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Fluidoterapia Animal - Emergencia Veterinaria

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@ste.vett 
 
Fluidoterapia 
 Fluidos corpóreos: 60% do PC é formado por 
fluidos 
 40% está no meio intracelular 
 20% está no meio extracelular – plasma (5%) e 
região intersticial (15%) 
A necessidade do animal influencia na via de 
administração da fluidoterapia 
 Objetivo: reestabelecer principalmente a pressão 
hidrostática 
 
 Força de Starling 
 Pressão hidrostática (pressão dos vasos): 
força a saída de agua para o espaço 
extravascular 
 Pressão oncótica (proteínas): força a entrada 
da agua para o meio intravascular 
 O que pode causar queda da pressão 
oncótica: níveis baixos de albumina (perda 
funcional do fígado, desnutrição e anorexia 
prolongada), diarreia, lesão glomerular, 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
1. Intravenosa: a + utilizada e indicada 
 Pode-se ter acesso a via cefálica, safena e 
jugular 
 Alguns pacientes precisam de +1 acesso ao 
mesmo tempo 
 
2. Intraóssea: usada em filhotes 
 
3. SC: apenas para manter hidratado – ex animais 
doentes renais crônicos 
 
4. Oral 
 
AVALIAÇÃO DE DESIDRATAÇÃO 
 TPC: acima de 3s indica desidratação 
 Elasticidade cutânea: 
 Exames laboratoriais: densidade urinaria acima de 
1,035, - PT x VCM 
 
! Cuidado com TPC: o tpc ainda funciona até 4 
min depois do óbito – não avalie apenas o TPC 
% DE DESIDRATAÇÃO 
DESIDRATAÇÃO GRAU EXAME FÍSICO 
<5% Assintomática 
Sem alterações 
físicas, histórico e 
observações de 
perdas ou não 
ingestão de líquidos 
5 a 6% Leve 
Perda discreta da 
elasticidade da pele 
7 a 9% Moderada 
Perda da 
elasticidade da pele, 
TPC discretamente 
elevado, discreta 
enoftalmina e 
xerostomia 
(mucosa seca) 
10 a 12% Severa 
Perda acentuada 
da elasticidade da 
pele (pregueamento 
prolongado), TPC 
elevado, enoftalmia 
e xerostomia obvia, 
taquicardia e 
alteração de pulso 
podem estar 
presentes 
13 a 15% 
Crítica ou muito 
severa 
Sintomas definidos 
de choque: 
hipotermia, 
taquicardia, pulso 
filiforme, óbito 
iminente 
 
 Catéter: 
COR CALIBRE VAZÃO 3min/peso 6min/peso 
 24G 17mL/min Até 5kg 10kg 
 22G 33mL/min 10 kg 20kg 
 20G 55mL/min 15kg 30kg 
 18G 105mL/min 30kg 60kg 
 16G 155mL/min 45kg 90kg 
 14G 33mL/min 100kg 200kg 
 
@ste.vett 
 
FASES DA FLUIDOTERAPIA 
1. Reanimação (terapia de perfusão) – reposição 
intravascular: animais hipovolêmicos. Deve-se 
nessa fase retomar volume – são pacientes 
críticos 
 
2. Fase de reidratação ou reposição: reposição 
intersticial e intracelular – animal que tem pressão 
normal mas ainda está desidratado 
 Deve-se levar em consideração o quanto o 
animal ainda está desidratado 
 
3. Manutenção: paciente com hidratação normal, 
mas incapazes de ingerir agua o suficiente para 
manter o equilíbrio de fluidos. 
 Deve-se acrescentar as perdas como diarreia 
e vomito 
 
TIPOS DE FLUIDO 
 CRISTALOIDES 
São fluidos com concentrações de eletrólitos como 
sódio, cloreto, potássio etc – são concentrações 
isotônicas. Divididos em hipotônicos, isotônicos e 
hipertônicos. 
 SF de cloreto de sódio a 0,9% - costuma causar + 
acidemia (queda de pH sanguíneo) – NÃO pode ser 
usado em caso de acidose metabólica 
 Pode ser usado em quadros de alcalose por 
êmese por exemplo. 
 Não tem potássio em sua composição – pode-
se usar em animais com hipercalemia (c/ 
alterações renais e hipoadreno) 
 Tem as soluções: 
- 0,15% (hipotonia): usada para manutenção 
(apenas reposição de agua) e 
hipernatremia branda 
- 0,9% (isotônica): reposição de agua e 
eletrólitos 
- 7,5% (hipertônica): usado em choque 
agudos e não pode ser adm. em animais 
desidratados – solução com muito sódio 
 
 Ringer com lactato: 
 Metabolizado no fígado com bicarbonato 
 Indicado para animais com acidose metabólica 
 Contraindicado em doenças hepáticas 
 Deve-se evitar em pacientes com neoplasias 
devido a produção de lactato aumentada pela 
glicólise anaeróbica dos tumores 
 Cuidado com diluições de fármacos em ringer 
lactato pois podem precipitar 
 
