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Prévia do material em texto

TRANSTORNOS E 
DISTÚRBIOS DA 
APRENDIZAGEM
Unidade 2
Principais Transtornos 
e Distúrbios da 
Aprendizagem
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
ALESSANDRA FERREIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
FRANCIANE HEIDEN RIOS
4 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Franciane Heiden Rios
Sou formada em Pedagogia, mestre em Educação, 
especialista em Educação Especial e Inclusiva e Tecnologias 
Educacionais. Estou na área da educação desde o início da minha 
vida profissional, cursei magistério, ingressei como estagiária, 
e da escola nunca mais saí. Esse espaço rico de aprendizagens 
humanas me oportunizou pensar sobre diversas questões e 
perceber as pessoas em suas diferentes necessidades. Durante 
dez anos, fui servidora concursada, professora do município 
de São José dos Pinhais. Também atuei como educadora 
pela Prefeitura Municipal de Curitiba e, atualmente, sou 
supervisora do curso de Pedagogia da Universidade Virtual 
do Estado de São Paulo (UNIVESP) e diretora pedagógica da 
CuriosaIdade, instituição que atua em parceria com redes de 
ensino para desenvolvimento de boas práticas educativas 
tendo como subsídio a perspectiva do Desenho Universal para 
a Aprendizagem. Acredito no princípio básico da inclusão e no 
respeito pela diversidade, portanto, escrever, palestrar, capacitar 
ou qualquer outra ação ou prática profissional relacionada a esse 
tema são hoje meu foco de atuação. Desejo que tenhamos juntos 
um caminho rico de aprendizagens significativas, que o material 
aqui proposto em suas ideias, reflexões e discussões permita a 
você um olhar sensível à diversidade no que tange aos distúrbios 
e transtornos de aprendizagens
5TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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ÍC
O
N
ES
Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que:
OBJETIVO
Para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova 
competência. DEFINIÇÃO
Houver necessidade 
de apresentar um 
novo conceito.
NOTA
Quando necessárias 
observações ou 
complementações 
para o seu 
conhecimento.
IMPORTANTE
As observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você.
EXPLICANDO 
MELHOR
Algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado.
VOCÊ SABIA?
Curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias.
SAIBA MAIS
Textos, referências 
bibliográficas 
e links para 
aprofundamento do 
seu conhecimento.
ACESSE
Se for preciso acessar 
um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast.
REFLITA
Se houver a 
necessidade de 
chamar a atenção 
sobre algo a 
ser refletido ou 
discutido.
RESUMINDO
Quando for preciso 
fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens.
ATIVIDADES
Quando alguma 
atividade de 
autoaprendizagem 
for aplicada. TESTANDO
Quando uma 
competência for 
concluída e questões 
forem explicadas.
6 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Transtornos e distúrbios relacionados à aprendizagem ....... 9
Transtorno e distúrbio: primeiras implicações ............................................ 10
Transtornos do neurodesenvolvimento ......................................... 12
Transtornos disruptivos, do controle dos impulsos e da 
conduta .................................................................................................17
Transtorno do espectro autista (TEA).................................... 21
Contextualização do Transtorno do Espectro Autista ................................ 22
Conceito e características do Transtorno do Espectro Autista (TEA) ....... 23
TDAH e TOD .............................................................................. 33
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH): contexto ....... 33
Conceito e características..................................................................37
Implicações na aprendizagem ..........................................................40
Transtorno de Oposição Desafiante (TOD): conceito e características ... 43
Transtornos específicos da aprendizagem ........................... 47
Identificação do transtorno específico da aprendizagem .......................... 47
Dislexia ..................................................................................................51
Disgrafia ................................................................................................53
Discalculia .............................................................................................54
SU
M
Á
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7TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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A
PR
ES
EN
TA
ÇÃ
O
Você já deve ter visto em jornais ou em outros meios 
de comunicação matérias sobre os desafios relacionados 
à aprendizagem. Em muitas dessas matérias, é recorrente 
a reclamação dos professores acerca dos estudantes 
indisciplinados, que não respeitam regras, que não “estão nem 
aí” para a escola e para o que ela tem a oferecer. Mas no que isso 
se relaciona com nossa disciplina? Muitas dessas reclamações 
indicam que há “algo a mais” no espaço da escola e que essa 
instituição não sabe como lidar com a demanda que emerge. 
Nesse “algo a mais” provavelmente estão estudantes com 
transtornos diversos, que resultam em déficits de aprendizagem 
e em comportamentos atípicos, que, por desconhecimento, estão 
sendo encarados como os “vilões” nessa história. Diante disso, 
sua principal responsabilidade é compreender esses transtornos 
e suas características, percebendo como eles se manifestam 
para, a partir daí, estar capacitado a mudar essa realidade, na 
qual não existem “maus” e “bons”, e, sim, diversos, cada qual com 
uma demanda e com uma condição. Ainda, com o conhecimento 
em mãos, você poderá socializá-lo, o que é fundamental para 
evitar a segregação desses indivíduos que têm algum transtorno 
e, portanto, possuem dificuldades nas interações necessárias. 
Afinal, eles não escolheram essa condição, as crianças muitas 
vezes nem compreendem essa condição. Assim, não é justo 
culpabilizá-las por um clima escolar não adequado. Como 
profissionais e adultos esclarecidos dessa relação, cabe a nós 
buscarmos estratégias para fazer a diferença. Entendeu? Ao 
longo desta unidade letiva, você vai mergulhar neste universo!
8 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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BJ
ET
IV
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S
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo é 
auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências 
profissionais até o término desta etapa de estudos:
1. Identificar e classificar os transtornos e distúrbios da 
aprendizagem. 
2. Diagnosticar as características e especificidades do 
Transtorno do Espectro Autista (TEA).
3. Reconhecer e identificar as características e 
especificidades do Transtorno do Déficit de Atenção/
Hiperatividade (TDAH) e Transtorno de Oposição 
Desafiante (TOD).
4. Identificar os sintomas do Transtorno Específico da 
Aprendizagem, especificamente, a dislexia, a disgrafia 
e a discalculia.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
9TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Transtornos e distúrbios 
relacionados à aprendizagem
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
identificar e reconhecer os principais transtornos 
do neurodesenvolvimento e, especificamente, 
compreender a diferença destes em relação aos 
transtornos disruptivos, do controle dos impulsos 
e da conduta, iniciando a trajetória formativa para 
compreender os transtornos de maior recorrência/
incidência no que se relaciona à aprendizagem. 
Isto será fundamental para o exercício de sua 
profissão. As pessoas que tentarem discutir 
assuntos relacionados aos transtornos sem 
conhecer essas especificidades gerais poderão 
confundir indicativos, características e evidências, 
comprometendo a aprendizagem e o trabalho com 
o estudante. E então? Motivado para desenvolver 
esta competência? Então, vamos lá. Avante!
Figura 1 – Dificuldade de aprendizagemFonte: Freepik
10 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Transtorno e distúrbio: primeiras 
implicações
Compreender o que a literatura nos indica sobre a definição 
dos conceitos de transtornos e distúrbios é fundamental para 
avançarmos nas especificidades de cada manifestação. Nesse 
sentido, é essencial evidenciar que o viés comportamentalista, 
esse que ampara as discussões aqui propostas, considera 
“distúrbio” e “transtorno” como nomenclaturas equivalentes, 
apesar de, em aspectos neurológicos, existir diferenciação entre 
essas condições. 
NOTA
Para efeito de esclarecimento, o termo “distúrbio”, 
conforme evidencia Fonseca (1995), está 
relacionado a um grupo de dificuldades específicas 
e pontuais, caracterizadas por uma disfunção 
neurológica, ou seja, há evidências de disfunção do 
sistema nervoso central no cérebro, o que resulta 
em desequilíbrio patológico em decorrência 
da alteração da ordem natural. Já o transtorno, 
conforme aponta Ciasca (2003, p. 53), consiste 
em um “conjunto de sinais sintomatológicos que 
provocam uma série de perturbações no aprender 
da criança, interferindo no processo de aquisição 
e manutenção de informação de uma forma 
acentuada”, ou seja, é uma perturbação de ordem 
psicológica e/ou mental.
