · Cheiro · Quantidade · Sintomas associados · ISTs · Investigar as características. Ex.: candidíase- corrimento em grumos e prurido. antecedentes obstétricos · Gestações anteriores. · Abortos. · Partos: normal ou cesárea (se cesárea, o pq) e se foi a termo ou não. · HAS na gestação, DMG, descolamento prematuro de placenta. sintomas mamários · Dor nas mamas – escala, em ambas ou não, fatores de melhora/piora; · Nódulos mamários; · Descarga papilar (espontânea ou na drenagem); · Se houve alteração do volumee cor das mamas. · É normal a mastalgia no período pré-menstrual. sintomas urinários · ITUs; · Perdas urinárias; · Disúria; · Prurido; · Urgência miccional. sintomas intestinais · Constipação; · Diarreia; · Hemorroida; · Orientar sobre hábitos alimentares e ingesta de líquido. EF GERAL · Estado geral; · Mucosas – hidratação; · Febre; · Cianose; · FR; · PA. ciclo eumenorreico · Duração: 2-5d - < 2d: hipomenorreia; - >5d: hipermenorreia. · Quantidade: 100-150ml (perguntar quantos absorventes usa em 1 dia). - Pouca quantidade: oligomenorreia - Grande quantidade: menorragia (geralmente a pcte relata presença de coágulos). · Intervalo: 28-32d - Polimenorreia: a cada 15d (2x/mês). - Opsomenorreia: a cada 32-40d. - Proiomenorreia: cada 20-25d. - Espaniomenorreia: a cada 2-3m. - Amenorreia: ausência de menstruação. Primária: nunca menstruou. Secundária: pcte já menstruou e está a muito tempo sem menstruar (gravidez é a principal causa). termos importantes · Metrorragia: perda sg prolongada atípica (fora do período menstrual). · Dismenorreia · Dispareunia - Pode ser de penetração ou de profundidade. A causa da dispareunia de profundidade geralmente é endometriose. · Sinusorragia: sangramento durante relação sexual (pode ser sinal de cervicite ou comum pelo trauma do pênis no colo). · Telarca: desenvolvimento das mamas. · Pubarca: aparecimento dos pelos. · Menacme: período fértil da mulher. · Menopausa: pelo menos 12 meses sem menstruar. Se o climaterio for sintomático pensa-se na terapia de reposição hormonal. · Climatério: período de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. Sintomas comuns que a pcte pode apresentar: irregularidade menstrual, ondas de calor - fogaxo, insônia, irritabilidade (mais susceptível a ansiedade, etc.), diminuição da libido e ressecamento vaginal. · Paridade: nulípara (sem partos) primigesta (1ª gestação), etc.
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