 Ringer simples 
 
 Glicofisiologico: SF (NaCl a 9%)+ glicose 5% 
 É indicada para pacientes com doença hepática 
exceto gatos com lipidose), hipoglicêmicos e 
hipercalêmicos 
SOLUÇÕES Na+ Cl- K+ Ca2+ Kcal/L 
NaCl 0,9% 154 154 - - - 
Ringer 
Lactato 
130 109 4 4 9 
Ringer 
Simples 
147 156 4 4 - 
Glicose 5% - - - - 170 
 
 COLOIDES 
São expansores vasculares – não tem reposição de 
eletrólitos 
 Base de amido 
 De ação proteica – ideais para manutenção de 
pressão oncótica e animais com baixa albumina 
 
 SOLUÇÕES HIPOTONIACAS 
São fluidos com concentrações de eletrólitos abaixo 
do nível do fisiológico – tem baixa { } de cloreto de sódio. 
Estão dentro da classe dos cristaloides. 
@ste.vett 
 
- Pode ser usado em animais sem distúrbios 
eletrolíticos. Usado em animais hipoglicêmicos, 
manter acesso, animais com hipercalemia 
 
 Glicose 5% 
 Não contem eletrólitos 
 É metabolizada e a reposição é apenas de agua 
– indicada para pacientes cardiopatas, 
hipoglicêmicos e hipercalêmicos 
 
 Solução NaCl 0,15% 
 
QUAL ESCOLHER? 
1. Tem presença de síndrome choque que requer 
ressuscitação volêmica imediata? SF 0,9% é o mais 
indicado 
 
2. Tem taquicardia ou bradicardia grave, 
extremidades frias, pulso fraco, mucosa pálida, 
TPC prolongado, estado mental alterado, 
hipotensão? 
 
3. Indivíduo cardiopata para manter acesso? Glicose 
5% 
 
4. Tem aumento de lactato ou alcalose metabólica? 
SF 
 
5. Tem acidemia? Ringer 
 
6. Alterações torácicas observadas pelo T-FAST? 
São animais com hipertensão – hipotônicos 
 
7. Distúrbios eletrolíticos conhecidos? 
Cálculo de fluidoterapia 
Como calcular o volume administrado? 
 
REPOSIÇÃO DE HIPOTENSÃO / REANIMAÇÃO 
Volume imediato – é a prova de carga, ou seja, dar 
um grande volume de fluido em curto espaço de 
tempo 
 Fluido: geralmente se usa solução fisiológica 
 10 – 20mL/Kg/15-30min 
 Monitoração do paciente pós prova de carga 
 Avaliar parâmetros, histórico, comorbidade 
 Fazer segundo bolus? – usado quando a 
primeira prova de carga não funciona 
 Usar vasopressores? 
 Usar drogas inotrópicas? 
 Animal quando volta a ficar hidratado 
aumenta o debito urinário independente da 
densidade 
 
REIDRATAÇÃO OU REPOSIÇÃO 
Repor perdas hídricas do paciente – é um volume 
dado em 24h 
 Se usa peso e % de desidratação – precisa avaliar 
fisicamente o paciente para avaliar o % de 
desidratação 
 EXEMPLO 
Canino, 4 anos, macho, 40kg. Desidratação 7% 
Reposição em 24h: 40 (?) x 7 x 10 = 2800mL 
Em 1h: 2800/24h = 116mL/h 
Em 1min: 116/60 = 1,933 
 Equipo Macro 
1mL = 20 gotas 
1,93ML = x gotas 
X gotas = 38,6 gotas/min 
 
 Equipo Micro 
1mL = 60 gotas 
1,93ML = x gotas 
X gotas = 115,8 gotas/min 
 
 
Reanimação
Fase de reidratação ou 
reposição
Manutenção 
Equipos: 
1mL = 20 gotas do equipo macro 
1mL = 60 gotas do equipo micro 
@ste.vett 
 
MANUTENÇÃO 
Paciente que não estão comendo normalmente: 
 CÃES: 60mL/Kg/dia 
 GATOS: 45mL/kg/dia 
 Pode ser feita via SC 
 
MONITORAMENTO DA FLUIDO 
 Monitorar: 
 Pressão arterial – pulso, TPC 
 Ausculta pulmonar – a prova de carga pode 
causar crepitações 
 Diurese (débito urinário): para analisar o 
quanto o animal está urinando você deve 
sondar o paciente e calcular 
- Oliguria: <0,7ml/kg/h 
- Normal: 1 a 2ml/kg/h 
- Poliúria: > 2ml/kg/h 
 Não é ideal que se sonde gatos, eles 
você pode analisar a frequência e 
quantidade de micção 
DU = volume total / peso / tempo

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