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MÉTODO SOAP HAM 3 O correto registro do exame clínico contribui tanto para interesses Individuais do paciente quanto para a gestão dos serviços de saúde. O prontuário deve conter os dados clínicos necessários para a boa condução do caso, sendo preenchido, em cada avaliação, em ordem cronológica com data, hora, assinatura e número de registro do médico no Conselho Regional de Medicina. Em Portugal já é utilizado há mais de 30 anos como método de registro com adequada respostas às necessidades. É vedado ao médico: Art. 87. Deixar de elaborar prontuário legível para cada paciente. Art. 88. Negar, ao paciente, acesso ao seu prontuário, deixar de lhe fornecer cópia quando solicitada, bem como deixar de lhe dar explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros.. DOCUMENTOS MÉDICOS FONTE: Código de Ética Médica (CEM) O S.O.A.P. é um acrônimo utilizado em um Prontuário Orientado por Problemas e Evidências para registro da evolução dos problemas das pessoas atendidas na sua prática médica diária. Finalidades do SOAP • Avaliar rapidamente toda a história clínica prévia da pessoa de modo a esclarecer o problema atual • Orienta o raciocínio clínico (pensando no diagnóstico e na conduta) ISABELLA AFONSO MÉTODO SOAP HAM 3 S SUBJETIVO Registramos aqui as informações baseadas na experiência da pessoa que está sendo atendida. Podemos anotar além das queixas, os sentimentos. Motivo do atendimento, anamnese, problema(s) apresentado(s). O OBJETIVO Informações aferidas do ponto de vista médico ficam neste espaço. Dados do exame físico e/ou resultados dos exames complementares. A AVALIAÇÃO: É o espaço para incluímos o(s) problema(s) evidenciado(s) na consulta relacionando-o(s) com sua resolução ou não (diabetes descompensada, hipertensão arterial controlada, etc.). Caso não haja elementos para elaborar um diagnóstico preciso durante a consulta, aqui podem ser reproduzidos novamente os sinais/sintomas mais pertinente para sua linha de raciocínio clínico (Ex.: cefaleia hemicraniana pulsátil há 24 horas, febre isolada há três dias, etc.). Deve o médico optar por não registrar hipóteses diagnósticas neste item do S.O.A.P. P Plano: A proposta terapêutica elaborada pelo médico deve encontrar se neste item; medicações prescritas, solicitações de exames complementares, orientações realizadas, encaminhamentos e pendências para o próximo atendimento, ou seja, um plano de ação para o seu paciente. ISABELLA AFONSO MÉTODO SOAP HAM 3 S- SUBJETIVO A documentação deste título vem de experiências “subjetivas”, opiniões pessoais ou sentimentos de um paciente ou d e alguém próximo a ele. No ambiente de internação, as informações provisórias estão incluídas aqui. Esta seção fornece contexto para a Avaliação e Plano. RECLAMAÇÃO PRI NCIPAL (CC ) O CC ou problema apresentado é relatado pelo paciente. Pode ser um sintoma, condição, diagnóstico anterior ou outra declaração curta que descreva por que o paciente está se apresentando hoje. Um paciente pode ter vários CCs e sua primeira reclamação pode não ser a mais significativa. Deve-se em encorajar os pacientes a expor todos os seus problemas , para descobrir o problema mais urgente. Exemplos: dor no peito, diminuição do apet ite, falta de ar. uma declaração de abertura simples de uma linha, incluindo a idade, sexo e motivo da visita. Esta é a seção onde o paciente pode elaborar sua queixa principal; Início: quando o CC começou ? Localização: Onde está l ocalizado o CC? Duração: Há quanto t empo o CC está acontecendo? Caracterização: Como o paciente descreve o CC? Fatores atenuantes e agravantes: o que torna o CC melhor? Pior? Radiação: o CC se move ou permanece em u m local? Fator temporal: o CC está pi or (ou melhor) em um determinado h orário do dia? Gravidade: Usando uma escala de 1 a 10, sendo 1 o mínimo e 10 o pio r, como o paciente avalia o CC? É importante que os médicos se concentrem na qualidade e clareza da s anotações de seus pacientes, em vez de incluir detalhes excessivos. