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APX1 - Alfa2 - 2022.1

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Disciplina: Alfabetização 2
Coordenação: Prof. Marina Martins
APX1 – 2022.1
Prezados alunos:
Esta é a sua primeira Avaliação “Presencial” de Alfabetização 2. Leia, com atenção, os itens abaixo!
→ Responda as questões no espaço próprio para isso neste mesmo documento e envie-o de volta pela plataforma dentro do prazo informado em nosso cronograma. 
→ Esta avaliação poderá ser realizada por grupos de até 3 estudantes. Os dados dos membros do grupo devem ser apresentados no local apropriado para isso, mais abaixo, neste documento. Aproveite essa oportunidade para discutir e aprender com os colegas. Não separe as questões por membros do grupo. Todos devem participar da elaboração de todas as respostas. Essa é uma oportunidade única de aprendizado!
→ Esta APX1 é composta por questões discursivas que exigem respostas não muito extensas. Nos últimos semestres, temos observado que muitos alunos apresentam respostas longas sem dominar bem o tema das questões. Para melhor entendermos como está o seu processo de construção dos saberes envolvidos em nossa disciplina, atente-se ao que se pede nas questões. Procure exercitar sua capacidade de síntese.
→ Além da avaliação do conteúdo das respostas, analisaremos também a pertinência do texto à esfera acadêmica, ou seja, sua coesão e coerência, a clareza na apresentação dos argumentos, a capacidade de articulação entre os textos lidos e suas ideias e a capacidade de síntese. Responda com atenção e não se esqueça de revisar seu texto, verificando se as ideias estão claras e bem apresentadas. Lembre-se que um texto acadêmico, como o que se solicita nessa avaliação, deve estar pautado pela articulação entre os saberes construídos por você e os materiais lidos ao longo do curso. 
→ Em função desse novo contexto em que nos encontramos, esta avaliação pode ser realizada com consulta. Saiba usar o material do curso para estudo. Não copie trechos dos materiais estudados ou de colegas. Qualquer plágio encontrado resultará na anulação da prova inteira. Plágio é crime e será punido com a nota ZERO.
Boa prova!! 
	Matrícula: 
	Polo: 
	Aluno 2:
	Matrícula:
	Polo:
	Aluno 3:
	Matrícula:
	Polo:
	QUESTÃO 1: 4,0 pontos 
	TEXTO 01
Temos defendido que é preciso compreender o fracasso escolar de maneira mais complexa (Cf. MORIN, 1995), o que supõe vê-lo como a produção de um fracasso social, e não como resultado de um malogro individual. Para isso basta olharmos aqueles que não aprendem a ler e escrever - são, em sua grande maioria, oriundos das camadas mais pobres da população. Isso significa que o fracasso escolar não está distribuído democraticamente por todos os segmentos da população, mas se encontra concentrado em um mesmo grupo social. Sempre o mesmo grupo. Coincidentemente os mais pobres. Numa sociedade onde ler e escrever representa poder, aqueles que não sabem interpretar um texto ou registrar por escrito suas próprias palavras acabam por ser subalternizados (Cf. LANDER, 2005). Falar de analfabetismo, portanto, seja ele produzido no interior das escolas ou fora delas, é falar de uma injustiça social. Falar de analfabetismo é denunciar as injustiças que produzem a desigualdade, pois ʺnão cabe fatalisticamente cruzar os braçosʺ (FREIRE, 2001, p. 98).
(Fragmento de MORAIS, Jacqueline de Fátima dos Santos & ARAÚJO, Mairce da Silva. Alfabetização e analfabetismo no Brasil: algumas reflexões. Revista ACOALFAplp: Acolhendo a Alfabetização nos Países de Língua portuguesa, São Paulo, ano 5, n. 9, 2010/ 2011. Disponível em: . Publicado em: setembro de 2010 – março de 2011)
No fragmento anterior, as autoras apontam como o problema do analfabetismo no Brasil está atravessado por questões sociais complexas que não se restringem ao contexto escolar. Pensando nisso, e com base em nosso material de estudo responda, em dois pequenos textos:
a) Como a noção de “ambiente alfabetizador” se relaciona à discussão colocada no fragmento anterior?
b) Como a noção de “ambiente alfabetizador” nos ajuda a pensar nas especificidades do trabalho com a alfabetização escolar com crianças das classes populares, com crianças de classes mais abastadas da sociedade e com jovens e adultos?
	Resposta (no máximo, 25 linhas)
Questão A: 
O termo Ambiente Alfabetizador surgiu pelo fato da criança iniciar o seu processo de alfabetização antes mesmo de entrar na escola, junto de sua família, a intenção deste método é reaproveitar tudo o que a criança já sabe, que lhe foi compartilhado através de seus familiares e pessoas próximas.
 Tendo como base os textos oferecidos, podemos concluir que por muitas vezes o fracasso escolar ocorre pois muitas crianças não possuem uma base de apoio sólida, que possa ajudá-lo e estimulá-lo,a família é o nosso primeiro contato e através dela fazemos as primeiras descobertas do mundo, não são em todos os casos mas em comunidades muito pobres o número de analfabetos é grande, a falta de recursos e a dificuldade de acesso à escola maior ainda, se não possuímos boas referências existe uma grande chance de que tenhamos dificuldades para nos adaptarmos e nos sentirmos atraídos pelo novo, desta forma os alunos já chegam na escola com dificuldades diversas e acabam tendo um atraso na aprendizagem ou não se sentem atraídos pelo conteúdo ofertado.
