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TUT 2 -DRAMA

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Tutorial 2 – Laryssa Lopes MEDXX 
OBJETIVOS 
1- Abordar Acerca da Teníase: (Microbiologia de Murray pg. 1558, 
Manual de Doenças Infecciosas e Parasitárias pg. 387, 
Parasitologia Neves 13 ed. pg. 265) 
1.1- Epidemiologia; 
1.2- Agente Etiológico; 
1.3- Fisiopatologia; 
1.4- Diagnóstico; 
1.5- Tratamento. 
 
2- Discorrer a Respeito da Cisticercose: 
2.1- Epidemiologia; 
2.2- Agente Etiológico; 
2.3- Fisiopatologia; 
2.4- Diagnóstico; 
2.5- Tratamento. 
 
3- Debater a Importância do Saneamento Básico em Relação às 
Doenças de Ciclo Fecal-Oral 
Consultar Artigos 
 
 Classe Cestoda 
- parasitos hermafroditas 
- filo Platelmintos 
- tamanhos variados 
- encontrado em animas vertebrados 
- corpo achatado dorsoventralmente 
- certoides mais comuns encontrados em humanos : Taenidade – 
Taenia Solium + Taenia Saginta 
 
 Taenia solium + Taenia saginata 
- corpo achatado dorsoventralmente em forma de fita 
- dividido em escolex/cabeça , colo/pescoço e estróbilo/corpo 
- OVO: esferico,30mm de diâmetro 
- CISTICERCO: vesícula translucida com liquido claro, invaginado 
no seu interior 
 
- didaticamente teníase e cisticercose são duas entidades 
mórbidas distintas , mas são causadas pela mesma espécie, 
porem com fase da vida diferente. 
 
T. saginata: apresenta ventosas como estruturas de fixação; 
T. solium: presença de uma coroa de ganchos, denominada de 
rostro. 
 TENIASE 
- alteração provocada pela presença da forma adulta da Taenia 
solium e saginata no intestino delgado do hospedeiro definitivo – os 
seres humano 
 
 Epidemiologia 
 
A maior prevalência ocorre em adultos jovens nas zonas rurais da 
América Latina, África e Ásia, devido principalmente aos hábitos 
culturais de consumo de carnes cruas ou malcozidas, além do 
destino inadequado das fezes humanas. 
 
- Falando em números, a OMS estimou a existência de 70 milhões 
de pessoas contaminadas, com 50 mil mortes anuais, geralmente 
pelas complicações da neurocisticercose induzida pela T. solium. 
 
 
 Agente Causador 
 
- duas espécies de platelmintos, a Taenia solium e a Taenia 
saginata. A T. solium e a T. saginata são vermes achatados cujo 
corpo é dividido em segmentos (proglótides), podendo alcançar 
alguns metros de comprimento. 
 
 
 Fisiopatologia 
- O hospedeiro definitivo se infecta ao ingerir carne suína ou bovina 
crua ou malcozida, infectada , respectivamente, pelo cisticerco de 
cada espécie de Taenia. 
- Ingere carne o cisticerco (larva) e este evolui para a forma 
adulta no intestino delgado. O verme adulto se fixa e começa a 
expelir os ovos e proglótides, que são excretados nas fezes 
humanas e podem contaminar o solo, a água e os alimentos. 
Após serem ingeridos, os ovos se transformam em oncosferas, que 
seguem pelo sangue e se alojam na musculatura, desenvolvendo 
uma forma larval denominada cisticerco. 
Os seres humanos adquirem a doença ao ingerirem 
os cisticercos. 
Estes seguem pelo sistema digestório e sofrem a ação dos sucos 
digestivos. 
A tênia é liberada e, por meio do escólex, fixa-se na mucosa 
intestinal. Nesse local, ela se desenvolve e absorve os nutrientes 
necessários para sua sobrevivência por meio da sua superfície 
corporal, uma vez que não apresenta sistema digestório. 
Após cerca de três meses da contaminação, o homem começa a 
eliminar proglotes grávidas nas fezes. 
 
O ciclo de vida da tênia pode ser resumido nas seguintes etapas: 
1. Os ovos da tênia são 
eliminados pelas fezes de 
humanos contaminados. Desse 
modo, podem contaminar o 
solo, a água e os alimentos; 
2. Os ovos da tênia podem ser 
ingeridos pelos hospedeiros 
intermediários. No caso, o 
porco ou o boi; 
3. No organismo dos 
hospedeiros intermediários, os 
ovos transformam-se em larvas 
que se alojam nos tecidos; 
4. O homem pode se contaminar ao consumir a carne de 
porco ou boi contaminada pelas larvas; 
5. As larvas ao serem consumidas pelo homem, alojam-se 
no intestino delgado e evoluem para a forma adulta, 
causando a teníase; 
6. Um ser humano infectado pode eliminar milhões de ovos 
livres nas fezes, os quais podem sobreviver no ambiente 
por vários meses. 
 
