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NERVO LINGUAL
O nervo lingual é um ramo do nervo mandibular que é uma divisão do nervo trigémeo, o qual forma parte dos 12 pares de nervos cranianos. O nervo lingual é um nervo importante que inerva uma região extensa da cavidade oral, mas que pela sua localização e anatomia, é muito delicado. O cirurgião dentista deve ter especial atenção nos procedimentos realizados em torno da sua localização, pois uma lesão deste nervo poder implicar uma parestesia total ou parcial. 
ANATOMIA DO NERVO LINGUAL
O nervo lingual é uma das ramificações do nervo mandibular, o qual pela sua vez, é uma divisão do nervo trigémeo. O nervo trigêmeo possui uma componente importante sensitiva e uma componente motora. 
Ele emerge na superfície anterolateral da protuberância, seguindo para a frente para sair da fossa craniana posterior e entrar na fossa craniana média. É na fossa craniana média que as suas fibras sensitivas vão formar a raiz sensitiva (gânglio de Gasser ou gânglio do trigêmeo), comparado com um gânglio espinal, e as fibras motoras vão formar a raiz motora. Contêm fibras aferentes somáticas gerais e eferentes branqueais, é o nervo que inerva os músculos da mastigação e é o nervo sensitivo mais importante da face.
O nervo lingual é uma ramificação sensitiva do tronco posterior do nervo mandibular. Após a sua divisão na fossa infra temporal, o nervo lingual une-se às fibras do nervo na corda do tímpano, a 1-2 cm abaixo da base do crânio, ligeiramente acima da borda inferior do músculo PL. Desce entre o músculo tensor do véu palatino e o PL, seguindo pela superfície lateral do PM para chegar à cavidade oral entre a inserção posterior do milo hioideo na linha milohiodal a inserção do constritor superior da faringe, na rafe pterigomandibular.
Uma vez que o nervo atinge o pavimento da cavidade O impacto da variação anatómica do nervo lingual na cirurgia oral 5 oral, ele encontra-se num sulco pouco profundo da superfície medial da mandíbula, imediatamente inferior ao último molar, onde é palpável através da mucosa.
Acede na língua pela superfície lateral do hipoglosso, unido ao gânglio submandibular. Este gânglio repousa sobre o músculo hipoglosso na borda posterior do milo hioideo, pelo que pode ser lesado em cirurgia de remoção de terceiros molares por retração, dissecção ou cauterização, o que pode afetar a fibras secreto-motoras das glândulas salivares. Antes de penetrar na língua, o nervo lingual cruza lateralmente o ducto submandibular no espaço interproximal entre o primeiro e segundo molar.
TÉCNICA ANESTÉSICA DO NERVO LINGUAL
A técnica anestésica deverá ser escolhida de acordo com o trabalho que se pretende executar.
Naturalmente que para um tratamento periodontal a anestesia dos nervos bucais (que inervam a gengiva vestibular na região de molares) e do lingual (que inervam a gengiva do mesmo nome) se fará necessário. Lembremos que a inervação da gengiva vestibular de molar a incisivo é feita pelo nervo alveolar inferior (portanto a gengiva vestibular na região de molar possui inervação mista já que é inervada pelo nervo bucal - ou bucinador) e pelo alveolar inferior.
Suponhamos que o profissional irá executar trabalhos periodontais em toda hemi-arcada mandibular. Neste caso, será necessário anestesiar os nervos bucal, lingual e alveolar inferior.
O bloqueio do alveolar inferior e do lingual processa-se em uma mesma manobra clínica. Esta consiste em localizar-se com o dedo indicador da mão oposta à que segura a seringa o arco existente na borda interna do ramo ascendente da mandíbula. Aproximadamente na altura da metade desse arco, é que o nervo alveolar inferior emerge do canal mandibular através do forame do mesmo nome.
A metade do arco formado pelo ângulo ascendente e horizontal da mandíbula equivale aproximadamente à distância de um centímetro acima do plano oclusal do terceiro molar inferior. Com o próprio dedo indicador, os tecidos moles são distendidos em direção à bochecha e a agulha é introduzida na altura da porção média da unha do indicador, mantendo-se a seringa sempre paralela ao plano oclusal.
Logo após ter percorrido meio centímetro, a agulha ultrapassa a linha milohidéia, local de passagem do nervo lingual. Aí infiltram-se algumas gotas de solução anestésica e continua-se a penetração da agulha por mais um centímetro, quando então giramos a seringa do lado oposto, até a altura dos pré-molares e injetamos o anestésico para bloquear o nervo alveolar inferior antes de sua entrada no canal mandibular.
Nesta etapa encontram-se, portanto, anestesiados os nervos alveolar inferior e lingual.
