Buscar

HISTOLOGIA E SEUS MÉTODOS DE ESTUDOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

HISTOLOGIA E SEUS MÉTODOS DE ESTUDOS
Histologia é o estudo dos tecidos do crpo e de como estes tecidos se organizam para constituir órgãos.
Os tecidos fundamentais são:
- Tecido epitelial
- Tecido conjuntivo
- Tecido muscular
- Tecido nervoso
Esses tecidos são constituídos por células e por matriz extracelular, também identificada pela sigla MEC. Juntas, elas formam uma entidade contínua que funciona conjuntamente e responde de modo coordenado às exigências do organismo.
Os órgãos quase sempre são formados por uma associação muito precisa de vários tecidos e é justamente essa associação que resulta no funcionamento de cada órgão e do organismo como um todo. Aqui, vale ressaltar que o sistema nervoso é uma excessão, pois ele é constituído quase somente por tecido nervoso.
Preparação de tecidos para exame microscópico
A histologia é dependente dos recursos do microscópio para realização dos seus estudos por causa do pequeno tamanho das células e dos componentes da matriz.
Além do microscópio, essa área necessita também das pesquisas em química, fisiologia, imunologia e patologia para um conhecimento adequado da biologia dos tecidos, dos órgãos e de como seus vários componentes interagem na saúde e na doença. Ou seja, o conhecimento das ferramentas e dos métodos de investigação é essencial para uma compreensão adequada da estrutura e do funcionamento das células, tecidos e órgãos.
O procedimento mais usado no estudo dos tecidos ainda consiste nos cortes histológicos. No microscópio óptico, a imagem se forma após um feixe de luz atravessar alguma estrutura. Para isso, o tecido que será estudado deverá ser fatiado em secções ou cortes histológicos muito delgados. Em seguida, eles são colocados sobre lâminas de vidro. Esses cortes são obtidos através de um aparelho chamado micrótomos.
Porém, antes de serem fatiados e expostos, os tecidos e órgãos necessitam passar por uma série de tratamentos que serão descritos a seguir:
Fixação – Essa é a primeira etapa. Nesse momento, células ou fragmentos de tecidos e órgãos devem ser submetidos a um processo chamado de fixação. Esse procedimento evita a digestão dos tecidos por enzimas presentes nas próprias células (autólise) ou em bactérias; endurece os fragmentos; preserva em grande parte a estrutura e a composição molecular dos tecidos. A fixação pode ser feita por métodos químicos e, raramente, por métodos físicos. Na fixação química, os tecidos são imersos em soluções de agentes desnaturantes ou de agentes que estabilizam as moléculas formando pontes com moléculas vizinhas. Essas soluções são chamadas de fixadores. Quanto menor for a fatia, mais rápido e eficiente será atuação do fixador, conservando a estrutura. Um dos fixadores mais usados para microscopia de luz é uma solução isotônica tamponada de formaldeído a 4%.
Inclusão - Para obter secções delgada (cortes bem finos) com o micrótomo, os fragmentos de tecidos e órgãos devem, após a fixação, ser infiltrados com substâncias que lhes proporcionem uma consistência rígida. As substâncias mais utilizadas para esta finalidade é a parafina (luz) e algumas resinas de plástico (luz e eletrônica). O processo de impregnar os tecidos com parafina é chamado de inclusão e geralmente é precedido por duas etapas: desidratação e clareamento. A água é inicialmente extraída passando os fragmentos por diversos banhos de soluções de concentrações crescentes de etanol (variando de etanol 70% a etanol 100%). Após a desidratação, o etanol presente nos fragmentos deve ser substituído por uma substância intermediária (normalmente se utiliza um solvente orgânico) que é miscível tanto em etanol quanto no meio que foi escolhido para inclusão (parafina ou resina). Para a inclusão em parafina a substância que é mais utilizada é o xilol. Quando os fragmentos de tecidos são colocados no solvente orgânico, eles ficam transparentes ou translúcidos. Em seguida, eles são colocados em parafina deretida a 60ºC. O calor causa a evaporação do solvente orgâncico e os espaços existentes são preenchidos com parafina. Agora, com os fragmentos fora da estufa, a parafina se solidifica e eles se tornam rígidos. Os blocos de parafina que contem os tecidos são levados para o micrótomo para serem seccionados. Por fim, os cortes são colocados para flutuar sobre uma superfície de água aquecida e depois, colocados sobre lâminas de vidro, onde aderem e onde serão depois corados.
Fixação física por congelação – Nesse tipo de procedimento, os tecidos são submetidos a um congelamento rápido.Os fragmentos ficam rígidos e prontos para serem seccionados. O criostato é o micrótomo que foi criado para seccionar os fragmentos congelados. Esse procedimento é o mais usado em hospitais para analisar em poucos minutos espécimes obtidos durante procedimentos cirúrgicos.
Coloração – Para serem estudados no microscópio, a maioria dos cortes histológicos deve ser corada, porque, com poucas exceções, os tecidos são incolores. Com esta finalidade foram desenvolvidos métodos de coloração que tornam evidentes os vários componentes dos tecidos, das células e Matriz Extracelular (MEC). Os corantes se comportam como substâncias de caráter ácido ou básico e tendem a formar ligações eletrostáticas (salinas) com componentes ionizados dos tecidos. Os componentes dos tecidos que se coram bem com corantes básicos, são chamados de basófilos, e os que tem grande afinidade por corantes ácidos são chamados de acidófilos. Os principais componentes dos tecidos que reagem com corantes básicos o fazem por conter ácidos na sua composição. Por outro lado, corantes ácidos coram principalmente os componentes acidófilos dos tecidos. Quando as células e seus limites não são visualizados é usado um contra-corante. Trata-se de um corante aplicado a um corte apenas para permitir a visualização dos contornos das células e dos núcleos.
O procedimento inteiro, desde a fixação, até a observação de um tecido em um microscópio de luz, pode demorar de 12h a 2 dias, dependendo do tamanho do tecido, do fixador e do meio de inclusão utilizados.

Continue navegando