 Diagnostico 
 
A teníase é uma verminose que provoca sintomas como: 
 dores abdominais; 
 flatulência; 
 diarreia ou constipação; 
 náuseas; 
 perda de peso. 
 
Essa verminose pode provocar complicações quando 
o parasita penetra em estruturas como o apêndice e o ducto 
pancreático. Ela também pode se apresentar de maneira 
assintomática. 
 
Embora as tênias adultas no intestino geralmente não causem 
nenhum sintoma, algumas pessoas sentem desconforto 
abdominal na parte superior do abdômen, diarreia e outros 
sintomas. Em alguns casos, as pessoas infectadas com tênias 
podem sentir um pedaço da tênia se mover pelo ânus ou ver nas 
fezes parte da tênia similar a uma fita. 
O diagnóstico da teníase é feito através do exame 
parasitológico de fezes, pela identificação dos ovos ou da 
proglote da tênia. 
https://biologianet.uol.com.br/zoologia/platelmintos.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sistema-digestorio.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/doencas-por-vermes.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/parasitas.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/parasitas.htm
Como a eliminação dos ovos é intermitente, podem ser 
necessários mais de um exame até que se consiga estabelecer 
o diagnóstico. O ideal é colher, no mínimo, 3 amostras de fezes 
em dias diferentes. 
 Tratamento 
O tratamento da teníase é feito utilizando-se medicamentos 
conhecidos popularmente como vermífugos. Dentre os 
medicamentos mais utilizados, destacam-se o Mebendazol e 
albendazol. 
- Mebendazol: 200 mg, 2 vezes ao dia, por 3 dias, por via oral. 
- Albendazol, 400 mg/dia, durante 3 dias, por via oral 
 
 CISTICERCOSE 
 
- alteração provocada pela presença da larva da Taenia Solium nos 
tecidos de hospedeiros intermediários normais – suínos e bovinos 
 
- É uma forma acidental do ciclo, onde o homem entra no lugar do 
animal. Ou seja, ingerimos o ovo diretamente 
 
 Epidemiologia 
- A América Latina tem sido apontada por vários autores como 
área de prevalência elevada de neurocisticercose, que está 
relatada em 18 países latino-americanos, com uma estimativa de 
350.000 pacientes. 
- A situação da cisticercose suína nas Américas não está 
bem documentada. 
- O abate clandestino de suínos, sem inspeção e controle 
sanitário, é muito elevado na maioria dos países da América Latina 
e Caribe, sendo a causa fundamental da falta de notificação. 
- No Brasil, a cisticercose tem sido cada vez mais diagnosticada, 
principalmente nas regiões Sul e Sudeste, tanto em serviços de 
neurologia e neurocirurgia quanto em estudos anatomopatológicos. 
- A baixa ocorrência de cisticercose em algumas áreas do 
Brasil, como por exemplo nas regiões Norte e Nordeste, pode ser 
explicada pela falta de notificação ou porque o tratamento é 
realizado em grandes centros, como São Paulo, Curitiba, Brasília e 
Rio de Janeiro, o que dificulta a identificação da procedência do 
local da infecção. 
 
As formas de transmissão dessa doença explicam a associação de 
sua alta incidência com as más condições de saneamento básico. 
No Brasil, é particularmente encontrada nos Estados de São Paulo, 
Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná. Esse fato 
pode também ser explicado pelos maiores recursos destas regiões 
para se fazer exames e portanto o diagnóstico. 
A cisticercose é a parasitose mais freqüente do SNC sendo 
responsável por muitas internações hospitalares e seqüelas 
neurológicas graves. 
 
 Fisiopatologia 
 
- Ao ingerir ovos viáveis da tênia, 
estes chegam ao estômago e 
liberam o embrião que atravessa a 
mucosa gástrica, vai para a corrente 
sanguínea e se distribui pelo 
corpo, podealcançar diversos 
tecidos (músculos, coração, olhos e 
cérebro) aonde irá se desenvolver o 
cisticerco (larva). 
Ao atingir o cérebro causam a 
Neurocisticercose, que é a forma 
mais grave da infecção. 
 
- doença pleomorfica : possibilidade do cisticerco alojar-se em 
diversos locais do organismo 
- deficiência visual, loucura, epilepsia, entre outros. 
 