Tendo como suporte a literatura médica, é possível 
compreender um pouco melhor o que se entende por transtorno 
e por distúrbio. Ambos nos indicam uma “[...] alteração 
da normalidade, seja de natureza estrutural, funcional ou 
comportamental” (REZENDE, 2008, p. 281), porém, “transtorno” 
está mais próximo às alterações de personalidade e comportamento, 
e “distúrbio”, das alterações de natureza funcional e estrutural. 
11TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Um exemplo dessa explicação é o caso de dois indivíduos 
autistas: o primeiro com dano cerebral, intercorrente de má 
formação, ou seja, apresenta distúrbio em aspectos cognitivos 
e, como comorbidade, encontra-se no Transtorno do Espectro 
Autista (TEA); já o segundo descarta qualquer disfunção na 
estrutura cerebral, mas em condição clínica também se encontra 
no espectro. 
É fato que nem todo transtorno e distúrbio são específicos 
da aprendizagem, entretanto, compreende-se o processo de 
aprender como complexo e multifacetado, no qual operam 
vários fatores e que o indivíduo biopsicossocial é ativo e precisa 
ser considerado. 
Nesse caso, faz-se necessário, para efeito de conhecimento 
geral, apontar que, conforme nos indica Perraudeau (2009), 
os transtornos de saúde, de sono, psicomotores e os ligados 
à depressão estão diretamente relacionados ao processo 
educacional. Isso reforça a necessidade de uma equipe 
multidisciplinar capaz de encaminhar e atender às demandas dos 
alunos de forma qualificada, auxiliando professores e pedagogos 
no processo de inclusão e de estratégias conjuntas para otimizar 
o processo de ensino-aprendizagem. 
Tendo como espaço de reflexão a escola e como relação o 
processo de ensino-aprendizagem, seguiremos a categorização e 
reflexão dos transtornos e dos distúrbios considerando aqueles 
que são mais recorrentes no espaço escolar e que alteram a 
condição docente, estruturados conforme a Figura 2.
12 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Figura 2 – Esquema de transtornos e de distúrbios
Deficiências 
Intelectuais
Transtornos da 
Comunicação
Transtorno do 
Espectro Autista
Transtorno de 
Déficit de Atenção/
Hiperatividade
Transtornos de 
neurodesenvolvimento
Transtornos 
Específicos da 
Aprendizagem
Transtorno 
de Oposição 
Desafiante
Transtornos disruptivos, 
do controle de impulsos e 
da conduta
Dislexia Disgrafia Discalculia
 
Fonte: Elaborada pela autora (2019).
Diante da organização proposta, avançamos para a 
compreensão de cada condição geral relacionada aos transtornos: 
transtornos de neurodesenvolvimento e transtornos disruptivos, 
do controle dos impulsos e da conduta, conceituando-os e 
diferenciando-os. 
Transtornos do neurodesenvolvimento
Os transtornos de neurodesenvolvimento abarcam um 
grupo de condições relacionadas, que são evidentes desde 
o início do desenvolvimento do indivíduo. Apesar de serem 
percebidos com maior incidência no período escolar, no processo 
de anamnese se evidencia que, tipicamente, a manifestação é 
anterior à etapa da escolarização. 
VOCÊ SABIA?
Anamnese é uma entrevista dirigida com itens 
estruturados e semiestruturados utilizados 
por diversas áreas, inclusive a psicopedagogia, 
para conhecer, organizar e registrar a história 
clínica, social e cultural do indivíduo. Tem como 
intenção subsidiar um perfil inicial para o trabalho 
a ser desenvolvido com o sujeito do processo, 
estabelecendo a aproximação e elencando 
características que auxiliem o profissional na 
proposição de seu plano de trabalho. 
13TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Em relação ao desenvolvimento, resguardada 
a especificidade de cada condição, os transtornos de 
neurodesenvolvimento acarretam prejuízos ao funcionamento 
pessoal, social, acadêmico ou profissional, variando o grau da 
limitação e a condição de sua manifestação. 
Entretanto, de acordo com o senso comum, existem 
generalizações que resultam na banalização dos transtornos e 
até em falsos diagnósticos que reforçam a ideia de que “toda 
condição diversa traz consigo uma super-habilidade”. É fato 
que no TEA é possível encontrarmos figuras de destaque, assim 
como em outros transtornos. Dessa explicação, vários exemplos 
tiveram destaque na mídia. 
Exemplo 1:
Um falso exemplo de diagnóstico de TEA em decorrência de 
características de personalidade 
Fonte: Amado (2018).
14 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Exemplo 2:
Cartaz e crítica do filme que retrata o monarca George VI, 
que, apesar de seu transtorno da fala (gagueira), demonstrou 
sua habilidade comunicativa no discurso retratado no longa-
metragem. 
Fonte: Cláudio (2011). 
Esses recortes são exemplos de como um transtorno de 
desenvolvimento é percebido socialmente, está incorporado 
nos discursos das pessoas e, na verdade, impacta níveis e áreas 
diferentes de cada indivíduo, não havendo, portanto, uma 
condição niveladora para cada caso. 
Sabermos disso é muito importante. Afinal, nem todo autista 
é brilhante em alguma área, nem todo gago canta bem e, quase 
sempre, afirmações generalistas como essas servem apenas 
para prejudicar boas práticas relacionadas à diversidade e à 
15TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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inclusão. Isso porque deslocam o centro da atenção pedagógica 
para habilidades e competências que os indivíduos podem não 
ter e para as quais não há comprovação alguma, negligenciando 
aquilo que é evidente e disponível para o trabalho pedagógico. 
Conforme a APA (American Psychiatric Association), o fato 
constatado é que:
[...] os déficits de desenvolvimento variam desde 
limitações muito específicas na aprendizagem ou no 
controle de funções executivas até prejuízos globais em 
habilidades sociais ou inteligência. (APA, 2014, p. 81) 
Tendo como base o Manual Diagnóstico e Estatístico 
de Transtornos Mentais (DSM-V), o quadro dos Transtornos 
do Neurodesenvolvimento é integrado pelas seguintes 
manifestações, que serão apresentadas e desenvolvidas em 
capítulos específicos no decorrer do material.
Figura 3 – Manifestações do quadro de transtornos de neurodesenvolvimento
Deficiências Intelectuais
Transtornos de Desenvolvimento 
Intelectual
Transtornos de Comunicação
Transtorno do Espectro Autista
Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade
Transtornos Específicos de 
Aprendizage





Fonte: Elaborada pela autora (2022).
16 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Para avançarmos com qualidade nas discussões e 
cumprirmos com os objetivos propostos a esse material, serão 
objetos de estudo em capítulos posteriores: 
 • Transtorno do Espectro Autista.
 • Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade.• Transtornos específicos da aprendizagem.
 • Dislalia.
 • Disgrafia.
 • Discalculia. 
Na sequência, explicitaremos o conceito e as características 
dos transtornos disruptivos, do controle dos impulsos e da 
conduta.
ACESSE
Para conhecer os demais transtornos sem a 
necessidade de recorrer a uma literatura densa, 
como no caso do Manual Diagnóstico e Estatístico 
de Transtornos Mentais (DSM-V), consulte a Tabela 
Periódica dos Transtornos Emocionais, elaborada 
pela Vittude (plataforma que aproxima pacientes e 
psicólogos). Acesse
http://conteudo.vittude.com/e-book-tabela-periodica-de-transtornos-emocionais
17TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Transtornos disruptivos, do controle 
dos impulsos e da conduta
Os transtornos disruptivos, do controle dos impulsos e 
da conduta incluem condições que envolvem problemas de 
autocontrole de emoções e de comportamentos. Falar sobre 
essa condição é importante, pois, diferentemente dos demais 
transtornos que também envolvem questões de regulação 
emocional e/ou comportamental, os transtornos disruptivos são: 
[...] exclusivos no sentido de que esses problemas 
se manifestam em comportamentos que violam os 
direitos dos outros (p. ex., agressão, destruição de 
propriedade) e/ou colocam o indivíduo em conflito 
significativo com normas sociais ou figuras de 
autoridade. (APA, 2014, p. 461)
Portanto, sendo a escola um espaço de relações sociais, 
regrado e normatizado, no qual figuras de autoridade se fazem 
necessárias, torna-se comum a ocorrência da manifestação dos 
transtornos disruptivos, implicando situações problemáticas que 
interferem no clima escolar e, por consequência, nos processos 
de ensino e aprendizagem. 