É de boa norma, ao pretender-se fazer uma cirurgia de todo o hemiarco, anestesiar os ramos anteriores do nervo alveolar inferior, bloqueando suas terminações não só na área que está sendo operada, mas também processar-se da mesma forma nos ramos do hemiarco oposto, para trabalharmos com tranquilidade na linha média. Aliás, o nervo lingual pode ser bloqueado infiltrando-se anestésico na mucosa lingual nas áreas correspondentes às raízes de cada dente.
SINAIS E SINTOMAS DO EFEITO ANESTÉSICO
Os sintomas são fornecidos pelos pacientes 5 a 10 minutos após a anestesia, dependendo da situação da agulha em relação ao forame mandibular; quanto mais próximo se situa a agulha, em relação a este forame, menor será o tempo de latência. 
O paciente apresenta os 2/3 anteriores da língua, adormecidos ou insensíveis, metade do lábio inferior, devido à anestesia respectivamente dos nervos lingual e alveolar inferior.
O sintoma objetivo que caracteriza a anestesia perfeita do nervo alveolar inferior é o amortecimento dos dentes inferiores, como se os mesmos fossem acometidos de uma pericementite. 
Podemos, com um instrumento rombo, fazer punções na fibromucosa vestibular, na região que vai de terceiro molar inferior a canino inferior. A falta de sensibilidade comprova anestesia perfeita dos nervos sensitivos bucal e alveolar inferior, respectivamente. Utiliza-se o mesmo procedimento na região de fibromucosa lingual do terceiro molar inferior e canino inferior. A falta de sensibilidade comprova anestesia do nervo lingual, responsável pela sensibilidade desta região e dos 2/3 anteriores da língua.
A sensibilidade que se pode observar na fibromucosa tanto vestibular quanto lingual, na região dos incisivos é devido à anastomose dos nervos lingual e alveolar inferior do lado oposto, não anestesiados.
POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES
1. Se a agulha penetrar profundamente e o ponto de punção for muito alto em relação à linha oblíqua interna, podem se verificar os seguintes erros:
· A anestesia do nervo auriculotemporal, provocando insensibilidade do ouvido da região temporal.
· Anestesia do músculo pterigoideo externo, ocasionando trismo, dor e falta de anestesia, devido a solução anestésica ter sido depositada longe do forame mandibular.
· Anestesia do músculo masseter, provocando trismo, dor, em pacientes portadores de chanfraduras sigmóide baixa e molares inferiores em extrusão.
2. Se a agulha penetrar pouco e o ponto de punção for alto em relação à linha oblíqua interna, verifica-se anestesia do músculo temporal, ocasionando trismo, dor e falta de anestesia.
3. Ponto de punção sendo demasiado baixo em relação à linha milohidéia e se a agulha penetrar pouco, não se verifica anestesias dos nervos alveolar inferior e lingual.
4. Ponto de punção sendo demasiado baixo em relação à Lina milohidéia e se a agulha penetrar profundamente, verifica-se os seguintes erros:
· A agulha penetrando no músculo pterigoideo interno provoca trismo, dor e falta de anestesia.
· A agulha penetrando na glândula parótida, situada no bordo posterior da mandíbula, pode provocar parotidite,
· A agulha poderá alcançar o nervo facial, dentro da glândula parótida, provocando o relaxamento de todos os músculo da face do lado anestesiado, ocasionando paralisia facial que perdura enquanto a solução anestésica permanecer no local.
5. A penetração da agulha no ligamento ptérigo-mandibular provoca nos pacientes dor e dificuldade de deglutir.6. A solução anestésica sendo depositada no músculo constritor superior da faringe, ocasiona insensibilidade profunda da garganta, incomodando demais o paciente.
Dos acidentes que se verificam, o que mais impressiona tanto os pacientes como o cirurgião-dentista é a fratura da agulha no espaço ptérigo-mandibular. Este acidente só se verifica quando se utiliza agulha adaptada em seringa metálica na parte da agulha junto a seringa. É de boa norma, quando se realiza a técnica, deixar uma porção da agulha fora dos tecidos, o que facilita a retirada em caso de fraturas.
A causa primária de quebra da agulha é o movimento inesperado do paciente no momento da penetração da agulha. Agulhas mais finas são mais propensas a quebrar que agulhas mais grossas. Agulhas curvadas ficam enfraquecidas e mais propensas a quebrar do que agulhas não curvadas. As agulhas podem vir com defeito de fabricação.
Como prevenção devemos usar agulhas de maior calibre em injeções que exijam penetração de profundidades significativas dos tecidos moles. Agulhas longas padronizadas são apropriadas para bloqueio dos nervos alveolares inferior, alveolar superior posterior, alveolar superior anterior e maxilar. Sempre que possível utilizar agulhas longas para injeções que exijam penetração de profundidades significativas, casos maiores do que 18 mm nos tecidos. Evitar introduzir a agulha até o canhão sempre que possível, pois essa é a parte mais fraca da agulha e o local onde geralmente ocorre sua quebra.

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