resumo epitacio, rafaela rayssa

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UNIVERSIDADE UNISÃO MIGUEL
Rafaela Rayssa Gomes de Azevedo
2° período Psicologia
Prof. Epitácio
Processos psicológicos básicos
Desenvolvimento da percepção infantil em Vigotski
RECIFE
2021
A teoria de Vigotski tem como pressuposto a constituição do ser humano como tal n relação com o outro social. Segundo ele, não somos seres com funções psíquicas imutáveis, nossa estrutura e funcionamento psíquico são moldados e transformados ao longo do tempo. A cultura é parte do indivíduo, produz e transforma seu funcionamento psicológico. A psicologia de Vigotski é baseada no materialismo dialético onde se compreende o aspecto cognitivo a partir da descrição e explicação das funções psicológicas superiores que segundo o mesmo são determinadas histórica e culturalmente. 
Segundo sua teoria todo organismo é ativo, e estabelece interação com o meio social. Dependendo das experiencias sociais da criança forma-se novas e mais complexas funções mentais. O desenvolvimento da criança se da a partir do desenvolvimento biológico e histórico-cultural, portanto o desenvolvimento parte de um aparato biológico encontrando nas relações sociais fatores humanizadores. O desenvolvimento humano é um processo contínuo no qual em cada fase surge novas funções. Durante a infância encontra-se um período elementar para a formação das funções psicológicas. Nesse primeiro momento parte de apropriações culturais e aperfeiçoamento dos processos mentais. Sendo que na idade adulta em estruturas cerebrais interligadas, geradoras de consciência. Ocorre uma evolução das funções de nível primário para nível secundário como por exemplo da percepção imediata para percepção mediata. 
A percepção constitui dentre outras funções, o sistema dinâmico do comportamento humano. Ela faz parte das funções inferiores da espécie humana e não permanece a mesma durante toda vida do indivíduo pois a relação do homem com a natureza, causa mudanças significativas no curso do desenvolvimento humano. 
As mudanças no desenvolvimento não se restringem sem se limitam apenas a percepção, essas mudanças ocorres também em outras atividades psíquicas. A percepção deve ser considerada em relações a outras funções que constituem o sistema psicológico. 
A psicologia estrutural demonstrou experimentalmente o nascimento estrutural da vida psíquica por meio da percepção. A percepção do conjunto precede a das partes isoladas e depende do conjunto dos objetos ou de outros processos que se apresentam aos nossos olhos e ouvidos.
A percepção assim como outras funções são muito primitivas na infância, e passará muito tempo até que se tornem funções características a de um adulto. Ao longo do processo de desenvolvimento a percepção se torna uma função mais elaborada. A unidade cerebral responsável pela percepção é a temporo-parieto-occipital, que recebe, analisa e analisa os estímulos percebidos a nossa volta. 
Na primeira infância a criança reage a qualquer estimulo pois seu comportamento é determinado sempre pela situação do momento, ela não conhecimento prévio para se orientar ela depende do seu campo visual direto. Existe uma união entre percepção e motivação. A primeira percepção infantil é afetiva, nessa fase, pensar é basicamente se orientar de acordo com as relações afetivas e atuar de forma dependente da situação externa que se percebe. Nesse momento do desenvolvimento predomina uma percepção visual-direta, baseada nos afetos e que se objetiva em ação de forma imediata. Outra peculiaridade é sua função predominante na consciência. A consciência atuando sobre a base das percepções, possibilitando que essa função se desenvolva antes que todas a outras funções. De acordo com as leis do desenvolvimento infantil, as funções psíquicas, assim como as biológicas, não se desenvolvem de modo proporcional, mas em cada idade existe uma função que se destaca e predomina mais. Em cada fase as funções se interrelacionam e formam um sistema de consciência. 
Na medida que se dá a internalização da linguagem, conceitos e significados culturais a percepção vai deixando de ser imediata para ser mediata. Para se desvincular dessa ação imediata a criança deverá necessariamente desenvolver a linguagem. Essa quebra altera significativamente todas as relações da criança com o seu meio. A aquisição da linguagem possibilita uma interação com o mundo de forma muito mais complexa e elaborada. A relação entre linguagem e percepção é estreita e estão presente em estágios bem precoces do desenvolvimento.