18 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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DEFINIÇÃO
Os transtornos disruptivos, do controle de impulsos 
e da conduta são aqueles relacionados a problemas 
na regulação emocional e comportamental. Esses 
transtornos diferenciam-se entre si por meio da 
expressão, por exemplo: 
 • No transtorno de conduta, os comportamentos 
são pouco controlados e podem resultar 
em sintomas comportamentais, como a 
agressividade ao ser repreendido. 
 • No transtorno relacionado ao impulso, como o 
transtorno explosivo intermitente, as emoções 
são pouco controladas e a expressão delas é 
desproporcional à intercorrência geradora. Ou 
seja, por menor que seja o fato, o indivíduo 
pode ter rompantes de raiva inexplicáveis e 
muito além da situação ocorrida. 
Figura 4 – Raiva
Fonte: Pixabay
19TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Retornando à aprendizagem, dentro dos diversos 
transtornos que essa categoria abarca, está o Transtorno de 
Oposição Desafiante, cada vez mais identificado nas relações 
escolares. Conforme avançaremos, veremos que se trata de um 
intermediário em questões de comportamento e emoções e 
vigora como grande desafio aos educadores. 
ACESSE
No vídeo “Como detectar cedo o Transtorno 
de Aprendizagem?”, o neuropediatra Dr. Clay 
Brites, diretor da NeuroSaber, explica sobre 
características, manifestações e evidências que 
podem auxiliar a perceber e encaminhar de 
forma adequada crianças que apresentam algum 
transtorno de aprendizagem. Acesse
https://www.youtube.com/watch?v=B_zTflUMihM
20 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você deve ter aprendido que, no quadro geral 
dos transtornos, apesar de existirem vários 
tipos, optamos por trabalhar com os transtornos 
do neurodesenvolvimento e, especialmente, o 
Transtorno de Oposição Desafiante, que integra os 
transtornos disruptivos, do controle dos impulsos 
e da conduta. Essa é uma categorização inicial, 
que se faz necessária para justificar o motivo de 
muitos transtornos serem semelhantes em alguns 
aspectos, aproximando-se muito em características 
e manifestações. 
Ainda, reforçamos que o papel do pedagogo e 
do psicopedagogo não é o de assumir de forma 
individual a responsabilidade por diagnosticar 
transtornos e distúrbios de aprendizagem. Por se 
tratarem de patologias e distúrbios, o diagnóstico 
é dever do campo da medicina, apenas podendo 
ser realizado por neuropediatras e especialistas na 
área. 
O  campo  de  estudo do psicopedagogo é a 
aprendizagem, seu diagnóstico no campo 
pedagógico é processual e contribui com 
elementos para que os demais profissionais 
possam ter recursos para amparar o diagnóstico 
de forma mais substancial e correta. 
21TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Transtorno do espectro autista 
(TEA)
OBJETIVO
Ao término deste item, você será capaz 
de compreender e identificar as principais 
características relacionadas ao Transtorno do 
Espectro Autista (TEA) e a sua relação com a 
aprendizagem. Sendo um dos transtornos com 
maior aumento de casos e que gera preocupação 
com o diagnóstico precoce, esses conhecimentos 
serão fundamentais para o exercício de sua 
profissão. As informações discutidas são 
atualizadas de acordo com o DSM-V, apresentando 
a nova categorização e denominação do 
espectro, aprendizagem que será diferencial 
em seu trabalho com estudantes na avaliação 
e promoção de aprendizagens significativas. As 
pessoas que tentarem qualquer interação ou 
mediação sem compreender as especificações 
do TEA podem apresentar informações erradas 
e gerar expectativas equivocadas em relação ao 
potencial, às habilidades e ao desenvolvimento 
dos estudantes, impactando significativamente 
a vida desses sujeitos. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então, vamos lá. 
Avante!
22 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Figura 5 – Símbolo do autismo
Fonte: Freepik
Contextualização do Transtorno 
do Espectro Autista
Segundo dados do CDC dos Estados Unidos (Center of 
Diseases Control and Prevention), em cada 110 (cento e 
dez) pessoas, uma estaria no espectro autista. No Brasil, 
estima-se que, em variadas faixas etárias e diversos núcleos 
sociais, exista uma população que integre cerca de 2 (dois) 
milhões de pessoas no espectro. 
Em projeção, utilizando-se de países nos quais as fontes 
de registro e monitoramento de casos de TEA configuram-se 
mais efetivas, os dados apontam para uma matriz crescente 
nos Estados Unidos, com confirmações de 1 em cada 150 
pessoas no período dos anos de 2000 a 2002, 1 em cada 68 
pessoas no período de 2010 a 2012 e, por fim, 1 em cada 58 
23TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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de 2013 a 2014. Com base nos dados apresentados, estima-se 
que, no Brasil, se tenha uma população de cerca de 2 (dois) 
milhões de pessoas no TEA.
A proporção populacional em destaque ampliou as 
discussões acerca do TEA e, especificamente no Brasil, questões 
relacionadas ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento 
evidenciaram a necessidade de se discutir o diagnóstico precoce 
e em curso, bem como a necessidade de articulação entre as 
diferentes instituições sociais para essa ação, afinal, sendo um 
“transtorno persuasivo e permanente, não havendo cura [...]”, 
(ARAÚJO et al., 2019, p. 3), quanto mais cedo aconteçam os 
encaminhamentos necessários, melhores serão as condições de 
vida e prognóstico para as crianças que estejam no TEA. 
Conceito e características do 
Transtorno do Espectro Autista 
(TEA)
Figura 6 – A criança que evita o contato
Fonte: Freepik
24 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Para entendermos a especificação atual do TEA, teremos 
como fonte o DSM-V. Esse documento tem como objetivo 
estabelecer fontes, protocolos e informações que permitam 
diagnósticos mais confiáveis dos transtornos. Entretanto, enfatiza-
se que, apesar do seu conteúdo ter se tornado referência para 
a prática clínica, seu texto necessita sempre da interpretação e 
do bom senso do profissional que o lê, sendoo DSM um guia 
prático, funcional e flexível para organizar informações que 
possam auxiliar o diagnóstico e a coleta de evidências.
Reforça-se sempre que, por mais que seja pensado para 
a prática clínica, o DSM se propõe a vários contextos, sendo 
utilizado por diversas áreas, inclusive na educação, com a 
finalidade de refinar o olhar dos profissionais que atuam na 
diversidade e prezam por uma educação verdadeiramente 
inclusiva. Isso possibilita a esses profissionais conhecer de forma 
mais estruturada os sintomas, as características e os eventos 
relacionados às doenças e transtornos que habitam nos espaços 
escolares. 
Sobre o TEA, a versão de 2014 do DSM avança em dois 
sentidos. Primeiramente, por ampliar seu texto para as 
representações de questões de desenvolvimento relacionadas ao 
diagnóstico e, em seguida, por sedimentar uma nova abordagem 
e classificação em relação ao transtorno.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido como 
um transtorno do desenvolvimento neurológico que 
resulta em dificuldades de comunicação e interação social, 
bem como na presença de comportamentos ou interesses 
restritos ou repetitivos. 