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HPI) Exemplo: Mulher de 47 anos apresentando dor abdominal. "OLDCARTS": ISABELLA AFONSO MÉTODO SOAP HAM 3 Histórico médico: Condições médicas atua is ou anteriores pertinentes História cirúrgica: tente incluir o ano da cirurgia e do cirurgião, se possível. História familiar: inclua a história familiar pertinente. Evite documentar o histórico médico de cada pessoa da família do paciente. História Social: Casa e Ambiente; Educação, emprego, alimentação; Atividades; Droga s; Sexualidade; e Suicídio / Depressão HISTÓRIA Os medicamentos de uso continuo e alergias atuais podem ser listados nas seções: Subjetivo ou Objetivo. Lembrar de anotar do medicamento: nome do medicamento, a dose, a via e a frequência. MEDICAMENTOS ATUAIS E ALERGIAS ISABELLA AFONSO ISABELLA AFONSO O- OBJETIVO Dados objetivos do o paciente. Isso inclui: Sinais vitais; Achados do exame físico; Dados de laboratório, Resultados de imagem, Outros dados de diagnóstico, Reconhecimento e revisão da documentação de outros médicos. MÉTODO SOAP HAM 3 A- AVALIAÇÃO Documenta a síntese de evidências “subjetivas” e “objetivas” para chegar a um Diagnóstico. Pra que serve O SOAP? • Longitudinalidade (acompanhamento do paciente ao longo da vida) → histórico do paciente • Anotação continuada dos problemas • Fácil entendimento da história prévia • Avaliação da frequência de consultas → autoavaliação e avaliação das consultas e condutas feitas • Educação continuada → focada nos principais problemas • Fonte de dados para pesquisas Produtividade; ações preventivas • Rápido acesso aos dados • Resgate de prescrições e exames • Questões legais, laudos/relatórios MÉTODO SOAP HAM 3 ISABELLA AFONSO P- PLANO REFERENCIAS: CORIOLANO, D. MÉTODO SOAP NA MEDICINA. Núcleo M.D. 2017. Disponível em: www.profissaomedica.com.br Queiroz MJ. SOAP revisitado.Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, [S.l.]; 2009, 25(2):221-7. ISSN2182-5173. Disponível em: http://www.rpmgf.pt/ojs/index.php? journal=rpmgf&page=article&op=view&path%5B%5D=10610& path%5B%5D=10346. MÉTODO SOAP HAM 3 S Paciente comparece com relato de quadros álgicos em joelho esquerdo e quadril, afirma que o fato ocorreu há aproximadamente 1 ano com períodos de remissão e retorno da dor. Relata que nas crises, que duram dois ou três dias, suas atividades habituais ficam comprometidas. Ao uso de ibuprofeno por conta própria, apresenta alívio parcial. Afirma que sua qualidade de vida é menor desde os primeiros meses do agravo. Nega outros problemas de saúde ou uso de outros fármacos. Apresenta exame solicitado por médico no pronto atendimento, quando foi orientada a procurar unidade de atenção primária à saúde. O Ao exame físico crepitações em joelho esquerdo, sem sinais flogísticos no momento. Amplitude de movimento adequada. ACV: Bulhas normofonéticas, ritmo cardíaco regular, sem sopro audível. AR: Murmúrio vesicular presente sem ruídos adventícios. IMC: 36. Radiografia de quadril e joelho esquerdo evidenciando redução do espaço interarticular e presença de osteófitos. A Uso crônico de AINE; Osteoartrose de joelho esquerdo e quadril; Obesidade. P Orientações sobre os riscos que está submetida ao utilizar AINE de maneira crônica e sem orientação médica; Esclarecimento sobre osteoartrose; Prescrição de paracetamol para redução da dor quando necessário; Orientação dietética; Solicitação de exames complementares pré-liberação para atividades físicas que podem beneficiar na terapêutica não farmacológica da osteoartrose e obesidade; Encaminhamento para nutricionista; Considerar encaminhamento para educador físico próxima consulta após resultado dos exames; Abordar outros aspectos da vida diária em próximo encontro. EXEMPLO DE REGISTRO: ISABELLA AFONSO
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