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Podcast 
Disciplina: Psicopedagogia Clínica 
Título do tema: Diagnóstico clínico e queixas de aprendizagem 
Autoria: Juliana Zantut Nutti 
Leitura crítica: Neide Rodriguez Barea 
 
 
Abertura: 
Olá, no podcast de hoje vamos abordar um assunto polêmico na área de 
Psicopedagogia Clínica, que é a definição dos termos dificuldades, distúrbios 
e transtornos de aprendizagem. 
Os termos dificuldades, distúrbios e transtornos de aprendizagem são muito 
utilizados na Psicopedagogia Clínica. 
A compreensão correta dos termos é uma tarefa difícil para os que atuam no 
diagnóstico do processo de aprendizagem porque é alta a quantidade de 
obras relacionadas à temática, o que pode impedir que se contemplem as 
definições e abordagens sobre esses conceitos. 
Vamos iniciar com o termo dificuldade de aprendizagem, que diz respeito a 
fatores voltados para questões de cunho psicopedagógico, social ou cultural, 
pressupondo que as alterações provocadas não estão localizadas no 
Sistema Nervoso Central, mas no contexto de vida e de experiências 
acadêmicas dos indivíduos. 
Já os termos distúrbios e transtornos de aprendizagem se referem a um 
grupo de alterações na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita e 
cálculo e pressupõem que a causa principal seja a existência de 
comprometimentos no Sistema Nervoso Central. 
A expressão Transtornos Específicos do Desenvolvimento das Habilidades 
Escolares está inserida no documento Classificação de Transtornos Mentais 
e de Comportamento, o CID – 10, da Organização Mundial de Saúde. 
Todos esses transtornos podem se iniciar na primeira infância, desde a 
concepção do bebê até o momento o ingresso na educação formal, ou seja, 
de 0 aos 6 anos. Comprometem ou atrasam o desenvolvimento de funções 
relacionadas ao Sistema Nervoso Central e são considerados crônicos, 
porque não apresentarem remissões nem recaídas, afetando a linguagem, as 
habilidades visuoespaciais e a coordenação motora fina ou grossa 
Em geral, esses comprometimentos são mais frequentes no sexo masculino. 
Há uma história familiar de transtornos semelhantes, em geral, pois a 
determinação genética é um fator importante no conjunto de possíveis 
V
er
sã
o
 
 
 
causas. Fatores ambientais ainda podem influenciar as funções de 
desenvolvimento afetadas, mas não possuem uma influência predominante 
na maioria das vezes. 
Embora exista uma concordância na conceituação global dos transtornos do 
desenvolvimento psicológico, na maioria dos casos, a etiologia ainda é pouco 
conhecida. 
Os Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares, 
classificado no item F81 do CID – 10, não é uma consequência da falta de 
oportunidade de aprender nem de qualquer forma de traumatismo ou de 
doença cerebral adquirida no desenvolvimento. 
Para diagnosticar esses transtornos deve-se destacar as diferencias entre as 
variações normais que existem no desempenho escolar, especialmente no 
primeiro e segundo ano de escolaridade e entender que as habilidades 
escolares não são só o resultado da maturação biológica ou da 
predisposição genética, mas também são influenciadas por várias pelo 
ambiente familiar, a qualidade do ensino e as características individuais. 
Os Transtornos Específicos do Desenvolvimento das Habilidades Escolares 
se manifestam por comprometimentos significativos na aprendizagem de 
habilidades escolares, mas não são resultantes de outros transtornos como a 
deficiência intelectual, os problemas visuais ou as perturbações emocionais. 
Também podem aparecer conjuntamente com o Transtorno de Déficit de 
Atenção e Hiperatividade (o TDAH) ou outros transtornos do 
desenvolvimento. 
Os Transtornos Específicos do Desenvolvimento das Habilidades Escolares 
ainda não têm causas completamente conhecidas, mas parece que os 
fatores biológicos, como lesões em determinadas áreas do encéfalo, são as 
causas mais prováveis. 
Um item importante para o diagnóstico é que esses transtornos apareçam 
logo no início da escolaridade. 
Quando as crianças apresentam dificuldades decorrentes de falta de 
interesse e de motivação, de um ensino de má qualidade ou, ainda de 
problemas emocionais ou de alterações nas exigências acadêmicas, é 
provável que não haja um Transtorno de Aprendizagem. 
Fechamento: 
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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