Tais sintomas nucleares são recorrentes nos indivíduos 
diagnosticados no TEA em graduações variáveis, resultando 
na adoção do termo “espectro autista”, que engloba a 
25TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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heterogeneidade de respostas aos estímulos, às habilidades 
mantidas e aos prejuízos evidenciados (HÖHER CAMARGO; 
BOSA, 2009; SCHWARTZMAN; ARAÚJO, 2011).
DEFINIÇÃO
O Transtorno do Espectro Autista se refere a um 
transtorno pervasivo e permanente, não havendo 
cura, ainda que a intervenção precoce possa alterar 
o prognóstico e suavizar os sintomas. Além disso, 
vale enfatizar que o impacto econômico na família 
e no país também será alterado pela intervenção 
precoce intensiva e baseada em evidência (ARAÚJO 
et al., 2019, p. 1).
O DSM-V apresenta em seu texto a fusão de transtorno 
autista, transtorno de Asperger e transtorno global do 
desenvolvimento em uma categoria denominada Transtorno do 
Espectro Autista (TEA), por considerar que os sintomas desses 
transtornos representam um continuum único de prejuízos, com 
intensidades que vão de leve a grave nos domínios de comunicação 
social e de comportamentos restritivos e repetitivos em vez de 
constituir transtornos distintos. Essa mudança permite maior 
sensibilidade e especificidade no diagnóstico do TEA e melhor 
acompanhamento e tratamento dos prejuízos observados. 
Figura 7 – Sinais de alerta para o TEA
6 MESES
EM QUALQUER IDADE: PERDEU HABILIDADES
Poucas expressões faciais, 
baixo contato ocular, 
ausência de sorriso social 
e pouco engajamento 
sociocomunicativo.
Não faz troca de turno 
comunicativa, não balbucia 
“mamã/papa”, não olha 
quando chamado, não olha 
para onde o adulto aponta, 
imitação pouca ou ausente. 
Ausência de balbucios, 
não apresenta gestos 
convencionais (abanar 
para dar tchau, por 
exemplo), não fala mamãe/
papai, ausência de atenção 
compartilhada. 
9 MESES 12 MESES
Fonte: Araújo et al. (2019, p. 3).
26 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é possível 
relacionarmos os seguintes sinais como indicativos do TEA, caso 
estejam presentes antes dos 12 meses de idade (ARAÚJO et al. 
2019, p. 2):
 • Perder habilidades já adquiridas, como balbucio ou gesto 
dêitico de alcançar, contato ocular ou sorriso social.
 • Não se voltar para sons, ruídos e vozes no ambiente.
 • Não apresentar sorriso social.
 • Apresentar baixo contato ocular e deficiência no olhar 
sustentado.
 • Apresentar baixa atenção à face humana (preferência por 
objetos).
 • Demonstrar maior interesse por objetos do que por 
pessoas.
 • Não seguir objetos e pessoas próximos em movimento.
 • Demonstrar incômodo incomum com sons altos.
Figura 7 – Criança com abafador de ruídos para evitar incômodo com sons externos
Fonte: Freepik
27TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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 • Apresentar pouca ou nenhuma vocalização.
 • Não aceitar o toque.
 • Não responder ao nome.
 • Apresentar imitação pobre.
 • Apresentar baixa frequência de sorriso e reciprocidade 
social, bem como restrito engajamento social (pouca 
iniciativa e baixa disponibilidade de resposta).
 • Demonstrar interesses não usuais, como fixação em 
estímulos sensório-viso-motores.
 • Apresentar distúrbio de sono moderado ou grave.
 • Apresentar irritabilidade no colo e pouca responsividade 
no momento da amamentação.
Sobre a definição do TEA, o DSM-V globalmente o aponta 
como “déficits persistentes na comunicação social e na interação 
social em múltiplos contextos, conforme manifestado pelo que 
segue, atualmente ou por história prévia [...]” (APA, 2014, p. 50), 
classificados por níveis, conforme o quadro a seguir.
28 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Quadro 1 – Níveis de gravidade do TEA 
NÍVEL DE 
GRAVIDADE COMUNICAÇÃO SOCIAL
COMPORTAMENTOS 
RESTRITIVOS E REPETITIVOS
Nível 3
“Exigindo 
apoio muito 
substancial”
Déficits graves nas habilidades de 
comunicação social verbal e não 
verbal causam prejuízos graves de 
funcionamento; grande limitação 
em dar início a interações sociais e 
resposta mínima a aberturas sociais 
que partem de outros. Por exemplo, 
uma pessoa com fala inteligível de 
poucas palavras, que raramente 
inicia as interações e, quando o faz, 
tem abordagens incomuns apenas 
para satisfazer a necessidades e 
reage somente a abordagens sociais 
muito diretas.
Inflexibilidade de 
comportamento, extrema 
dificuldade em lidar com 
a mudança ou outros 
comportamentos restritos/
repetitivos interferem 
acentuadamente no 
funcionamento em todas as 
esferas. Grande sofrimento/
dificuldade para mudar o foco 
ou as ações.
Nível 2
“Exigindo apoio 
substancial”
Déficits graves nas habilidades de 
comunicação social verbal e não 
verbal; prejuízos sociais aparentes 
mesmo na presença de apoio; 
limitação em dar início a interações 
sociais e resposta reduzida ou 
anormal a aberturas sociais que 
partem de outros. Por exemplo, 
uma pessoa que fala frases 
simples, cuja interação se limita a 
interesses especiais reduzidos e que 
apresenta comunicação não verbal 
acentuadamente estranha.
Inflexibilidade do 
comportamento, dificuldade 
de lidar com a mudança ou 
outros comportamentos 
restritos/repetitivos que 
aparecem com frequência 
suficiente para serem óbvios ao 
observador casual e interferem 
no funcionamento em uma 
variedade de contextos. 
Sofrimento e/ou dificuldade de 
mudar o foco ou as ações.
Nível 1
“Exigindo apoio”
Na ausência de apoio, déficits 
na comunicação social causam 
prejuízos notáveis; dificuldade para 
iniciar interações sociais e exemplos 
claros de respostas atípicas ou sem 
sucesso a aberturas sociais dos 
outros. Pode parecer apresentar 
interesse reduzido por interações 
sociais. Por exemplo, uma pessoa 
que consegue falar frases completas 
e envolver-se na comunicação, 
embora apresente falhas na 
conversação com os outros e 
cujas tentativas de fazer amizades 
são estranhas e comumente 
malsucedidas.
Inflexibilidade de 
comportamento, causa 
interferência significativa no 
funcionamento em um ou mais 
contextos. Dificuldade em trocar 
de atividade. Problemas para 
organização e planejamento são 
obstáculos à independência.
Fonte: APA (2014, p. 52).
29TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Sobre o diagnóstico precoce, o DSM-V aponta que os 
sintomas são passíveis de serem reconhecidos durante o 
segundo ano de vida, dos 12 aos 24 meses e, em casos mais 
graves, são perceptíveis antes dos 12 meses, sendo o padrão 
inicial marcado por manifestações como “[...] atrasos precoces 
do desenvolvimento ou quaisquer perdas de habilidades sociais 
ou linguísticas” (APA, 2014, p. 58). 
Relatos familiares respaldam essas percepções, conforme 
apontado no documento, pais ou cuidadores identificam 
“[...] deterioração gradualou relativamente rápida em 
comportamentos sociais ou nas habilidades linguísticas” (APA, 
2014, p. 63) no período entre 12 e 24 meses de idade, sendo 
raros os casos de regressão do desenvolvimento que ocorrem 
após pelo menos 2 anos de desenvolvimento normal.
Portanto, as características comportamentais do TEA 
são evidentes na primeira infância, principalmente no que se 
refere à falta de interesse em interações sociais no primeiro 
ano de vida, estagnação ou regressão no desenvolvimento 
com uma deterioração gradual ou relativamente rápida em 
comportamentos sociais ou uso da linguagem, habitualmente 
durante os dois primeiros anos de vida, sendo raras essas 
evidências em outros transtornos relacionados à infância. Como 
exemplos cotidianos desses apontamentos, podemos citar, de 
acordo com o DSM-V (APA, 2014):
 • Puxar as pessoas pela mão sem nenhuma tentativa de 
olhar para elas.