 Cisticercose Muscular 
- forma assintomática 
- o cisticercos ali instalados desenvolvem reação local, formando 
uma membrana adventícia fibrosa 
- quando muitos cisticercos se instauram nos músculos esqueléticos 
podem provocar dor, fadiga e cimbras, principalmente quando 
localizados nas pernas, na região lombar e na nuca 
- no tecido subcutâneo: palpável, indolor e pode ser confundido com 
um cisto 
 
 Cisticercose Cardíaca 
- palpitações e ruídos anormais ou dispneia quando os cisticercos 
se instalam na,s válvulas 
 Cisticercose das glândulas mamarias 
- forma rara 
- clinicamente pode se apresentar como nódulo indolor , com limites 
precisos, móvel, ou ainda com tumoração associada a processos 
inflamatórios, provavelmente ao estagio degenerativo da larva 
 
 Cisticercose Ocular 
- cisticerco alcança o bulbo ocular através dos vasos da coroide, 
instalando-se na retina 
- larva se desenvolve na retina , provocando deslocamento ou 
perfuração, alcançando o humor vítreo 
- reações inflamatórias exsudativas – opacificacao do humor vítreo 
- perda parcial ou total da visão, desorganização intraocular e perda 
do olho 
- parasito não acomete o cristalino, mas pode levar a sua 
opacificacao (catarata) 
 
 Neurocisticercose 
- cisticerco no SN atinge pequenos vasos sangüíneos entre as 
substâncias branca e cinzenta do cérebro, onde se desenvolve num 
cisto 
- Os cistos podem se alojar em diversas regiões do SN: parênquima 
cerebral, espaço subaracnóideo, meninges, medula e sistema 
ventricular, onde assume uma forma com vesículas que se 
desdobram, formando um cacho 
 
 
 Diagnostico 
- tem como base aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais 
- importante relatos como procedência do paciente, criação 
inadequada de suínos, hábitos de higiene, serviços de saneamento 
básico, qualidade de agua utilizada para beber e irrigar hortaliças 
 
 Diagnóstico diferencial 
- Na neurocisticercose, tem-se que fazer diagnóstico diferencial com 
distúrbios psiquiátricos e neurológicos (principalmente epilepsia por 
outras causas). 
 
 Diagnostico laboratorial 
 
- pesquisa parasito por meio de observação anatomopatológicas de 
biopsias, necropsias e cirurgias 
- diagnostico da neurocisticercose : fundamentado nos exames 
de liquor, neuroimagem e detecção de anticorpos no soro 
- tomografia computadorizada alterações tomográficas 
sugestivas da neurocisticercose depende da fase de 
desenvolvimento do parasito = lesão cística, hipodensa, contornos 
bem delimitados e com escolex no seu interior coresponde ao 
cisticerco vivo 
-ressonância magnética : maior sensibilidade que a tomografia na 
detecção de cisticercos cisternais e intraventriculares, assim como 
melhor visualização do escolex e de pequenas vesículas 
cisticercoticas 
 
 Tratamento 
 
- Praziquantel, na dose de 50mg/kg/dia, durante 21 dias, associado 
à dexametasona para reduzir a resposta inflamatória, consequente 
à morte dos cisticercos. 
- Albendazol, 15 mg/dia, durante 30 dias, dividido em 3 tomadas 
diárias, associado a 100mg de metilpredinisolona, no primeiro dia de 
tratamento, a partir do qual se mantém 20mg/dia, durante os 30 
dias. 
- Anticonvulsivantes, às vezes, se impõe, pois cerca de 62% dos 
pacientes são portadores de epilepsia associada. 
 
IMPORTANCIA DO SANEAMENTO BASICO 
 
O saneamento básico constitui quatro variáveis: abastecimento de 
água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos 
(limpeza urbana e coleta de lixo) e manejo de águas pluviais 
(drenagem urbana). 
Atualmente, segundo dados do IBGE, quase metade da população 
(43%) vive em cidades sem rede de tratamento de esgoto. 
 
O Plano Nacional de Saneamento básico visava atender 90% do 
território com tratamento e destinação adequados do esgoto até 
2033. Mas o governo brasileiro já admitiu que não conseguirá 
cumprir a meta, mesmo sabendo que falta ainda muito tempo até 
2033. 
 
O saneamento precário cria o ambiente propício a muitas doenças, 
como diarreia, hepatite, verminoses e doenças dermatológicas, 
causadas pela ingestão de água contaminada ou pelo contato da 
pele ou mucosas com a própria água, lixo ou solo infectados. 
 
Além disso, a falta de saneamento acaba por produzir as condições 
necessárias, como a água parada para a proliferação do 
mosquito Aedes aegypti, por exemplo, responsável pela Dengue, 
Chikungunya e Zika. 
 
No Brasil, a diarreia costuma ser a doença mais citada relacionada 
à falta de saneamento básico. Isso porque a diarreia costuma ser 
um sinal comum de inúmeras infecções gastrointestinais que podem 
ser causadas por bactérias, vírus ou protozoários. 
 
Segundo o IBGE (2015), as doenças de transmissão feco-oral 
(diarreias, febres entéricas e hepatite A) foram responsáveis por 
87% das internações causadas pelo saneamento ambiental 
inadequado no período de 2000 a 2013.

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