Questão B:
A noção de Ambiente Alfabetizador nos faz pensar em um ambiente mais acolhedor, aonde possamos ver a dificuldade do outro e buscarmos uma forma de amenizar ou solucionar estas lacunas.
 O ambiente alfabetizador não vê como obrigação seguir a cartilha, com isto é possível realizar atividades que se assemelham ao dia a dia dos alunos tornando o conteúdo agradável ao invés de maçante e consequentemente mais atrativo, possuindo assim grandes chances de manter os alunos Interessados e com cada vez mais vontade de aprender.
	QUESTÃO 2: 3,5 pontos 
	TEXTO 02
Por aqui, o conflito sobre métodos de alfabetização para ensinar a leitura é visto hoje, ao menos nos ambientes educacionais mais respeitados, como algo supervalorizado de forma contraproducente. É muito lamentável ver questões educacionais que precisam ser resolvidas com estudos, pesquisas e avaliações sérias e detalhadas de resultados associadas, direta ou indiretamente, a posições políticas. A fonética, ou método fônico, não é um método “de direita”, nem tampouco a atenção ao significado de textos e oportunidades para desenvolver habilidades linguísticas constitui uma abordagem “de esquerda”. O que as crianças precisam, a rigor, é de uma série de oportunidades para aprender a serem bons leitores, com compreensão efetiva dos textos. E o processo para a construção dessas oportunidades certamente inclui linguagem rica, envolvimento com o texto, acesso à instrução e prática com o princípio alfabético. Nenhum desses itens é mais ou importante que o outro. Quando a disputa se torna política, as pessoas se alinham de um lado, por paixão, e deixam de perceber e de apreciar o que há de valor científico ou metodológico na posição do outro. E aí a questão técnica e o reconhecimento das verdadeiras necessidades das crianças são abandonados ou ficam desequilibrados.
(Fragmento de entrevista realizada pela Revista Educação com a professora Catherine Snow. Disponível em: https://revistaeducacao.com.br/2019/04/03/mec-alfabetizacao-2/ . Acesso em: 20/03/2022).
A questão colocada no fragmento acima é discutida profundamente por Magda Soares nos textos lidos em nossa disciplina. Considerando a leitura do capítulo “Alfabetização: o método em questão”, explique como a ideia de um trabalho com as diferentes facetas de inserção no mundo da escrita é mais interessante para o desenvolvimento de uma prática pedagógica do que a discussão sobre métodos de alfabetização.
	Resposta (no máximo, 25 linhas)
 A inserção do aluno no mundo da escrita se torna mais interessante através do uso de multifacetas, com este tipo de trabalho o aluno não fica focado somente em decorar, ele aprende conteúdos diversos através do palavramundo, valorizando a bagagem já existente emsi, vinda de seus familiares e suas culturas, não existe restrição no mundo da aprendizagem, aguçar a curiosidade dos pequenos é o principal para fazer com que eles se sintam a vontade para aprender, conhecer o novo, sem estarem presos a métodos como as cartilhas. 
 Quando os alunos são expostos a conteúdos livres e diversos, a bagagem pessoal de cada um começa a fazer parte da sala de aula, além de trazerem os conhecimentos adquiridos com seus familiares, ainda ocorre a troca com os colegas e até mesmo o professor em sala, o aprender se torna leve, prazeroso, divertido e criativo.
	QUESTÃO 3: 2,5 pontos 
	TEXTO 03
 O mito da neutralidade da educação, que leva à negação da natureza política do processo educativo e a tomá-lo como um quefazer puro, em que nos engajamos a serviço da humanidade entendida como uma abstração, é o ponto de partida para compreendermos as diferenças fundamentais entre uma prática ingênua, uma prática astuta e outra crítica. 
 Do ponto de vista crítico, é tão impossível negar o caráter político do processo educativo quanto negar o caráter educativo do ato político. (...) Mas é neste sentido também que, tanto no caso do processo educativo quanto no do ato político, uma das questões fundamentais seja a clareza em torno de a favor de quem e do quê, portanto contra quem e contra o quê, fazemos a educação e de a favor de quem e do quê, portanto contra quem e contra o quê, desenvolvemos a atividade política. 
(Fragmento retirado do Capítulo 1 – “A importância do ato de ler”, do livro “A importância do ato de ler: em três artigos que se completam”, de Paulo Freire)
A partir de sua leitura do material da disciplina, explique a importância do conceito de “palavramundo” proposto por Paulo Freire para o desenvolvimento de práticas alfabetizadoras mais comprometidas com a diminuição das desigualdades existentes em nosso país.
	Resposta (no máximo, 15 linhas)
 O termo Palavramundo se refere a uma educação que trabalha tanto os saberes já existente no aluno, sua bagagem como os conhecimentos que são propostos em sala, a principal intenção deste método é valorizar o conteúdo diversificado, trabalhar em cima do que o aluno já tem e instigá-lo a querer saber mais, focando na aprendizagem dos sentidos e como estes saberes serão cruciais para sua vida.
 A proposta criada por Paula Freire é libertadora, utilizar o que cada um já sabe e ensiná-lo em cima disto é aguçar o seus sentidos, pegar situações do seu cotidiano, trazê-las para a escola para fazer com que todos reflitam é tornar cada um deles em pessoas críticas, por muitas vezes ocorrem situações de desigualdade da qual a grande maioria nem sabe o que está se passando ou como é necessário agir, desta forma os mais apoderados de conhecimento se aproveitam da ingenuidade dos demais, é importante valorizarmos uma educação multicultural, que possa ofertar o conhecimento vindo de diversas áreas, aumentando os nossos saberes sobre o mundo.

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