 • Carregar brinquedos, mas nunca brincar com eles.
 • Conhecer o alfabeto, mas não responder ao próprio 
nome.
 • Ingerir os mesmos alimentos.
30 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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 • Assistir muitas vezes ao mesmo filme.
 • Alinhar os objetos durante horas e sofrer bastante 
quando algum deles é movimentado.
Figura 8 – Criança autista alinhando e organizando brinquedos
Fonte: Freepik
Ainda sobre questões precoces, o DSM-V aponta que o 
TEA não é um transtorno degenerativo, o que, portanto, indica 
um cenário favorável para a intervenção precoce, pois as 
aprendizagens e compensações serão contínuas e persistentes 
ao longo da vida, o que contribuirá para melhor qualidade de 
vida da criança havendo atendimento adequado, afinal:
[...] os sintomas são frequentemente mais acentuados 
na primeira infância e nos primeiros anos da vida 
escolar, com ganhos no desenvolvimento sendo 
frequentes no fim da infância pelo menos em certas 
áreas (por exemplo, aumento no interesse por 
interações sociais). (APA, 2014, p. 69) 
31TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Portanto, o DSM-V indica que, embora as crianças 
diagnosticadas no TEA apresentem dificuldades em 
comportamentos que regulam a interação social e a comunicação, 
com diferentes níveis de interesse na reciprocidade social e 
emocional, é fato que, cada qual em sua especificidade, todos 
possuem potencialidades, apesar das dificuldades centrais do 
espectro. 
A intervenção terapêutica, mais que minimizar os sintomas 
do TEA na visão de “homogeneizar comportamentos típicos”, 
estabelece recursos, ferramentas e caminhos para que as 
crianças possam melhor interagir, cada qual à sua maneira, 
respeitando sua condição individual. E, quanto mais cedo 
acontecer a intervenção, melhores oportunidades serão dadas 
às crianças. 
Essas indicações e apontamentos propostos no Manual 
são fundamentais para reforçar a importância da estimulação 
precoce em crianças em suspeita ou diagnosticadas no TEA, 
afinal, quanto mais cedo, mais se aproveita o período sensitivo 
oportunizado pelas janelas no cérebro da criança. 
De forma precoce e intensiva, o plano terapêutico é 
fundamental para a qualidade de vida e, por uma perspectiva 
inclusiva, o respeito à diversidade exige a compreensão de que a 
diferença não precisa ser “curada”, tampouco o comportamento 
do indivíduo deve ser pensado ou almejado pela perspectiva 
do que é “normal” apenas pelo fato de não ser recorrente em 
neurotípicos. Toda e qualquer intervenção ou proposta assistiva 
deverá ter como único objetivo a qualidade de vida da criança, o 
desenvolvimento de sua autonomia e de suas potencialidades. 
32 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos.
Você deve ter aprendido que utilizamos como 
referência o Manual Diagnóstico e Estatístico de 
Transtornos Mentais (DSM-V) para falar sobre 
o Transtorno do Espectro Autista, afinal, é essa 
publicação que promove a mudança de perspectiva 
sobre essa condição e que permite melhor 
entendê-la como um espectro, que é variável em 
nível e em características. 
Ainda, foram apresentadas as características 
que indicam a presença do espectro, sendo a 
principal condição o atraso no desenvolvimento da 
linguagem com prejuízo na interação social. 
Por fim, esperamos que você tenha percebido 
que os indivíduos que estão no espectro são 
diversos: nem todos apresentam altas habilidades, 
agressividade acentuada, são não verbais ou não 
gostam de ser tocados. Cabe ao professor perceber 
e conhecer seu aluno, permitindo-lhe expressar 
suas potencialidades e necessidades. 
33TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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TDAH e TOD
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
identificar e compreender o Transtorno de Déficit 
de Atenção/Hiperatividade, conhecendo suas 
características e avançando para desconstruir 
a lógica de que “é moda, todos hoje têm TDAH”. 
Propomos apresentar o Transtorno de Oposição 
Desafiante (TOD), com o intuito de esclarecer e 
diferenciar esses dois transtornos que, muitas 
vezes, são confundidos e, por serem diferentes em 
sua origem, necessitam de encaminhamentos e 
abordagens distintas. Isto será fundamental para 
o exercício de sua profissão. As pessoas que se 
depararem com estudantes com TDAH e que não 
tiverem a devida instrução poderão prejudicar 
significativamente o desenvolvimento desses 
indivíduos, optando por práticas ineficazes e que, 
em vez de contribuir, podem até prejudicar e 
traumatizar. E então? Motivado para desenvolver 
esta competência? Então, vamos lá. Avante!
Transtorno de Déficit de Atenção/
Hiperatividade (TDAH): contexto
É comum aparecerem em algumas reportagens, em 
diversos canais de comunicação, crianças que “não param, 
atrapalham, parecem não ter limites” e que, “são tão mal-
educadas que nada parece dar jeito”. Temos aquelas que 
parecem estar “no mundo da lua”, que veio para escola “mas 
parece que não chegou”. Transpondo essas condições para a 
aprendizagem, esses comportamentos são essenciais para o 
sucesso ou fracasso do processo. 
34 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Entretanto, nesse universo de indivíduos que “perturbam a 
ordem” do contexto, temos desde crianças que, de fato, precisam 
de reguladores simples de comportamento, que apresentam 
questões de saúde e de rotina que podem ser trabalhadas, como 
o horário correto para dormir. 
Em outros casos, temos crianças que, apesar de todos os 
esforços nesse sentido por parte da família e dos demais adultos 
relacionados, ainda assim, persistem nessas características, 
reforçando que, apesar das mudanças e reestruturações 
ambientais, há algo intrínseco a elas que as faz agir, comportar-
se e se relacionar dessa forma. Muitas dessas crianças podem 
ter Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade 
(TDAH), tema deste nosso tópico de estudo. 
As primeiras menções a crianças com características 
semelhantes ao quadro do TDAH datam do século XIX, 
principalmente na literatura infantil, sendo traduzida para a 
Língua Portuguesa em 1950, retratando as “crianças danadas”. 
Entre os títulos estão “João Felpudo” e “Juca e Chico”. 
35TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Figura 9 – Capas dos livros de literatura infantil
Fontes: Amazon ([s.d], on-line). 
Assim como a trajetória de todos os outros transtornos, com 
o TDAH não foi diferente. Sua identificação ocorreu em instituições 
psiquiátricas e, nesses casos, em situações inconcebíveis em 
tempos após a reforma psiquiátrica que aconteceu no Brasil em 
2001, em vigor com a Lei Federal n.º 10.216. 
36 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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SAIBA MAIS
Indicamos a leitura da Lei Federal n.º 10.216, 
promulgada em 2001 após o Brasil ter se tornado 
signatário da Declaração de Caracas em 1990, que 
previa a reforma e reestruturaçãoda assistência 
psiquiátrica. Acesse
Nessa trajetória, o que é importante para nossa 
aprendizagem e que precisamos compreender é que o TDAH 
não é algo recente. Enquanto princípio ético, torna-se obrigação 
dos profissionais desconstruir a ideia de que indivíduos com 
esse transtorno são assim porque “simplesmente não foram 
educados”, que é “moda”, e que toda criança “mal-educada ou 
avoada agora tem desculpa, pois, é TDAH”.
O TDAH é algo real e, apesar de seu diagnóstico ser clínico e 
de não haver qualquer lesão cerebral, os estudos epidemiológicos 
realizados em diversos países comprovam que o TDAH não é 
secundário a fatores ambientais, ou seja, não está relacionado 
a falta de limites por parte dos pais ou a conflitos psicológicos.
Segundo apontam Polanczyk et al. (2007), com dados de 
2005, cerca de 5% da população infantil tem TDAH, fazendo 
com que seja indispensável a construção de conceitos e saberes 
relacionados a esse transtorno. 
37TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Conceito e características
É fundamental termos o conceito do TDAH bem esclarecido, 
para avançarmos em qualquer sondagem pedagógica. Para isso, 
destacamos sua característica essencial a seguir.
DEFINIÇÃO
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade 
é um padrão persistente de desatenção e/ou 
hiperatividade-impulsividade que interfere no 
funcionamento ou no desenvolvimento (APA, 
2014).
As primeiras características que precisam ser esclarecidas 
são: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Estas, que não 
devem ficar restritas ao senso comum. Afinal, ao tratarmos de 
um transtorno/déficit, alguns padrões devem ser assegurados. 
A desatenção tem evidência comportamental e se manifesta 
das seguintes formas:
 • Divagação em tarefas.
 • Falta de persistência.
 • Dificuldade de manter o foco.
 • Desorganização.
Não pode ser confundida com falta de compreensão, seja 
pela dificuldade do desafio proposto, seja por causa da demanda. 
Nesses casos, poderá haver indicativo de outras questões 
cognitivas. 
38 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Figura 10 – Dificuldade 
 Fonte: Pixabay.
Já a hiperatividade está relacionada à atividade motora 
excessiva. É aquela criança que se mexe a todo o momento, 
mesmo quando está concentrada, “batuca” objetos ou partes do 
corpo, ou conversa em excesso. Suas ações são a manifestação 
de inquietude extrema e a geração de esgotamento dos outros e 
de si na realização das atividades diárias. 
É importante estarmos atentos para não confundir o 
que é tido como normalidade da atividade infantil: expressão, 
oralidade, movimento e atividade, com as características do 
TDAH, pois, no caso do transtorno, é algo que se manifesta para 
além do aceitável, gerando prejuízos sociais. 
Diferentemente da hiperatividade, a impulsividade se refere 
ao “agir sem pensar”, e essas são as ações precipitadas e sem 
premeditação, com elevado potencial de dano ao indivíduo. Essa 
característica está relacionada ao imediatismo e à dificuldade de 
39TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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postergar desejos e recompensas. A impulsividade se manifesta 
de várias formas, como sair correndo e atravessar a rua, até 
interrupções excessivas de conversas.
Figura 11 – Conversa excessiva na sala de aula
Fonte: Freepik
40 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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VOCÊ SABIA?
Para conhecer mais sobre o TDAH, você pode contar 
com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção 
(ABDA), que é uma associação de pacientes sem 
fins lucrativos, fundada em 1999, com o objetivo 
de disseminar informações corretas, baseadas em 
pesquisas científicas, sobre o Transtorno do Déficit 
de Atenção/Hiperatividade (TDAH). 
Além disso, essa instituição oferece suporte às 
pessoas com esse transtorno e a seus familiares por 
meio de grupos de apoio, atendimento telefônico 
e resposta a e-mails e postagens de conteúdos no 
site que é tido como referência nacional na web, 
com média de 200 mil visitas mensais. Acesse
Outro indicativo fundamental para que de fato o TDAH seja 
considerado é o de que as manifestações do transtorno devem 
ocorrer em pelo menos dois ambientes distintos, mesmo que as 
formas e amplitudes sejam diferentes.
Implicações na aprendizagem
Em relação à aprendizagem, o TDAH resulta em:
[...] desempenho escolar e sucesso acadêmico 
reduzido, rejeição social e, nos adultos, piores 
desempenhos, sucesso e assiduidade no campo 
profissional e a maior probabilidade de desemprego, 
além de altos níveis de conflito interpessoal. (APA, 
2014, p. 69) 
41TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Porém, a diferença entre “sucesso” e “fracasso” 
acadêmico está diretamente relacionada ao diagnóstico e ao 
acompanhamento multidisciplinar aos quais as crianças terão 
acesso. 
Questões relacionadas à autodeterminação precisarão 
ser ajustadas, e ao profissional da educação caberá o olhar 
sensível da compreensão de que não se trata de “preguiça”, 
“irresponsabilidade” ou “falta de cooperação”, mas de uma 
condição para a qual, assim como se constroem rampas para 
cadeirantes, será necessário construir acessos para que os 
estudantes com TDAH consigam cumprir com seus objetivos de 
aprendizagem. 
Figura 12 – Adequação de atividade 
Fonte: Elaborada pela autora (2019).
Na Figura 12, observa-se uma atividade fracionada em 
etapas com recurso do desenho. Ao final, o estudante formalizou 
o registro do processo abstrato no caderno. 
42 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Figura 13 – Atividade: etapa de recurso desenho
Fonte: Elaborada pela autora (2019).
Mais que modelos ou receitas mágicas, os estudantes com 
TDAH precisam de oportunidades e professores capacitados a 
atendê-los na mediação de sua aprendizagem. 
O primeiro passo é conhecer o transtorno e suas 
implicações, para depois abordar o Transtorno de Oposição 
Desafiante (TOD), que muitas vezes é confundido com o TDAH, 
porém, com especificações e necessidades singulares, tema do 
próximo subitem. 
43TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Transtorno de Oposição 
Desafiante (TOD): conceito e 
características
Esse transtorno, diferentemente do TDAH, não está 
categorizado como um transtorno do neurodesenvolvimento, 
mas como um transtorno disruptivo, do controle dos impulsos e 
da conduta, ou seja, está centralizado no controle emocional que 
se manifesta em comportamentos e condutas disformes. 
Tem como característica essencial o humor raivoso 
ou irritável frequente e persistente, e o comportamento 
questionador e desafiante ou de índole vingativa (APA, 2014). 
Essas manifestações podem acontecer em apenas um ambiente, 
frequentemente em casa. Dessa forma, precisamos estar atentos 
às seguintes condições para que se considere a possibilidade 
desse transtorno:
 • Comportamentos que causam prejuízos significativos 
em seu funcionamento social.
 • Ataques de raiva com incidência constante e regular.
Figura 14 – Criança em ataque de raiva
Fonte: Freepik
44 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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 • Destruição de propriedades, objetos e ou similares, 
causando prejuízos significativos em vários aspectos.
 • Autopercepção da raiva e dos comportamentos como 
uma reação adequada às situações vividas.
Dessa forma, observamos que os comportamentos 
sintomáticos fazem parte de um padrão de interação, sendo 
descartados do transtorno indivíduos reativos em eventos 
isolados. Assim, se pode compreender que o TOD está 
diretamente ligado a comportamentos desafiadores, agressivos, 
impulsivos, irresponsáveis, problemas com a necessidade de 
reconhecer seus erros e, geralmente, personalidade vingativa.
Alguns sinais externos podem também ser identificados, 
caso do cometimento de crueldade com animais, crises de 
constantes de birra e raiva, quebra de pertences seus e de 
terceiros, desobediência, prática de pequenos roubos, atitudes 
incendiárias, entre outros comportamentosque podem ser 
confundidos com outros distúrbios e que são bastante perigosos 
para a própria criança.
Em amostragem, o TOD aparece relacionado ao TDAH: 
crianças com TDAH têm maior probabilidade de apresentarem 
TOD, em condições que, articuladas, implicam um grande 
desafio para educadores e demais profissionais da área da 
aprendizagem. 
45TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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SAIBA MAIS
Para saber mais sobre o TOD, assista à entrevista 
cedida ao Programa Ver+ Londrina, em que a 
psicopedagoga Thayssa Brasil fala sobre a condição 
que altera o comportamento da criança e a torna 
mais irritada e indisciplinada. Acesse
É fundamental que tenhamos a compreensão de que, 
independentemente do transtorno que discutimos até aqui, 
a ação para a aprendizagem não se faz sozinha. Para melhor 
acolher e potencializar processos e práticas, faz-se necessário 
que as crianças que estejam no TEA, que tenham TDAH ou TOD, 
recebam atendimento adequado multidisciplinar, de preferência 
integrado, no qual a escola e os professores sejam capacitados 
a lidarem com as situações relacionadas ao comportamento, 
para, assim, avançarem no processo de ensino, sendo capazes 
de minimizar qualquer prejuízo emocional, social, acadêmico e 
profissional do indivíduo.
Nesse contexto, é de extrema importância que a criança 
com TOD seja acompanhada constantemente por psicólogos 
e terapeutas, como forma de auxiliá-la no desenvolvimento do 
seu autocontrole, além de ajudá-la a lidar com os seus traços 
desafiadores de personalidade.
46 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você deve ter aprendido que o TDAH é uma 
condição que exige acompanhamento específico 
do estudante e que não se trata apenas de “mau 
comportamento” ou de determinado indivíduo ser 
mais ativo que os demais, e, sim, de algo que está 
relacionado ao dano social que a condição causa 
em sua vida e nas relações estabelecidas.
Para que se considere essa possibilidade, é 
necessário que algumas características sejam 
persistentes e evidentes: não é um caso isolado 
com determinada pessoa, mas eventos que 
persistem apesar das mudanças ambientais e das 
adequações externas. Falamos também sobre 
o TOD, que é outro transtorno que se destaca 
e que, por vezes, pode ser confundido com o 
TDAH. No entanto, por serem diferentes em sua 
origem, é necessário haver acompanhamentos 
e intervenções diferentes sob o olhar atento 
daqueles que interagem com o estudante, sendo 
uma ação fundamental para orientar a investigação 
necessária. 
47TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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Transtornos específicos da 
aprendizagem
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender o Transtorno Específico da Aprendizagem, 
ou dislexia, disgrafia e discalculia, conhecendo suas 
principais características e evidências para uma 
melhor abordagem pedagógica com estudantes 
com esses transtornos. Isto será fundamental 
para o exercício de sua profissão. As pessoas que 
desconhecem ou têm conhecimentos superficiais 
acerca dessas condições podem entender 
os déficits decorrentes do transtorno como 
dificuldades, o que prejudicaria o atendimento de 
que os estudantes necessitam e a possibilidade 
de seu pleno desenvolvimento. E então? Motivado 
para desenvolver esta competência? Então, vamos 
lá. Avante!
Identificação do transtorno 
específico da aprendizagem
Neste estudo, vamos discutir o Transtorno Específico da 
Aprendizagem e, apesar de termos seguido como referência 
o DSM-V, nele os termos “dislexia” e “discalculia” aparecerem 
como alternativos, por estes serem mais constantes no campo 
pedagógico. 
No entanto, optamos por utilizá-los no texto desde o início. Ao 
discutirmos o Transtorno Específico da Aprendizagem, falaremos 
especificamente da dislexia, da disgrafia e da discalculia. 
48 TRANSTORNOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
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DEFINIÇÃO
Dislexia, disgrafia e discalculia são transtornos 
do neurodesenvolvimento e têm origem 
biológica. Suas anormalidades se apresentam 
no nível cognitivo, sendo associadas às 
manifestações comportamentais. Portanto, 
são provenientes de uma interação de fatores 
genéticos, epigenéticos e ambientais, que têm 
como resultado a alteração da capacidade do 
cérebro na percepção e/ou processamento 
de informações verbais ou não verbais com 
eficiência e precisão. Estão diretamente 
relacionados às habilidades acadêmicas, como 
leitura, escrita e raciocínio matemático. 
Em aspectos gerais, essas três condições impactam as 
atividades que precisam ser ensinadas e aprendidas de forma 
explícita e intencional, como ocorre na escola. Apesar de 
relacionado primeiramente à língua portuguesa e à matemática, 
o déficit de aprendizagem nessas áreas se reflete nas demais 
áreas do conhecimento, uma vez que a leitura e o raciocínio 
lógico são pré-requisitos em qualquer área. 
A partir dessas considerações gerais e tendo já discutido 
em oportunidades anteriores a diferenciação entre dificuldade 
e transtorno ou déficit, é preciso se atentar para qualquer 
dificuldade que persista por mais de 6 (seis) meses, em casos 
nos quais as habilidades acadêmicas estejam significativamente 
abaixo da média prevista para a relação idade/ano escolar. 
Além disso, caso já se tenha descartado a possibilidade de 
deficiência intelectual, de perda ou deficiência visual, auditiva, 
de outros transtornos do neurodesenvolvimento, como TEA e 
TDA/H, e de influência de fatores socioculturais, como a questão 
da língua materna (crianças estrangeiras), atribuições normativas 
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previstas no DSM-V (APA, 2014) que atendam qualquer um dos 
indicativos a seguir passam a ser encaradas como um Transtorno 
Específico da Aprendizagem. 
 • Leitura de palavras de forma imprecisa ou lenta e com 
esforço (por exemplo, o indivíduo lê palavras isoladas 
em voz alta, de forma incorreta ou lenta e hesitante, 
frequentemente adivinha palavras, tem dificuldade de 
soletrá-las).
 • Dificuldade para compreender o sentido do que é lido 
(por exemplo, a pessoa pode ler o texto com precisão, 
mas não compreende a sequência, as relações, as 
inferências ou os sentidos mais profundos do que é 
lido).
Figura 15 – Criança com dislexia
Fonte: Freepik
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 • Dificuldades para escrita ortográfica (por exemplo, a 
pessoa pode adicionar, omitir ou substituir vogais e 
consoantes).
 • Dificuldades com a expressão escrita (por exemplo, 
a pessoa comete múltiplos erros de gramática 
ou pontuação nas frases; emprega organização 
inadequada de parágrafos e expressão escrita das 
ideias sem clareza).
 • Dificuldades para dominar o senso numérico, fatos 
numéricos ou cálculo (por exemplo, o indivíduo 
entende números, sua magnitude e relações de forma 
insatisfatória; conta com os dedos para adicionar 
números de um dígito em vez de lembrar o fato 
aritmético, como fazem os colegas; perde-se no meio 
de cálculos aritméticos e pode trocar as operações).
 • Dificuldades no raciocínio (por exemplo, a pessoa 
tem grave dificuldade em aplicar conceitos, fatos ou 
operações matemáticas para solucionar problemas 
quantitativos).
É fundamental destacarmos que as especificidades desses 
transtornos em suas características podem se manifestar em 
níveis diferentes, conforme mostra o quadro a seguir.
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Quadro 2 – Níveis dos transtornos/déficits de aprendizagem
LEVE MODERADO GRAVE
Alguma dificuldade em 
aprender habilidades 
em um ou dois 
domínios acadêmicos, 
mas com gravidade 
suficientemente 
leve, que permita ao 
indivíduo ser capaz 
de compensar ou 
funcionar bem quando 
lhe são propiciadas 
adaptações ou serviços 
de apoioadequados, 
especialmente durante 
os anos escolares.
Dificuldades acentuadas 
em aprender 
habilidades em um 
ou mais domínios 
acadêmicos, de modo 
que é improvável 
que o indivíduo se 
torne proficiente sem 
alguns intervalos de 
ensino intensivo e 
especializado durante 
os anos escolares. 
Algumas adaptações 
ou serviços de apoio 
por pelo menos parte 
do dia na escola, no 
trabalho ou em casa 
podem ser necessárias 
para completar as 
atividades de forma 
precisa e eficiente.
Dificuldades graves em 
aprender habilidades, 
afetando vários domínios 
acadêmicos, de modo 
que é improvável que o 
indivíduo aprenda essas 
habilidades sem um 
ensino individualizado e 
especializado contínuo 
durante a maior parte 
dos anos escolares. 
Mesmo com um 
conjunto de adaptações 
ou serviços de apoio 
adequados em casa, na 
escola ou no trabalho, o 
indivíduo pode não ser 
capaz de completar todas 
as atividades de forma 
eficiente.
Fonte: Adaptado de APA (2014).
Agora, já que apresentamos de forma geral os transtornos, 
avançaremos para cada um especificamente. 
Dislexia
As dificuldades decorrentes desse transtorno são 
caracterizadas pela dificuldade de precisão e/ou fluência na 
leitura de palavras e baixa competência para decodificação e 
soletração. O déficit está centrado no processamento fonológico, 
resultando em: 
 • Leitura imprecisa ou lenta, que demanda muito esforço.
 • Dificuldade na compreensão do sentido do que é lido.
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 • Consequente dificuldade na escrita com supressão de 
letras ou trocas. 
Figura 16 – Atividade de acompanhamento para criança com dislexia
Fonte: Freepik
Novamente, diagnosticado o transtorno, o trabalho 
pedagógico demandará adequação e flexibilização, 
principalmente no processo avaliativo. 
IMPORTANTE
Todo o acompanhamento é multidisciplinar, e as 
melhores estratégias para ensinar e aprender, 
apesar de ser óbvio, são aquelas que surtem 
resultados. Apenas a prática e o conhecimento 
aprofundado do estudante, integrados ao 
olhar sensível e consciente do professor, é que 
poderão prover o que é necessário em termos 
metodológicos e instrumentais. 
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Disgrafia
A disgrafia está relacionada aos distúrbios da motricidade 
fina e da motricidade ampla, bem como aos distúrbios de 
coordenação viso-motora, deficiência da organização têmporo-
espacial, lateralidade e direcionalidade (CINEL, 2003).
Figura 17 – Exemplo de uma produção – Disgrafia 
Fonte: Elaborada pela autora (2018).
Como podemos perceber na Figura 17, temos algumas 
características de destaque na escrita disgráfica: 
 • Falta de precisão na ortografia.
 • Falta de precisão na gramática e na pontuação.
 • Falta de clareza ou organização da expressão escrita.
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Para Cinel (2003), esse aspecto da escrita se dá em 
decorrência de a mão que segura o lápis “não obedecer” ao trajeto 
estabelecido, resultando em inversão de letras e combinações 
silábicas ou inversão do sentido da escrita, sobrepondo frases. 
Nesse sentido, se pensarmos na prática pedagógica, é 
preciso que se reeduque o grafismo e, para isso, faz-se necessário: 
promover e qualificar o desenvolvimento psicomotor, treinar 
a postura, o controle corporal, a dissociação de movimentos e 
práticas que privilegiem a coordenação motora fina, lateralidade 
e coordenação viso-motora.
Discalculia
A discalculia é um transtorno polêmico, pois está relacionada 
à matemática e culturalmente essa área de conhecimento já é 
densa e complexa. Outros elementos “mascaram” o transtorno, 
como o déficit de formação dos professores dos anos iniciais para 
trabalhar com essa disciplina ou até estratégias tradicionais que 
não privilegiam a necessidade de aprendizagem dos estudantes. 
Figura 18 – Discalculia
Fonte: Freepik
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Enfim, são inúmeros os fatores que fazem com que o 
diagnóstico possa ser encarado apenas como dificuldade 
corriqueira. Entretanto, a discalculia é um transtorno do 
neurodesenvolvimento que resulta em um distúrbio de 
aprendizagem específico das habilidades matemáticas devido a 
“um comprometimento funcional específico do sistema nervoso 
central que requer avaliação e tratamento especializado” 
(RIBEIRO; DOS SANTOS, 2011, p. 94). 
Como características, esse transtorno implica dificuldades 
nas relações pertinentes ao(à):
 • Senso numérico.
 • Memorização de fatos aritméticos.
 • Precisão ou fluência de cálculo.
 • Precisão no raciocínio matemático.
ACESSE
No programa “De Tudo um Pouco”, da Rede Super, 
a psicopedagoga Roneida Gontijo explica como 
identificar possíveis sintomas da discalculia. Ela 
ainda fala de alguns brinquedos e brincadeiras que 
podem ajudar a enfrentar o problema. Acesse 
A discalculia pode se manifestar de seis formas. São elas: 
verbal, practognóstica, léxica, gráfica, ideognóstica e operacional 
(KOSC, 1974 apud BERNARDI, 2006, p. 245). Cada especificação 
determina o foco em habilidades particulares. 
http://www.youtube.com/watch?v=hKXlPLMulvc
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Veja no quadro a seguir as características de cada tipologia.
Quadro 3 – Esquema de tipos de discalculia 
Dificuldade na nomeação de quantidades, números, 
termos e símbolos. 
DISCALCULIA VERBAL
Dificuldades para enumerar, comparar e manipular 
objetos reais ou imagens. 
DISCALCULIA PRACTOGNÓSTICA
Dificuldade na leitura de símbolos matemáticos
DISCALCULIA LÉXICA
Dificuldade na compreensão de conceitos e na realização 
de operações mentais
DISCALCULIA IDEOGNÓSTICA
Dificuldade em executar operações e cálculos numéricos
DISCALCULIA OPERACIONAL
Fonte: Adaptado de Kosc (1974 apud BERNARDI, 2006). 
São variáveis as possibilidades de dificuldades relacionadas 
à discalculia, porém, é preciso relembrar que cada caso apenas 
será compreendido como transtorno se cumprir com os pré-
requisitos indicados no início deste texto, contemplando 
as características específicas da área (dislexia, disgrafia ou 
discalculia). 
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Por fim, é fato que o transtorno específico da aprendizagem, 
se não acompanhado e tratado, resultará em consequências 
funcionais negativas ao longo da vida dos indivíduos, não apenas 
no desempenho acadêmico, ampliando as taxas de retenção e de 
evasão, mas também causando sofrimento psicológico e piora 
da saúde mental geral. 
Por mais que pedagogos, psicopedagogos, educadores, 
professores ou outros profissionais específicos não possam 
resolver essas questões sozinhos, é possível, por meio da 
formação adequada, amparar, acolher e encaminhar esses 
estudantes, prezando, no espaço escolar, por aquilo que lhes 
é de direito: atendimento educacional adequado com vistas à 
educação inclusiva. 
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RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos.
Você deve ter aprendido que, segundo o DSM-V, 
o Transtorno de Aprendizagem é aquele que se 
manifesta no período escolar, pois é o déficit em 
aprender aquilo que é ensinado de forma explícita. 
Ao optarmos por dividi-lo em três derivações 
(dislexia, disgrafia e discalculia), esperamos que 
você tenha aprendido que: 
 • Dislexia está relacionada à consciência 
fonológica, resultando em déficit 
significativo na leitura e na compreensão 
do que é lido. 
 • Disgrafia está relacionada à motricidade 
fina, resultando em déficit significativo da 
produção escrita, ortografia e organização 
espacial. 
 • Discalculia está relacionada à 
aprendizagem dos conceitos matemáticos, 
resultando em déficit significativo no 
pensamento lógico-matemático e na 
abstração de conceitos relacionados a 
essa área. 
Por fim, assimcomo em relação a todos os demais 
transtornos apresentados no material, esperamos que tenha 
concebido a essência do processo educacional inclusivo: 
conhecer os transtornos não para diagnosticar, mas para, a 
partir dessa instrumentalização, qualificar práticas para que os 
estudantes tenham a oportunidade de aprender e desenvolver 
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seu potencial, minimizando os danos relacionados à vida social, 
à condição emocional e à inserção profissional. 
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redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Diário Oficial 
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DE,modelo%20assistencial%20em%20sa%C3%BAde%20mental. 
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	_Hlk123740517
	Transtornos e distúrbios relacionados à aprendizagem
	Transtorno e distúrbio: primeiras implicações
	Transtornos do neurodesenvolvimento
	Transtornos disruptivos, do controle dos impulsos e da conduta
	Transtorno do espectro autista (TEA)
	Contextualização do Transtorno do Espectro Autista
	Conceito e características do Transtorno do Espectro Autista (TEA)
	TDAH e TOD
	Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH): contexto
	Conceito e características
	Implicações na aprendizagem
	Transtorno de Oposição Desafiante (TOD): conceito e características
	Transtornos específicos da aprendizagem
	Identificação do transtorno específico da aprendizagem
	Dislexia
	Disgrafia
	Discalculia

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